ROTINAS2

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ROTINAS
A rotina, conforme definição
do Ministério da Saúde, é o conjunto de
elementos que especifica a maneira
exata pela qual uma ou mais atividades
devem ser realizadas. É a descrição
sistematizada dos passos a serem dados
para a realização das seqüência de
execução.
Uma rotina institui sobre o
que deve ser feito, quem deve fazer e
onde.
ELABORAÇÃO
• A rotina é especifica de cada unidade, ou seja, a
linguagem e a descrição das ações deverão estar
em acordo com o preparo de quem irá executá-la.
• Há necessidade da identificação precisa da rotina,
devendo esta expressar exatamente o conteúdo e
a unidade a que se refere.
COMO DEVE SER A ROTINA
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Deve conter as seguintes
informações:
Nome da organização de saúde;
Nome da unidade a que se destina;
Título da rotina;
Normas inerentes à rotina, quando couber;
Identificação do agente da ação;
Ações a serem realizadas;
Outras informações necessárias.
TIPOS DE ROTINA
• Existem três tipos principais de rotina: de coluna,
textual e fluxograma. A escolha de um ou outro
tipo deve recair sobre a que melhor se adapte ao
assunto a ser tratado e a quem vai consultá-la.
• A rotina na forma de colunas oferece rápida
visualização da informação necessária, facilitando
sua consulta. É composta de três colunas básicas:
o agente (quem), ação (o quê) e observação
(onde).
• Os agentes: um único elemento (podendo neste
caso ser colocado numa norma); ou elementos da
equipe de enfermagem e da equipe
multidisciplinar.
• É importante salientar que todos os
agentes participam da elaboração da
rotina, principalmente, quando
pertencentes à equipe multidisciplinar.
• Neste tipo de rotina, pode ser
acrescentada uma coluna para a
enumeração seqüencial das ações
(optativa).
ESCABIOSE
A escabiose é uma infestação cutânea
causada por um ácaro, Sarcoptes scabiei,
cujas lesões altamente pruriginosas, são
provocadas pela fêmea e seus produtos. O
quadro clínico inicia-se 2 a 6 semanas
após o contágio e as lesões ocorrem
principalmente no espaço interdigital,
punho, axilas, cintura, joelho, cotovelo e
planta dos pés.
Nos homens, a localização
característica são os genitais, onde
formam-se lesões endurecidas e
elevadas no pênis e na bolsa escrotal.
Nas mulheres, é comum nos mamilos
serem afetados pela doença. Nos
bebês, o acometimento das plantas
dos pés e palmas das mãos é
frequente.
O parasita escava túneis
sob a pele onde a fêmea
deposita seus ovos que
eclodirão em cerca de 7
a 10 dias dando origem
a novos parasitas.
Apresenta evolução crônica, visto
que cada fêmea vai liberar cerca de
40 a 50 ovos e é preciso eliminar
todos os ácaros para a cura. Mas,
embora tenha uma evolução crônica,
é uma doença que não mata e tem
bom prognóstico
Pacientes idosos, debilitados, com
deficiência neurológica ou imune (ex.
AIDS) apresentam a forma crostosa,
também chamada norueguesa, altamente
contagiosa pela grande quantidade de
ácaros em suas lesões (acima de um
milhão). As lesões tipicamente causam
espessamento, coloração acinzentada,
descamação, hiperqueratose e crostas, que
podem cobrir todo o corpo, especialmente
joelhos, cotovelos, nádegas, couro
cabeludo, orelhas e leito ungueal. Pelo
comprometimento imune o prurido é
menos intenso ou pode até estar ausente.
Surtos de sarna norueguesa já foram
descritos em vários hospitais, inclusive no
Brasil.
COMO SE ADQUIRE?
É transmitida pelo contato direto entre
pessoas, e os ácaros por ficarem protegidos dos
escabicidas tópicos pela camada hiperqueratótica,
isto é, super espessada, em condições de
descamação. Podem contaminar roupas de uso
pessoal ou de cama, cortinas, assoalho, paredes,
móveis, brinquedos, permanecendo infectantes
por longos períodos causando epidemias em
escolas, quartéis, hospitais e outras comunidades
fechadas.
Pode ser considerada uma DST, pois boa parte
das transmissões ocorre em relações sexuais. A
doença também é bastante transmitida entre mãe
e filho lactante.
O ácaro é capaz de perfurar e
penetrar a pele em questões de
minutos. Isso leva a uma coceira
intensa que, geralmente piora
durante a noite, associada a
lesões de pele causadas pela
penetração do ácaro e pelas
coçaduras.
TRATAMENTO
Quando diagnosticamos um caso de
escabiose, os outros componentes da
família também devem ser examinados,
porque todos os indivíduos acometidos
devem ser tratados.
Troca de roupa de cama bem como das
roupas do corpo durante o tratamento,
não sendo necessário ferver as mesmas
(orientar para que as roupas sejam bem
lavadas e passadas com ferro bem
quente).
Uso de Escabicidas (loções) por 3
noites seguidas, repetido após uma
semana. Em adultos, a loção é
passada por todo o corpo (do
pescoço para baixo), durante a noite,
retirando-se pela manhã (banho). Em
crianças, para evitar que elas
durmam com a loção, pode-se passar
durante o dia e deixar por um
período de 4 a 6 horas, após o qual se
retira (banho).
Podem ser usado os sequintes Escabicidas:
Benzoato de benzila - 25%; Monossulfiran
- 25%; ; Deltametrina; Pasta d`água com
enxofre - 5 a 10%, 2 a 3 vezes por dia
(usada para crianças ou gestantes).
Quando a infestação é muito intensa,
pode-se utilizar medicação sistêmica
(Tiabendazol sistêmico) e, atualmente, a
ivermectina.
ROTINA TEXTUAL
A rotina textual é descrita – o
próprio nome diz como um texto,
podendo seguir os mesmos
tópicos da rotina de colunas.
Hospital Amigo de Deus
Setores de Internação
Rotina de controle em surto de
escabiose envolvendo pacientes e
profissionais de saúde.
Normas:
1- Desenvolver um estudo sobre a
escabiose e suas manifestações
clínicas
2- Listar os cuidados de enfermagem
aos clientes acometidos pela escabiose
3- Destacar as principais ações a
serem desenvolvidas pelos
profissionais de saúde para prevenir a
disseminação da escabiose no
ambiente hospitalar.
Ações:
• Todos os profissionais expostos a pacientes
infestados recebem um escabicida profilático
(permetrin a 5%) e caso desenvolvessem os
sintomas da doença, são tratados com esta
mesma droga, juntamente com seus familiares;
• Afastamento do serviço até 24 horas após o
tratamento e recomendação a lavagem de suas
roupas de cama e de uso pessoal;
• Na persistência dos sintomas pode ser
empregado lindane e na ausência de resposta a
esta nova droga pode ser introduzida a
ivermectina por via oral;
• Na persistência dos sintomas foi empregado
lindane
e na ausência de resposta a esta nova
.
droga foi introduzida a ivermectina por via oral
• Solicitar a limpeza vigorosa de carpetes, cadeiras
e outras superfícies expostas;
• Orientar todos os profissionais que atendem os
pacientes para observar a presença de sinais ou
sintomas da doença;
• Executar a profilaxia e tratamento em todos os
setores;
• Pacientes com prurido ou exantema pruriginoso
ficam em quartos privativos e para sua manipulação
as precauções de barreiras recomendadas pelo CDC
devem ser utilizadas, como o uso de luvas de canos
longos, a fim de proteger também o antebraço.
• Casos confirmados recebem tratamento tópico
em duas aplicações durante uma semana
(permetrin 5%) e ivermectina (0,2 ml/Kg);
• Isolamento deve ser mantido pelo menos por
oito dias, até 24 horas após o segundo tratamento
tópico;
• Criação de um sistema específico para vigilância,
notificação, tratamento e profilaxia;
• Informações sobre escabiose e seu tratamento
devem ser fornecido a todos envolvidos através de
boletins internos, jornais e televisão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. O caso índice, altamente infestado, pode
2.
3.
passar desapercebido durante internação.
Pacientes altamente infestados dificilmente
eliminam os ácaros com uma única aplicação
da droga.
Profissionais de saúde com grande contato
com pacientes infestados apresentam grande
possibilidade de contaminação, disseminando o
agente.
4. As precauções com barreira,
recomendadas pelo CDC, parecem ser
insuficientes para conter os surtos desta
forma especial de escabiose, havendo
necessidade de manter as precauções
também no intervalo entre as duas
aplicações habituais do esquema tópico.
Os pacientes devem ficar em quartos
privativos, serem manipulados com
precauções de contato, empregando-se
luvas de cano longo.
5. Os profissionais de saúde têm facilidades
para a auto medicação, subestimando a
notificação dos casos.
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