INFECÇÃO AGUDA PELO HIV

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INFECÇÃO PELO HIV
Fases Clínicas
Ana Paula Pietrowski Bertuol
Infectologista
Dez 2009
3 APRESENTAÇÕES CLÍNICAS DO HIV
1.
2.
3.
Infecção Aguda (CV alta e resposta
imune intensa com queda acentuada de
CD4);
Fase Assintomática (resposta crônica à
infecção viral)
Fase Sintomática (precoce e tardia)
Síndrome Retroviral Aguda
Entre 1/3 a 2/3 das infecções agudas causam
doença mononucleose-like
(febre,astenia,faringite,adenopatia,artralgia,mialgia,
cefaléia,exantema maculo-papular em troncos e
membros);
 Os achados clínicos da SRA são variáveis e
inespecíficos;
 O início dos sintomas ocorrem entre 1 e 6 semanas
após a infecção (média 2-4 semanas);

Síndrome Retroviral Aguda
Febre
Adenopatia
Faringite
Rash
96%
74%
70%
70%
Mialgias
Trombocitopenia
Leucopenia
54%
45%
38%
Diarréia
Cefaléia
Náuseas
32%
32%
21%
Síndrome Retroviral Aguda
Hepatoesplenomegalia e sintomas
neurológicos são achados infrequentes;
 Os sintomas geralmente desaparecem em
10 a 15 dias mas podem durar até 30 dias.

Síndrome Retroviral Aguda

Algumas infecções oportunísticas tem sido
relatadas durante a infecção aguda pelo
HIV: Pneumonia por P jirovecii, meningite
criptocócica e esofagite por cândida.
Síndrome Retroviral Aguda
laboratório





Redução dos linfócitos totais;
Aumento do VSG, TGO, TGP e fosfatase alcalina;
Anticorpos heterófilos ausentes;
Em pctes com sintomas neurológicos ocorre
meningite asséptica com proteínas e
celularidade aumentadas e glicose normais;
CD4 e CD8 diminuem.
Síndrome Retroviral Aguda
Antígeno HIV p24 é detectado no soro ou líquor
em 75% dos pctes com infecção aguda após 2
semanas da exposição (coincide com os
sintomas);
 O marcador mais sensível para infecção aguda é
o RNA HIV;
 Carga viral geralmente é muito alta(>500 mil
cópias).

Síndrome Retroviral Aguda
diagnóstico diferencial

Série de infecções podem mimetizar o
HIV: mononucleose, influenza, hepatite
viral, rubéola, herpes primária e sífilis
secundária;
História natural da Infecção
O tempo médio desde infecção até a AIDS
é de 9,8 anos (em 50-75% dos pctes);
 Em geral,sem tratamento ARV, cerca de
4% dos pctes terão desenvolvido AIDS
após 3 anos da infecção;
 Passados 15-20 anos após a infecção, até
15% dos pacientes não irão desenvolver
condições definidoras de AIDS.

História natural da Infecção
O CD4+ e a CV são os melhores marcadores
para predizer a evolução da doença (marcadores
prognóstico);
 Um nível alto sustentado de CV é um valor
preditivo independente para diminuição do
CD4+;
 O CD4+ é sensível para predizer a evolução dos
infectados para a AIDS;

História natural da Infecção

1.
2.
3.
CV alta e sustentada gera:
A queda mais rápida da contagem de
CD4+,
Progressão clínica mais rápida e
Diminuição da sobrevida.
Fase Assintomática
Fase Sintomática Precoce
AIDS- Critérios CDC
Dois testes triagem reagentes ou um deles
confirmatório+ CD4<350céls ou diagnóstico de pelo
menos uma destas doenças indicativas de AIDS:




1. Câncer cervical invasivo;
2. Candidose de esôfago,traquéia, brônquios ou pulmões;
3. Citomegalovirose em qualquer outro local que não sejam
fígado, baço e linfonodos, como a retinite por citomegalovírus;
4. Criptococose extrapulmonar;
5. Criptosporidiose intestinal crônica (período superior a um
mês);
AIDS-Critérios CDC





6. Herpes simples mucocutâneo (período > 1m);
7. Histoplasmose disseminada (que não
exclusivamente em pulmão ou LFN
cervicais/hilares);
8. Isosporidiose intestinal crônica (período >1m);
9. Leucoencefalopatia multifocal progressiva;
10. Linfoma não-Hodgkin de células B e outros
linfomas dos seguintes tipos histológicos: Linfoma
maligno de células grandes ou pequenas não
clivadas (tipo Burkitt ou não-Burkitt) e Linfoma
maligno imunoblástico sem outra especificação;
AIDS- Critérios CDC






11. Linfoma primário do cérebro;
12. Pneumocistose;
13. Qualquer micobacteriose disseminada
(exceto tuberculose ou hanseníase);
14. Reativação de doença de Chagas
(meningoencefalite e/ou miocardite);
15. Sepse recorrente por bactérias do gênero
Salmonella (não tifóide);
16. Toxoplasmose cerebral.
Critérios RJ-Caracas

Somatório de 10 pontos + evidência laboratorial:

Dois (2) pontos: Anemia e/ou linfopenia e/ou
trombocitopenia; astenia (mais de 1 mês, excluída
a tuberculose como causa básica); caquexia
(perda involuntária de + de 10% do peso
corporal, excluída a tuberculose como causa
básica); dermatite persistente; diarréia (mais de 1
mês); febre (=/+ 1 mês, excluída a tuberculose
como causa básica); linfadenopatia (dois ou mais
sítios) e tosse persistente (excluída a tuberculose
como causa básica).
Critérios RJ-Caracas

Cinco (5) pontos: Candidose oral ou
leucoplasia pilosa; disfunção do sistema
nervoso central; herpes zoster em
indivíduos com até 60 anos de idade e
tuberculose pulmonar, pleural ou de
linfonodos localizados numa única região.
Dez (10) pontos: Outras formas de
tuberculose e sarcoma de Kaposi.
Acompanhamento da TARV

A falha virológica é definida por não-obtenção ou
não-manutenção de carga viral indetectável.
Caracteriza- se por carga viral confirmada acima
de 400 cópias/ ml após 24 semanas ou acima de
50 copias/ ml após 48 semanas de tratamento ou,
ainda, para indivíduos que atingiram supressão
viral completa, por rebote confirmado de carga viral
acima de 400 cópias/ml.
Acompanhamento da TARV
O declínio progressivo da contagem de linfócitos CD4
caracteriza falha imunológica. Deve-se considerar, entretanto,
que há ampla variabilidade
biológica nas contagens de CD4, assim como variabilidade
laboratorial
referente a reprodutibilidade técnica do teste. Existe também a
variação circadiana dos níveis de CD4 e, portanto, recomendase que a amostra para o teste seja obtida no período da manhã
podendo oscilar em até 25% dos valores absolutos sem
significado clínico. Recomenda-se, portanto, que frente a
reduções maiores que 25% na contagem de CD4
suspeite-se de falha imunológica e proceda-se a confirmação.
Acompanamento da TARV
A progressão clínica da infecção expressa
principalmente por meio de infecções ou
tumores oportunistas, tem sido a referência
para caracterizar falha clínica.
No entanto, na ausência de falha virológica,
a ocorrência de doenças oportunistas não
indica falha do tratamento antirretroviral,
mas sim reflete, na maior parte dos casos,
reconstituição imune parcial e insuficiente.
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