O Contexto das Famílias em Situação de Vulnerabilidade Social

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O CONTEXTO DAS FAMILIAS
EM SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE SOCIAL
Coordenadoria da Assistência Social do Município de São Paulo
Região Centro Oeste
Margarida Mª A. Mota
“O homem não vê o universo a
partir do universo, o homem
vê o universo desde um lugar”
Milton Santos
ATUAL LÓGICA PARA PENSAR POLÍTICAS E
PARA PLANEJAR
O social subjaz à economia
-Sociedade de mercado
-Globalização (perversa)
Pobres/portadores de características de
pobreza
-Ausência de renda
-Condições de vida abaixo da dignidade
humana
-Discriminações e sofrimento esmagam a
qualidade das condições de vida
QUAL É O CONTEXTO MACRO
Desigualdade na distribuição da renda
– Forte concentração de renda – 1% dos mais ricos ganham mais
que 50% dos pobres
OUTROS FATORES
– Localização espacial
– Discriminação racial
– Disparidade do nível de escolaridade
– Desemprego ou sub-emprego
– Exclusão política – falta de canais apropriados , de
representação e participação para setores mais vulneráveis da
população
QUE CIDADE É ESTA?
PAÍS
URUGUAI
SYNGAPURA
NORUEGA
NICARAGUA
FINLANDIA
DINAMARCA
PARAGUAI
ISRAEL
SUECIA
PORTUGAL
BÉLGICA
HUNGRIA
GRECIA
CUBA
Fonte: PNUD/2000
10.434.252 HABITANTES
POPULAÇÃO
3,3 milhões
3,5 milhões
4,4 milhões
4,9 milhões
5,2 milhões
5,3 milhões
5,4 milhões
6 milhões
8,9 milhões
9,9 milhões
10,02 milhões
10,1 milhões
10,6 milhões
11,2 milhões
O TERRITORIO E CIDADANIA
• .....o valor do indivíduo depende, em larga
escala, do lugar onde está.....
• ....em nosso país, o acesso aos bens e
serviços essenciais, públicos e até mesmo
privados é tão diferencial e contrastante, que
uma grande maioria de brasileiros, acaba por
ser privada desses bens e serviços......
Santos,Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1987)
bairro de alta renda
Favelas: símbolo da
desigualdade social
QUE FAMÍLIA É ESTA?
Vulnerabilidade Social
conceito multidimensional
Dimensões:
- Renda
- Escolaridade
- Idade e Estrutura Familiar
- Condições de Habitação
-IPVS 1,2,3,4,5 e 6 (setor
censitario)
Sendo que 5 e 6 – piores indices
de muita vulnerabilidade social
Vulnerabilidade Social
Famílias:
– que residem em domicílios com serviços de infraestrutura
inadequada;
– com renda per capita inferior a meio salário mínimo com idosos
ou pessoas com deficiência;
– com renda familiar per capita inferior a um quarto de salário
mínimo ou com renda familiar per capita inferior a meio salário
mínimo;
– com pessoas de 0 a 14 anos e responsável com menos de 4
anos de estudo;
– com chefe mulher, sem cônjuge, com filhos menores de 15
anos e analfabeta;
– com pessoas de 16 anos ou mais, desocupadas, com 4 ou
menos anos de estudo;
– com adolescentes entre 10 a 15 anos que trabalhem;
– com crianças de 4 a 14 que não estudem. (2005:135)
Vulnerabilidade Social: fenômeno
multidimensional
• Econômicas: vulnerabilidades
decorrentes da desregulamentação do
trabalho, aumento da informalidade;
• Sociais: baixo conhecimento social e
educacional, deficiência de formação
profissional e dificuldade de acesso à
saúde, saneamento etc.;
Vulnerabilidade Social: fenômeno
multidimensional
• Políticas: baixa participação política,
exclusão da interlocução;
• Intergeracional: processo cíclico
familiar recorrente;
• Topografia Social: espaços defasados
de recursos institucionais e culturais.
Na Cidade de São Paulo, 1.345.577 , ou
13%, de habitantes em situação de alta
e muito alta vulnerabilidade social
13
Alta e Muito Alta
Nenhuma e Baixa
46
Média
41
Fonte: “Índice Paulista de Vulnerabilidade Social” – IPVS – Fundação Seade
Olhar para além das condições de vida das populações
significa considerar também suas potencialidades. Por
entre imagens e mapas, medidas de lugares e entre lugares
se encontra o desafio de melhor conhecer as cidades para
melhor intervir no chão onde tudo acontece, onde se
evidenciam as necessidades e afloram as potencialidades,
onde se dão as relações do âmbito privado e público, onde
os homens se encontram.
O Território é o “chão das relações” entre os
homens, onde se concretizam as
particularidades, as diferenças e desigualdades
sociais, políticas, econômicas e culturais.
Porém, prevalece o sentido genérico, em que as
cidades são conhecidas pelas suas médias e não
pelas suas diferenças e desigualdades internas
Políticas para demandas genéricas não
alcançam as particularidades , portanto não
atendem a todos. Precisamos pensar políticas
redistributivas e inclusivas.
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