Tempo – Endemia X Epidemia • Endemia: ocorrência coletiva de um agravo, que no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços limitados e caracterizados, mantém sua incidência constante. • Epidemia ocorrência de um nítido excesso de casos (além do esperado) de uma doença, comportamento relacionado à saúde ou outros eventos ligados à saúde, em uma determinada comunidade ou região Last, 2001 Tempo – variações irregulares Epidemia: Concentração de casos de uma mesma doença em determinado local e época claramente em excesso ao número de casos esperados (conceito de “anormalidade”). Pandemia: Se a epidemia atinge grandes proporções (geralmente mais de um continente) PESTE NEGRA Pior epidemia que atingiu a Europa, no século XIV. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos. Contaminação – Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados. Sintomas – Inflamação dos gânglios linfáticos, seguida de tremedeiras, dores localizadas, apatia, vertigem e febre alta. Tratamento – À base de antibióticos. CÓLERA Teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos. Contaminação – Por meio de água ou alimentos contaminados. Sintomas – A bactéria se multiplica no intestino e elimina uma toxina que provoca diarréia intensa. Ao infestar o intestino do homem, essa bactéria faz com que seu organismo elimine uma grande quantidade de água e sais minerais, acarretando séria desidratação. Tratamento – À base de antibióticos. A vacina disponível é de baixa eficácia (50% de imunização). INFLUENZA A Suína = Pandemia O vírus Influenza é um dos maiores carrascos da humanidade. A gripe suína é a quarta geração do vírus (H1N1) que matou centenas de milhares após a 1ª Guerra Mundial e sua letalidade diminuiu após mutações. Ao longo das décadas, o vírus foi repassado entre seres humanos e destes para animais domésticos, como porcos e galinhas. Neste processo evolutivo o vírus passou a matar menos humanos.. Contaminação – Propaga-se pelo ar, por meio de gotículas de saliva e espirros. Sintomas – Fortes dores de cabeça e no corpo, calafrios e inchaço dos pulmões. Tratamento – O vírus está em permanente mutação, por isso o homem nunca está imune. As vacinas antigripais previnem a contaminação com formas já conhecidas do vírus. A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras. Para entender melhor: Quando uma doença existe apenas em uma determinada região = endemia. Quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma cidade ou região = epidemia. Porém, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada se espalhando pelos continentes, ou pelo mundo = pandemia. SURTO EPIDÊMICO • Dois ou mais casos de uma determinada doença ocorrem em locais circunscritos, como instituições, escolas, domicílios, edifícios, cozinhas coletivas, bairros ou comunidades, aliados à hipótese de que tiveram, como relação entre eles, a mesma fonte de infecção ou de contaminação ou o mesmo fator de risco, o mesmo quadro clínico e ocorrência simultânea, como exemplo, a infecção alimentar em uma creche. • Casos Autóctones: são os casos de doença que tiveram origem dentro dos limites do lugar em referência ou sob investigação. • Casos Alóctones: são os casos importados; o doente, atualmente presente na área sob consideração, adquiriu o seu mal em outra região, de onde emigrou.