Teoria do Conhecimento

Propaganda
TEORIA DO CONHECIMENTO:
Investigando o Saber
Professora Meire
CONHECIMENTO: UM TEMA PARA MUITAS
DISCUSSÕES

A teoria do conhecimento pode ser definida
como a investigação acerca das condições do
acontecimento verdadeiro. Neste sentido
podemos dizer que existem tantas teorias
quantos foram os filósofos que se
preocuparam com o problema, pois é
impossível constatar uma coincidência total
de concepções mesmo entre filósofos que
habitualmente são classificados dentro de
uma mesma escola ou corrente.
2
DIFERENTES REFLEXÕES FILOSÓFICAS:

as origens;

as possibilidades;

os fundamentos;

a extensão;

e o valor do conhecimento.
3
IDADE MODERNA:
A partir desse período é que a Teoria do Conhecimento
passou a ser tratada como uma das disciplinas centrais
da Filosofia.
 Importantes colaborações dos pensadores e suas obras
na valorização da Teoria do Conhecimento;
 Renê Descartes, filósofo francês (1596-1650);


John Locke, filósofo inglês (1632-1704);

Immanuel Kant, (1724-1804).
4
SUJEITO E OBJETO: ELEMENTOS DO
PROCESSO DE CONHECER


O que é afinal conhecer? Conforme analisa o filósofo
norte-americano contemporâneo, Richard Rorty, na
concepção de grande parte dos filósofos, “conhecer é
representar cuidadosamente o que é exterior à mente”,
isto é, uma “imagem” ou “ reprodução mental da coisa
conhecida.
Dependendo da corrente filosófica, será dada, no
processo de conhecimento, maior importância ao
sujeito (é o caso do idealismo) ou ao objeto (é o caso
do realismo ou materialismo)
5
REALISMO
 De
acordo com as teoria realistas do
conhecimento, as percepções que temos dos
objetos são reais, ou seja, correspondem de
fato ás características presentes nesses
objetos, na realidade. Por exemplo: as formas e
cores que o sujeito percebe no pássaro são
cores e formas que o pássaro realmente tem
em si.
6
NO REALISMO “MAIS” INGÊNUO...
Isto é, menos crítico, o conhecimento ocorre por uma
apreensão imediata das características dos objetos,
isto é, os objetos mostram como realmente são ao
sujeito que o percebe, determinando o conhecimento
que então se estabelece.
 Há no entanto, outras formas mais críticas de
realismo, que problematizam a relação sujeito-objeto,
mas que mantêm a ideia básica de que o objeto é
determinante no processo de conhecimento.

7
IDEALISMO

Segundo as teorias idealistas do conhecimento, o
sujeito é que predomina em relação ao objeto, isto
é, a percepção da realidade é construída pelas
nossas ideias, pela nossa consciência. Assim, os
objetos seriam “construídos” de acordo com a
capacidade de percepção do sujeito.
Por exemplo:
 As formas e cores que o sujeito percebe no pássaro
são apenas ideias ou representações desses
atributos; não entra em questão se elas realmente
estão no pássaro
 Também no Idealismo, há posições mais ou
menos radicais em relação à afirmação do sujeito
como elemento determinante na relação de
conhecimento.

8
POSSIBILIDADES DO CONHECIMENTO: A
CAPACIDADE DE CONHECER A VERDADE
Somos capazes de conhecer a verdade? É possível
ao sujeito apreender o objeto? Afinal, quais são as
possibilidades do conhecimento humano?
 As respostas dadas a essas questões levaram ao
surgimento de duas correntes básicas e
antagônicas na história da filosofia:

1ª Ceticismo: que diagnostica a impossibilidade
de conhecermos a verdade.
 2ª Dogmatismo: que defende a possibilidade de
conhecermos a verdade.

9
 Ceticismo

absoluto: tudo é ilusório
Consiste em negar de
possibilidade de conhecer a
o ceticismo absoluto, o
afirmar, pois nada pode
certeza.
forma total nossa
verdade. Assim, para
homem nada pode
conhecer com total
Ceticismo relativo: o domínio do provável

O ceticismo relativo, como o próprio nome diz,
consiste em negar apenas parcialmente nossa
capacidade de conhecer a verdade, ou seja,
apresenta uma posição moderada em relação às
possibilidades de conhecimento, comparada ao
ceticismo absoluto.
10





Algumas doutrinas do ceticismo relativo:
Subjetivismo: Nasce com o o pensamento do grego
Protágoras, sofista do século V a. C., que dizia que “o
homem é a medida de todas as coisas”, ou seja, a
verdade é uma construção humana, ela não está nas coisas.
Relativismo: Entende que não existem verdades absolutas,
mas apenas verdades relativas, que têm uma validade
limitada a um certo, a um determinado espaço social,
enfim,a um contexto histórico etc
Probalismo:Propõe que nosso conhecimento é incapaz de
atingir a certeza plena. O que podemos alcançar é uma
verdade provável. Essa probabilidade pode ser digna de
maior ou menor credibilidade, mas nunca chegará ao nível
da certeza completa, da verdade absoluta.
Pragmatismo:Propõe uma concepção dos homens como
seres práticos, ativos, e não apenas como seres pensantes.
Por isso, abandonam a pretensão de alcançar a verdade,
entendida como a correspondência entre o pensamento e a
realidade.
11
 Dogmatismo:
a certeza da verdade
Uma doutrina é dogmática quando defende, de forma
categórica, a possibilidade de atingirmos a verdade.
Dentro do dogmatismo, podemos distinguir duas
variantes básicas:
 Dogmatismo ingênuo: Predominante no senso comum,
confia plenamente nas possibilidades do nosso
conhecimento.
 Dogmatismo crítico: Defende nossa capacidade de
conhecer a verdade mediante um esforço conjugado de
nossos sentidos e nossa inteligência ( trabalho metódico,
racional e científico).

12
CRITICISMO: BUSCA DE SUPERAÇÃO DO
IMPASSE ( CETICISMO E DOGMATISMO)
 Desenvolvido
pela filosofia de Immanuel Kant
no século XVIII, representa uma tentativa de
superação do impasse criado pelo ceticismo e
o dogmatismo.
 Tal
como o dogmatismo, acredita na
possibilidade do conhecimento, mas se pergunta
pelas reais condições nas quais seria possível
esse conhecimento. Trata-se de uma posição
crítica diante da possibilidade de conhecer.
 Assim o criticismo admite a possibilidade de
conhecer, mas esse conhecimento é limitado e
ocorre sob condições específicas, apresentadas
na por Kant na obra Crítica da razão pura.
13
ORIGENS DO CONHECIMENTO (AS FONTES DO SABER)
De onde se originam os conhecimentos?
 De onde se originam as ideias, os conceitos as
representações?
 De acordo com a resposta dada a esse problema,
destacam-se basicamente duas correntes filosóficas:
 1ª. Empirismo: “experiência sensorial”- defende que
todas as nossa ideias são provenientes de nossas
percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar,
olfato).
 “Nada vem à mente sem ter passado pelos sentidos” ,
“Nossa mente é como um papel em branco, desprovido
de ideias” = nossas ideias são provenientes de nossas
percepções sensoriais, ou seja, sem a experiência de
uma coisa não há ideia dessa coisa.
 (John Locke)

14
RACIONALISMO: A CONFIANÇA NA RAZÃO (DO LATIM:
RATIO = RAZÃO)
Designa a doutrina que atribui exclusiva confiança na
razão humana como instrumento capaz de conhecer a
verdade.
 Segundo
Descartes “Nunca nos devemos deixar
persuadir senão pela razão”
 Negação dos racionalistas a experiência sensorial:
 Fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa
realidade do mundo;
 Somente a razão humana trabalhando com os princípios
lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro , capaz
de ser universalmente aceito.
 Para o racionalismo, os princípios lógicos fundamentais
seriam inatos, isto é, eles já estão na mente do homem
desde o seu nascimento. Daí por que a razão deve ser
15
considerada como a fonte básica do conhecimento.

APRIORISMO KANTIANO: ENTRE A
EXPERIÊNCIA E A RAZÃO
Posição filosófica que busca um meio termo para as
distintas visões filosóficas: empirismo (considera a
experiência) e o racionalismo ( afirma ser a razão
humana a verdadeira fonte do conhecimento).
 Todo conhecimento começa com a experiência, mas que
a experiência sozinha não nos dá o conhecimento.


É preciso um trabalho do sujeito para organizar os
dados da experiência.
16
COMO É O SUJEITO A PRIORI
 Kant
buscou saber como é o sujeito a priori,
isto é, o sujeito antes de qualquer
experiência, e conclui que existem no homem
certas faculdades ou estruturas (as quais ele
denomina formas da sensibilidade e do
entendimento)
que
possibilitam
a
experiência determinam o conhecimento.
 Para Kant a experiência forneceria a matéria
do conhecimento (os seres do mundo),
enquanto a razão organizaria essa matéria de
acordo com suas formas próprias, estruturas
existentes a priori no pensamento (daí o
nome apriorismo)
17
APÓS KANT...
 Muitos
pensadores continuaram se
debruçando
sobre o problema do
conhecimento e chegando a posições
diversas do apriorismo de Kantiano.
 Como
em tantos outros campos da
Filosofia, a questão do conhecimento é
assunto que escapa a uma palavra final e
definitiva
18
Download