multiculturalismo e a sociologia 1º em A.pps

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AFINAL O QUE É
MULTICULTURALISMO E QUAL SUA
IMPORTÂNCIA PARA O ENSINO NA
SOCIOLOGIA?
Leonardo S.L.de Barros
Mat.20112321048
UNIRIO - 2011
PROF. João Marcus - Intro a Sociologia Multiculturalismo na visão Sociológica
MULTICULTURALI
SMO [mais um ?]
INTRODUÇÃO
Falar de multiculturalismo é falar do manejo
da diferença em nossas sociedades.
No entanto, isto é ainda pouco para definir
as implicações do termo.
CONCEITO

Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um
termo que descreve a existência de muitas culturas
numa localidade, cidade ou país, sem que uma delas
predomine, porém separadas geograficamente e até
do convívio, no que se convencionou chamar de
“mosaico cultural”.

O Canadá e a Austrália são exemplos de
multiculturalismo; porém, alguns países europeus
advogam discretamente a adoção de uma política
multiculturalista.
ASPECTOS GERAIS

O multiculturalismo implica em reivindicações e conquistas das
chamadas minorias (negros, índios, mulheres, homossexuais, etc...).

A doutrina multiculturalista da ênfase a idéia de que as culturas
minoritárias são discriminadas, sendo vistas como movimentos
particulares, mas elas devem merecer reconhecimento público.
Para se consolidarem, essas culturas singulares devem ser
amparadas e protegidas pela lei. O multiculturalismo opõe-se ao
que ele julga ser uma forma de etnocentrismo (visão de mundo da
sociedade branca dominante, que se toma por mais importante
que as demais).

A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural,
principalmente quando esta homogeneidade é considerada única e
legítima, submetendo outras culturas a particularismos e dependência.
Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as épocas, e hoje,
estima-se que apenas 10 a 15% dos países sejam
etnicamente homogêneos.
ENFIM....

A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma ameaça
para a identidade da nação.
 Em alguns lugares o multiculturalismo provoca desprezo e indiferença,
como ocorre no Canadá entre habitantes de língua francesa e os de
língua inglesa.
 Mas também pode ser vista como fator de enriquecimento e abertura
de novas e diversas possibilidades, como confirmam o sociólogo Michel
Wieviorka e o historiador Serge Gruzinski, ao demonstrarem que o
hibridismo e a maleabilidade das culturas são fatores positivos de
inovação.
 Charles Taylor, autor de Multiculturalismo, Diferença e Democracia,
acredita que toda a política identitária não deveria ultrapassar a liberdade
individual. Indivíduos, no seu entender, são únicos e não poderiam ser
categorizados. Taylor definiu a democracia como a política do
reconhecimento do outro, ou seja, da diversidade.
QUESTÕES POLÊMICAS
SOBRE O TEMA

O reconhecimento da não-homogeneidade étnica e cultural das
sociedades;

O reconhecimento da não-integração dos grupos que carregam e
defendem as diferenças étnicas e culturais à matriz dominante do nationbuilding nessas sociedades – após o fracasso seja de políticas
assimilacionistas, seja de políticas diferencialistas (baseadas na
restrição de acesso ou mesmo na idéia de “desenvolvimentos separados”);

A mobilização dos próprios recursos políticos e ideológicos da tradição
dominante nos países ocidentais – o liberalismo – contra os efeitos desta
não-integração;

A demanda por inclusão e por pluralidade de esferas de valor e práticas
institucionais no sentido da reparação de exclusões históricas;

A demanda por reorientação das políticas públicas no sentido de
assegurar a diversidade/pluralidade de grupos e tradições.
NO BRASIL
MULTICULTURALISMO NO
BRASIL

Multiculturalismo no Brasil é a mistura de culturas.
Trata-se da miscigenação dos credos e culturas
que ocorrem no Brasil desde os tempos da
colonização.

E uma das principais características da cultura
brasileira é esta diversidade.

O processo imigratório teve grande importância
para a formação desta cultura.
AÇÕES AFIRMATIVAS

SÃO medidas especiais e temporárias, tomadas ou
determinadas pelo estado, espontânea ou
compulsoriamente, com o objetivo de eliminar
desigualdades historicamente acumuladas, garantindo
a igualdade de oportunidades e tratamento, bem como
de compensar perdas provocadas pela discriminação e
marginalização, decorrentes de motivos raciais, étnicos,
religiosos, de gênero e outros. Portanto, as ações
afirmativas visam combater os efeitos acumulados
em virtude das discriminações ocorridas no passado.
(GTI, 1997;Santos,1999;Santos,2002).
OUTRAS TERMINOLOGIAS





Ação afirmativa;
Ação positiva;
Discriminação positiva;
“equal oportunity policies”;
Políticas compensatórias.
Ações Afirmativas e Inclusão Social
EXCLUSÃO
SEPARAÇÃO
INTEGRAÇÃO
INCLUSÃO
LEGENDA: pontos redondos=pessoas com necessidades especiais pontos quadrados=pessoas
ditas normais círculo grande=sistema escolar regular circulo pequeno=sistema escolar especial.
Beyer, Hugo Otto, Educação Inclusiva ou Integração Escolar? Implicações pedagógicas dos conceitos como rupturas
paradigmáticas (In: ENSAIOS PEDAGÓGICOS, 2006, p. 85-88)
A inclusão social e o
Povo Negro do Brasil
Criar
Desigualdade
Oportunidades
Aplicar
JUSTIÇA e
PAZ
SOCIAL
A questão do
Povo Negro
do Brasil
Incluir
socialmente
Políticas
Afirmativas
SOCIEDADE
BRASILEIRA
Política Nacional de
Igualdade Racial
Programa Brasil Quilombola
Política Nacional de ATER
Globalização e Multiculturalismo
O Homem racional e o
Cidadão da modernidade

O período em que vivemos, é marcado por diversas
transformações em todo o mundo.
As formas de vida bastante rígidas ou severas que eram
utilizadas para regular as relações em sociedade, vêm sendo,
pouco a pouco, desgastadas.


Isto traz diversas conseqüências no dia-a-dia das pessoas.

É, pois, um momento de crise nestas formas de vida.
CHOQUE de
CIVILIZAÇÕES
A VITÓRIA do
TERROR?
Teoria do Choque de Civilizações
1
6
1
4
1
7
2
5
9
3
4
4
8
5
1
1 - OCIDENTAL
5 – LATINO-AMERICANA
2 - ISLÂMICA
3 - SÍNICA
6 - ORTODOXA
7 - HINDU
4 - BUDISTA
8 - AFRICANA
9 - JAPONESA

Em meio à luta contra o terror detonada pelo 11
de Setembro, o presidente americano George
W. Bush referiu-se à empreitada da coalizão
ocidental no Oriente Médio e no Afeganistão
como uma "cruzada".

"O terrorismo continua atuando, não devido
a seu poder ideológico ou físico, mas porque
as nações que dele são vítimas
não conseguem detê-lo".
(A.M. Rosenthal. "O Globo", 02/08/96, p. 07)
CIVILIZAÇÕES
Teorias em conflito

A civilização é um processo social
em si, inerente aos agrupamentos humanos
que tendem sempre a evoluir com a variação
das disponibilidades econômicas,
principalmente alimentares e sua
decorrente competição por estes
com os agrupamentos vizinhos.
CIVILIZAÇÕES

Civilização é um complexo conceito da antropologia e
história. Numa perspectiva evolucionista é o estágio mais
avançado de determinada sociedade humana, caracterizada
basicamente pela sua fixação ao solo mediante construção de
cidades, daí derivar do latim civita que designa cidade e civile
(civil) o seu habitante.

Para Darcy Ribeiro[2], a evolução sociocultural consiste no
movimento histórico de mudança dos modos de ser e de viver
dos grupos humanos, desencadeado pelo impacto de
sucessivas revoluções tecnológicas (agrícola, industrial, etc.)
sobre sociedades concretas, tendentes a conduzi-las à
transição de uma etapa a outra, ou de uma a outra formação
sociocultural.
[2] ver referências
O FOCO NA CULTURA

Identidade cultural

A "Civilização" também pode se referir à cultura de
uma sociedade complexa, e não apenas à sociedade
em si. Toda sociedade civilização, ou não, tem um
conjunto específico de idéias e costumes e um
determinado conjunto de manufaturas e artes
que a tornam única.

As civilizações tendem a desenvolver culturas
complexas, que incluem a literatura, a arte,
arquitetura, uma religião organizada e costumes
complexos associados à elite.
O FOCO NA CULTURA
Centralidade nos fenômenos sociais
contemporâneos e em suas análises.
 Papel constitutivo da cultura.
 Revolução cultural.
 Diversidade de culturas.
 Associação das diferenças culturais
às relações de poder.

Civilizações lendárias e fictícias



A cultura popular e o gênio de
alguns escritores também falam
de certas civilizações lendárias,
que supostamente foram
esquecidas pelo tempo, mas das
quais de fato não existem provas
concretas.
Avalon
Lemúria
Agharta
Shangri-La
O padrão comum nestes casos é o
de uma terra utópica de riqueza
e prosperidade de alguma forma
isolada do resto do mundo e que
eventualmente é destruída em
uma catástrofe. Dentre estas
civilizações lendárias se destacam:
Ciméria
Klingons
Eldorado
Krypton
O afundamento de Atlântida
corresponde ao Dilúvio Universal?
Terra-Média Nárnia
CURRÍCULO E CULTURA
Ampliação do termo currículo.
 Currículo, como a cultura: prática
social; produz significados; contribui
para a construção de identidades.
 Políticas de identidade.
 Como respondemos, no campo do
currículo, ao caráter multicultural de
nossas sociedades?

MULTICULTURALISMO





ATITUDE A SER DESENVOLVIDA EM
RELAÇÃO À PLURALIDADE CULTURAL.
META A SER ALCANÇADA EM UM ESPAÇO
SOCIAL.
ESTRATÉGIA POLÍTICA.
CORPO TEÓRICO DE CONHECIMENTOS.
CARÁTER ATUAL DAS SOCIEDADES
OCIDENTAIS.
STUART HALL

MULTICULTURAL: características sociais e
problemas de governabilidade apresentados
por sociedades com diferentes
comunidades culturais.
 MULTICULTURALISMO: estratégias e
políticas usadas para governar ou
administrar problemas de diversidade e
multiplicidade em sociedades multiculturais.
Condições de emergência das
sociedades multiculturais

Fim do velho sistema europeu e lutas
de libertação das colônias.

Fim da Guerra Fria e ruptura da União
Soviética.

Globalização e seus efeitos.
MULTICULTURALISMO NA
EDUCAÇÃO

MULTICULTURALISMO BENIGNO

MULTICULTURALISMO CRÍTICO
– Sensibilidade para a pluralidade;
– Redução de preconceitos e discriminações;
– Responsabilidade de todos no esforço por
reduzir a opressão;
– Contextualização e compreensão da produção
das diferenças;
IDENTIDADES NA
MODERNIDADE





Parte fundamental da dinâmica pelo qual indivíduos
e grupos compreendem elos (mesmo imaginários)
que os unem.
Mudanças no campo religioso e revolução
científica – centralidade à subjetividade.
Tensões: subjetividade individual X coletiva;
concepção concreta e contextual X concepção
abstrata.
Identidades reduzidas à lealdade ao Estado
Desestabilizam-se as idéias de identidade pessoal
e nacional
IDENTIDADES NA
CONTEMPORANEIDADE


Produto de uma
sociedade da qual
desaparece um
centro produtor de
identidades fixas.
Fragmentadas,
descentradas,
mutáveis,
contraditórias.

Definidas nas
relações com os
outros.

Fragmentação
entre os membros
de um grupo
identitário.
IDENTIDADE e DIFERENÇA

Entidades inseparáveis e mutuamente
determinadas.

Diferença: conjunto de princípios
organizadores da seleção, inclusão e
exclusão que informam o modo como
indivíduos marginalizados são
posicionados e construídos em teorias
sociais dominantes, práticas sociais e
agendas políticas.
Imperativo Transcultural
As pessoas têm direito a serem iguais sempre
que a diferença as tornar inferiores;
Contudo, têm também direito a serem
diferentes sempre que a igualdade colocar
em risco suas identidades.
(Boaventura de Souza Santos)
CV DE UM SOCIÓLOGO
DARCY RIBEIRO
Pensador Apaixonado pelo
Brasileiro
Já sabendo que sua doença era terminal, Darcy Ribeiro
confessou no livro de memórias:
"Termino esta minha vida já exausto de
viver, mas querendo mais vida, mais
amor, mais saber, mais travessuras".
Tudo muito coerente com quem sempre se declarou
um “fazedor”.

Filho de farmacêutico e professora,Mudou-se para o Rio de Janeiro para
estudar medicina. Até ingressou na faculdade, mas abandonou o curso depois
de três anos.

Transferiu-se para São Paulo, indo estudar ciências sociais na Escola de
Sociologia e Política, graduando-se em 1946.

Em 1949, entrou para o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da
Funai). Passou várias temporadas com os indígenas do Mato Grosso (então um
só estado) e da Amazônia. Colaborou ainda para a fundação do Museu do Índio
(que dirigiu) e a criação do parque indígena do Xingu. Escreveu diversas
obras de etnografia e defesa da causa indigenista,

Em 1955, organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia,
na Universidade do Brasil (Rio de Janeiro). Passou a trabalhar no Ministério
da Educação e Cultura. Lutou em defesa da escola pública e fundou a
Universidade de Brasília (da qual seria reitor em 1962-3).

Em 1961, foi Ministro da Educação no governo Jânio Quadros. Mais tarde,
como Chefe da Casa Civil no governo João Goulart, desempenhou papel
relevante na elaboração das chamadas reformas de base.

Com o golpe militar de 1964, Darcy Ribeiro teve os direitos políticos cassados
e foi exilado.

Viveu então em vários países da América Latina, defendendo a reforma
universitária.

Foi professor na Universidade Oriental do Uruguai e assessorou os
presidentes Allende (Chile) e Velasco Alvarado (Peru).


Redigiu grande parte de sua obra de maior fôlego: os estudos antropológicos
da "Antropologia da Civilização", em seis volumes
(o último, "O Povo Brasileiro", ele publicaria em 1995).

Em 1976, retornou para o Brasil, dedicando-se à educação pública. Quatro
anos depois, foi anistiado, iniciando uma bem-sucedida carreira política.

Em 1982, elegeu-se vice-governador do Rio de Janeiro. Nesse cargo,
trabalhou junto ao governador Leonel Brizola na criação dos Centros
Integrados de Educação Pública (Ciep).

Em 1990, foi eleito senador, posto em que teve destacada atuação. Em 1992,
passou a integrar a Academia Brasileira de Letras. Além da obra
antropológica, Darcy Ribeiro publicou os romances "Maíra", "O Mulo",
"Utopia Selvagem" e "Migo".

No último ano de vida, Darcy Ribeiro dedicou-se a organizar a Fundação
Darcy Ribeiro, com sede na antiga residência em Copacabana (no Rio de
Janeiro).

Vítima de câncer, Darcy Ribeiro morreu aos 74 anos.
A POLÍTICA DA DIFERENÇA

Os anseios de grupos subalternos
expressam ética superior à dos grupos
dominantes.
 Nada garante a eliminação de conflitos
entre os grupos subalternizados e em seus
interiores.
 Necessidade de fechamento para construir
comunidades de identificação.
 Impossibilidade de uma política de dispersão
infinita. Não fechamento de uma identidade a
outra.
DIÁLOGO

Estratégia capaz de favorecer a articulação
de diferentes lutas em um projeto comum.
 Necessidade de examinar sua viabilidade.
 Burbules: diálogo comunicativo, ocasionando
descobertas, compreensão, aprendizagem,
autonomia, independência, respeito,
democracia.
 As habilidades para o diálogo se aprendem
no diálogo
DIÁLOGO (Elizabeth Ellsworth)

O diálogo
comunicativo só
atua no nível
consciente.
 O inconsciente, que
fala o discurso do
Outro.
 Desajustes entre
interpelação e
resposta

Ensinar é
impossível. Novas
possibilidades se
abrem.
 Não se deseja a
leitura certa.
 Que leitura
realizarei nesta
situação? Como
responderei?
IMPLICAÇÕES PARA O
CURRÍCULO
Desenvolvimento de uma postura
multicultural.
 Articulação da pluralidade cultural mais
ampla à pluralidade da sala de aula.
 Desestabilização da lógica dominante
ou a reescrita do conhecimento.
 Crítica cultural.
 Ancoragem social do conhecimento.

O professor de Ciências
multiculturalmente orientado



Desenvolvimento cultural: compreensão das
culturas, consciência da discriminação,
capacidade de interagir com diferentes
culturas.
Desenvolvimento de formas de conhecer na
ciência: validação externa, memorização,
conhecimento intuitivo, observação e
visualização de experimentos, construção das
próprias idéias.
Desenvolvimento de formas de ensinar a ciência:
auto-centrada, consciência das diferenças dos
estudantes, promoção de mudanças no
sistema.
MULTICULTURALISMO
Uma história ainda não concluída
MULTICULTURALISMO
Uma história não concluída

Melting Pot é um fenômeno onde várias
culturas estão misturadas sem a intervenção
do Estado, como é o caso dos Estados
Unidos da América ou o Brasil.

O Canadá e Austrália são países que
adotaram brilhantemente o conceito de
multiculturalismo…
Razões para defender o
Multiculturalismo
Tese A:
Cada cultura tem o seu código de valores.
É correto o que cada sociedade considera ser.
Diferentes sociedades possuem normas
e práticas culturais diferentes.
Porquê?
Argumento 1:
Uma vez que as várias culturas existentes, que
se distribuem por diferentes locais geográficos
(diferenças climáticas, atividades empregadoras
predominantes, diferentes níveis de instrução,
estruturação da economia…), adquirem
tradições culturais diferentes e como os
valores são criações socioculturais aprendidas
no processo de socialização, os valores serão
diferentes.
Tese B:
Como existem diferentes culturas e nenhuma
cultura podem ser considerada superior a
outra, devemos ser tolerantes a todas as
culturas, mesmo sendo contra todas as nossas
preferências. Daqui desperta a necessidade de
tolerar as diferenças culturais sem as
considerar inferiores, apenas diferentes.
Argumento 2:
Não temos o direito de considerar que a nossa
cultura é superior à outra e, como tal, deve ser
o padrão a seguir, pois, como seres
humanos, somos todos iguais. Como nós
temos o direito de não gostar dos
comportamentos de uma dada cultura, essa
mesma cultura tem o igual direito de não
gostar dos nossos comportamentos. Assim
sendo, não temos o direito de “impingir” o
nosso “mosaico cultural”, pois pode acontecer
o mesmo para a nossa cultura.
Tese 3:
Considerar que dada cultura é
melhor que outra, e como tal
devemos adotá-la, é considerado
imperialismo cultural.
Argumento 3:
A Partir do momento em que impomos a
alguém que se aja por dado padrão
comportamental, só por que não toleramos
ou até aceitamos o seu, estamos a comungar
de um imperialismo cultural, pois tal
exigência têm como fim a imposição de dado
comportamento ou padrão da sociedade.
Contra-Argumentos
1.
Considerar o nosso código de valores
como sendo o melhor e todos os outros
inferiores leva ao Etnocentrismo e à
Xenofobia.
2.
A posição multiculturalista não é contra os
direitos humanos, simplesmente defende
que todos nós temos direito à diferença.
Canadá
Povos do mundo todo estabeleceram-se no
Canadá, tornando-o um país verdadeiramente
multicultural. Em 1991, mais de 11 milhões de
canadenses (inclusive os aborígenes), ou 42%
da população do país, declararam ter pelo
menos alguma outra origem étnica que não
fosse a inglesa ou a francesa. Entre os maiores
grupos estão os alemães, os italianos, os
ucranianos, os holandeses, os poloneses, os
chineses, os sul-asiáticos, os judeus, os
caribenhos, os portugueses e os escandinavos.
A fim de permitir que todos os
membros da sociedade canadense
exerçam totalmente e com
igualdade os seus direitos de
cidadania, responsabilidades e
privilégios, o Canadá desenvolveu
programas e leis concretas e
avançadas.
Austrália
A população é formada por povos de todas as
partes do mundo. Cerca de 23% nasceram em
outro país e mais de ¼ da população tem pelo
menos um parente nascido no exterior.
Pessoas de mais de 140 países escolheram
tornar-se cidadãos australianos.
A diversidade cultural é fonte de vantagem
competitiva, enriquecimento cultural e
estabilidade social.
Essa diversidade tem sido nutrida pelas
culturas aborígenes, pela primitiva
colonização européia e pelas sucessivas
ondas de imigração provenientes de
todas as partes do mundo.
Monoculturalismo
Em contraponto ao Multiculturalismo,
podemos constatar a existência de outras
políticas culturais seguidas.
O monoculturalismo, vigente na maioria dos
países do mundo e ligado intimamente ao
nacionalismo, pretende a assimilação dos
imigrantes e da sua cultura nos países de
acolhimento.
Angela Merkl
“O Multiculturalismo Falhou”
A tentativa da Alemanha de criar
uma sociedade multicultural "fracassou
completamente", disse a chanceler alemã
Angela Merkel, aquecendo ainda mais os
debates sobre imigração e Islã que tem
dividido o seu partido conservador.
Falando numa reunião de jovens membros do
seu partido, Democratas Cristãos (CDU),
Merkel disse que permitir que pessoas de
origens culturais diferentes vivam lado a
lado sem integrá-las não funcionou num país
que é o lar de quatro milhões de
muçulmanos.
"Essa abordagem fracassou, fracassou
completamente", disse Merkel durante um
encontro em Potsdam, no sul de Berlim.
Entendidos em política afirmam que
Ângela Merkel está sendo pressionada
pelo seu partido a tomar uma posição mais
dura com os imigrantes que não se
mostrarem dispostos a se adaptar à
sociedade alemã, e suas declarações
pareciam ter a intenção de apaziguar os
seus maiores críticos.
Ela disse que muito pouco havia sido
exigido dos imigrantes no passado e
repetiu o seu discurso habitual, afirmando
que eles precisam aprender alemão para
poder estudar e ter melhores oportunidades
no mercado de trabalho.
O debate sobre estrangeiros na Alemanha
foi afetado pela publicação de um livro do
ex-membro do banco central Thilo
Sarrazin que acusa imigrantes muçulmanos
de terem reduzido o nível de inteligência
da sociedade alemã.
REFERENCIAS











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<http://www.vermelho.org.br/>Acessado em: 05 dez 2011.
RIBEIRO, Darcy. Portal UOL Educação. Disponível em
<http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u428.jhtm> Acessado em: 05 dez 2011.
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<http://lattes.cnpq.br/0404743472023277 > Acessado em: 05 dez 2011.
WIKIPEDIA, Civilizações. Disponível em <http://www. pt.wikipedia.org/wiki/Civilização>
Acessado em: 05 nov 2011.
CHILDE, G. A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. A edição original,
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RIBEIRO, Darcy. O processo civilizatório. RJ, Civilização Brasileira, 1975
MATIAS, Glauber Rabelo. Aspectos do Evolucionismo Antropológico em O Processo
Civilizatório de Darcy Ribeiro. Revista Urutágua – revista acadêmica multidisciplinar Nº 15 –
abr./mai./jun./jul. 2008 – Quadrimestral – Maringá - Paraná . PDF Jul. 2011
ELIAS, Norbert. O processo civilizador, v 1, e 2 RJ Jorge Zahar Ed., 1994 apud: Lima , Maria
de Fátima F. Civilização e os modos à mesa: relações entre espaços de consumo alimentar e
o processo civilizador. XII Simpósio Internacional Processo Civilizador / Recife Brail 11-13
Novembro de 2009 PDF Jul. 2011
SPENDLER, Oswald, Decline of the West: Perspectives of World History (1919) (em inglês).
HUNTINGTON, Samuel P. The Clash of Civilizations, vol. 72, no. 3, Summer
1993Desenvolvimento de formas de conhecer na ciência: validação externa, memorização,
conhecimento intuitivo, observação e visualização de experimentos, construção das
próprias idéias.
Desenvolvimento de formas de ensinar a ciência: auto-centrada, consciência das diferenças
dos estudantes, promoção de mudanças no sistema.
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