lobo frontal: suas funções e alterações

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OS LOBOS CEREBRAIS
Prof. Félix Díaz
FACED/UFBA
PRIMEIRA PARTE
PRINCIPAIS CAUSAS DAS ALTERAÇÕES
DOS LOBOS CEREBRAIS
INTRODUÇÃO
CAUSA NEUROLÓGICA
(alguma alteração cerebral)
RESPOSTA NEUROPSICOLÓGICA
(alteração neuropsicopatológica)
CAUSAS NEUROLÓGICAS
1) Alterações da maturidade cerebral e sua
alteração neuropsicológica...
(mielinização, crescimento neuronal, ramificaões neuronais,
sinaptogêneses, podas dendrítias, conexões nervosas, etc.)
CAUSAS NEUROLÓGICAS
2) Disfunções Cerebrais Mínimas (DCM) e sua
alteração neuropsicológica...
(5-10% população, majoritariamente no sexo masculino-4:1, QI sobre 80:
médio/superior, adquiridos, herdados e genéticos)
CAUSAS NEUROLÓGICAS
Lesões como tais (significativas) e sua
alteração neuropsicológica...
(lesões produto de AVC, tumores, infecções, traumatismos, eletricidade,
intoxicações, malformações genéticas, desnutrição, etc.)
SEGUNDA PARTE
LOBOS CEREBRAIS:
SUAS FUNÇÕES E ALTERAÇÕES
LOBOS FRONTAIS
Os lobos frontais, que inclui o córtex motor, o córtex pré-motor e o
córtex pré-frontal, estão envolvidos no planejamento de ações e
movimentos, assim como no pensamento abstrato. A atividade nos lobos
frontais aumenta nas pessoas normais somente quando temos que
executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência
de ações que minimize o número de manipulações necessárias. A parte
da frente dos lobos frontais é a de maior importância: o córtex préfrontal, tem que ver com a estratégia operativa das ações: decidir que
sequências de movimento ativar e em que ordem e avaliar o seu
resultado (3ro Bloco de Luria). As suas funções parecem incluir o
pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da
linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais,
julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva
(Funções Executivas). Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma
pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou
que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.
LOBOS OCCIPITAIS
Os lobos occipitais estão localizados na parte póstero-inferior do cérebro.
Coberta pelo córtex cerebral, esta área é também designada por córtex visual,
porque recepciona, processa e armazena os estímulos visuais (2do Bloco de
Luria). A área é constituída por várias sub áreas que processam os dados visuais
recebidos do exterior depois de terem passado pelo tálamo: há zonas
especializadas em processar a visão da cor, do movimento, da profundidade, da
distância, etc. Depois de percebidas por esta área - área visual primária- estes
dados passam para a área visual secundária. É aqui que a informação recebida é
comparada com os dados anteriores que permite, por exemplo, identificar um
cão, um automóvel, uma caneta. A área visual comunica com outras áreas do
cérebro que dão significado ao que vemos tendo em conta a nossa experiência
passada, as nossas expectativas. Por isso é que o mesmo objeto não é percebido
da mesma forma por diferentes sujeitos. Para além disso, muitas vezes o cérebro
é orientado para discriminar estímulos. Uma lesão nesta área provoca agnosia,
que consiste na impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e, em alguns
casos, os rostos de pessoas conhecidas ou de familiares.
LOBOS TEMPORAIS
• Os lobos temporais estão localizados na zona por
cima das orelhas tendo como principal função
processar os estímulos auditivos (2do Bloco de Luria).
Os sons produzem-se quando a área auditiva primária
é estimulada. Tal como nos lobos occipitais, é uma
área de associação - área auditiva secundária- que
recebe os dados e que, em interação com outras
zonas do cérebro, lhes atribui um significado
permitindo ao Homem reconhecer o que ouve. Sua
alteração prejudica a audição.
LOBOS PARIETAIS
Os lobos parietais, localizados na parte superior do cérebro, são
constituídos por duas subdivisões - a anterior e a posterior. A zona
anterior designa-se por córtex somato-sensorial e tem por função
possibilitar a recepção de sensações como o tato, a dor e a temperatura
do corpo. Nesta área primária, que é responsável por receber os
estímulos que têm origem no ambiente, estão representadas todas as
áreas do corpo e são as zonas mais sensíveis que ocupam mais espaço
nesta área, porque têm mais dados para interpretar. Os lábios, a língua e
a garganta precisam de uma maior área porque estes órgãos recebem
um grande número de estímulos. A área posterior dos lobos parietais é
uma área secundária que analisa, interpreta e integra as informações
recebidas pela área anterior ou primária, permitindo-nos a localização
do nosso corpo no espaço, o reconhecimento dos objetos através do
tato, etc. Ambas áreas (primária e secundária) formam parte do 2do
Bloco de Luria e sua alteração afeta por tanto, estas funções sensoriais.
LOBOS INSULARES
Pequenas porções corticais que se localizam
na base do cérebro na sua parte interna. È
pouco visível externamente porque está
rodeada das partes baixas dos lobos
temporais e occipitais. Suas funções
significativas estão relacionadas com a
sintonização do corpo e da mente
equilibrando ambos nas reações emocionais
e sexuais. Sua alteração afeta esta
coordenação.
RESUMO DAS ALTERAÇÕES
DOS LOBOS
(Isabel Durão)
A) ÁREAS CORTICAIS DE PROJECÇÃO: responsáveis das respostas
sensoriais e motoras (sistemas funcionais) ás estimulações do meio.
B) ÁREAS CORTICAIS DE ASSOCIAÇÃO: responsáveis pela integração de
novas informações com outras preexistentes, afetivas e cognitivas.
C) ZONA PRIMÁRIA: massa cortical principal, territorialmente extensa,
que tem relação com a produção de funções (sistemas funcionais).
D) ZONA SECUNDÁRIA: massa cortical não principal, territorialmente
menor que rodeia a zona primária auxiliando esta na produção de
funções (sistemas funcionais).
RESUMO DAS ALTERAÇÕES
DOS LOBOS
LOBO
FRONTAL
ÁREA SENSORIAL DE
PROJECÇÃO E SUA
FUNÇÃO
MOTORA PRIMÁRIA: responsável pelo movimento corporal.
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
PARALISIA CORTICAL: incapacidade de controlar movimentos
finos/perda da motricidade fina.
ÁREA
SECUNDÁRIADE
ASSOCIAÇÃO E SUA
FUNÇÃO
MOTORA SECUNDÁRIA : responsável pela coordenação dos
movimentos corporais.
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
APRAXIA: incapacidade de planejar e realizar de forma voluntária
movimentos orientados a um objeto/perturbação da organização da
ação voluntária/incapacidade de se expressar falando (afasia de Broca
ou apraxia da fala)e escrevendo (agrafia ou apraxia da escrita).
RESUMO DAS ALTERAÇÕES
DOS LOBOS
LOBO
PARIETAL
ÁREA SENSORIAL SOMATO-SENSORIAL PRIMÁRIA: recebe informações que se originam na
DE PROJECÇÃO E pele e nos músculos.
SUA FUNÇÃO
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
ANESTESIA: incapacidade para receber informação (estímulos) tácteis,
térmicos e de dor/perda da sensibilidade somática.
ÁREA
SECUNDÁRIA DE
ASSOCIAÇÃO E
SUA FUNÇÃO
SOMATO-SENSORIAL SECUNDÁRIA: coordena as mensagens recebidas.
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
AGNOSIA AUDITIVA: incapacidades de interpretar dados sensoriais/perda
da capacidade de reconhecer e identificar objetos conhecidos/perturbação
da organização do mundo sensorial.
RESUMO DAS ALTERAÇÕES
DOS LOBOS
LOBO
TEMPORAL
ÁREA SENSORIAL ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA: recebe os sons elementares.
DE PROJECÇÃO E
SUA FUNÇÃO
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
SURDEZ CORTICAL: incapacidade para receber informação dos estímulos
sonoros/perda da audição.
ÁREA
SECUNDÁRIA DE
ASSOCIAÇÃO E
SUA FUNÇÃO
ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA OU PSICOAUDITIVA: identifica e interpreta
os sons recebidos na área auditiva.
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
AGNOSIA AUDITIVA: incapacidade de reconhecer e identificar sons
vulgares/incapacidade de interpretar o discurso oral (afasia de Wernicke ou
surdez verbal).
RESUMO DAS ALTERAÇÕES
DOS LOBOS
LOBO
OCCIPITAL
ÁREA SENSORIAL ÁREA VISUAL PRIMÁRIA: recebe as mensagens captados pelos olhos.
DE PROJECÇÃO E
SUA FUNÇÃO
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
CEGUEIRA CORTICAL: incapacidade para receber informação dos estímulos
visuais/perda da visão.
ÁREA
SECUNDÁRIA DE
ASSOCIAÇÃO E
SUA FUNÇÃO
ÁREA AUDITIVA SECUNDÁRIA OU PSICOVISUAL: coordena os dados
recebidos na áreas visual permitindo o reconhecimento dos objetos.
COM ALTERAÇÃO
LESIONAL
AGNOSIA VISUAL: incapacidade de ler (alexia) por não poder reconhecer
as letras, embora veja os sinais gráficos.
REGISTRO DAS FUNÇÕES CEREBRAIS
•
Pierre Flourens, por volta de 1825, começou as primeiras descobertas relacionadas com funcionamento
cerebral. Anatomistas e fisiologistas desenvolveram novos métodos experimentais para intervir diretamente no
cérebro e observar os resultados destas intervenções sobre o comportamento de animais.
•
•
•
•
Métodos mais utilizados:
A ablação cirúrgica seletiva de partes do cérebro de animais superiores (analogia animal-homem).
A estimulação elétrica do cérebro de animais e seres humanos.
Os estudos clínicos, ou seja, pacientes com deficiências neurológicas ou mentais tiveram seus cérebros
examinados após a sua morte, numa tentativa de identificar com alterações detectáveis no tecido nervoso.
A eletrofisiologia, na qual elétrodos são colocados diretamente no cérebro, permite aos cientistas registrar a
atividade córtex cerebral de neurônios isolados ou grupos de neurônios, mas como requer uma cirurgia invasiva,
é uma técnica reservada apenas para cobaias animais.
A eletroencefalografia ou EEG, dá-se com a colocação de elétrodos sobre a pele, a fim de se registarem os
impulsos nervosos (de natureza eletro-química) gerados por diferentes partes do córtex cerebral. O exame
detecta apenas mudanças em larga escala e ocorridas apenas nas camadas mais externas do órgão. Com o
aparecimento dos métodos de imagem, a tomografia axial computorizada e da imagem por ressonância
magnética, vieram revolucionar o estudo do funcionamento do cérebro e tornar o diagnóstico médico mais
rigoroso.
A ressonância magnética funciona medindo as mudanças no fluxo de sangue dentro do cérebro, mas a atividade
dos neurônios não é diretamente medida, e não pode se distinguir onde a atividade é de inibição ou onde é de
excitação. Testes de comportamento podem avaliar sintomas de doenças e o desempenho mental, mas também
são medidas indiretas das funções cerebrais e podem não ser práticas em todos os animais. Análises feitas em
cadáveres de animais permitem o estudo da anatomia e da distribuição de proteínas no cérebro.
•
•
•
AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES CEREBRAIS
• Técnicas de Luria = funções em geral
• Escala (verbal-execução) de Inteligência Wechsler (WISC-WAIS) =
funções cognitivas (inteligência)
• D2 = atenção concentrada
• House-Tree-Person (gráfica-projetiva) = personalidade
• Teste de Desempenho Escolar = escrita-leitura- cálculo
• Torre de Ranói = planejamento e execução motora.
• Figura de Rey = memória visual-espacial e viso-construção
• Rey Auditory Verbal Learning Test = memória geral
• Hooper Test = percepção geral
• Trail Making = atenção
• Controlled Word Association = linguagem
• Etc...
LOBOS FRONTAIS E
FUNÇÕES EXECUTIVAS
FUNÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS
• 1-FUNÇÕES NEUROPSÍQUICAS GERAIS:
produzidas pelo conjunto de lobos (Sistemas
Funcionais-Blocos de Luria).
• 2-FUNÇÕES EXECUTIVAS: baseadas nas funções
neuropsíquicas gerais conformam um nível de
desempenho qualitativamente superior (sistema
funcional “especial” como combinação do fato
neuro-cerebral e a experiência pessoal).
O QUE SÃO AS
FUNÇÕES EXECUTIVAS?
• Chamasse assim ao conjunto de competências (ou habilidades)
altamente qualificadas que gerenciam, regulam e controlam nosso
comportamento para obter metas complexas.
• Estas funções permitem lidar consigo mesmo e fazer uso dos recursos
disponíveis para cumprir sucedidamente nossos objetivos.
• Sua natureza é psicológica: são um produto do cérebro (região préfrontal) que respondem a determinadas exigências do meio (externo
e/ou interno) provocando reações interpretativas adaptativas e/ou
modificadoras do meio e da própria pessoa.
F.E.
As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas que permitem nos
engajar em comportamentos organizados e orientados a objetivos, voluntária e
independentemente, tanto em situações novas e/ou conhecidas que requerem reajustamento segundo as demandas ambientais (Elliot, 2003; Gazzaniga, Ivry e Mangun,
2006; Huizinga, Dolan e Molen, 2006) relacionados com ações intelectuais, emocionais e
sociais (Lezak, Howieson e Loring, 2004).
Segundo Wagner (2006), as “funções executivas” são processos cognitivos especializados.
Lezak (1995) define o termo como uma série de habilidades cognitivas e princípios e
organização necessária para lidar com situações flutuantes e ambíguas do relacionamento
social e para uma conduta apropriada, responsável e efetiva.
Na concepção de Royall et al. (2002), “funções executivas” são atividades cognitivas
superiores que auxiliam no alcance de objetivos futuros.
F.E.
• Assim, as funções executivas (FE) referem-se
às habilidades cognitivas envolvidas no
planejamento, iniciação, seguimento e
monitoramento de comportamentos
complexos dirigidos a um fim.
• Elas permitem selecionar, decidir, adequar e
avaliar estratégias comportamentais para
resolver problemas cognitivos, emocionais e
comportamentais.
F.E.
• As funções executivas relacionam-se com o planejamento de ações, com
o que chamamos de memória operacional, ou seja, a capacidade de
manter algo em mente tempo suficiente para ser usado em uma tarefa
imediata (como guardar um número de telefone para ser discado por
exemplo) e ainda com a atenção, tanto a sustentada (quando temos de
manter a atenção em algo mesmo com distrações ao nosso redor) como a
alternância de atenção entre objetos (como por exemplo, o ato de ler um
livro e andar por um caminho tortuoso, ao mesmo tempo), a resolução de
problemas, o que envolve atenção, raciocínio (outra função executiva),
abstração (outra função executiva, também, sendo esta a capacidade de
imaginar uma situação ou algo não concreto a partir de pistas), inibição de
respostas não desejadas a uma determinada situação ou de
comportamentos inapropriados a uma certa situação, flexibilidade mental
(a capacidade que temos de resolver um problema de vários modos
diferentes, o que demonstra também nossa capacidade de atenção,
raciocínio lógico e abstração).
F.E.
• As funções executivas são o que o famoso
neuropsicólogo russo Alexandr Romanovich
Luria (ver link), e posteriormente seu aluno,
Elkhonon Goldberg (ver link), chamam de o
que nos fazem civilizados, humanos por
assim dizer. Assim, a história humana
desenrola-se na dependência das funções
executivas.
DESEMPENHOS EXECUTIVOS
• HABILIDADES DE PLANEJAMENTO, CONTROLE
INIBITÓRIO DAS EMOÇÕES E IMPULSIVIDADE,
FLEXIBILIDADE COGNITIVA, ESCLARECIMENTO
DOS OBJETIVOS, TOMADA DE DECISÕES,
MEMÓRIA OPERACIONAL, ATENÇÃO
VOLUNTÁRIA, INTENSIONALIDADE
PERMANENTE, CATEGORIZAÇÃO SUPERIOR,
FLUÊNCIA VERBAL, ORGANIZAÇÃO E
GERENCIAMENTO DO TEMPO, ETC.
ALTERAÇÕES ESPECÍFICAS DAS
“
FUNÇÕES
EXECUTIVAS (1)
• 1-EXTREMA DESORGANIZAÇÃO E
COMPROMETIMENTO NA HABILIDADE DE
PLANEJAMENTO; EX: o sujeito não consegue
terminar uma atividade iniciada pois é incapaz
de sequencializar etapas para atingir um
objetivo.
• 2-PREJUIZO NA TOMADA DE DECISÃO; EX: a
pessoa decide por algo aparentemente
vantajoso mas que a longo prazo traz sério
prejuízo. Não é capaz de prever as
consequências das decisões que tomam.
ALTERAÇÕES ESPECÍFICAS DAS
FUNÇÕES EXECUTIVAS (2)
3-DESINIBIÇÃO COMPORTAMENTAL OU FALTA
DE CONTROLE INIBITÓRIO; EX: xingar as pessoas
ou falar sem pensar (o que vier a cabeça).
4-FLUTUAÇÃO ATENCIONAL; EX: o foco de
atenção se torna lábil e o sujeito perde a
meta/objetivo do que estava fazendo, como
quando está lavando a louça e sai pra atender o
telefone e quando desliga não retorna á
atividade.
ALTERAÇÕES ESPECÍFICAS DAS
FUNÇÕES EXECUTIVAS (3)
5-DIFICULDADE EM FLEXIBILIZAR O PENSAMENTO;
EX: muita rigidez expressa na dificuldade de
pensar em soluções e estratégias alternativas
para solucionar um problema.
6-COMPROMETIMENTO NA HABILIDADE DE
SOLUCIONAR PROBLEMAS; EX: num mercadinho
frente a prateleira de produtos semelhantes é
incapaz de escolher o item desejado.
ALTERAÇÕES ESPECÍFICAS DAS
FUNÇÕES EXECUTIVAS (4)
7-ALTERAÇÃO DA PERSONALIDADE; EX:
basicamente comportá-se de forma diferente ao
período pré-lesão. Pode então ser expresso pelo
uso de linguagem obscena, tornar-se um
“piadista”, situações essas facilmente percebidas
em contextos sociais que requerem polidez.
8-EXPOSIÇÃO A COMPORTAMENTOS DE RISCO; EX:
propensão á uso de drogas, desrespeito a
autoridades e hierarquias, etc.
ALTERAÇÕES ESPECÍFICAS DAS
FUNÇÕES EXECUTIVAS (5)
9-FALTA DE INICIATIVA; EX: não inicia
comportamentos sozinho , apenas se
solicitado.
10-DESREGULAÇÃO EMOCIONAL; EX: humor
lábil e oscilante, irritabilidade, agressividade.
ETC...
O CASO DE PHINEAS GAGE (1)
O CASO DE PHINEAS GAGE (2)
O CASO DE PHINEAS GAGE (3)
•
Phineas conservou todas sua faculdades intelectuais. Salvo a perda do olho e a
cicatriz, nada parecia indicar a gravidade do seu acidente. Sem problemas de
memória, os cinco sentidos perfeitos, movimentos em ordem, conversa fluente,
inteligência normal... foi sua esposa e outra pessoas próximas que notaram
alterações dramáticas principalmente em sua personalidade:
“Seus chefes, que o consideravam o trabalhador mais eficiente e capaz antes do
acidente, disseram que as mudanças que tinha sofrido eram tão marcantes que
não poderiam lhe devolver seu antigo emprego. Era agora instável e irreverente,
capaz das condutas e blasfêmias mais grosseiras, mostrando escasso respeito
pelos seus semelhantes, impaciente, incapaz de escutar qualquer conselho que se
opusesse aos seus desejos. Também se mostrava insistentemente obstinado,
teimoso e ao mesmo tempo vacilante, imerso em muitos planos para o futuro
mas, sendo incapaz de continuar uma tarefa demasiado longa, mudava-os
constantemente. Em virtude destas mudanças, seus amigos e familiares
concluíram que Gage “não era mais Gage”.” (depoimento da esposa de Gage).
CORRELATOS
• AS FUNÇÕES EXECUTIVAS (IGUAL QUE AS FUNÇÕES
NEUROPSIQUICAS GERAIS) NOS SEUS ESTADOS
NORMAIS E ALTERADOS, REPERCUTEM, FAVORÁVEL
E NEGATIVAMENTE NA PERSONALIDADE DO
SUJEITO.
• AS FUNÇÕES EXECUTIVAS (IGUAL QUE AS FUNÇÕES
NEUROPSIQUICAS GERAIS) PODEM SOFRIR
MODIFICAÇÕES POSITIVAS E NEGATIVAS POR
FATORES INTERNOS E EXTERNOS DO SUJEITO.
COMO TRENAR OS LOBOS?
O CÉREBRO!
Assombrar-se sob a imensidão do céu noturno,
sentir o cheiro de grama e recordar-se da infância,
distinguir em um rosto o sorriso ou a indiferença,
chorar ao assistir a um filme. Essas sensações e
outras mais complexas como o amor materno e a
fé, são fruto de interações eletroquímicas dentro de
uma massa de proteína e gordura de 1,4 quilo... O
cérebro. (Tatiana Gianini, Revista Veja, 06/03/2013, p. 81)
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