Aula 7 – Aconselhamento Genético e Câncer

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ESTRATÉGIAS PARA TERAPIA
DO CÂNCER
Genética Humana Molecular
Profa. Dra. Ana Elizabete Silva
QUIMIOTERAPIA
CIRURGIA
RADIOTERAPIA
TERAPIAS DO CÂNCER
TERAPIA GÊNICA
IMUNOTERAPIA
TERAPIA
MOLECULAR
Medicina de Precisão
NANOTERAPIA
CIRURGIA
É uma forma local de tratamento, com a
retirada de um tumor. Pode ser:
• Curativa: remoção do tumor primário com
margem de segurança. Ex.: câncer de pele
(melanoma)
• Paliativa: visando reduzir o tumor, retardar a
evolução da doença ou controlar sintomas e
complicações
• Reconstrutiva: reconstrução e/ou restauração
de aparência ou função. Ex.: câncer de mama,
quando utilizada a mastectomia
RADIOTERAPIA
Consiste na utilização de radiações ionizantes para destruir células
tumorais.
Emile Grube (1896): usou raio X para tratar câncer de mama
• A radiação destrói preferencialmente as células que se
dividem rapidamente  células cancerosas
•A radiação também pode lesar tecidos normais 
especialmente os tecidos nos quais as células
normalmente se reproduzem rapidamente, como:
• a pele, os folículos capilares,
• o revestimento dos intestinos,
•os ovários ou os testículos
•a medula óssea.
•Efeitos colaterais:
-imediatos: Azoospermia, anovulação,
leucopenia, plaquetopenia
-tardios: Atrofias e fibroses
Radioterapia
Radiação
Ionizante
Lesão no DNA
Ionização do meio
Cél. Tumorais
Déficit de proteínas
reparadoras do DNA
Cél. Normais
Reparam dano
causado pela RI
Inviabilização da
reprodução celular
Formação de
radicais livres
Morte
Sobrevivem
Radioterapia é realizada com um equipamento denominado
acelerador linear. Os raios (fótons: X e Gama; íons: carbono e
prótons) são direcionados com bastante precisão sobre o tumor.
•Em geral, o tratamento é feito de maneira fracionada.
•A radioterapia pode ser realizada basicamente de duas
formas:
Teleterapia ou
radioterapia externa:
Quando uma fonte
externa é colocada à
distância do paciente,
através de um aparelho
emissor de radiação. É a
forma mais comum de
tratamento radioterápico.
Terapia fracionada:
-câncer de pulmão:
tratamento em 12 dias
1,5 Gy/dia
-doses fracionadas devem
ter intervalo de pelo
menos 6-8 horas reparo
intracelular
-mais trabalhosa e difícil
implementação
http://www.lip.pt/experiments/medica/radioterapia.html
Braquiterapia ou radioterapia de contato
Quando utiliza isótopos radioativos em contato direto
com o tumor.
Infusão transperitoneal semi
radioativa na próstata
controlada por ecografia
transretal
Múltiplos catéter
http://www.brachiterapia.it/ita/html/carci.ht
RADIOTERAPIA
Direciona os raios para atingir
somente células tumorais
Radioembolização em
microesferas de vidro
injetadas nos vasos
sanguíneos do tumor
QUIMIOTERAPIA
Utilização medicamentos chamados de quimioterápicos
ou antineoplásicos
Sidney Farber (1948): uso de antifolato para tratar leucemia em
crianças
Atuam no organismo combatendo as células doentes,
destruindo ou controlando o seu desenvolvimento. A
maioria dos pacientes toma uma combinação de
medicamentos.
Por exemplo: drogas que destroem células tumorais 
combinadas com drogas que estimulam o sistema imune do
organismo contra o câncer.
Câncer de mama: combinação oral de ciclofosmamida, metotrexato
e fluorouracil,
versus
Agente único intravenoso: doxorubicina ou paclitaxel
QUIMIOTERAPIA
São agrupados em várias categorias:
•agentes alquilantes: mostarda nitrogenada, cisplatina
•antimetabólitos: interferem na síntese de DNA/RNA
(metotrexato)
• inibidores mitóticos: interrompem a divisão celular (vincristina,
vimblastina )
•antibióticos antitumorais: lesam o DNA (mitomicina C,
bleomicina)
•hormônios: elevam ou reduzem a concentração de determinados
hormônios  antiestrógenos (Tamoxifeno  câncer de mama ),
antitestosterona (câncer de próstata)
•modificadores da resposta biológica: interferon  sarcoma de
Kaposi
QUIMIOTERAPIA
Finalidades da quimioterapia:
1- Curativa: usada com o objetivo de se conseguir o
controle completo do tumor. Ex.: doença de Hodgkin, leucemias
agudas, carcinomas de testículo, etc
2- Neoadjuvante: indicada para se obter a redução parcial
do tumor, antes da cirurgia e/ou radioterapia.
Ex: quimioterapia pré-operatória em caso de sarcomas de partes
moles e ósseos.
3- Adjuvante: após à cirurgia curativa, com objetivo de
eliminar células residuais locais ou circulantes, diminuindo
a incidência de metástases à distância.
Ex.: aplicada em caso de câncer de mama
4- Paliativa: não tem finalidade curativa. Usada para
melhorar a qualidade da sobrevida do paciente.
IMUNOTERAPIA
Tratamento imunoterápico: se baseia na ativação do
sistema imune (células T) contra as células malignas.
•Produção de alguns tipos de proteínas reconhecidas
pelas células de defesa do organismo  destruição das
células do tumor.
MECANISMOS:
•Transferência de genes de citocinas: IL-12 
hapatocarcinoma
•anticorpos monoclonais: contra proteínas específicas 
encontradas nas paredes das células neoplásicas
•vacinas: separam antígenos específicos da célula tumoral 
reinjetam no paciente, que teria seu sistema imune ativado
IMUNOTERAPIA
A resposta imune regular não é suficiente para
erradicar células tumorais
CÉLULAS CANCEROSAS ESCAPAM DO SISTEMA
IMUNE:
•Secreção de fatores imunossupressivos
•Baixa expressão de antígenos ou moléculas MHC (principal
complexo de histocompatibilidade)
•Falta de co-estimulação
IMUNOTERAPIA
Avanços: anticorpos aprovados para tratamento do câncer
(alvejam moléculas envolvidas na regulação de células T):
2011: anticorpo contra CTLA-4 (ipilimumab)- melanoma,
câncer renal, próstata, urotelial e ovário
2014: dois anticorpos contra PD-1 (pembrolizumab e
nivolumab) - melanoma, câncer renal, pulmão e bexiga
Combinação de Terapias e Sobrevida
Sharma; Alison, 2015, Cell
IMUNOTERAPIA
CTLA-4:
homologia CD28
Inibe resposta
imune
PD-1:
Indutor
apoptose
células T
Bloqueio dos checkpoints imune para aumentar a resposta de células T:
1-Após ativação de células T, elas expressam checkpoints imune como CTLA-4 and PD-1, que induz
vias inibitórias (atenua a resposta das células T). Biópsia do tumor retirada do paciente antes do
tratamento com imunoterapia (antes da infiltração de células T ativadas no tumor) mostram a falta de
expressão de PD-L1 (ligante de PD-1).
2-Após ativação de células T, que podem traficar para o tumor, ocorre super expressão de checkpoints
imune como CTLA-4 e PD-1, e produção de citocinas (IFN- γ ), que leva a expressão de PD-L1 sobre as
células tumorais e outras células, como as células T, dentro do tecido tumoral.
Sharma et al., 2015, Cancer Immunology and Immunotherapy
IMUNOTERAPIA: Tumor imunogênico x
não imunogênico
A- Tumor imunogênico:
-apresenta infiltração de células T
e expressão de diferentes citocinas
e mediadores inflamatórios.
B- Tumor não-imunogênico:
-falta esses componentes,
precisam receber uma combinação
de terapia para se tornar
imunogênico e se beneficiar da
terapia checkpoint imune, como o
tratamento combinado :
anti-CTLA-4 e PD-1 ou antiPD-L1
Sharma et al., 2015, Cancer Immunology
and Immunotherapy
INIBIDORES DE ANGIOGÊNESE
(VEGF)
Representação esquemática da angiogênese normal
Angiogênese: essencial no desenvolvimento de órgãos,
cicatrização de ferimentos e processos inflamatórios
INIBIDORES DE ANGIOGÊNESE
•Bloqueio da angiogênese  inibição de fatores de
crescimento angiogênicos  bloqueio do crescimento do
tumor  Angiostatina e Endostatina (inibe proliferação de
células endoteliais)
•Alvos:
-fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)
-receptor do fator de crescimento endotelial vascular
(VEGFR)  inibidor SU5416
-integrinas: reguladoras da angiogênese  mediadoras de
adesão celular, migração e indução de eventos sinalizadores
Inibidores de integrinas:
•Vitaxin: anticorpo monoclonal humanizado
•Cilengitida: antagonista de integrinas
INIBIDORES DE ANGIOGÊNESE
Angiogênese é necessária
para a sobrevivência do
tumor.
Tratamento com
Bevacizumab (Avastin):
anticorpo monoclonal
humanizado
Se liga ao VEGF impedindo
ligação com os receptores
(VEGFR)
Tem importante função
terapêutica no tratamento de
pacientes com câncer
metastático. Ex.: câncer de
ovário
Weng et al., 2014, Int. J. Cancer
TERAPIA ANTIANGIOGÊNESE
Antes do tratamento, com
a irrigação sangüínea
normal
Depois: Com a irrigação
sangüínea bloqueada, o tumor
diminui de tamanho
http://www.hospcancer-icc.org.br/conteudo.php?cid=35
TERAPIA MOLECULAR
Medicina de Precisão
Desenho de drogas que alvejam e seletivamente
interferem com vias de sinalização oncogênicas
Alvos de estudo: proteínas tirosina-quinases 
transferem grupos fosfatos do ATP para aminoácidos
específicos  fosforilação de proteínas  transmissão de
sinais crescimento, diferenciação e morte celular
Desregulação  níveis de expressão aumentado  câncer
Alvos para inibidores farmacológicos
Drogas alvo-dirigidas
(mutação específica)
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
•
Espressão desregulada
de proto-oncogenes
Translocação
cromossômica:
Leucemia mielóide
crônica: t(9;22)(q34;q11)
 proteína quimérica
(truncada) abl/bcr 
atividade de quinase
aumentada
TERAPIA MOLECULAR: Leucêmia mielóide crônica (LMC)
Gleevec= imatinib – inibidor de tirosina quinase
(2a. Geração: nilotinib e desatinib)
Substrato ativado por
fosforilação
Proliferação
celular - Leucemia
Domínio
quinase
Substrato não pode
entrar no sítio quinase
Célula tumoral
não prolifera
Resposta em 12-18 meses tratamento
Imatinib liga-se ao
sítio da proteína
-Resposta hematológica:  no. células T
anormais
-Resposta citológica: remove as células c/
cromossomos anormais
CÂNCER DE MAMA
anticorpo monoclonal humanizado 
bloqueador do Her-2/Neu (ERBB2)  câncer de mama metastático
HERCEPTIN (trastuzumab):
em combinação com paclitaxel
http://www.roche.com/pages/facets/9/herc.htm
CÂNCER DE MAMA
anticorpo monoclonal humanizado 
bloqueador do Her-2/Neu  câncer de mama metastático
HERCEPTIN (trastuzumab):
http://www.gene.com/gene/products/information/oncology/herceptin/moa.jsp
http://www.roche.com/pages/facets/9/herc.htm
TERAPIA MOLECULAR
•Gefitinibe (Iressa)  inibidor do receptor do fator de crescimento epidérmico
(EGFR)  inibe ligação do ATP da tirosina quinase ao receptor intracelular 
câncer de pulmão
•Erlotinib (Tarceva) inibidor potente de EGFR  câncer de pulmão 
associado a quimioterapia
•Cetuximab ou C225 (Erbitux)  anticorpo monoclonal  contra sítio de
ligação extracelular do EGFR  câncer colorretal (resistência a terapia e eventos
adversos)
•Bevacizumab (Avastin)  anticorpo humanizado  ação antiangiogênica 
bloqueio do fator de crescimento endotelial vascular circulante (VEGF) – previne a
ligação com VEGFR  câncer de pulmão e colorretal (efeitos colaterais)
•Combrestatina A-4 fosfato (CA4P)  induz supressão seletiva da
vascularização do tumor pela apoptose de células endoteliais e necrose hemorrágica
•Vemurafenib: Inibidor BRAF, pacientes com melanoma com mutação
BRAFV600E
TERAPIA MOLECULAR
•Drogas que promovem apoptose: TRAIL recombinante
humano (ligante via extrínseca da apoptose) ativação das
caspases  carcinoma tireoidiano
•Inibidores do hTERT (telomerase): nucleotídeo AZT 
redução da atividade da telomerase e comprimento dos
telômeros  câncer de mama  desvantagem lentidão na
obtenção de resultados
OBJETIVOS:
•Bloqueio de vias de sinalização que favorecem o crescimento do tumor
•Destruição específica das células malignas
•Modificações genéticas corretivas  inibição da expressão de genes
anormais ou reexpressão de genes silenciados
TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER
TERAPIA
IMUNOLÓGICA
TERAPIA
MOLECULAR
Gene suicida
Genes imuno
estimulantes
(citocinas)
VACINA
CELULAR
Manipulação ex
vivo de cel.
apresentadora de
antígeno
VACINAS
Antioncogene
Terapia
pró-droga
VACINA
GÊNICA
Gene
codificador
antígeno
Supressor
tumor
Apoptose
parada ciclo
celular (TP53)
Oligo
antisense
Alvo
RNAm
(siRNA,
Ribozimas)
Oligo
antigene
Alvo
DNA TFO
Silenciamento
siRNA
shRNA
miRNA
TIPOS DE TERAPIA GÊNICA
Oligo antisense
moléculas
sintéticas RNA ou
DNA : alvejam aa,
drogas, proteínas...
K. Wang et al. / Pharmacological Research 114 (2016) 56–
ESTRATÉGIAS PARA TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER
Liu et al., 2014 – WJG
1997: ONYX-015 e Gendicine: câncer de cabeça e pescoço
2004: China aprovou 1º terapia gênica comercial para câncer de cabeça e pescoço
2011: Pensilvania (CTL019) terapia de leucemia linfoblástica aguda
2012: Europa aprovou o Glybera – terapia da pancreatite (lipoproteína lipase)
2013: 1970 ensaios clínicos de terapia gênica (Liu et al., 2014, WJG)
64,2% (1624) em câncer.
http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio28/28_terap.pdf
BARREIRAS PARA EPARIA DO CÂNCER
ACS Biomater. Sci. Eng. 2015, 1, 64−
Barreira para Terapia Gênica - Entrega do Gene
1- Estabilidade do vetor que carrega o gene durante transporte
2-Penetrar o tecido e ser captado pelas células alvo
3- Após endocitose, escapar de degradação lisossomal
4- Transporte para o núcleo
5- Manter atividade transcricional no núcleo
6- Evadir a resposta imune
TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER

introdução de genes supressores de tumor para restaurar a função
perdida. Ex.: inserção do gene TP53 normal em tumores de
pulmão  bloquear a progressão tumoral e apoptose
 2004 (China): vetor
Adenoviral/TP53 
Câncer de cabeça e pescoço
-Combinação com quimio
e terapia molecular
TERAPIA IMUNOGENE
Vacinas de células tumorais
A: Terapia imunogene com
células cancerosas alteradas
colhidas dos pacientes
(células autólogas) ou de
linhagem celular cancerosa
(alogênica) cultivada e
inativada para produzir uma
vacina.
B: Terapia imunogene com
transferência do gene in
vivo.
C: Terapia imunogene
usando células imune
alteradas.
(Liu et al., 2014, WJG,
TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER





Terapia pró-droga ou gene suicida: transferência de um
gene (HSV-tk) → tirosina quinase → que ativam pródrogas (não tóxica) → droga letal → tornam as células
em divisão sensíveis a drogas selecionadas
Glioma é um tipo de tumor cerebral que afeta as células
da glia que suportam e interagem com os neurônios;
Célula da glia pode se dividir e cancerosa se divide
muito rápido;
Um gene suicida na presença de um droga é ativado e
mata as células que o contêm.
Ex.: câncer cerebral, cabeça e pescoço, ovário,
mama, pulmão, cólon e pele
TERAPIA GÊNICA SUICIDA PRÓ-DROGA
Ganciclovir
monofosfato
HSV-tk
Ganciclovir
trifosfato
Inibe DNA pol
http://www.scielo.br/pdf/ea/v24n70/a04v2470.pdf
TERAPIA BASEADAS EM OLIGONUCLEOTÍDEOS

Usada para o bloqueio da expressão de
oncogenes

Terapia "antisense“: bloqueia a tradução de
mRNA transcritos por genes tumorais
(Ex:VEGF, c-Fos, Bcl-2, c-MYC, Ras)

Ribozima: moléculas de RNA → clivam
RNA
RNA interferência: siRNA, shRNA,
miRNA

TERAPIA ANTISENSE (AS): 15-20 pb ou complementar ao mRNA
inteiro  bloqueiam os fatores de iniciação da tradução ou interação
do mRNA e ribossomos. Ex.:K-ras-ASODN
AS
Oligos nucleasesresistentes
TERAPIA ANTISENSE
Oligonucleotídeo
antisense:
VitraveneTM
Vários oligos AS em
triagem clínica fase III
 doenças infecciosas e
câncer
Ex.: Genasense  alvo
gene Bcl-2 (vários tipos
de câncer)
Aprovado em 1998 contra
retinite induzida por
citomegalovírus  injeção
local
C-Raf, H-Ras, c-Myc, cMyb, TP53, VEGF 
ainda não aprovados
pelo FDA
Validação dos efeitos dos
oligos AS:
-imuno
-Western blotting
-RT-PCR
Ribozimas: moléculas de RNA que catalizam a clivagem sítioespecífica de RNA (geralmente sítio 3’- códon GUN do mRNA)
Ex.: fusão BCR-ABL: trinca GUU extremidade 3’ adjacente ao sítio
de fusão →ribozima cliva mRNA quimérico
mRNA K-Ras: (mutação códon 12) GGU→GUU
Triagem clínica: OZ1  para HIV e Angiozyme  câncer
Nenhuma aprovada pelo FDA
NANOTECNOLOGIA
É o estudo de manipulação da matéria numa escala de
nanômetros (1 milímetro é igual a 1 milhão de nanos)
Tamanho: 5-500nm (um bilionésimo de metro) - minúsculas
partículas: variadas formas  tubos, conchas, espirais
-materiais: polímeros, dendrímeros, lipossomos,
nanotubos de carbono e metais (ouro e óxido de ferro)
Transporte de medicamentos
Fonte: site PUC-Rio
NANOTECNOLOGIA - APLICAÇÕES
Nanopartículas para entrega de drogas anticâncer
Nanopartícula - Lipossomo
-partículas esféricas (25nm-10um),
membrana bicamada fosfolipídica
-limitações: curto tempo de circulação
sangue rápida remoção pelos
macrófagos
-2a. geração de lipossomos: tempo de
circulação sangue maior (3 dias)
Nanopartícula - polímero
Polímeros naturais: heparina, dextran,
albumina, gelatina, colágeno, alginato
Formação: duas partes
-núcleo hidrofóbico  recipiente p/droga
-Concha hidrofílica  estabilização em
ambiente aquoso
Nanopartículas para entrega de drogas anticâncer
Nanopartícula – Ouro e Óxido de ferro
-Ouro: inerte em ambiente
fisiológico, mas sua toxicidade a
longo prazo é questionada
-Nanorod ouro: terapia
fototermal  gera calor quando
irradiado laser infra-vermelho
aquecido 43oC localmente no
tumor  destrói apenas o
tumor
Óxido de ferro: usado
clinicamente para MRI
-potencial carreador de droga e
retém sua função de imagem
-Vantagem: pode ser entregue de
maneira dirigida para região
desejada  aplicando campo
magnético externo
NANOTECNOLOGIA
Nanoconchas - esferas microscópicas  núcleo de sílica,
recoberto com uma finíssima camada de ouro e, em
segundo lugar, luz com comprimento de onda na faixa do
infravermelho.
•injetaram nanoconchas na corrente sangüínea de
camundongos com câncer de cólon  as nanoconchas se
acumulam preferencialmente nos tumores (vasos mal
formados e permeáveis)  irradiação dos tumores com
fonte de laser  82% dos camundongos sobreviveram
TERAPIA -Entrega de Nanopartículas terapêuticas
Ex.: Abraxane
nanopartículas de
paclitaxel (Taxol) 
câncer de mama
metastático  melhor
eficácia
Passiva: baseado no tamanho das nanopartículas e vasculatura defeituosa do
tumor (falhas 600-800nm entre as células endoteliais)  pobre drenagem
linfática  permeabilidade aumentada e efeito de retenção  nanopartículas
acumulam seletivamente no interstício do tumor
-vascularização do tumor afeta acúmulo das nanopartículas: tumor
pobremente vascularizado, tumores pré-angiogênicos pequenos e tumores
necróticos grandes  baixo acúmulo de nanopartículas
TERAPIA - Entrega de Nanopartículas terapêuticas
liberação controlada da droga
Ex.: MCC-465
Doxorrubicina-encapsulada
c/ imunolipossomo
(anticorpo GAH) 
reconhece moléculas de
superfície celular vários tipos
de células tumorais
Ativa (nanopartículas alvo-dirigidas): através de ligantes/anticorpos
específicos ao tumor sobre as nanopartículas  ligação a antígenos ou
receptor associado ao tumor  entrega das nanopartículas intracelular (apenas
células tumorais) melhor efeito terapêutico
Nanopartículas alvo-dirigidas em estudos préclínicos e clínicos
SGT-53: lipossomo - plasmídeo com o gene TP53  alvo receptor de
transferrina (presente em grande número na superfície das células
cancerosas)  alta expressão em células cancerosas  ativa apoptose
•Terapia nanopartícula-p53: melhorou o tratamento do câncer por
quimioterapia e radiação  morte das células danificadas 
nanocomplexo atinge somente as células cancerosas
Nanopartículas: doxorrubicina + 5-aza-dC  câncer mama
Eficácia terapêutica de nanopartículas- gene TRAIL em modelo de glioblastoma
A- Injeção de NP–TRAIL–CTX.
B- Volumes do tumor (T98G cells) no camundongo tratado (NP–TRAIL–CTX)
C- TUNEL: significante apoptose no tumor tratado (NP–TRAIL–CTX)
K. Wang et al. / Pharmacological Research 114 (2016) 56
Nanopartícula Multifuncional: Imagem e Terapia
Nanopartícula de óxido
de ferro carregando
fluoróforo (imagem
guiada) e droga
terapêutica, após
injeção intravenosa
para alvejar câncer de
cólon em ratos.
Annu Rev Biomed Eng, 2007 Adv Mater . Author manuscript; available in PMC 2012 September 22.
NANOPARTÍCULAS PARA IMAGEM E TERAPIA
DO CÂNCER
Adv Mater . Author manuscript; available in PMC 2012 September 22.
Barreiras na Nanomedicina
A- Fagocitose: adsorção por
proteínas do plasma (albumina,
fibrinogênio, etc) não específicas
sobre a superfície das
nanopartículas (opsonizationmarcadas) e fagocitose por
leucócitos;
B- Interação não específica:
nanopartícula-membrana celular
(eletrostática ou hidrofóbica)
C- Pinocitose: fase fluída
D- Retenção em órgão
reticuloendotelial (fígado e baço)
Tamanho ideal 10 -100 nm
Nanomedicine (Lond). 2010 June ; 5(4): 523–528. doi:10.2217/nnm.10.23.
Nanopartículas e toxicidade
-há poucas informações sobre os possíveis efeitos tóxicos para a saúde humana e o
meio ambiente
-Nanopartículas de ouro: capacidade de mover-se através da placenta da mãe para o
feto quando injetadas em ratas grávidas
-Nanopartículas de prata: Granulomas em ratos e camundongos após a exposição
aguda
-Nanotubos de carbono: causam acelerado estresse oxidativo na pele
-Nanopartículas grandes: efeito tóxico para o SNC (danos neuronal, neuroinflamação
e mudanças pró-oxidativas)
-Avaliar a toxicidade (ativação do complemento, imunogenicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade)  devem ser não tóxicos e biodegradáveis  evitar acúmulo no
organismo (fígado, baço e medula óssea)
OUTRAS TERAPIAS
Outras formas de tratamento, chamadas de tratamento
complementar e alternativo existem há muitos séculos, mas
apenas em 2000 foi publicado um guia sobre o assunto da
Sociedade Americana do Câncer.
Terapia complementar:
São métodos de suporte que podem complementar o
tratamento clássico, ajudando a promover o equilíbrio
emocional e a reintegração psicossocial do paciente.
Ex. acumpuntura, fisioterapia, fonoaudiologia,
psicoterapia, musicoterapia etc.
OUTRAS TERAPIAS
Terapia alternativa:
As terapias alternativas não tem comprovação científica e, por
isso, os médicos são proibidos de utilizá-las para tratar o
câncer, pelo Conselho Federal de Medicina.
Existem mais de 122 métodos alternativos e complementares
• cristais
• cogumelo do sol
• lavagem intestinal
• hidroterapia
• uso de vitaminas e chás
• alguns alimentos
• picada de abelha
• babosa
• cartilagem de tubarão / boi (etc)
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