PARA ESTUDAR MELHOR IIi

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PARA ESTUDAR MELHOR III – RESENHA
1 INTRODUÇÃO
Entende-se por resenha uma impressão crítica de obra das várias áreas da ciência, das artes,
das literaturas e da filosofia, para publicação ou divulgação. Como atividade acadêmica, é utilizada
para que o estudante se familiarize com a análise dos argumentos utilizados para se demonstrar,
provar e descrever um determinado tema.
A resenha tem papel importante na vida acadêmica, pois é através delas que se toma
conhecimento prévio do conteúdo do valor de uma obra, seja para estudo ou para trabalho
particular.
Resenhar, portanto, significa enumerar cuidadosamente os principais aspectos de uma
produção, visando a sua descrição minuciosa e detalhada das idéias fundamentais da obra,
procurando informar o leitor, de maneira objetiva sobre o assunto tratado e a sua contribuição.
Podemos também considerar que a elaboração de resenhas é o primeiro passo para introduzir
o aluno na pesquisa. A resenha além de reduzir o texto (deve ser sintética, aproximadamente de 3 a
5 folhas digitadas), permitir opiniões e comentários, inclui julgamentos de valor, tais como
comparações com outras obras da mesma área do conhecimento, a relevância da obra em relação às
outras do mesmo gênero.
2 TIPOS DE RESENHA
Informativa - limita-se a expor o assunto com a maior objetividade possível;
Critica - exposição objetiva do assunto com comentários críticos e interpretativos, discutindo,
comparando e avaliando o ensaio, formulando o resenhistas um conceito sobre o valor o trabalho
(obra).
3 ESTRUTURA REDACIONAL DA RESENHA
3.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: apresentação de informações sobre a obra e sobre o autor
(es), bem como sobre quem produz a resenha.
Credenciais da obra: • Autor (es). Título (subtítulo). Imprensa (edição, local da edição,
editora, data, número de páginas). • Ilustrações (gráficos, tabelas, fotos, etc.).
Credenciais do autor (quem é ele): •
Autoridade na área do
conhecimento.Títulos.
Cargos exercidos. Outras obras.
Credenciais do resenhista(quem é ele): Autor. Formação universitária. • Instituição a que
pertence.
3.2 ANÁLISE/ESTUDO DA OBRA
Resumo das ideias principais expressas pelo autor. Descrição sintetizada do conteúdo dos
capítulos ou partes em que se divide a obra.
Conclusões do autor: O autor faz conclusões? (ou não?). Onde foram colocadas? (separadas
no final da obra, ou dos capítulos?). Quais foram?
Quadro de referências do autor: Modelo teórico, influências sofridas pelo autor (que
autores ele cita para amparar seus argumentos?).
3.3 REFERENCIAL DO RESENHISTA
Julgamento da obra: Como se situa o autor às circunstâncias culturais, sociais, econômicas,
históricas, etc.
Crítica do resenhista: Julgamento da obra do ponto de vista da coerência entre a posição
central e a explicação, discussão e demonstração;
Mérito da obra: qual a contribuição dada para o desenvolvimento da ciência; originalidade;
- conhecimentos novos, amplos, abordagens diferentes;
Estilo empregado: conciso, objetivo, simples; claro, preciso, coerente; linguagem correia;
ou o contrário.
Indicação da obra: - a quem é dirigida; fornece subsídios para o estudo de que disciplina;
pode ser adotado para que?
O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informação encontrados,
sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer elogios aos méritos da obra, desde que
sinceros e ponderados. Quem tem condições de realizar este item?
Entretanto, mesmo que o resenhista tenha competência na matéria, isso não lhe dá o direito de
fazer juízo de valor ou deturpar o pensamento do autor, é fundamental que o mesmo estabeleça um
diálogo com o autor.
4. EXEMPLO DE RESENHA CRÍTICA
LIVRO NO UNIVERSO DAS IDÉIAS (Alethea Muniz, da equipe Jornal Correio
Braziliense, 17 de maio de 2001).
Se você se interessa por filosofia, mas não sabe por onde começar a viagem pelo universo das
idéias, eis a dica: História do Pensamento, 463 páginas, escrito pelo britânico Bertrand Russell
(1872-1970), lançamento da Ediouro Publicações. A credibilidade da obra começa pela assinatura
do autor, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1950 e respeitado lógico matemático,
fundador da filosofia analítica junto com Kurt Gödel. Russell já tinha publicado os dois volumes da
História da Filosofia Ocidental (1945) quando decidiu escrever História do Pensamento Ocidental.
São obras diferentes, embora tratem do mesmo assunto. Enquanto a primeira esmiúça em dois
tomos (da antigüidade aos padres da primeira filosofia católica; e da reforma protestante ao século
20) a filosofia ocidental, a Segunda apresenta uma espécie de panorama das idéias ocidentais, a
partir da base anterior. (aqui se vê a parte descritiva e dados bibliográficos da obra da obra). Uma
das qualidades do autor é o didatismo. Não se trata de exposição chata, com esquemas que
subestimam a capacidade do leitor, mas de contextualizar cada pensador no seu tempo. E relacionálo com acontecimentos históricos e sociais, da maneira mais clara possível. A linguagem é simples
e não se detém em extensas explicações conceituais. (aqui se vê a crítica e opinião do resenhador).
Boa parte do livro é dedicada aos gregos e, ao fazer isso, o autor tinha plena consciência de que
poderia ser bastante criticado pela "generosidade" com eles. Mas defende que está ali a base do
pensamento. Textos de Platão e Aristóteles são tratados pontualmente - a Poética, por exemplo,
ganhou três páginas. O leitor dificilmente se surpreenderá com a seleção de autores listados, pois
Russell não foge do cânone filosófico do período entre os pré-socráticos e Wittgenstein. (aqui se vê
a parte narrativa da obra: resumo). Ao percorrer as páginas de História do Pensamento Ocidental,
deve-se ter clara a idéia de que se trata é um analítico fazendo história da filosofia. Essa informação
é fundamental para entender especialmente a parte dedicada aos existencialistas, a quem Russell
acusa de tentar passar por lógicas as observações psicológicas. (aqui se vê a parte narrativa da obra:
resumo). A edição apresenta uma série de diagramas e imagens "úteis à discussão de idéias ou
abstrações menos familiares", mas na realidade pouco dialogam com o texto ao lado. São
dispensáveis à compreensão do conteúdo, embora de inegável valor estético (vê-se aqui a crítica do
resenhador quanto à presença de diagramas e imagens na obra). De qualquer maneira, está feito o
convite. Como disse Russell se o livro for suficiente para o leitor se aprofundar em qualquer um dos
temas, seu propósito terá sido alcançado.
5 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO DE RESENHA
5.1 Elementos Pré-textuais (capa, e outros)
5.2 Elementos Textuais [Introdução, desenvolvimento (a resenha), conclusão]
5.3 Elementos Pós-textuais (bibliografia, anexos)
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