perfil clínico do choque séptico de uma uti

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ARTIGO DE MONOGRAFIA APRESENTADO AO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA
MÉDICA EM UTI PEDIÁTRICA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA HMIB/SES/DF
PERFIL CLÍNICO DO CHOQUE
SÉPTICO DE UMA UTI
PEDIÁTRICA DE BRASÍLIA
Paula de Oliveira Abdo
Orientador: Dr Alexandre Serafim
www.paulomargotto.com.br
Brasília, 31 de março de 2016
INTRODUÇÃO
O processo séptico se dá em uma evolução crescente
de gravidade
Sepse: SIRS + evidência de infecção
Choque séptico: Sepse + hipoperfusão (hipotensão,
alteração da perfusão periférica, diminuicão da
diurese, alteração do estado de consciência)
INTRODUÇÃO
Pacientes com grande variabilidade de apresentação
e desfecho clínico
Resposta cardiovascular inclui: disfunção ventricular
e tônus vascular alterado
Adulto: DC alto / RVS baixa
Ceneviva et al determinaram que 80% dos choques
pediátricos têm o padrão de RVS aumentada e DC
normal ou baixo
INTRODUÇÃO
Atualmente a maior parte dos estudos é feita em
adultos e traz a realidade de outros países
Recentemente Brierley no Reino Unido e Ranjit na
India reclassificaram choques pediatricos de acordo
com sua apresentacão hemodinâmica
Reconhecemos a necessidade de estudar as
apresentacoes hemodinâmicas mais comuns dos
choque séptico na UTI do HMIB
OBJETIVOS
Identificar um padrão hemodinâmico e
perfil clínico dos pacientes com choque
séptico da UTIP HMIB
Elaborar estatísticas que representem a
nossa realidade local e o perfil pediátrico
MÉTODOS
Coorte prospectiva
Pacientes: crianças fora da faixa etária neonatal com
diagnóstico de choque séptico no início ou durante a
internação no período de julho a novembro de 2015
Variáveis: dados de exames clínico, laboratoriais e de
imagem registrados no próprio prontuário médico
eletrônico
MÉTODOS
Exame Clínico
• Idade
• Sexo
• Data da
internação
Exame físico
• FC
• PAS
• PAD
• PAM
• TEC
• Débito
urinário
Exames
laboratoriais
• Lactato
• SVC
• Bicarbonato
Hemodinâmica
• IC
• Escore de
inotrópico
RESULTADOS
Julho a Novembro
90 admissões
9 CHOQUES SÉPTICOS
+ 1 PACIENTE
PREENCHEU CRITÉRIO
2X NA MESMA
INTERNAÇÃO
10 AMOSTRAS
DESCRIÇÃO DEMOGRÁFICA DOS
PACIENTES
Idade, m (média/mediana)
27/7
Sexo feminino, n (%)
6 (66,6%)
Doenças de base, n (%)
6 (66,6%)
Hemoculturas positivas, n (%)
Gram negativo, n (%)
5 (55,5%)
4 (44,4%)
Pós operatórios, n (%)
2 (22,2%)
Clínicos, n (%)
7 (77,7%)
Procedência PS HMIB, n (%)
5 (55,5)%
Foco
Abdominal, n (%)
Respiratório, n (%)
Pele, n (%)
5 (50%)
4 (40%)
1 (10%)
DISCUSSÃO
HIPOTENSÃO NA ADMISSÃO
PAS: 30% choque hipotensivo à admissão
PAM: 10% choque hipotensivo à admissão: dados menos
anotados
DISCUSSÃO
≠ PAS/PAD: Ranjit et al
Vasodilatado: ≠ maior que 40mmHg e/ou PAD menor que a
metade da PAS
NO NOSSO ESTUDO: 8 choques frios e 2 choques quentes
Ressalva: Não classificar o choque apenas pelo exame
físico
Ranjit et al: 14 pacientes erroneamente classificados devido
hipovolemia: vasoconstrição periférica compensatória.
No nosso estudo, os 2 casos de choque quente foram por
gastroenterite que levou a quadro de hipovolemia
importante
DISCUSSÃO
LACTATO
MARCADOR DE PERFUSÃO TECIDUAL
Ranzani, et al. avaliaram valor prognóstico do lactato
na evolução dos pacientes com choque e sepse grave
Maior letalidade nos choques com lactato maior que 2
NOSSO ESTUDO: 57,1% COM LACTATO ALTERADO,
SENDO 4 MAIS ALTOS QUE 2
1 ÓBITO (LACTATO 2,4)
LACTATO X PA
DISCUSSÃO
SVC: em desuso para pacientes com choque séptico
isolado
Última atualização Surviving Sepsis Campaign foi
retirado como meta a ser normalizada nas primeiras
6h
ProCESS / ARISE
NOSSO TRABALHO: 40% FOI COLETADO
DISCUSSÃO
MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA: ecocardiograma
Análise rápida, relativamente simples, porém de
grande impacto
Quase 80% dos pacientes realizaram eco em algum
momento da internação
Desatenção da equipe ou falta de prática na aquisição
das imagens, apenas 1 criança teve os dados coletados
corretamente
DISCUSSÃO
DESFECHO CLÍNICO
TEMPO DE RESOLUÇÃO DO CHOQUE
Média de 6,4 dias: menor foi de 2 dias e o maior de 18
dias
LIMITAÇÕES
Amostra pequena
Período curto
Leitos bloqueados na unidade
Redução no número de admissões
Dependência da descrição e anotação completa dos
dados em prontuário
CONCLUSÕES
Perfil clínico do Choque séptico da UTIP HMIB:
CHOQUE FRIO
NAO HIPOTENSOS À ADMISSÃO
LACTATO ALTERADO
RESOLUÇÃO EM MENOS DE UMA SEMANA
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