Cartas aos Colossenses

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CARTA AOS
COLOSSENSES
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
1. A cidade de Colossos
Colossos ou Colossas era uma antiga cidade da Frígia, situada na
margem esquerda do rio Lico. Distava 200 kmde Éfeso e uns 15 km
de Laodicéia e 20 km de Gerápolis (Hierápolis). As três cidades
estavam situadas na região sul da Frígia. No I século tinha em torno
a 200 mil habitantes.
Os escritores gregos, Heródoto e Xenofonte, descrevem Colossos
como a mais bela, rica e importante cidade da região. Por ela passava
uma importante estrada que unia Éfeso à Cilícia e à Síria. Por ali
passaram os exércitos dos reis persas Ciro e Xerxes em suas
conquistas da Ásia Menor. A região circunvizinha era rica em pasto;
daí a grande criação de gado miúdo. Colossos era importante porque
nela havia uma grande indústria de lã.
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Porém, a partir de 250 aEC, a cidade foi perdendo importância,
pois Antíoco II Theós fundou sobre a antiga cidade chamada
Dióspolis ou Roas, a cidade de Laodicéia em honra de sua mulher
Laódice. A nova cidade, distante apenas 16km de Colossos,
tornou-se uma importante sede de uma escola de médicooculistas (Ap 3,8) e anos mais tarde tornou-se a capital do distrito.
Toda essa região tornou-se depois domínio do rei Átalo III de
Pérgamo, que em 133 aEC deixou seu reino para os Romanos. Em
129 aEC a Frígia tornou-se parte da Província Romana da Ásia.
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Localização de Colossos
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
Assim, na época de Paulo, Colossos era uma pequena e
insignificante cidade da Ásia. Pelo ano de 60/61 aC, durante o
império de Nero, as três cidades, Colossos, Laodicéia e Gerápolis,
foram destruídas por um terremoto que assolou todo o vale do rio
Lico. As cidades foram reconstruídas, mas a primazia coube a
Laodicéia e Gerápolis. Gerápolis tinha se tornado um importante
centro por causa de suas águas termais. Em 628, a cidade foi
novamente destruída por outro terremoto e nunca mais foi
reconstruída. Seus habitantes fundaram uma nova cidade 4km ao
norte com o nome de Khonas.
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O povo frígio era propenso ao misticismo e à fantasia. Praticava um
culto supersticioso aos anjos e demônios que existia ainda no
século IV como demonstram as atas do Concílio de Laodicéia.
Na região havia também um grande número de judeus. Segundo
Flavio Josefo (Ant. XII, 147-153), o procônsul romano Valério Flacco
(61-62 aEC) seqüestrou o dinheiro dos judeus recolhido para o
Templo de Jerusalém (por isso foi processado e deposto). Foi dessa
região que saiu o fundador dos montanistas, um antigo sacerdote
de Cibele convertido ao cristianismo. O culto principal era o de
Cibele. Porém, graças ao trabalho dos colaboradores de Paulo, a
região tornou-se profundamente cristã e muito unida ao apóstolo
Paulo.
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2. A comunidade de Colossos
Segundo os Atos dos Apóstolos, Paulo evangelizou a Frígia em
duas ocasiões: na sua segunda viagem missionária quando
percorreu a região norte indo da Psídia para a Galácia (At 16,6); e
na terceira viagem ao dirigir-se para Éfeso (At 18,23).
Porém, baseados em Cl 2,1, podemos deduzir que ele nunca esteve
em Colossos e Laodicéia. Por conseguinte, essas comunidades não
foram fundadas diretamente por ele. Foram seus colaboradores
que evangelizaram a região sul da Frígia.
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As Igrejas de Colossos e as de Laodicéia e Gerápolis foram
fundadas por Épafras, um colossense. Provavelmente com
Filemon, um outro colossense, e Ninfas, natural de Laodicéia,
encontrou Paulo em Éfeso e se converteu. Paulo o chama de
“nosso amigo e companheiro de serviço...” (Cl 1,7). Não sabemos
se Épafras fundou as comunidades cristãs de Colossos e das
cidades vizinhas a mando de Paulo ou não. O certo é, que ele
mantém Paulo sempre informado sobre a comunidade (Cl 1,9) e
recorre ao Apóstolo para superar as dificuldades que surgem. De
outro lado, Paulo fala e age com a consciência de ter autoridade
sobre a comunidade como se fosse ele o fundador.
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A única fonte de informação sobre a comunidade de Colossos é
a própria carta. Dela resulta que a Igreja de Colossos era
composta em sua grande maioria por cristãos provenientes do
paganismo (Cl 1,21-27; 2,13). Porém, devia haver uma
percentagem de judeu-cristãos. Épafras devia ser de origem
pagã.
Também as comunidades de Laodicéia e Gerápolis deviam ter a
mesma constituição. Convém notar que Laodicéia é recordada
no Apocalipse (Ap 3,14) e ali se celebrou um concílio no final
do século IV.
N.B.: O cristianismo, além da Frígia, floresceu também na Misia
e Lídia. As comunidades de Pérgamo, Esmirna, Sardes,
Filadélfia e Tiatira serão Igrejas ativas no final do século I. Não
sabemos nada sobre suas fundações. Porém, podemos supor
que elas também nasceram durante o ministério efesino de
Paulo.
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3. A Carta
Colossenses é uma das “Cartas do Cativeiro”, pois Paulo ao escrever
a carta afirma estar preso (Cl 4,3.10.18). Mas não diz o lugar de sua
prisão, porque provavelmente, era conhecido dos destinatários.
Segundo Atos dos Apóstolos, Paulo foi encarcerado ao menos três
vezes:
- At 16,23-40: Em Filipos, durante sua segunda viagem
missionária, mas por uma única noite;
- At 23,33–26,32: Em Cesaréia, na Palestina, por dois anos, entre
58-60;
- At 28,16.30: Em Roma, em liberdade vigiada, ou prisão
domiciliar, por dois anos, entre 61-63.
A carta aos Efésios é muito próxima de Colossenses pelo estilo,
linguagem e teologia, e, portanto, ambas devem ter sido escritas do
mesmo lugar. Em Fm 23-24 e Cl 4,10-14 são lembradas as mesmas
pessoas, o que também supõe a mesma data. A prisão romana de
Paulo parece ser a data e o local mais indicado para as três cartas.
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Épafras, fundador da Igreja de Colossos, se encontrava junto do
apóstolo. Paulo o chama de “meu companheiro de prisão em Cristo
Jesus” (Fm 23). Não quer dizer que ele também estivesse preso, mas
que condividia a mesma sorte de Paulo, pois, provavelmente morava
na mesma casa.
Provavelmente, Épafras tenha ido a Roma relatar a Paulo o estado da
comunidade de Colossos e, ao mesmo tempo, pedir conselhos e
ajuda contra uma nova doutrina que perturbava o ambiente da
comunidade. Épafras sabia do grande interesse de Paulo pela
comunidade cristã de Colossos e também de Laodicéia.
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Os colossenses tinham progredido em sua fé e na caridade
(1,4.8; 2,5). Porém, surgia uma falsa doutrina que ameaçava o
bem-estar da Igreja. Não é fácil, precisar com exatidão que
doutrina era essa. Paulo a chama de “filosofia” (2,8).
Note-se que se entendia por filosofia qualquer doutrina,
mesmo religiosa, sobre o mundo e a vida. Não sabemos se
Paulo tinha ou não elementos suficientes para saber
exatamente o conteúdo dessa doutrina. As alusões na carta são
muito vagas. Podemos detectar algumas suas características:
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- Em primeiro lugar, nota-se um certo influxode correntes
judaizantes. Não se trata do judaísmo que Paulo combate
energicamente em Gálatas e Romanos. Mas um resquício de
judaísmo misturado com idéias de outras religiões pagãs.
Paulo faz apenas uma menção à circuncisão (2,11-13). Talvez
esses “filósofos” pregassem a circuncisão, porém sem dar-lhe
importância para a salvação como faziam os judaizantes.
Pregavam a observância de festas anuais, mensais e dos
sábados (2,16); a rígida abstinência de alimentos (2,16.20-22);
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-Davam grande importância às “potências”, isto é, a seres celestes
que estariam associados aos astros e que exerciam um certo papel
sobre o mundo. Paulo fala de “elementos do mundo” (Cl 2,8) de
culto dos anjos (2,18), de “tronos, dominações, principados e
potestades” (2,10.15). Esses seres aparecem como mediadores entre
Deus e os homens, religando a segundo plano a mediação de Cristo.
Nesses elementos todos, vislumbra-se uma clara influência das
religiões de mistério, tão em voga na época;
- Um terceiro elemento parece provir de uma espécie de “gnosis”,
pois se ressalta a importância do “conhecimento”. Não se sabe qual
o conteúdo desse conhecimento. Porém, através dele, se tinha acesso
a um mundo superior.
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Não sabemos também se o pregador dessa doutrina
era judeu, pagão ou cristão. Paulo chama esse
perigoso sistema doutrinal de “argumentos
capciosos” (2,4), de “vãs e enganosas especulações da
filosofia” (2,8). Não se trata de uma apostasia do
cristianismo, mas de um desvio doutrinal.
As conclusões de Paulo são rigorosas: “Quem se une
a essa doutrina se separa do Cristo. Ele é o único
mediador entre Deus e os homens” (Cl 2,9-15).
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Não sabemos se Paulo escreveu a carta por sua própria iniciativa
ou a pedido de Épafras. É bem provável que o próprio Épafras
tenha feito a tarefa de secretário. A carta foi levada a Colossos
por Tíquico (4,7) que deve ter levado também o bilhete a
Filemon e acompanhado Onésimo (4,9). Épafras continuou em
Roma assistindo Paulo em sua prisão (4,12). A ordem de Paulo
para que a carta fosse lida também em Laodicéia, dá a entender
que também ali se sentia o mesmo perigo .
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
Timóteo é nomeado como o remetente junto com Paulo, enquanto
que Tíquico é enviado a Colossos com Onésimo, obviamente com
o encargo de levar a Carta (4,7-9). Junto com Paulo se encontram
diversos colaboradores: Aristarco, Marcos, Jesus chamado o Justo,
Lucas, Demas e sobretudo Épafras (4,10-14). Este último é
apresentado como aquele que, depois de ter fundado a
comunidade de Colossos, informou o Apóstolo sobre a fé da
comunidade e os problemas existentes. A Carta contém também
uma saudação de Arquipo (4,17). Todos estes personagens (a
exceção de Tíquico e Jesus chamado Justo) são nomeados também
no bilhete a Filemon (Fm 2.11.23), o cristão em cuja casa se reunia
com muita probabilidade a comunidade de Colossos. E no fim a
Carta traz a firma de Paulo.
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4. Divisão da carta
Pré-escrito (1,1-2)
I. Exordium (1,3-23)
- Agradecimento de Paulo (3-8)
- Intercessão (9-14)
- Expansão cristológica (15-20)
- O anúncio dos temas a serem tratados (21-23)
a) a obra de Cristo para a santidade dos fiéis (21-22)
b) fidelidade ao Evangelho recebido (23a)
c) e anunciado por Paulo (23b)
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II. Argumentação (1,24–4,1)
(desenvolvimento em ordem inversa aos temas anunciados acima)
A) O combate de Paulo pelo anúncio do Evangelho (1,24–2,5)
B) Fidelidade ao Evangelho recebido (2,6-23)
- exortações iniciais gerais (6-7)
a. advertências às práticas de culto (8)
b. motivos cristológicos: Cristo e os fiéis com ele (9-15)
a’. retomada das advertências: resistir às doutrinas erradas (16-19)
- exortações conclusivas (20-23)
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
C) A santidade dos fiéis (3,1–4,1)
- exortações gerais e princípios introdutivos (1-4
a. mortificar o homem terreno (5-9a)
b. motivações: desvestidos do homem velho e
revestidos do
homem novo (9b-11)
a’. viver a novidade em Cristo (12-17)
- exortações sobre a vida familiar e doméstica (3,18–4,1)
III. Exortação final (4,2-6)
Pós-escrito (4,7-18)
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
5. Autenticidade:
A autoria paulina é atestada pela tradição antiga da Igreja. Porém, no
final do século XVIII e início da século XIX, essa foi fortemente
contestada. Muitos biblistas, tanto Católicos como Protestantes,
questionam se a Carta é de Paulo; se é de um discípulo (Timóteo?); se é
um resumo da Carta aos Efésios. A Escola de Tubinga a considerou um
produto dos círculos gnósticos do II século. Motivos para duvidar é
que não faltam: 34 vocábulos que não estão em outras partes do NT; 28
que não estão nas demais Cartas Paulinas; uma dezena que se
encontram somente em Efésios. Existem muitas repetições e
sinônimos; faltam alguns dos temas mais caros a Paulo: justiça,
justificação, Lei...
O estilo é mais solene. Também ele depende do assunto a ser tratado.
Também a teologia de Colossenses não é tão diferente das outras
cartas.
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
6. Mensagem:
O objetivo da Carta aos Colossenses é combater um erro que existia na
comunidade: uma excessiva importância era dada ao culto das
potências angelicais. O autor, lembra que Deus no seu plano
salvífico assegurou a Cristo uma tarefa importante. Ele é o mediador
da criação (1,15); mediante o seu sangue derramado reconciliou
todas a humanidade com Deus. Cristo é a “cabeça do corpo que é a
Igreja” (1,18.24), e em modo diverso é também o chefe das potências
celestes (2,10). Aprouve a Deus em Cristo fazer habitar toda a
Plenitude (1,19) para poder comunicar aos fiéis “a Plenitude da
divindade” que habita em Cristo plenamente (2,9-10), garantindo
assim plena dignidade a todos os batizados.
Hoje deveríamos pensar também em tantos erros que de tempos em
tempos surgem em nossas comunidades e produzem estragos
grandes. A exemplo de Paulo, deveríamos também estar
preocupados com a boa formação doutrinal e catequética dos nossos
dirigentes das comunidades.
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
b) Através da obra de Cristo os fiéis são libertados do poder das
trevas e obtém a remissão dos pecados (1,13-14). Assim os fiéis são
reconciliados com Deus e com todo o universo (1,20). Tudo isso por
meio do batismo, para despojar-se do homem velho e revestir-se do
homem novo.
O mundo moderno com todas as suas “luzes”, não deixa de ter as
“trevas” que levam tantos à perdição. Tantas pessoas que vivem
alienadas, oprimidas, vivendo como “pessoas velhas”. Se queremos
dar continuidade ao reino de Deus, anunciado e iniciado por Jesus,
precisamos construir a nova sociedade, com homens novos, mulheres
novas, que vivam os novos valores do Reino.
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
c) Os batizados passam a fazer parte da Igreja “corpo de Cristo”,
onde não há mais divisões (3,11). A Igreja é a unidade de todos
os seus membros. Ela continua a ser de caráter local (4,15), mas
assumindo uma dimensão universal, pois através dela e por
meio dela Cristo realiza desde agora sua senhoria cósmica.
Somos também chamados hoje a superar as divisões em nossas
comunidades, a ajudar a construir este “corpo de Cristo”. E
“agindo localmente e pensando globalmente” cuidar também de
toda a vida terrestre, afinal Deus é o Criador de tudo e a nós
humanos foi confiado o cuidado da criação. Não idolatrar a
natureza, mas prestar-lhe todo o cuidado e respeito que ela
merece.
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
d) A adesão a Cristo e a Igreja dá origem ao conhecimento da
vontade Deus e de levar uma vida santa, que se distingue pela
prática do amor fraterno e das virtudes (3,12-15), seja nos deveres
familiares e sociais. Maridos, mulheres, pais, filhos, patrões,
servos... todos são chamados a um relacionamento novo e fraterno.
(OBS. Este item está melhor elaborado na Carta aos Efésios).
Hoje vivemos uma situação de grave crise familiar. Seja entre os
esposos, mas também entre pais e filhos. Missão de nossa Igreja é
acompanhar as famílias e ajudá-la nas suas crises, através das
pastorais, preparando bem as pessoas para o matrimônio.
Igualmente, o relacionamento social entre patrões e trabalhadores
precisa ser iluminado pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social
da Igreja. Vivendo “revestidos da caridade” faremos “reinar a paz
de Cristo em nossos corações” (cf. 3,14-15)
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
Créditos
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Coordenação geral da Produção: Irmã Bernadete Boff, fsp
Texto: Padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
Arte do power point: Irmã Matilde Aparecida Alves, fsp
Irmã Ivonete Kurten,fsp
Bianca Russo
Fotos: Arquivo Paulinas – Proibida a reprodução e cópia de
imagens - Direitos reservados
Texto do padre Antônio Luiz Catelan Ferreira
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