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Avaliação ultrasonográfica do aparelho
locomotor distal em equídeos de tração
no Distrito Federal
Bello, C.A.1; Sales, J.V.F.2; Rajão, M.D.3; Maranhão, R.P.A.4; Godoy, R.F.5
1 – Mestranda em saúde animal pela UnB, 2- Aluna de graduação da UnB, 3- Médica veterinária do segundo ano de residência do hospital de grandes animais da UnB, 4- Professora de clínica de equinos
da UFMG. 5- Professora de clinica cirúrgica de grandes animais da UnB.
Introdução
Resultados
Nos grandes centros urbanos, uma das atividades que
mais cresce é a utilização de eqüinos de tração para o
recolhimento e destino do lixo e entulhos produzidos. Dessa
forma, o animal de tração surge como uma ferramenta de
trabalho indispensável, cuja saúde e longevidade devem ser
observadas (REZENDE, 2004).
A inspeção e a palpação são recursos essenciais na
avaliação do sistema locomotor eqüino; entretanto, é
importante a associação desses às técnicas de diagnóstico
por imagem, disponíveis na atualidade, como por exemplo, a
ultrasonografia. A ultrasonografia diagnóstica é o método de
eleição a ser utilizado para tecidos moles, uma vez que possui
as vantagens sobre a nuclear imaging por oferecer imagens
em real-time e por utilizar-se de aparelhos portáteis (ALLEN;
STONE, 1990). O objetivo deste estudo foi avaliar
ultrasonograficamente
as
estruturas
tendinosas
e
ligamentosas da superfície flexora dos membros torácicos de
20 cavalos de tração no Distrito Federal sem histórico de
patologia locomotora.
Nenhum eqüino apresentou lesões nas estruturas avaliadas.
Embora este dado contrarie os dados de Maranhão et al. (2006)
que encontraram uma quantidade considerável de tendinites,
desmites e tenossinovites destas estruturas. Porém, no estudo
de Maranhão et al. (2006) os pesquisadores selecionaram
animais que apresentavam sinais clínicos de lesão locomotora,
contrariamente a este estudo em que animais sem claudicação
foram estudados. A escolha de animais sem claudicação para a
pesquisa de eventuais lesões advém da tentativa de se saber
se animais de tração possam estar exercendo seu trabalho sem
claudicar, mas possuir lesões em tecidos moles. Pensando-se
no estudo em tela e no de Maranhão et al. (2006) podemos
inferir de que as lesões tendíneas e ligamentosas
provavelmente levam à claudicação, haja visto que não
encontrou-se nenhum animal sem claudicação e com lesões.
Quanto às medidas das áreas das estruturas avaliadas
(Quadro 1), todas as áreas encontraram-se dentro dos valores
normais para eqüinos, porém abaixo dos valores encontrados
para Mangalarga Marchadores (ARISTIZABAL et al., 2005), e
não houveram diferenças entre o membro torácico direito e o
esquerdo. No estudo de paralelismo das fibras tendíneas, podeNeste estudo foram utilizados 20 animais de tração, todos
se observar um bom paralelismo em todos os animais.
sem raça definida, com idade variando de 2 a 15 anos (média
de 6,5 anos), sendo 35% do sexo masculino e 65% do sexo
feminino. A amostra constitui-se de cavalos de tração
afastados do trabalho por algum período de tempo. Todos os
animais foram previamente submetidos a exame físico
(estático e dinâmico), e ultrasonográfico.
A
avaliação
Quadro 1: Médias das áreas transversais obtidas para cada estrutura
ultrasonográfica foi realizada no terço distal da superfície
tendínea
ou
ligamentosa
dos
membros
torácicos
de
20
animais
de
tração,
Brasília
flexora dos membros torácicos dos eqüinos que participaram
– DF, 2009.
do estudo. As estruturas avaliadas foram: tendões flexores
digitais profundos (TFDP), tendões flexores digitais
superficiais (TFDS), ligamentos acessórios dos tendões
flexores digitais profundos (LATFDP) e ligamentos
suspensórios (LS) com o uso do aparelho Sono Site com a
probe linear de 7,5mHz em tempo real com um anteparo de
silicone acoplado. Foram gravadas duas secções de cada
membro sendo uma longitudinal e outra transversal segundo a
orientação do transdutor (Figura 1). Posteriormente essas
imagens foram passadas para o computador e a partir das
secções longitudinais e com o uso do programa Image J
Figura 1: Exame ultrasonográfico de um animal do experimento mostrando
foram mensuradas as áreas de todas as estruturas já citadas
Em A a secção longitudinal dos tendões flexores e ligamento suspensório
Do boleto e em B a secção longitudinal das mesmas estruturas.
acima. A partir das secções transversais foi-se analisado o
paralelismo das fibras de colágeno.
Metodologia
Conclusão
As lesões de tendões e ligamentos levam à claudicação na maioria dos casos.Daí a importância clínica de qualquer alteração
observada no exame ultrasonográfico. Os animais de tração possuem padrão de área próprios em relação à atividade que
desempenham.
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