Fisiopatologias do sistema circulatório

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Fisiopatologias do
Sistema Sanguineo
Profª Cristiane Cipriano
Tecido Sanguineo ou Hematopoiético
O sangue é um tipo especial de tecido conjuntivo que
pode ser dividido em duas partes: plasma ( parte liquida) e
células sangüineas (elementos figurados do sangue).
Plasma
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É um líquido de concentração isotônica em relação às células que ali estão
mergulhadas. Sua composição química básica é água, sais minerais e proteínas.
Células
Existem basicamente três tipos de células sanguineas: eritrócitos (hemácias),
leucócitos e plaquetas.
Linfa
Tecido de transporte que é formado por uma parte líquida (plasma linfático) e células
do tipo linfático e leucócitos granulócitos.
Na linfa, não há hemácias, plaquetas e nem monócitos.
Coagulação Sangüínea
É o processo pelo qual podemos controlar e
estancar sangramentos.
Funções do Sangue:
1. Transporte de gases (O2 e CO2).
2. Transporte de alimentos para as células.
3. Coleta das excreções celulares.
4. Circulação de hormônios.
5. Defesa.
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DESENVOLVIMENTO DE CÉLULAS
SANGUINEAS E LINFÓCITOS
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FISIOPATOLOGIAS
 LEUCEMIA
 POLICITEMIA
 TROMBOCITOPENIA
 LEUCOCITOSE
 ANEMIA PERNICIOSA
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LEUCEMIA
Leucemia é caracterizada pela
produção excessiva de células
brancas anormais, superpovoando a
medula óssea. A infiltração da
medula óssea resulta na diminuição
da produção e funcionamento de
células
sanguíneas
normais.
Dependendo do tipo, a doença pode
se espalhar para os nódulos
linfáticos, baço, fígado, sistema
nervoso central e outros órgãos e
tecidos, causando inchaço na área
afetada.
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LEUCEMIA
A Leucemia se desenvolve na medula óssea, a qual produz
três tipos de células sanguíneas:
1. Células vermelhas que contêm hemoglobina e são responsáveis por
transportar oxigênio pelo corpo.
2. Células brancas que combatem infecções.
3. Plaquetas que auxiliam a coagulação sanguínea
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SINTOMAS DA LEUCEMIA
Danos à medula óssea resultam na
falta de plaquetas no sangue, as
quais são importantes para o
processo de coagulação. Isso
significa que pessoas com leucemia
podem sangrar excessivamente. As
células brancas do sangue, que estão
envolvidas no combate a agentes
patogênicos, podem ficar suprimidas
ou sem função, colocando o paciente
sob risco de infecções.
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SINTOMAS DA LEUCEMIA
Já a deficiência de células vermelhas
ocasiona anemia, a qual pode causar
falta de ar e fadiga. Pode ocorrer dor nos
ossos ou articulações por causa da
extensão do câncer a essas áreas. Dor
de cabeça e vômito podem indicar que o
câncer disseminou-se até o sistema
nervoso central. Em alguns tipos de
leucemia, os nódulos linfáticos podem
ficar dilatados. Todos esses sintomas
podem também ser atribuídos a outras
doenças. Para o diagnóstico é preciso
fazer teste de sangue e biópsia da
medula óssea.
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TIPOS DE LEUCEMIA
Leucemia é um termo amplo que cobre um
espectro de doenças.
São quatro principais tipos:
 Leucemia aguda x crônica
 Leucemia linfóide x mielóide
TIPOS DE LEUCEMIA
Leucemia aguda x crônica
Leucemia é dividida clinicamente e patologicamente nas formas aguda e crônica.
* Leucemia aguda é caracterizada pelo crescimento rápido de células sanguíneas
imaturas. Esse apinhamento torna a medula óssea incapaz de produzir células
sanguíneas saudáveis. A forma aguda de leucemia pode ocorrer em crianças e
adultos jovens. O tratamento imediato é necessário na leucemia aguda devido à
rápida progressão e acúmulo de células malignas, as quais entram na corrente
sanguínea e se espalham para outras partes do corpo. Se não houver tratamento, o
paciente morrerá em alguns meses ou até semanas.
* Leucemias crônicas são distinguidas pelo acúmulo de células sanguíneas
relativamente maduras porém ainda assim anormais. Geralmente levando meses ou
anos para progredir, as células brancas anormais são produzidas numa taxa bem
maior que as normais. Leucemia crônica geralmente ocorre em pessoas idosas,
mas pode afetar qualquer faixa etária. Enquanto a leucemia aguda deve ser tratada
imediatamente, a forma crônica alguma vezes é monitorada por algum tempo antes
do tratamento, para assegurar a eficiência máxima da terapia.
TIPOS DE LEUCEMIA
Leucemia linfóide x mielóide
Ainda, as doenças são classificadas de acordo com o tipo de células anormais mais
encontradas no sangue. Quando a leucemia afeta as células linfócitas, é chamada de
linfóide. Já quando as células mielóides são afetadas, a doença é chamada leucemia
mielóide.
Prevalência dos quatro tipos de leucemia
* Leucemia linfóide aguda é a mais comum em crianças pequenas. Ela também afeta
adultos, especialmente os de mais de 65 anos.
* Leucemia mielóide aguda ocorre mais em adultos do que em crianças.
* Leucemia linfóide crônica afeta mais adultos acima de 55 anos de idade. Algumas
vezes ocorre em adultos jovens, mas quase nunca em crianças.
* Leucemia mielóide crônica ocorre principalmente em adultos. Um número muito
pequeno de crianças é afetado.
CAUSAS
A causa exata da leucemia não é conhecida, mas ela é influenciada por fatores
genéticos e ambientais. Como outros tipos de câncer, as leucemias resultam de
mutações somáticas no DNA, as quais podem ocorrer espontaneamente ou devido à
exposição à radiação ou substâncias cancerígenas, e tem sua probabilidade
influenciada por fatores genéticos. Vírus também têm sido associados a algumas
formas de leucemia.
PROGNÓSTICO E TRATAMENTO
O prognóstico e tratamento diferem, e deve ser moldado de acordo com o tipo de
leucemia e características do paciente.
POLICITEMIA
É o aumento no número de hemácias no sangue.
Isso pode ocorrer, por exemplo, quando nos
deslocamos para regiões de elevadas altitudes,
onde o ar é rarefeito (pequeno teor de oxigênio)
o organismo através da liberação de um
hormônio produzido pelos rins, a eritrpoietina,
estimula a produção de hemácias, num
mecanismo de compensação para normalizar o
transporte de oxigênio para as células. Nesse
caso, temos a policitemia fisiológica.
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POLICITEMIA VERA
A Policitemia vera (também conhecida por
policitemia rubra vera) é um disturbio
mieloproliferativo crónico devido à uma
multiplicação clonal de uma célula
progenitora hematopoiética pluripotencial na
ausência de estímulo fisiológico reconhecível,
em que ocorre sobreprodução sobretudo de
eritrócitos, bem como de granulócitos e
plaquetas de fenótipo normal.
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POLICITEMIA VERA
Na policitemia vera, as células que produzem glóbulos
vermelhos (eritrócitos), mas também plaquetas e alguns
glóbulos brancos (granulócitos) estão a trabalhar demais e
sobrevivem demais. Assim produzem mais células para o
sangue do que deviam e impedem as outras células-mãe
boas de fazerem o seu trabalho. O fato de termos muitos
glóbulos vermelhos parece bom, mas como são demais
vão provocar sobretudo problemas quando passam nos
capilares. Como são demasiados, tornam o sangue muito
viscoso e podem "entupir" alguns vasos ou facilitar que
sangrem. Se esses vasos afetados forem no cérebro podem
por vezes dar acidentes vasculares cerebrais (tromboses no
cérebro).
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TROBOCITOPENIA
Trombocitopenia é a redução do número de
plaquetas no sangue. Quando a quantidade de
plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³,
diz-se
que
o
indivíduo
apresenta
trombocitopenia
(ou
plaquetopenia).
Pacientes com trombocitopenia possuem maior
tendência
a
apresentar
fenômenos
hemorrágicos (hemorragias), a depender da
causa da trombocitopenia e do número total de
plaquetas.
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CAUSAS
 Redução da produção medular: em caso de aplasia medular, fibrose
ou inflamação por células malignas, quimioterapia antineoplásica e
hipoplasia megacariocótica congênita. O diagnóstico pode ser realizado
através da biópsia de medula óssea.
 Aumento do sequestro esplênico: A esplenomegalia eleva a
quantidade de plaquetas aprisionadas no baço, aumentando a taxa de
lise plaquetária, comumente causadas por hipertensão porta, leucemia
com infiltração esplênica de células tumorais, linfoproliferação esplênica
(linfoma) e ainda na doença de Gaucher.
CAUSAS
 Aumento da destruição plaquetária: A sobrevida das plaquetas pode
ser encurtada devido a vasos anormais, próteses vasculares e trombos
de fibrinas. Como por exemplo podemos citar, próteses cardíacas.
 Indução por fármacos: Ingestão de grandes quantidade de álcool, uso
de diuréticos, uso de estrogênios e fármacos mielosupressores induzem
supressão medular da produção da linhagem plaquetária. Antibióticos
como sulfatiazol, sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, heparina,
entre outros, podem induzir destruição imunológica das plaquetas
(formação de complexo antígeno-anticorpo e ativação do complemento).
A trombocitopenia pela heparina ocorre em 1-3% dos pacientes que
recebem esta droga por mais de uma semana. O uso de heparinas, de
baixo peso molecular, reduz o risco do desenvolvimento da
plaquetopenia.
SINAIS E SINTOMAS
Dependem da causa da trombocitopenia e do valor da
contagem plaquetária. A manifestação clássica da
trombocitopenia sintomática é o sangramento.
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LEUCOCITOSE
A leucocitose é o aumento no número de glóbulos brancos
(leucócitos) no sangue. Ocorre em muitas circunstâncias diferentes
e constitui um valioso meio de diagnóstico de certas doenças.
Contudo, também pode ser o resultado de uma reação normal em
certas condições, como a gravidez, a menstruação e o exercício
muscular. Exceto neses casos, a leucocitose é geralmente devida a
existência de um processo inflamatório. Assim, no decurso de
muitas doenças infecciosas agudas, como, por exemplo, a
pneumonia, o número destes glóbulos brancos está muito
aumentado.
Os leucócitos constituem a primeira linha de defesa do organismo e por isso, aumentam
em número no sangue periférico de forma reacional, frente a grande variedade de
estímulos. Leucocitose é o aumento na concentração dessas células no sangue periférico,
acima de 10.000 – 12.000/mm3 no adulto.
LEUCOCITOSE
O aumento da taxa de produção de
granulócitos é a forma mais óbvia para a
leucocitose, onde um número maior de
células-mãe entra em divisão num curto
espaço de tempo. Habitualmente elas se
dividem em 2,5 dias, mas em condições de
estresse podem fazê-lo em doze horas. Pode
haver também, em situações especiais,
diminuição da auto-regeneração das célulasmãe com produção de maior porcentagem de
progenitores, ampliação do número de
divisões mitóticas que ocorrem no processo
de proliferação ou encurtamento do tempo de
trânsito
através
do
compartimento
proliferativo.
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CAUSAS
Diversos estímulos podem levar à leucocitose, tais como:
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 Estímulos físicos: frio, calor, luz do sol, irradiação, choque elétrico, anóxia, dor, queimaduras,
trauma, cirurgia, anestesia;
 Atividade estressante: exercício vigoroso, convulsões, náusea, vômito, menstrução/ovulação,
gravidez e trabalho de parto;
 Drogas e hormônios;
 Toxinas;
 Distúrbio metabólico: uremia, acidose, eclâmpsia, crise de gota, tireotoxicose, necrose
hepática aguda, infarto agudo do miocárdio e gangrena gasosa; tumores: carcinoma gástrico,
broncogênico, hepatocelular, pancreático, uterino, células escamosas, colon, de Hodgkin, linfoma
de grande célula;
 Infecções e Inflamações.
ANEMIA PERNICIOSA
Anemia
perniciosa
ou
de
Biermer,
megaloblástica, é exemplo de uma anemia
carencial (freqüente em regimes vegetarianos
ou em idosos com má nutrição), ou de fator
intrínseco (também chamado de Castle). A
designação megaloblástica provém da
libertação prematura dos eritrócitos pela
medula óssea, devido à carência de vitamina
B12, o que lhes confere o aspecto gigante,
característico dos megaloblastos.
www.med.nyu.edu
A vitamina B12 e o ácido fólico, são necessários à síntese do DNA e portanto das
mitoses (no processo de divisão celular), acarretando a sua insuficiência um aumento
do tamanho das células (megaloblastos) da linha eritroblástica, libertadas
precocemente pela medula óssea na circulação sanguínea e designadas por
megalíticos. Essencial para formação de hemácias (células vermelhas).
ANEMIA PERNICIOSA
A deficiência comum é a que decorre da falta
de absorção da vitamina, por uma doença
auto-imune da mucosa do estômago - a
gastrite atrófica – que é rara antes dos 40
anos, aumenta de freqüência com a idade, até
tornar-se muito comum na velhice. A
incidência é maior no sexo feminino, em
pacientes com doenças da tireóide e com
vitiligo. A falta de vitamina B12 causa anemia
e
alterações
neurológicas,
que
são
progressivas e mortais se não houver
tratamento, dando o nome de anemia
perniciosa dado à doença antes de sua
notável e recente descoberta.
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SINTOMAS
Anos de absorção inadequada são
necessários para o esgotamento
das reservas de B12 do organismo,
mas a partir daí, a anemização é
rápida:
 Há glossite (lígua vermelha e
ardente);
 Surgem dormências, depois
falta
de
sensibilidade,
nas
extremidades;
 E, por fim, deterioração mental
irreversível
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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O hemograma mostra que a anemia é macrocítica, isto é,
caracterizada pela presença de eritrócitos (glóbulos
vermelhos) maiores que o usual. A dosagem de vitamina
B12 no soro sangüíneo é útil para o diagnóstico, que se
completa pela notável resposta ao tratamento de reposição:
dois ou três dias após a primeira injeção intramuscular de
vitamina B12, o paciente sente-se eufórico, bem disposto e
com apetite. A anemia cura-se em poucas semanas; os
sintomas neurológicos de modo mais lento. Como a gastrite
atrófica é uma doença definitiva, o tratamento com uma
injeção mensal de B12 deve ser mantido por toda a vida.
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As fontes de vitamina B12 são as carne, ovos, leite, legumes e em especial
o fígado, necessitando da presença do fator intrínseco, produzido pelas
células parietais da mucosa gástrica (no estômago), para o seu transporte,
através da mucosa intestinal; a sua absorção efetua-se no íleo terminal.
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