O legado do Buda Nitiren 13 DE FEVEREIRO DE 2010 — EDIÇÃO Nº 2023 Vida atribulada. Perseguições injustas. Atentados contra a vida. Assim viveu Nitiren Daishonin, o Buda fundador do budismo praticado na SGI. Sua vida, iniciada em 16 de fevereiro de 1222, teve mil percalços, mas foi coroada com uma espetacular demonstração de superação e vitória absoluta. Daishonin deixou ao mundo um legado magistral: o Gohonzon, o Nam-myoho-rengue-kyo, seus escritos e um ensino humanista e eficaz absurdamente superior a tudo o que a humanidade já produziu. Ele provou que todos são budas. E deixou os meios práticos para qualquer um romper a inércia do próprio destino e tornar-se um brilhante e feliz ser humano. Em “Abertura dos Olhos” ele fala de si mesmo: “Eu nasci numa região remota muito distante da Índia, como uma pessoa de humilde posição social...” (END, vol. 2, pág. 92.) Diferentemente de Sakyamuni, que era um príncipe, Daishonin, cujo nome de infância era Zenniti-maro, nasceu como filho de uma família de pescadores, em Kominato, na Província de Awa, a leste da atual Baía de Tóquio. Com a idade de 12 anos, entrou para o templo Seityoji a fim de estudar o budismo. Sua obstinação era tornar-se o homem mais sábio do Japão. Percorreu um longo caminho em busca da verdade da vida e atraiu muitos inimigos, ávidos por destruí-lo. Mas venceu a todos. Por isso, comemorar os 788 anos do nascimento de Nitiren é celebrar a vida de um dos mais espetaculares seres humanos já existentes. Comememorar seu nascimento é exercitar a gratidão. O Buda é um ser humano; um ser humano é o Buda Daishonin humanizou o budismo. Naquela época, muitas formas de budismo haviam se propagado por todo o Japão. Elas ensinavam que o Buda — tanto o Buda Amida como o Buda Dainiti — era um tipo de ser superior que vivia em um lugar muito distante deste mundo. Até mesmo o Buda do Sutra de Lótus (Sakyamuni) era considerado como um ser separado e acima dos seres humanos comuns. Nitiren derrubou esses conceitos. O budismo voltou às origens e renasceu por meio de Nitiren. Assim, o significado filosófico da doutrina que sustenta que Nitiren é o Buda Original encontra-se em parte no esforço para humanizar o budismo. No escrito “O Verdadeiro Aspecto de Todas as Leis”, Daishonin diz: “O mortal comum é a entidade das três propriedades, ou o Buda verdadeiro. O Buda é a função das três propriedades, ou um Buda provisório”. (The Major Writings of Nichiren Daishonin, vol. 1, pág. 90.) Então, que tipo de pessoa é um buda? O que caracteriza o modo de vida de um buda? Daishonin ensinou que esta é uma vida de luta contra os três obstáculos e as quatro maldades da sociedade. É a vida daqueles que se dedicam totalmente à Lei Mística, ao bem-estar da humanidade e à concretização do objetivo do Kossen-rufu. O próprio Daishonin foi um modelo para todos. O Buda Soka Gakkai O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, dizia que outro nome da organização seria “Buda Soka Gakkai”. Isso por que, os membros da SGI colocam os ensinos de Daishonin em prática na vida diária. Assim como Daishonin retornou ao ponto primordial do budismo, a SGI retornou ao ponto primordial do Budismo Nitiren, ou seja, voltou-se ao âmago do ser humano. Daishonin afirmou que “Não há felicidade maior para os seres humanos que recitar o Nammyoho-rengue-kyo“. E a SGI é, hoje, o local onde é possível obter essa “maior felicidade”. A sintonia perfeita dos membros da SGI com o presidente Ikeda garante um contato direto com a força máxima do Budismo Nitiren. Por isso, o presidente Ikeda afirma: “Uma vida de profundo compromisso com o caminho de mestre e discípulo cria um grande caminho de vitória na vida. Eis o que ensina precisamente o Budismo Nitiren, o budismo de mestre e discípulo”. Fontes: Brasil Seikyo, edição no 1.279, 2 de julho de 1994, pág. 3. Brasil Seikyo, edição no 1.429, 13 de setembro de 1997, pág. 3. Revista Terceira Civilização, edição no 498, fevereiro de 2010.