Poema-processo como linguagem revolucionárra

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POEMA-PROCESSO COMO
LINGUAGEM REVOLUCIONÁRIA
Projeto Ação Social & Literatura
CONTEXTUALIZAÇÃO
Surgimento simultâneo em Natal e no Rio de
Janeiro em dezembro de 1967.
 No cenário político, o endurecimento da Ditadura
Militar no país.
 No cenário literário, a poesia concreta entre a
vanguarda e a tradição.
 No cenário cultural, efervescência na música e no
cinema.
 Um problema literário, uma atitude política.
 1972 é o ano da parada tática do movimento para
que cada poeta pudesse rever e escolher o seu
caminho.
 Ainda hoje o poema-processo encontra-se fora do
espaço universitário e literário.

CARACTERÍSTICAS
Desdobramento da vertente proposta pelo poeta
Wlademir Dias-Pino quando de sua participação na
poesia concreta (AVE, 1956; SOLIDA, 1960).
 “Poesia para ser vista e sem palavra (semiótica)”.
 Utilização
de outras linguagens como os
quadrinhos e o cinema.
 Palavra
dispensável ao poema / linguagem
universal.
 Posição não contemplativa do leitor diante do fato
artístico.
 Coletivismo criativo / fim do individualismo.
 Interesse no processo de produção do poema e não
no produto acabado.

CARACTERÍSTICAS
O poema dentro da cultura de massa: a obra
reprodutível, interferência criativa, versões,
resultado relativo.
 Prática visual conscientizadora: ativismo político.
 A última vanguarda poética.
 Continuidade radical da poesia concreta.
 Passeata contra os poetas do verso no Rio de
Janeiro em 1968, rasga-rasga de poetas
discursivos.
 Trocadilho: poema-processo e poema de protesto.
 Poema dimensionado para resolver os problemas
sociais: uma nova sociedade pede uma nova
expressão que se diferencia de estruturas
conservadoras.

DESDOBRAMENTOS
A crítica literária ainda reluta em aceitar o
poema-processo, como exemplo as opiniões de
Antonio Candido e Haroldo de Campos.
 Nos manuais de literatura e nos cursos de letras,
geralmente se estudam os movimentos literários
até a poesia concreta.
O
poema-processo radicalizou a forma de
produção do poema no Brasil, aprofundando uma
tendência da poesia concreta e expandiu para a
poesia brasileira o diálogo entre diversas formas
de arte.

REFERÊNCIAS
CIRNE, Moacy. A poesia e o poema do Rio
Grande do Norte. Natal: Fundação José Augusto,
1979.
 FERNANDES,
Anchieta.
Poema-processo:
perguntas e respostas. Natal: Boágua Editora,
1992.
 GALVÃO, Dácio. Da poesia ao poema: leitura do
poema-processo. Natal: Zit Gráfica e Editora,
2004.

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