Todos os baptizados são sacerdotes?

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 Perceber
a nossa
dignidade
de
participantes
do
Sacerdócio
de Cristo
 Tomar
consciência
de que toda
a vida
do cristão
deve ser um
“sacrifício
espiritual”
Cântico: Fizestes de nós, Senhor, para Deus, um reino de sacerdotes
Ap 4,11; 5,9-10.12 (Liturgia das Horas – Solenidade de Cristo Rei)
«Sois digno, Senhor nosso Deus,*
de receber a glória, a honra e o poder;
porque fizestes todas as coisas,*
e pela vossa vontade existiram
e foram criadas.
9Sois digno de receber o livro e de abrir
suas páginas seladas,*
porque fostes imolado,
e nos remistes para Deus com o vosso
sangue,*
homens de toda a tribo, língua, povo
e nação,
11
Cântico: Fizestes de nós, Senhor, para Deus, um reino de sacerdotes
Ap 4,11;5,9-10.12 (Liturgia das Horas – Solenidade de Cristo Rei)
e fizestes de nós, para Deus, um reino
de sacerdotes,*
que reinarão sobre a terra.
10
É digno o Cordeiro que foi imolado*
de receber o poder e a riqueza,
a sabedoria e a força,†
a honra, a glória e o louvor.»
12
Diz o Código do Direito Canónico, Cân. 204, § 1:
“Fiéis são os que, incorporados em Cristo
pelo Baptismo, foram constituídos como povo
de Deus e se tornaram a seu modo
participantes do múnus sacerdotal, profético e
real de Cristo, e, segundo a condição própria
de cada um, são chamados a exercer a missão
que Deus confiou à Igreja para esta realizar
no mundo” (Cfr. LG, 31).
Jesus foi constituído
por Deus Pai como
 Sacerdote,
 Profeta
 e Rei.
E como Ele Se fez, pela
Encarnação, a Cabeça
da Igreja, todo o Povo
de Deus, por Ele, passou
a participar dessas três
funções do Salvador;
consequentemente,
assumimos com Ele
a responsabilidade
da missão salvífica
da humanidade, com
todo o serviço do Reino
Inseridos ou
incorporados
em Cristo
pelo Baptismo,
nós somos
um com Ele
e, portanto,
co-responsáveis
pela Sua missão
redentora.
Cristo é o único e verdadeiro Sacerdote.
Cada baptizado é chamado a participar
no Seu Sacerdócio.
A missão sacerdotal de Cristo
é também nossa.
A Sagrada Escritura
recorda, em diversas
passagens, esta nossa
condição sacerdotal:
“Ele fez de nós um
reino, sacerdotes
para Deus e seu Pai”
(Ap 1,6);
“Vós sois linhagem escolhida, sacerdócio
régio, nação santa, povo adquirido
em propriedade, a fim de proclamardes
as maravilhas daquele que vos chamou
das trevas para a sua luz admirável” (1Pe 2,9);
“também vós - como pedras vivas - entrais
na construção de um edifício espiritual,
em função de um sacerdócio santo, cujo fim
é oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus, por Jesus Cristo” (1Pe 2,5).
O antigo culto,
privilégio
de alguns
apenas,
está agora
ao alcance
de todos
e não apenas
do Sumosacerdote.
O novo culto
é concedido
a todos e em
todo o tempo,
desde que
incorporados
em Cristo
pelo Baptismo
e pelo esforço
de viver
permanentemente
unidos a Ele
e aos outros.
Não basta ter sido baptizado;
é preciso viver a nossa condição de ‘pedras vivas’,
sempre dispostas a edificar aquele edifício
espiritual de que Cristo é a ‘Pedra angular’,
no qual todos somos participantes,
onde cada um tem o seu lugar único e especial,
sempre em comunhão com os outros,
para que o edifício seja firme sobre a Pedra angular.
Todos os Baptizados são,
“por Cristo, com Cristo, em Cristo”,
um sacerdócio santo,
oferecendo-se com Ele, como Ele
como vítimas ao Pai.
S. Paulo diz-nos (Rom 12,1):
Eu vos exorto, irmãos, pela misericórdia
de Deus, a oferecerdes os vossos corpos
em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus:
Tudo isto
não no temor,
mas
na confiança
e na alegria
(Heb 4,16; 10,19-22;
13,15).
Podemos perguntar:
Como viver este sacerdócio assim?
Uma das respostas é-nos dada pelo exemplo
dos primeiros cristãos em Act 2, 42-47,
mostrando uma comunidade de cristãos
unida na caridade e na fidelidade
aos ensinamentos de Jesus:
ao ensino dos Apóstolos,
à união fraterna,
à fracção do pão
e às orações.”
Act 2, 42-47
“Não será função sacerdotal consagrar
ao Senhor uma consciência pura
e oferecer
no altar
do
coração
a hóstia
imaculada
da nossa
piedade?”
(S. Leão Magno, séc V - Sermões 4,1).
Do mesmo modo que oferecemos
no altar do coração esse sacrifício
de que fala S. Leão Magno,
oferecemos
no altar da vida de todos os dias
o nosso esforço
de nos santificarmos
e de santificarmos
o mundo
em que vivemos.
Em Col 3,17 S. Paulo
resume esta nossa
missão sacerdotal
nas recomendações
que faz aos cristãos:
“Tudo quanto fizerdes,
por palavras ou por obras,
fazei-o em nome do Senhor Jesus,
dando por Ele graças a Deus Pai”.
Mas é nos sacramentos, especialmente
na Eucaristia, que todos nós, de modo
ainda mais íntimo unidos a Cristo e aos
irmãos, juntamente com o sacerdócio
ministerial,
assumimos a
nossa comum
vocação
sacerdotal ao
oferecermo-nos
com Cristo,
na hóstia
consagrada,
ao Pai
do Céu.
1 – Se Cristo
é o único sacerdote,
porque podemos dizer
que todos os baptizados
são sacerdotes também?
2 – Em que consiste
o nosso sacerdócio?
(ler as passagens bíblicas indicadas no
texto e completar com mais algumas)
3 – Como expressamos
na Eucaristia a nossa
condição sacerdotal?
Ap 1,6 - e fez de nós
um reino, sacerdotes
para Deus e seu Pai;
1Pe 2,9 - Vós, porém,
sois linhagem escolhida,
sacerdócio régio, nação
santa, povo adquirido
em propriedade, a fim
de proclamardes as
maravilhas daquele que
vos chamou das trevas
para a sua luz admirável;
1Pe 2,5 - também
vós - como pedras
vivas - entrais na
construção de um
edifício espiritual,
em função de um
sacerdócio santo,
cujo fim é oferecer
sacrifícios
espirituais
agradáveis a Deus,
por Jesus Cristo.
Heb 4,16 - Aproximemo-nos, então, com grande
confiança, do trono da graça, a fim de alcançar
misericórdia e encontrar graça para uma ajuda
oportuna.
Heb 10,19-22 - Temos, pois, irmãos, plena
liberdade para a entrada no santuário por meio do
sangue de Jesus. Ele abriu para nós um caminho
novo e vivo através do véu, isto é, da sua
humanidade e, tendo um Sumo Sacerdote à frente
da casa de Deus, aproximemo-nos dele com um
coração sincero, com a plena segurança da fé,
com os corações purificados da má consciência
e o corpo lavado com água pura.
Heb 13,15 - Por meio dele, ofereçamos
continuamente a Deus um sacrifício de louvor,
isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
Declamar com unção o poema, seguido de breves instantes de silêncio.
Ou então outra oração à escolha.
Ofertório
Aceita, Senhor, a cor cinzenta deste fim de tarde
Aceita o rumor de fundo donde Te chamamos
Aceita o pão e as dores do nosso mundo
O vinho e as mãos que são de sangue e são de festa
Aceita o dom que Te oferecemos
O dom maior e mais perfeito:
Jesus Cristo, nossa aliança
No Espírito,
Que nos sustenta os braços
E em nós clama: Pai!
(Ofertório, de José Augusto Mourão. In: Dizer Deus ao (des)abrigo do Nome)
Siglas usadas neste texto:
Ap = Apocalipse
Act = Actos dos Apóstolos
LG = Lumen Gentium = Constituição Dogmática
sobre a Igreja
Mt = Mateus
1Pe = Primeira Carta de Pedro
Rom = Carta de São Paulo aos Romanos
Heb = Carta aos Hebreus
Texto 2009-2010 – “Escolhidos e Enviados”
Imagens – Internet
Realização – Maria Rosária Nunes
Franciscana Missionária de Maria
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