Medicina personalizada: a saúde prolongada pela pesquisa gênica

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Medicina personalizada: a saúde prolongada pela
pesquisa gênica
Medicina personalizada: a saúde prolongada pela pesquisa gênica
22/05/2013 22:18:14
Pacientes com câncer são beneficiados com a nova técnica que pesquisa o tumor e personaliza o
tratamento
A medicina vem avançando cada vez mais no Brasil, acompanhando as pesquisas e tendências
mundiais. Com esse avanço tecnológico, a oncologia vem sendo beneficiada. Entre as técnicas mais
avançadas da atualidade está a medicina personalizada, um mérito da genética que possibilita
adequar o tratamento às características dos tumores de cada indivíduo. Tecnologia recente que vem
ajudando a melhorar a qualidade de vida e a sobrevida do paciente com câncer.
A medicina personalizada é a famosa terapia alvo. No caso da oncologia, o paciente com tumor é
avaliado e são verificados quais são os “alvos” que esse tumor expressa, para que a partir daí se
defina um tratamento e se for o caso, utilizar drogas inteligentes que se direcionam para esses alvos
específicos, defeitos que estão somente dentro das células doentes. De acordo com a oncologista
clínica do Centro Oncológico do Triângulo – COT, Valéria Ribeiro, para se ter uma terapia alvo eficaz
é preciso ter um alvo eficaz. “Normalmente esses alvos são genes, então, por exemplo, duas
pessoas podem ter um tumor de mama, mas com uma carga gênica diferente, ou seja, expressam
proteínas diferentes, conferindo a um tumor mais ou menos agressividade que o outro. E a partir
desta diferenciação da manifestação do tumor é que eu consigo definir qual é a terapia mais
adequada para cada pessoa”, explica a especialista.
A terapia alvo já vem trazendo excelentes benefícios para os pacientes com câncer. Dentre eles
temos o exemplo do câncer de mama, que já representa um aumento de 50% na expectativa de vida
dos pacientes que tiveram a terapia definida a partir da medicina personalizada. “No câncer de
mama, 20% dos pacientes apresentam um gene chamado de ‘Her 2 Neu’. Esse gene determina um
tumor mais agressivo e menos responsivo para quimioterapia. Se pelo exame, eu determinar esse
gene nesses 20% de mulheres que tem o ‘Her’ manifesto e amplificado, utilizamos um remédio que
age diretamente nesse gene inibindo o trabalho dele, proporcionando ao paciente com câncer um
maior tempo de vida e a uma maior remissão da doença. Essa terapia com esse remédio
especificamente, registrou cerca de 50% a mais de chances de cura em casos que a paciente
recebeu o Trastzumab (Herceptin) antes do tumor estar metastático e, por ser um remédio alvo, ele
tem menos efeitos colaterais, pois atinge apenas as células que contêm o gene prejudicial”, afirma
Valéria.
Região acompanha os grandes centros mundiais
A terapia alvo está disponibilizada na maioria dos centros de quimioterapia bem estruturados do
país. No COT os pacientes passam por esse procedimento em vários tipos de tumores, como:
mama, intestino, pulmão, dentre outros.
A pesquisa gênica do tumor é feita em laboratórios especializados em patologia e genética. A
médica explica que o processo de diagnóstico é feito através do próprio material da biópsia do
paciente, o mesmo utilizado para diagnosticar o tumor. “São feitos testes que identificam a
assinatura biológica do tumor. O centro de oncologia que vai oferecer esse tratamento deve ter o
conhecimento de como aplicar as terapias alvo, quando fazer e encontrando os resultados, quais os
remédios aplicar em cada caso”, explica.
A expressão gênica, até mesmo não tendo um alvo, é uma forma de definir qual o melhor tratamento
e qual o prognóstico de cada paciente, segundo a especialista. “Antes se fazia a quimioterapia da
mesma forma para todos os pacientes. E hoje sabemos que o câncer engloba mais de 100 doenças
diferentes. Então porque tratar todo mundo igual se as doenças são diferentes? Hoje estamos
conseguindo identificar o fator genético e personalizar mais o tratamento”, afirma Dra. Valéria que
percebe o avanço da medicina da região: “participo sempre de congressos internacionais e o que
percebo é que temos condições de aplicar na cidade as práticas oferecidas nos melhores centros. A
evolução tecnológica está revolucionando os tratamentos de câncer e proporcionando aos pacientes
uma maior qualidade de vida e maior sobrevida”, finaliza.
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