12 O Sacerdócio Santo de Deus

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O SACERDÓCIO SANTO DE DEUS
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O Sacerdócio Santo
de Deus
“...Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos
libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o
domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1:5, 6).
Como um homem maduro e um cidadão norteamericano, já vivi sob dois códigos de lei. Quando
criança, eu vivia sob um conjunto de leis que o meu país
estabeleceu para os menores de idade. Naquele tempo,
eu não podia dirigir um carro, possuir uma casa, ter uma
conta bancária, nem podia votar. Eu tinha de viver sob
a supervisão dos meus pais. Minha assinatura em
qualquer documento não significava nada, a menos que
fosse endossada pela assinatura do meu pai ou da minha
mãe. Era tratado como uma criança, e leis especiais
regiam minha vida e me protegiam.
Agora, como adulto, vivo sob uma outra série de leis.
Dentro dos limites dessas leis, posso ter e dirigir um
carro, posso ter uma casa, uma conta bancária e posso
votar em candidatos a cargos políticos. Debaixo desse
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código de leis, sou um indivíduo mais livre, mas tais
privilégios pessoais vêm acompanhados de responsabilidades pessoais. Optando por trabalhar e ganhar dinheiro,
tenho a obrigação de pagar impostos sobre o dinheiro
que ganhei. Tenho o direito de tomar decisões sozinho
sem a autorização de meus pais, mas serei julgado pela
lei como um indivíduo responsável pelas próprias ações.
Trata-se de um novo código de leis sob as quais vivo
como adulto, um código marcantemente diferente do
código sob o qual eu vivia quando era criança.
Os judeus do primeiro século encontravam-se numa
circunstância semelhante. Experimentaram viver sob
dois conjuntos de leis ou alianças. Viveram, outrora,
debaixo da lei de Moisés, sacrificando no templo,
observando as festas anuais, indo a Deus através dos
sacerdotes especialmente instituídos e guardando todas
as outras leis dadas por intermédio de Moisés. Daí, o
cristianismo foi inaugurado em Jerusalém no primeiro
Pentecostes após a ressurreição de Cristo. Quando alguns
judeus tomaram a decisão de seguir Cristo sendo a Sua
igreja, entraram na nova aliança de Deus, deixando a lei
de Moisés e submetendo-se a um novo conjunto de leis.
Como cristãos debaixo da nova aliança, andavam pela
fé, viviam de acordo com a vontade de Cristo, revelada
pelos apóstolos, e serviam e adoravam a Deus sendo o
corpo espiritual de Cristo.
Quando os judeus passaram pela transição da lei de
Moisés para o cristianismo, talvez uma verdade que
tenha se destacado para alívio deles foi que Deus já não
tinha pessoas escolhidas entre o Seu povo para O
servirem como sacerdotes, mas todas as pessoas do seu
povo eram Seus sacerdotes. Segundo a nova aliança,
Cristo fez de todos que foram lavados no Seu sangue
“reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai” (Apocalipse
1:6). Em Cristo, somos “raça eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”
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(1 Pedro 2:9). Fomos acrescentados à igreja de Cristo que
está sendo edificada “casa espiritual para [sermos]
sacerdócio santo, a fim de [oferecermos] sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo” (1 Pedro 2:5). Esse sacerdócio constituído por
todos os cristãos deve nos motivar assim como motivou
os judeus, inspirando em nós fascinação, reverência e
um profundo sentimento de gratidão.
O aspecto da igreja como sacerdócio, quando compreendido, estimula todo cristão. Na era anterior, Deus
honrou os levitas tornando-os sacerdotes; e, na presente
era, Deus honra cada pessoa que se converte a Cristo,
tornando-a um sacerdote em Seu reino.
Será que essa verdade a respeito do sacerdócio de
todos os filhos de Deus nos fascina? Será que conseguimos ver a importância disso? Façamos uma análise
mais profunda desse aspecto.
UM PRIVILÉGIO SACERDOTAL CONCEDIDO
POR DEUS
Aos que se tornaram cristãos foi-lhes conferido um
privilégio sacerdotal. Deus os honrou com um relacionamento especial com Ele, assim como Ele honrou os
sacerdotes do Antigo Testamento.
Os sacerdotes mosaicos tinham uma comunhão
diferenciada com Deus. Viviam diariamente na presença
de Deus de uma maneira não usufruída pelos demais
israelitas. Em todo local em que acampavam, as tendas
eram posicionadas diretamente em frente ao tabernáculo,
perto da presença visível de Deus. Quando Israel
estabeleceu-se em Canaã, os sacerdotes, juntamente com
os levitas, receberam Deus como sua propriedade especial, no lugar de receberem um lote de terra. Receberam
de fato quarenta e oito cidades com seus arredores para
ali viverem (Josué 21:41), mas eram sustentados pelas
outras tribos, a fim de dedicarem tempo integral ao
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serviço de Deus. Todo sacrifício que era trazido por
Israel para ser oferecido no tabernáculo era oferecido a
Deus por um sacerdote. Deus havia separado os sacerdotes para se associarem a Ele de maneira preferencial.
Essa comunhão íntima com Deus usufruída somente
pelos sacerdotes nos tempos do Antigo Testamento é
concedida na era cristã a todo cristão. Todo o que vem a
Deus através do evangelho é adotado pela família de
Deus e é considerado uma pessoa “exclusivamente [sua]”
(Tito 2:14). Pessoas que outrora não “eram povo” são
agora “povo de Deus” (1 Pedro 2:10). Aqueles que “estavam longe” (Efésios 2:17) de Deus foram trazidos para
“perto” pelo sangue de Cristo Jesus (Efésios 2:13). Deus
(João 14:23), Cristo (Efésios 3:17; Colossenses 1:27) e o
Espírito Santo (1 Coríntios 6:19, 20) habitam em nós.
Andamos diariamente em comunhão com o Pai, com Jesus
Cristo (1 João 1:3) e com o Espírito Santo (Romanos 8:5).
Moisés desceu do Monte Sinai com a primeira cópia
dos Dez Mandamentos esculpidos em duas tábuas de
pedra, e deparou-se com os israelitas se curvando diante
de um bezerro de ouro numa adoração idólatra. Ele
jogou as tábuas no chão, como que dizendo: “Antes que
eu descesse do Monte Sinai com estes mandamentos,
vocês já os haviam quebrado!” Ele moeu o bezerro até
virar pó e lançou esse pó no ribeiro que descia do monte
(Deuteronômio 9:21), de cujas águas o povo bebia. Moisés
pôs-se em pé, à entrada do arraial e disse: “Quem é do
Senhor venha até mim” (Êxodo 32:26). Imediatamente, a
tribo de Levi juntou-se a ele em corajosa lealdade e
apoio. Moisés ordenou que a tribo de Levi atravessasse
o arraial e matasse os que fossem culpados de idolatria.
Seguiram fielmente a ordem de Moisés, permitindo-se
ser instrumentos do juízo de Deus. Por causa da
fidelidade desses homens a Deus, Deus os honrou durante todo o resto da dispensação mosaica, concedendolhes o privilégio de serem Seus sacerdotes escolhidos.
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Os da família de Arão eram Seus sacerdotes e o restante
dos levitas os assistiam no culto ao Senhor. Assim, os
levitas receberam a maior honra que Deus pode conceder a alguém — a honra de serem Seus servos
escolhidos no mundo!
Através de Cristo, qualquer um hoje pode receber a
honra que Deus concedeu somente aos levitas nos dias
do Antigo Testamento. Todo o que vem a Cristo por fé
e em obediência é acrescentado ao povo separado por
Deus, Seu sacerdócio santo.
Essa verdade fascinante tem uma mensagem para
nós. Em primeiro lugar, deve nos fazer lembrar que
Deus deu ao Seu povo remido importância e valor na
Sua ótica. Fomos elevados da condição de nada sermos
para sermos propriedade especial de Deus. Não somos
simplesmente “um povo”; somos “o povo de Deus”.
Além disso, essa verdade deve deixar claro qual é nossa
missão neste mundo. Somos servos de Deus num sentido
particular. E mais, essa verdade deve produzir em nós
uma atitude de eterna gratidão. Estamos onde estamos
e somos o que somos por causa da graça de Deus.
UM ACESSO SACERDOTAL A DEUS
Os que são membros do corpo espiritual de Cristo
têm um acesso sacerdotal a Deus. Não temos de ter como
intermediário nenhum outro homem para nos aproximarmos de Deus. Através de Cristo, temos livre acesso
a Deus.
Os judeus só podiam se achegar a Deus através de
um sacerdote humano. Deus falava aos judeus através
de um profeta ou um sacerdote, e os judeus sacrificavam
a Deus através de um sacerdote. Os judeus precisavam
de um mediador humano que servisse de ponte para o
abismo entre eles e Deus.
Agora, em Cristo, os cristãos podem ir diretamente a
Deus por meio de Jesus. Todas as barreiras entre Deus e
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o homem foram retiradas pela cruz tanto para judeus
como para gentios. No final de um trecho sobre a unidade
que judeus e gentios tinham em Cristo, Paulo mencionou
esse acesso: “Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai
em um Espírito” (Efésios 2:18). Mais tarde, Paulo
escreveu: “Pelo qual temos ousadia e acesso com
confiança, mediante a fé nele” (Efésios 3:12). Jesus é o
único mediador necessário para que o cristão vá até
Deus: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo
2:5).
Tenho dois presidentes em minha vida. O mais
imediato é o presidente da Harding University, onde
leciono Bíblia diariamente. Ele é o meu chefe. Vejo-o
todos os dias na capela e falo com ele muitas vezes em
reuniões de professores e quando passo por ele no pátio.
Converso com ele em eventos sociais e vejo-o nos cultos
de adoração na igreja da faculdade, dos quais participo
quando não estou fora pregando. Falo com ele tão
freqüentemente e tenho estado tão próximo dele há
vários anos, que o considero meu amigo pessoal. Posso
telefonar para ele a qualquer hora do dia, que ele me
atende para falar comigo sobre aquilo que eu desejar. Se
ele não puder atender o telefone, ele retorna a ligação
assim que puder.
O segundo presidente da minha vida é o presidente
dos Estados Unidos. Nunca falei com ele pessoalmente.
Só o vi pessoalmente uma vez, e foi de longe, avistandoo num carro num desfile. Tudo o que realmente sei a
respeito dele é o que tenho lido nos jornais ou visto na
televisão. Não posso dizer que o conheço como um
amigo. Não sei nada a respeito de sua vida pessoal que
seja de primeira-mão, e ele não sabe nada a respeito da
minha vida. Se eu precisasse telefonar para ele para
conversar sobre um assunto importante, ele não me
atenderia. Tudo o que me diriam é que meu recado seria
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dado. Ele vive num mundo totalmente distante do meu.
Não tenho acesso real à vida dele e ao poder que ele tem,
exceto no momento do voto, quando a nação o escolhe,
a cada quatro anos. O que ele faz me afeta, mas ele nunca
me vê e eu só posso vê-lo a distância.
Q uem quer que vá até Ele
com fé e obediência é acrescentado
ao povo separado por Deus,
Seu sacerdócio santo.
Qual é a diferença entre esses dois presidentes? É
simplesmente a seguinte: tenho acesso a um e não tenho
acesso ao outro. A diferença está em uma palavra:
“acesso”. Minha relação com Deus, uma vez que sou
cristão, poderia ser comparada com minha relação com
o presidente da Universidade Harding. Através de
Cristo, tenho acesso livre e desimpedido a Deus. Posso
aproximar-me dEle em oração, a qualquer hora. Ando
diariamente na companhia e na força dEle. Por ser o
Deus Todo-Poderoso, Ele nunca precisa me deixar
esperando, nem tem de retornar uma chamada quando
oro. A porta que leva à Sua presença, por causa de
Cristo, está sempre aberta para mim. Ele não só permite
que eu entre na Sua presença, mas me dá boas-vindas.
Ele anela por essa comunhão comigo e eu também.
Verdadeiramente, Ele é o meu Pai celestial.
Os judeus que estavam sob a lei de Moisés não
tinham o acesso a Deus que eu tenho como cristão. Eles
iam a Deus através dos sacerdotes levitas. Deus estava
constantemente com eles, mas o acesso a Ele era limitado
a uma aproximação através de um sacerdócio humano.
Essa verdade a respeito do acesso sacerdotal que os
cristãos usufruem deve não só nos estimular, mas
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também nos dar energia. Deus nos recebe em Sua
presença, desfruta de nossa comunhão e nos dá liberdade
de nos aproximarmos dEle, assim como um pai dá
permissão a seus filhos. Aproveitemos essa oportunidade
de ter comunhão com Deus através da oração, do
companheirismo e do serviço espiritual.
UMA FUNÇÃO SACERDOTAL PARA DEUS
Como cristãos, temos uma função sacerdotal. Realizamos o trabalho de sacerdotes.
Nos tempos do Antigo Testamento, os sacerdotes
ofereciam os sacrifícios a Deus em nome de todo o
Israel. Só os sacerdotes podiam entrar no Santo Lugar,
no tabernáculo, quando a adoração a Deus era conduzida.
O israelita comum, comparecia na entrada do tabernáculo e era representado dentro do tabernáculo pelos
sacerdotes. No grande Dia de Expiação, o sumo sacerdote
entrava no Santo dos Santos, na presença de Deus, com
o sangue do sacrifício expiatório, através do qual os
pecados da nação eram purificados até o próximo Dia de
Expiação. Além dessas responsabilidades relativas à
adoração, os sacerdotes tinham uma comissão específica
dada por Deus de ensinar Suas leis para todo o Israel,
para que a nação soubesse com certeza qual era a vontade
de Deus para eles.
Essas funções santas dos sacerdotes durante o Antigo
Testamento encontram paralelo no que se requer que os
cristãos façam na presente era cristã. Não são oferecidos
sacrifícios de animais na dispensação cristã, mas os
sacrifícios espirituais de cantar, orar, observar a ceia do
Senhor, contribuir financeiramente, estudar a Palavra
de Deus e prestar o culto cristão são oferecidos a Deus
por todos os cristãos. A respeito de cantar, o autor de
Hebreus disse: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a
Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de
lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13:15). Na
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linguagem apocalíptica, as orações dos santos na terra
são descritas como incenso colocado no altar de ouro
(Apocalipse 8:3). Um dos propósitos amplos da igreja na
terra é oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus
por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5). O escritor
de Hebreus retrata a porta que leva à presença de Deus
como estando sempre aberta para os cristãos, através do
sangue de Cristo:
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo
dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo
caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua
carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus,
aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência
e lavado o corpo com água pura (Hebreus 10:19–22).
Cristo Jesus tornou-se nosso grande e eterno Sumo
Sacerdote, e todo cristão é um sacerdote que pode ir até
Deus, a qualquer hora e em qualquer lugar através dEle.
Nosso Salvador “entrou no Santo dos Santos, uma vez
por todas, tendo obtido eterna redenção” para nós
(Hebreus 9:12). Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam um sacrifício de animal e levavam o
sangue para dentro do Santo dos Santos, uma vez por
ano, para a expiação dos pecados da nação, mas Cristo
entrou no próprio céu oferecendo-se a Si mesmo (Hebreus 9:24, 25). Agora, através desse sacrifício pessoal
que Cristo fez, Ele continuará sendo nosso Sumo
Sacerdote para sempre, constituindo-nos, assim, um
sacerdócio pessoal diante de Deus. Por conta disso, aos
cristãos é ordenado ensinar a Palavra de Deus por todo
o mundo para que todo homem saiba da graça salvadora
de Cristo (Marcos 16:15, 16).
A função de um objeto geralmente indica sua identidade. Porque um instrumento tem um cabo longo e uma
pá cortante em sua extremidade, nós o chamamos de pá.
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Porque uma ferramenta pequena tem um cabo curto
com uma cabeça de metal numa extremidade e é utilizada
para martelar, nós a chamamos de martelo. Uma vez que
os cristãos devem funcionar como sacerdotes perante
Deus, não deve nos surpreender que o Novo Testamento nos chame de sacerdotes. O Novo Testamento
refere-se aos cristãos especificamente como sacerdotes
três vezes (Apocalipse 1:6; 5:10; 20:6) e em muitíssimas
outras vezes esse sacerdócio está implícito na função
que eles desempenham (1 Pedro 2:5, 9; Hebreus 13:15).
O fato de sermos convidados pelo Senhor para operar
neste mundo como sacerdotes é uma verdade que deve
nos dar uma visão mais clara da importância de nosso
trabalho e serviço. Qualquer sacerdote do Antigo Testamento tinha um senso de importância envolvendo todas
as suas atividades — pois ele era um servo especial de
Deus, guiando Sua nação na adoração e no serviço
diante de Deus. Da mesma maneira, sendo o sacerdócio
santo de Deus hoje, nós adoramos, servimos e ensinamos
com gratidão a Deus por ter atribuído a nós essa
incomparável função na terra.
Exercendo a função de sacerdotes de Deus, devemos
ter um grande senso de responsabilidade. O chefe de
certa transportadora colocou uma placa acima do portão
de saída para os motoristas dos caminhões lerem, quando
partiam com a carga para diferentes destinos. A placa
dizia: “Ao atravessar este portão, você é o representante
desta empresa”. Quando as pessoas viam aqueles
motoristas, viam a empresa. Como sacerdotes de Deus,
representamos Deus neste mundo. Amigo sacerdote,
será que estamos levando a sério nossa responsabilidade?
CONCLUSÃO
Os cristãos, portanto, são o sacerdócio santo de Deus
na era cristã. Temos um acesso sacerdotal a Deus, foram-nos concedidos privilégios sacerdotais e estamos
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cumprindo uma função sacerdotal no mundo. Tornamonos objetos da mais sublime honra, sendo separados
para ser o povo exclusivo de Jeová. Recebemos o mais
sublime chamado para sermos santos, iguais a Deus.
Temos o mais sublime trabalho, tendo recebido a função
de sacerdotes de Deus.
Você é cristão? Já permitiu que Cristo o purificasse
dos pecados, tornando-o um de Seus sacerdotes? Devemos querer ser cristãos, não só por causa do que o
cristão ganha, mas também por causa do que o cristão é
e faz.
Nossos cânticos entoam nossos interesses, nossa
fidelidade e nossos valores. Isto também se aplica ao
céu. Quais cânticos estão sendo cantados no céu? Observe o cântico que foi entoado pela corte celestial,
quando o Cordeiro pegou o livro com os sete selos da
mão dAquele que ocupava o trono:
“Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos,
porque foste morto e com o teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e
nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra” (Apocalipse 5:9, 10).
Se o presidente do seu país lhe pedisse para servir a
nação fazendo parte do seu gabinete, você aceitaria? É
muito provável que sim. Se o prefeito do seu município
lhe pedisse para servir sua cidade prestando um serviço
especial para ele, você aceitaria? Com certeza, aceitaria.
Deus, o Criador do universo, Aquele que ofereceu
redenção a você através do Seu Filho, está pedindo que
você vá até Ele e sirva a Ele e a este mundo sendo o Seu
sacerdócio. Você vai aceitar esse convite?
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QUESTÕES PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
1. Compare as leis dos menores com as leis dos adultos de
seu país.
2. Descreva como os judeus do primeiro século poderiam
estar confusos quanto à lei que deveriam se sujeitar, a lei
de Moisés ou a nova lei de Cristo.
3. O que você acha que poderia se destacar como algo
realmente diferente, na mente de um judeu que se tornara
cristão?
4. Que tipo de relacionamento especial existia entre Deus e
o sacerdote do Antigo Testamento?
5. Como o fato de sermos sacerdotes de Deus nos dá um
senso de valor e importância hoje?
6. O que significa a expressão “acesso a Deus”?
7. Aliste bênçãos específicas de que usufruímos por conta
de termos acesso a Deus.
8. Como funcionamos como sacerdotes de Deus hoje?
9. Aliste as passagens bíblicas que se referem aos cristãos
como sacerdotes de Deus.
10. Como Apocalipse 5:9, 10 reflete o sacerdócio dos crentes?
11. Como uma pessoa se torna um sacerdote de Deus hoje?
12. Qualquer um pode se tornar um sacerdote de Deus hoje?
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