Densidade populacional sazonal de Aedes aegypti e Aedes

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Densidade populacional sazonal de Aedes aegypti e Aedes
albopictus (Diptera, Culicidae) e investigação de vírus dengue em
áreas de transmissão no Maranhão, Brasil
Carine F. Aragão1; Wanderli P. Tadei2; Ana C. R. Cruz3; Valéria C. S. Pinheiro4
1
Programa de Pós-Graduação em Biologia dos Agentes Infecciosos e Parasitários. Universidade
Federal do Pará-UFPA, Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá. CEP: 66075-110. Belém, PA, Brasil.
Email: [email protected]. 2Laboratório de Malária e Dengue. 2Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus, AM, Brasil. 3Instituto Evandro Chagas-IEC, Rodovia BR316 km 7, S/N – Levilândia. CEP: 67030-000 – Ananindeua, PA, Brasil. 4Centro de Estudos
Superiores de Caxias/Universidade Estadual do Maranhão-CESC/UEMA, Pça. Duque de Caxias,
S/N – Morro do Alecrim. CEP: 65.604-380. Caxias, MA, Brasil
A dengue é uma arbovirose de ampla notificação no mundo, transmitida pelo Aedes
aegypti e Aedes albopictus e causada pelo vírus Flavivírus, e são conhecidos
quatro sorotipos (DENV-1 ao DENV-4). No Estado do Maranhão esses vetores
estão amplamente dispersos e verifica-se casos de dengue em vários munícipios.
Esse estudo objetivou correlacionar a densidade populacional de A. aegypti e A.
albopictus com os fatores climáticos e detectar os sorotipos virais do dengue
circulantes nos vetores em áreas endêmicas no município de Caxias, MA, pelo
método de Transcrição Reversa - Reação da Cadeia em Polimerase (RT-PCR). As
coletas foram realizadas nos bairros que apresentaram maior incidência de casos
de dengue e ocorreu durante duas etapas: a primeira entre setembro de 2013 e
junho de 2014 e a segunda, entre setembro de 2014 e abril de 2015. Os mosquitos
foram capturados com aspirador mecânico, levados ao laboratório de Entomologia
Médica do CESC/UEMA, identificados, divididos em pools e armazenados a -70ºC
até a realização da análise molecular no Instituto Evandro Chagas, PA. O RNA viral
foi extraído pelo método do reagente Trizol LS (Ambion), posteriormente foi
realizado o teste de RT-PCR. Na primeira etapa de coletas foram capturados 461
mosquitos (91,5% A. aegypti e 8,5% A. albopictus), sendo 170 (37%) no período
seco e 291 (63%) no período chuvoso. Na segunda etapa foram coletados 381
mosquitos (88,7% A. aegypti e 11,3% A. albopictus), sendo 120 (31,5%) no período
seco e 261 (68,5%) no período chuvoso. Do total de 842 mosquitos capturados,
formou-se 88 pools e realizou-se a RT-PCR para detecção de DENV, entretanto
não foi constatada positividade. Os dados obtidos permitiram afirmar que o A.
aegypti é mais frequente que A. albopictus no município de Caxias, e predomina no
período das chuvas, o que mostra que os fatores climáticos afetam o
desenvolvimento do mosquito vetor, no entanto não foi detectado DENV nos pools
de mosquitos analisados.
Palavras-chave: Densidade vetorial, Detecção de DENV, RT-PCR
Apoio: FAPEMA e CNPq
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