Surto da dengue. - Deputado Antônio Bulhões

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Boletim no 010/2015
Publicação do Deputado Federal Antonio Bulhões
Surto da dengue.
É triste reconhecer isto, mas parece que uma
nova e indesejada tradição está sendo criada
em nosso País. A cada verão, tem se repetido a
ocorrência de surtos de dengue, que atingem
número crescente de pessoas, em diversos
estados brasileiros.
Só nos últimos três meses, foram registrados
mais de 460 mil casos da doença, o que
representa um acréscimo de 240% em relação
ao mesmo trimestre do ano passado. Como era
de esperar, as mortes decorrentes de
complicações dessa enfermidade também
aumentaram — quase 30%.
Praticamente todas as regiões têm sido
afetadas, em maior ou menor grau.
Infelizmente, meu estado, São Paulo, concentra
mais da metade dos casos e 75% dos óbitos
até agora contabilizados. Alguns especialistas
atribuem esse quadro ao fato de a população
paulista ter tido, até então, menor contato com
o vírus e, portanto, ser mais vulnerável que a
dos outros estados.
É sabido que, no verão, devido à maior
frequência de chuvas, e ao resultante acúmulo
de água, o mosquito Aedes aegypti, transmissor
da doença, encontra ambiente ideal para a sua
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proliferação. É notório também que o Poder
Público vem negligenciando, e não é de hoje,
suas obrigações relativas ao saneamento básico
e à vigilância em saúde.
“Com alguns minutos por dia podemos eliminar
focos de acúmulo de água em latas,
embalagens, vasos de plantas, pneus velhos,
caixas d’água, lixeiras e outros onde a larva
do Aedes aegypti possa se desenvolver”
Embora
essas
duas
condições
sejam
necessárias, talvez não sejam suficientes para
explicar a maciça propagação da dengue no
Brasil nos últimos tempos. Estudos comprovam
que grande parte das contaminações se dá
dentro das casas, evidenciando, assim, que
todos nos devemos engajar no combate a esse
mal. Nesse sentido, talvez até seja nossa a
maior parcela de responsabilidade na aplicação
de medidas profiláticas.
Mas nós não precisamos esperar que as
diversas esferas de governo comecem a agir,
para fazermos a nossa parte. Graças às
campanhas de esclarecimento veiculadas pela
imprensa, todos sabemos como erradicar os
criadouros do mosquito. Bastam alguns
minutos, a cada dia, para eliminar possíveis
focos de acúmulo de água em latas,
embalagens, vasos de plantas, pneus velhos,
caixas d’água, lixeiras e outros onde a larva
do Aedes aegypti possa se desenvolver.
Portanto, vamos nos comportar como cidadãos
conscientes, empenhando nossos melhores
esforços na luta para acabar com essa praga,
que tanto mal tem causado ao Brasil.
Antonio Bulhões
Deputado Federal / PRB-SP
www.bispoantoniobulhoes.blogspot.com
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