TERMODINÂMICA QUÍMICA Guilherme Nascimento Oliva - 14400 Matheus da Rocha Coutinho - 14417 Engenharia de Controle e Automação Tópicos 1) Introdução 2) Processos espontâneos 3) Processos reversíveis e irreversíveis 4) Entropia 5) Interpretação molecular da entropia 6) Variações de entropia nas reações 7) Energia livre de Gibbs As velocidades das reações são controladas por um fator relacionado à energia (energia de ativação). O equilíbrio depende das velocidades das reações diretas e inversas. Ele é alcançado quando elas ocorrem em velocidades iguais. Além da entalpia, devemos considerar a variação da desordem para analisar se a reação ocorrerá ou não. A energia pode ser transferida entre o sistema e a vizinhança ou convertida de uma forma à outra, mas a energia total permanece constante. ∆E = q + w Um processo espontâneo tem sentido definido no qual ele acontece. CH4 (G) + 2 O2 (G) → CO2 (G) + 2 H2O(L) A espontaneidade de um processo pode depender da temperatura. Entropia Entalpia Um processo é dito reversível se o sistema e todas as partes da sua vizinhança puderem retornar exatamente ao estado inicial pela reversão da variação. Um processo é irreversível quando o sistema e todas as partes de sua vizinhança não conseguem voltar ao estado inicial. Expansão espontânea de um gás •w = 0 •∆E = 0 •Processo isotérmico Expansão espontânea de um gás O gás expande-se por causa da tendência das moléculas espalharem-se entre os diferentes arranjos que elas podem assumir. Os processos nos quais a desordem do sistema aumenta tendem a ocorrer espontaneamente. H2O(sólido) → H2O(líquido) ∆H > 0 KCl(s) → K+(aq) + Cl-(aq) ∆H > 0 Nos dois casos vistos, a estrutura sólida bem organizada é substituída por uma estrutura líquida mais desordenada. A variação na desordem com a variação na energia afeta a espontaneidade de processos químicos. Aumento de temperatura Podemos relacionar a variação na entropia à outras grandezas familiares (em particular o calor transferido no processo). Essa equação aplica-se a qualquer processo isotérmico entre os estados. • Para uma expansão isotérmica o trabalho reversível é dado por: • Para esse processo, ∆E = 0. Portanto: • Para 1L de um gás ideal a 1atm e 0oC, temos 4,46 10-2 mol de gás e: Segunda lei da termodinâmica Um sistema tende a assumir o estado de probabilidade máxima. Processo reversível : ∆Suniv = ∆Ssis + ∆Svizin = 0 Processo irreversível : ∆Suniv = ∆Ssis + ∆Svizin > 0 A entropia não é conservada, ela está continuamente crescendo. 4 Fe (S) + 3 O2 (G) → 2 Fe2O3 (S) ∆H < 0 2 NO (G) + O2 (G) → 2 NO2 (G) A formação de novas ligações diminui o número de graus de liberdade, ou formas de movimento, do átomo. As formas de movimento podem ser: Vibracional Rotacional Translacional 2 NO (G) + O2 (G) → 2 NO2 (G) A formação de novas ligações diminui o número de graus de liberdade, ou formas de movimento, do átomo. As formas de movimento podem ser: Vibracional Rotacional Translacional A energia térmica é diretamente proporcional à entropia. Por meio de medidas experimentais da variação da capacidade calorífica com a temperatura podemos determinar a entropia absoluta de muitas substâncias a qualquer temperatura. As entropias absolutas são baseadas no ponto de referência de entropia zero para sólidos cristalinos perfeitos a 0 K, sendo geralmente tabeladas como grandezas molares em J/mol.K. A energia livre de Gibbs, G, é uma função de estado termodinâmica dada através da entalpia e entropia pela seguinte lei: ∆G = ∆H – T∆S À temperatura e pressão constantes: ∆G > 0 Reação não espontânea ∆G < 0 Reação espontânea ∆G = 0 Reação em equilíbrio e reversível Numa reação química podemos calcular a variação da energia livre padrão conhecendo-se as energias dos reagentes e dos produtos. ∆Go = ∑ n ∆Gof (produtos) - ∑ m ∆Gof (reagentes) Onde n e m referem-se ao número de reagentes e produtos formados, respectivamente. As energias livres dos elementos em seus estados padrão são fixadas como zero, sendo o ponto de referência para o cálculo da energia livre dos elementos em outras circunstâncias. A variação na energia livre para um processo, ∆G, é igual ao trabalho máximo útil que pode ser realizado pelo sistema em sua vizinhança em um processo espontâneo ocorrendo à temperatura e pressão constantes. ∆G = ∆H – T∆S ∆H ∆S – T∆S ∆G = ∆H – T∆S Características da reação Exemplo - + - Sempre negativo Espontânea a todas as temperaturas 2 O3 (G) → 3 O2 (G) + - + Sempre positivo Não espontânea a todas as temperaturas; reação inversa sempre espontânea 3 O2 (G) → 2 O3 (G) - - + Negativo a baixas T e positivo a altas T Espontânea a baixa T; torna-se não espontânea a altas T H2O (L) → H2O (S) + + - Positivo a baixas T e negativo a altas T Não espontânea a baixas T; torna-se espontânea a altas T H2O (S) → H2O (L) Podemos relacionar a energia livre com o quociente de reação através da seguinte lei: ∆G = ∆Go + RT ln Q Quando a reação está em equilíbrio: 0 = ∆Go + RT ln Keq Através da expressão vista podemos elucidar que: ∆Go, negativo : Keq > 1 ∆Go, positivo : Keq < 1 ∆Go, 0 : Keq = 1 Química: Ciência Central – Brown, Lemay e Bursten; 9ª edição. www.prenhall.com/brown_br www.materiais.ufsc.br/Disciplinas/EMC5733/ diagramas_termo.htm