Morfologia e Estruturas bacterianas

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Morfologia e Estruturas
bacterianas
De maneira geral, as bactérias podem ser
agrupadas em três tipos morfológicos
gerais: cocos, bacilos e espiralados.
Morfologia e Estruturas
bacterianas
 Os cocos são células arredondadas, podem se
dividir em vários planos, o que leva a um grande
número de arranjos diferentes.
 cocos isolados,
diplococos
 estreptococos (cocos em cadeia)
 tetracocos, sarcinas (cubos contendo 8 células)
 estafilococos (cocos formando massas irregulares
ou cachos de uva).
Morfologia e Estruturas
bacterianas
Os bacilos têm forma de bastonetes:
 podendo apresentar extremidades retas
(Bacillus anthracis)
 Curtos com extremidades arredondadas
(Salmonella, E. coli)
 Extremidades afiladas (Fusobacterium)
Morfologia e Estruturas
bacterianas
Como seu plano de divisão é fixo, os bacilos
exibem uma menor variedade de arranjos
 Isolados
 diplobacilos
 estreptobacilos
ou “em paliçada”, também denominado letras
chinesas, que é típico do gênero
Corynebacterium.
pequenas vírgulas (Vibrio cholerae).
Morfologia e Estruturas
bacterianas
 Espiralados: Sua nomenclatura controvertida.
classificação divide os espiralados em dois
grupos:
os espiroquetas, que apresentam uma forma de
espiral flexível
os espirilos, que exibem geralmente morfologia de
espiral incompleta e rígidos.
Morfologia e Estruturas
bacterianas
Espiralados são microrganismos bastante afilados,
de difícil observação por microscopia comum,
Utiliza-se microscopia de campo escuro, ou
coloração com impregnação por sais de prata.
Ultraestrutura Bacteriana
PAREDE BACTERIANA
Localizada na porção mais externa à membrana citoplasmática.
Funções:
 Rigidez, responsável pela manutenção da forma do
microrganismo.
 Atua como uma barreira física rígida, que mantém a forma
celular, impedindo que a célula estoure em decorrência do
grande turgor (diferença concentração interna/meio externo)
 Barreira de proteção contra agentes físicos e químicos
externos, tais como o choque osmótico.
 Em microrganismos patogênicos, componentes que favorecem
sua patogenicidade, como antígenos ou moléculas envolvidas
no reconhecimento celular pelo sistema imunológico.
Ultraestrutura Bacteriana
Composição da parede celular
 Peptideoglicano (mureína ou mucopeptídeo):
enorme polímero complexo que, em bactérias
Gram positivas forma até 20 camadas,
(em Gram negativas forma apenas 1 ou 2 camadas)
 O peptideoglicano formado por dois açúcares, a
N-acetilglicosamina (NAG) e o ácido Nacetilmurâmico (NAM). Devido a complexa
estruturação física, o peptideoglicano confere
rigidez à parede, embora exiba certo grau de
elasticidade e também porosidade.
 Nas bactérias Gram positivas, cerca de 90% da
parede celular é composta pelo peptídeoglicano.
O restante da parede é composto
essencialmente por ácido teicóico
Ultraestrutura Bacteriana
Composição da parede celular – Bactérias Gram negativas:
 Nas bactérias Gram negativas, apenas cerca de 10% da
parede corresponde ao peptideoglicano, como uma camada
única ou dupla.
O componente adicional da Parede de Gram negativos
Membrana Externa: componente da parede celular, presente
apenas nas bactérias Gram negativas. A membrana externa
corresponde a uma segunda bicamada lipídica (semelhante à
membrana plasmática), localizada externamente ao
peptideoglicano, contendo fosfolipídeos, lipoproteínas,
proteínas e lipopolissacarídeos. Quando comparada à
membrana citoplasmática, a membrana externa exibe maior
permeabilidade a pequenas moléculas, tais como glicose ou
outros monossacarídeos.
Ultraestrutura Bacteriana
Parede bacteriana
Gram Positivas
Gram negativas
Ultraestrutura Bacteriana
 Cápsula - A cápsula pode ser definida como uma camada
externa à parede celular, apresentando-se como um material
viscoso, associado à superfície celular, de natureza
polissacarídica.
Funções:
 ligação às células do hospedeiro
 fator de virulência por dificultar a fagocitose
 proteção, aumentando a resistência ao dessecamento,
(armazena grandes quantidades de água e nutrientes),
 e proteção contra a infecção por bacteriófagos, ou interação
com anticorpos.
Ultraestrutura Bacteriana
Esporo bacteriano
Função: forma de resistência para garantir sobrevivência
na ocorrência de alterações ambientais desfavoráveis.
Só ocorre em algumas espécies de bacilos Gram positivos
Ultraestrutura Bacteriana
 Fímbrias e Pili - Muitas bactérias Gram negativas
apresentam apêndices finos (3 a 10 nm), retos e
curtos, denominados fímbrias. Pequenas e
delgadas, visualizadas pela microscopia eletrônica.
 De natureza protéica as fímbrias possuem,
geralmente em sua extremidade, proteínas
denominadas adesinas, as quais mediam a adesão
específica da célula bacteriana a diferentes
substratos.
Ultraestrutura Bacteriana
Fimbría Sexual ou pilus F
 Algumas bactérias Gram negativas podem apresentar
outro tipo de apêndice, denominado pilus F ou fímbria
sexual.
 O pilus F corresponde a uma estrutura bastante longa e
menos rígida que as fímbrias convencionais, estando
envolvido no reconhecimento de outras bactérias, em
um processo de transferência de genes denominado
conjugação.
Ultraestrutura Bacteriana
Flagelos - Estruturas longas e delgadas, apresentando cerca de
20 nm de espessura e 15 a 20 µm de comprimento
Função: locomoção das bactérias. Devido à sua pequena
espessura, os flagelos somente podem ser visualizados por
meio de colorações específicas, microscopia de campo
escuro, ou por microscopia eletrônica.
Ultraestrutura Bacteriana
 Em 1884, Christian Gram desenvolveu um método de coloração de
bactérias que permitia sua separação em dois grupos distintos, as
Gram positivas (que coravam-se em roxo) e as Gram negativas
(que coravam-se em vermelho).
COLORAÇÃO DE GRAM
Utilização de 2 corantes
1- Cristal Violeta – 1min e lavar
2- Lugol (mordente) – 1 min e lavar
3- Decoloração (Álcool-acetona) – rapidamente e lavar
4- Fucsina ou safranina (2º corante) – 30 seg. e lavar
Bactérias Gram positivas – AZUIS OU VIOLETAS
Bactérias Gram negativas – VERMELHAS OU ROSAS
Ultraestrutura Bacteriana
PAREDE BACTERIANA COM ALTO TEOR DE LIPÍDEOS
O diagnóstico das Micobactérias patogênicas
(Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae),
por bacterioscopia direta pelo do método de ZiehlNeelsen, que utiliza a característica destas bactérias de
possuírem paredes celulares com alto teor de lipídeos
(cerca de 60%, principalmente de Ácido micólico), que
quando tratadas pelo corante Fucsina fenicada e
aquecidas, coram-se de vermelho e persistem ao
descoramento subseqüente por uma solução de Álcoolácido forte (diferenciador). São conhecidas por Bacilos
Álcool-Ácido Resistentes (BAAR).
Ultraestrutura Bacteriana
Coloração de Ziehl Neelsen – para BAAR
1- Cobrir o esfregaço com Fucsina fenicada – 5 min
aquecendo brandamente utilizando tocha de algodão
umedecido em álcool, até que se produza emissão de
vapores. Repetir essa operação até completar três
emissões sucessivas. Evitar a fervura e secagem do
corante.
2- Lavar em água corrente para eliminar a Fucsina.
3- Cobrir toda a superfície do esfregaço com a solução de
Álcool-ácido e lavar com água.
4- Cobrir toda a superfície do esfregaço com solução de Azul
de metileno durante 30 segundos a 1 minuto;
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