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5º Congresso Riopharma de Ciências Farmacêuticas
Rio de Janeiro
19 a 22 de setembro de 2007
Mesa Redonda
Drogas de Abuso:
Medicamentos para Emagrecimento;
Drogas de Fisioculturismo;
Drogas de Divertimento.
José Ruben de Alcântara Bonfim
médico sanitarista
mestre em ciências
[email protected]
• 1.
Considerações sobre eficácia e segurança de
anfepramona, mazindol e femproporex
1.1 Eficácia
• No início dos anos 1990 as substâncias psicotrópicas
anorexígenas eram assim avaliadas pelo BNF (British National
Formulary) 1: “Os supressores do apetite de ação no sistema
nervoso central não têm real valor no tratamento da obesidade
uma vez que não melhoram a perspectiva de tratamento a longo
prazo. Eles são simpáticomiméticos e a maioria tem intenso
efeito estimulante para o sistema nervoso central. O uso de
fármacos símiles à anfetamina (dietilpropiona [ou anfepramona],
mazindol e fentermina) não se justifica uma vez que qualquer
benefício possível não é mais importante que os riscos
envolvidos;
o abuso, particularmente da dietilpropiona, é um problema
crescente”.“Os efeitos adversos assinalados da dietilpropriona
e do mazindol eram: boca seca, dor de cabeça, exantemas,
dependência; menos comumente, insônia, nervosismos
crescente, depressão, psicose, alucinações, taquicardia,
hipertensão, obstipação; raramente ginecomastia”. E
registrava que o produto CD Teronac (mazindol, Sandoz)
estava fora de comércio.Quanto à fenfluramina e à
dexfenfuramina, o BNF já fazia importantes restrições de uso.
Estas substâncias e seus produtos deixaram de ser utilizadas
em todo mundo a partir de 1997. Por fim, advertia-se que “os
hormônios tireoidianos não têm lugar na terapêutica da
obesidade, exceto para pacientes com hipotireoidismo”.
• Na edição de número 28 (setembro de 1994) não mais
consta referência à dietilpropiona ou mazindol, mas
existe a observação: “As anfetaminas têm um campo
limitado de proveito e seu uso deve ser desestimulado,
pois podem causar dependência e estados psicóticos”;
e “as anfetaminas não tem lugar no tratamento da
depressão ou da obesidade”.
• Assinale-se que o livro de referência para médicos e
farmacêuticos do Reino Unido não fazia menção a
outro fármaco classificado como anfetamínico, o
femproporex, porque não tinha registro.
• Segundo Glazer3, a dietilpropiona [anfepramona] foi
introduzida em 1960 e no mais longo estudo duplo-cego,
controlado por placebo4, a perda de peso tanto em
seguimentos de seis meses e de dez meses foi menor em
paciente tratado com o fármaco do que nos pacientes
tratados com placebo (7,0kg vs 8,7kg e 8,9kg vs 10,5kg,
respectivamente); informa que breves ensaios controlados
por placebo 5,6 encontraram perda de peso depois de seis
meses de tratamento com dietilpropriona, de 7,8kg e 11,7kg
respectivamente, comparado com 1,9kg (P>.05) e 2,5kg
(P<.01) nos pacientes tratados com placebo. No total, os
dados de tratamento de longo prazo com dietilpropiona
foram limitados a trinta pacientes até seis meses e cinco
pacientes até doze meses. E concluiu: “embora tenha os
menores efeitos adversos estimulantes entre os agentes
noradrenérgicos 7, uma tolerância relativamente rápida aos
seus efeitos anoréticos foi observada 8 e a perda de peso
não se estendeu além de seis meses de uso.
• Quanto ao mazindol, Glazer 3 considera: o mais longo
comunicado sobre tratamento com mazindol foi uma
observação sem controle ou mascaramento na qual onze
pacientes foram intermitentemente tratados por 12,5 meses
com 1mg/dia e houve perda de 14kg (P<.05) comparada
com a perda de 10kg com um grupo de controle (série
histórica) tratado apenas com dieta 9 ; informa também
sobre outra observação não controlada em que houve
perda de 12kg em 60 semanas de tratamento e índice mais
elevado da perda de peso por um ano acompanhada de
dieta de muito baixa caloria (53%) do que sem tratamento
com mazindol (20%) 10. Em suma, a eficácia do mazindol
não foi analisada a longo prazo, por ensaio controlado por
placebo, mascarado. Também este autor 3 não faz
referência ao femproporex.
• Outra revisão11 sobre a farmacoterapia para a obesidade
em adultos, da American Society of Health-System
Pharmacists, afirma: “Agentes adrenérgicos (por ex:
dietilpropiona, benzfetamina, fendimetrazina, mazindol e
fentermina) atuam pela modulação de receptores centrais
da dopamina e da norepinefrina pela promoção da
liberação de catecolaminas. À exceção da fentermina,
outros agentes adrenérgicos são infrequentemente usados,
talvez por causa da falta de dados bem-controlados, com
uso a longo prazo, ou o receio de sua potência de abuso 12.
Igualmente, não há referência ao femproporex.
1. Considerações sobre eficácia e segurança de anfepramona,
mazindol e femproporex (cont.)
1.2 Segurança
Em 2000 havia ainda países da Europa continental que tinham
registro de produtos à base de substâncias psicotrópicas
anorexígenas. Transcreve-se o comunicado da agência reguladora
da Espanha13:
“ La Agencia Española del Medicamento, en cumplimiento de la
decisión de la Comisión Europea de fecha 9 de marzo de 2000,
ha ordenado la revocación de las autorizaciones de
comercialización, y consiguiente retirada del mercado, de los
medicamentos que contengan los siguientes principios activos:
anfepramona, clobenzorex, dexfenfluramina, fenbutrazato,
fendimetrazina, fenfluramina, fenmetrazina, fenproporex,
fentermina, mazindol, mefenorex, norpseudoefedrina y
propilhexedrina
Para el resto de principios activos (anfepramona,
clobenzorex, fenproporex,fentermina, mazindol,
mefenorex, norpseudoefedrina, fenmetrazina,
fendimetrazina, fenbutrazato y propilhexedrina) el
CEF ha considerado también de forma
individualizada sus aspectos de seguridad y eficacia
siendo su opinión final igualmente negativa en lo
referente al balance beneficio-riesgo. En concreto, el
CEF identifica para estas sustancias un potencial
riesgo de inducción de reacciones psicóticas,
depresiones y convulsiones derivado de su acción
estimulante central. Ligados a lo anterior, se
encuentran también los casos de dependencia y
abuso que, aunque de menor relevancia que los
descritos con anfetamina, se han notificado con su
uso prolongado.
Además no puede excluirse de forma categórica el
riesgo de afectación de las válvulas cardíacas y de
aparición de hipertensión pulmonar para algunos de
ellos. En lo que respecta a la eficacia, ésta no ha
sido demostrada a largo plazo ni en lo referente al
grado de perdida de peso ni en lo que atañe al
mantenimiento de la misma y, por otra parte, el
riesgo potencial de dependencia y abuso hace
difícilmente justificable el recomendar la utilización
de estos productos en el marco de un tratamiento a
largo plazo de la obesidad.”
• Segundo o Comitê de Nutrição do Royal College of Physicians of
London 14 , em 26 de novembro de 2002, a Corte Européia de
Primeira Instância anulou decisões prévias (2000) da Comissão
Européia de cancelar os registros (Autorizações para o Comércio)
de dois agentes anoréticos. De acordo com isso, a Medicines
Control Agency, reinstituiu as autorizações para o comércio,
relevantes, para dietilpropiona [anfepramona] e fentermina, que
podem agora ser prescritas15. Esta decisão relaciona-se a uma
ação legal de longa duração e não foi baseada nem em novas
informações sobre eficácia nem quanto a segurança com relação
a estes fármacos anoréticos. Ambos os fármacos foram avaliados
e originalmente aprovados por critérios menos rigorosos do que os
exigidos desde 1997 tanto pelo Committee for Proprietary
Medicinal Products da União Européia como pela Food and Drugs
Administration estadunidense.
• Provas divulgadas sobre o uso de fentermina e dietilpropiona
indicam indução de perda de peso, de breve duração, que é
frequentemente seguida por recuperação do peso uma vez
cessado o uso do fármaco. Não há ensaios clínicos
controlados ao acaso, recém-editados, sobre os fármacos
que demonstrem eficácia além de 26 semanas. Ambos os
fármacos permanecem com uso restrito de 3 meses nos
termos de seus registros de produto. Na ausência de novas
informações acerca de sua eficácia e segurança de longo
prazo, a fentermina e a dietilpropiona não podem ser
consideradas como parte de um programa de tratamento
estruturado para pacientes com sobrepeso e obesos. Não há
referência quanto ao mazindol e as femproporex, porque, no
primeiro caso não é mais produzido, desde 1993, ou no
segundo caso porque nunca teve autorização de comércio.
Ainda este documento 14, ao considerar os fármacos
não adequados para o tratamento de sobrepeso e de
obesidade, considera:
- Sob nenhuma circunstância deve a tiroxina ser
prescrita para obesidade na ausência de
hipotireoidismo clinicamente demonstrado
- Metformina e acarbose podem ser úteis no
tratamento de pacientes diabéticos nãoinsulinodependentes obesos: eles não têm eficácia
provada para obesidade apenas e não estão
registrados para tal uso.
Não obstante a falta de comprovação de valor terapêutico, e
de há muito não ser recomendados, a dietilpropiona
[anfepramona] e o mazindol continuam aprovados pela FDA
para o tratamento da obesidade, conforme o Drugdex
Evaluations 16.
Li et al 17 fizeram a metanálise de tratamentos farmacológicos
para a obesidade, que incluiu os seguintes supressores do
apetite (sibutramina, fluoxetina, sertralina, fentermina,
dietilpropiona [anfepramona], zonisamida e topiramato, além
do inibidor de lipase orlistate. Para a dietilpropiona a análise
identificou 13 estudos editados entre 1965 e 1983, e seus
autores 18 concluíram que o uso da dietilpropiona, em
combinação com intervenção para mudança de estilo de vida,
estive associada com modesto aumento da perda de peso de
significância estatística limítrofe.
.
Esta revisão18 não informou sobre eventos adversos, mas o
efeito farmacológico da dietilpropiona é semelhante ao das
anfetaminas, e os efeitos adversos comuns incluem
estimulação do sistema nervoso central, tontura, dor de
cabeça, insônia, inquietude, discretos aumento de pressão
sanguínea,
palpitações,
taquicardia
leve,
sintomas
gastrintestinais leves e exantemas; embora nenhum evento
adverso sério tenha sido observado nestes ensaios com
dietilpropiona, a frequência de efeitos adversos graves foi
calculada em até 15 por 1000 ocorrências17.
• Os efeitos adversos do mazindol e do femproporex são
aqueles do sulfato de dexanfetamina que incluem
efeitos gerais (insônia, terror noturno, nervosismo,
inquietude e euforia que podem ser seguidos por fadiga
e depressão; pode haver secura da boca, anorexia ,
cólicas abdominais e outros distúrbios gastrintestinais,
suores, dores de cabeça , tonturas, tremores), no
sistema cardiovascular (taquicardia, palpitações, enfarte
do miocárdio, aumento ou algumas vezes diminuição
da pressão sanguínea) e os decorrentes de abuso
(que podem afetar muitos órgãos ou sistemas do corpo);
ademais, pode ocorrer alteração da libido e impotência,
além de reações psicóticas, mania, convulsões e já
ocorreu acidente vascular cerebral, assim como dano
muscular associado com rabdomiólise e complicações
renais19 .
A avaliação de conjunto de derivados ou congêneres da anfetamina
desenvolvidos com o intuito de explorar o efeito anorético foi assim
realizada por Fuchs et al20:
“Dextroanfetamina é mais potente, tem maior duração de efeito e
menor
ação
periférica
que
anfetamina.
Metanfetamina,
bensfetamina, fendimetrazina, femetrazina, femproporex e
dietilpropiona produzem, em doses eqüipotentes, efeitos similares
aos da anfetamina. Fenfluramina, fenilpropanolamina, fentermina e
mazindol são representantes com menores efeitos subjetivos, tendo
menor potencial de abuso21. Como anorexígenos, apresentam
eficácia aguda (até 20 semanas), mas não respostas de longo prazo,
pois se desenvolve tolerância ao efeito desejado. Além disso, o
surgimento de reações adversas (estimulação central e efeitos
simpáticos periféricos) limita o emprego terapêutico. Em função de
eficácia parcial e pouca segurança, não é racional prescrever
anfetaminas para o manejo da obesidade. Apesar de terem
questionável indicação clínica, anorexígenos anfetamínicos são
muito empregados no Brasil”.
2. O consumo de substâncias e produtos anorexígenos
no Brasil e no mundo
• Entre trabalhos relevantes sobre o consumo de substâncias
psicotrópicas no país para o tratamento da obesidade,
destaca-se o de Nappo et al.22 que confirmou o uso irracional
de femproporex, anfepramona, mazindol e fenfluramina, já
presente há vários anos.
• Noto et al23 ao analisar 108.215 prescrições, sendo 76.954 de
benzodiazepínicos e 26.930 de anorexígenos, confirmaram o
uso abusivo dessas categorias de fármacos no tratamento da
obesidade, com as mulheres recebendo dez vezes mais
prescrições de dietilpropiona e de femproporex em
comparação com os homens; as poucas farmácias de
manipulação (6) chegaram a movimentar mais prescrições do
que as drogarias (49) e também se identificou série de erros
e incoerências nas prescrições analisadas.
Praticamente o consumo total de substâncias anoréticas
anfetamínicas no mundo se realiza no Brasil, conforme quadros
de demonstração preparados com base nas estatísticas de
substâncias psicotrópicas para 2004 do International Narcotics
Control Board 24. Não só o país consome a sua produção de
anfetamínicos, que é a maior do mundo (84,4% para a
anfepramona e de 100% de femproporex, em 2004), como
importou em 2004, toda a produção mundial de femproporex
(99,6%).
Embora não existam estatísticas disponíveis no país sobre a
proporção de prescrições de anorexígenos anfetamínicos em
relação à de fórmulas magistrais, sabe-se que é vultuosa não
obstante a variedade de produtos industriais incluindo recente
produtos genéricos de cloridrato de anfepramona. O uso irracional
está ainda agravado pela associação de anfetamínicos com
benzodiazepínicos, diuréticos, laxantes, hormônios tireoidianos e até
antidepressivos.
Produção e comércio mundiais de substâncias anorexígenas especificadas
Substâncias anorexígenas especificadas incluídas na lista IV da Convenção de Substâncias
Psicotrópicas de 1971, com produção e comércio no Brasil, comparada segundo países
(produção, exportação e importação), 2002-2004.
PRODUÇÃO (kg)
Pais
Alemanha
Argentina
Brasil
França
Índia
Itália
Suiça
Total
Ano
2002
2003
2004
2002
2003
2004
2002
2003
2004
2002
2003
2004
2002
2003
2004
2002
2003
2004
2002
2003
2004
2002
2003
2004
anfepramona
?
16.155 (100%)
14.892 (75,6%)
20.775 (84,4%)
798 (4%)
4.003 (20,3%)
3.851 (15.63%)
16.155
19.693
24.626
Substâncias Anorexígenas
femproporex
1.827 (22,5%)
3.317 (33%)
?
4.188 (51,6%)
4.055 (40,3%)
5.197 (100%)
1.161(14,3%)
2.680 (26,7%)
935 (15.5%)
8.111
10.052
5.197
mazindol
22 (28,6%)
165 (79,4%)
?
55 (71,4%)
44 (21%)
77
209
-
Fonte: International Narcotics Control Board. Psychotropic Substances. Statistic for 2004. Scientific Requirements
for Substances of Schedules II, III and IV of the Convention on Psychotropic Substances of 1971. New York. United
Nations; 2006. Disponível em http://www.incb.org/incb/en/psycotropics_reports.html
Produção e comércio mundiais de substâncias anorexígenas especificadas
Substâncias anorexígenas especificadas incluídas na lista IV da Convenção de Substâncias Psicotrópicas de
1971, com produção e comércio no Brasil, comparada segundo países (produção, exportação e importação),
2002-2004.
EXPORTAÇÂO (kg)
Substâncias Anorexígenas
Pais
Ano
anfepramona
femproporex
mazindol
2002
462 (11,4%)
1.651 (35,2%)
Alemanha
2003
393 (8,3%)
2.033 (45,1%)
5
2004
627 (15,4%)
848 (44,9%)
4
2002
233 (5,5%)
Bélgica
2003
94 (2,0%)
2004
257 (6,3%)
2002
714 (19,6%)
117 (2,5%)
22 (19,1%)
Brasil
2003
436 (9,2%)
35 (0,8%)
2004
298 (7,3%)
88 (4,6%)
2002
433 (9,3%)
França
2003
613 (13,6%)
2004
912 (48,2%)
2002
924 (19,7%)
Índia
2003
966 (21,4%)
2004
2002
2.467 (60,8%)
1.558 (33,3%)
78 (67,8%)
Suiça
2003
3.635 (77,1%)
861 (19,1%)
6 (9,5%)
2004
2.314 (57,0%)
42 (2,2%)
27 (32,5%)
2002
4.057
4.683
115
Total
2003
4.716
4.511
63
2004
4.061
1.890
83
Argentina, Austrália, Costa Rica, Estados Unidos da América, Itália, Panamá e Reino Unido foram
excluidos por não apresentarem exportação ilustrativa no período
Fonte: International Narcotics Control Board. Psychotropic Substances. Statistic for 2004. Scientific Requirements for Substances of
Schedules II, III and IV of the Convention on Psychotropic Substances of 1971. New York. United Nations; 2006. Disponível em
http://www.incb.org/incb/en/psycotropics_reports.html
Produção e comércio mundiais de substâncias anorexígenas especificadas
Substâncias anorexígenas especificadas incluídas na lista IV da Convenção de Substâncias Psicotrópicas de
1971, com produção e comércio no Brasil, comparada segundo países (produção, exportação e importação),
2002-2004.
IMPORTAÇÂO (kg)
Substâncias Anorexígenas
Ano
Pais
mazindol
femproporex
anfepramona
584 (15,1%)
595 (15,8%)
2002
Alemanha
5
825 (18,8%)
2003
4
551 (12,0%)
2004
1.730 (44,7%)
2002
Brasil
3.822 (77,0%)
255 (5,8%)
2003
1.626 (99,6%)
2004
255 (6,8%)
2002
Chile
382 (8,7%)
2003
127 (2,6%)
2004
888 (23,6%)
2002
867 (19,8%)
2003
Estados Unidos da
1.316 (28,6%)
2004
América
88 (68,8%)
421 (10,9%)
601 (15,9%)
2002
México
75 (61,1%)
935 (21,3%)
2003
25 (32,0%)
850 (18,47%)
2004
24 (18,8%)
924 (23,8%)
358 (9,5%)
2002
Suiça
26 (22,2%)
966 (19,5%)
104 (2,4%)
2003
20 (25,6%)
249 (5,4%)
2004
128
3.873
3.769
2002
Total
117
4.963
4.384
2003
78
1.633
4.602
2004
Africa do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Costa do Marfim, Dinamarca,
Equador, Filipinas, Honduras Hong Kong, Nova Zelândia, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru,
República da Coréia, Reino Unido, Romênia, Tailândia e Venezuela foram excluidos por não
apresentarem exportação ilustrativa no período
Fonte: International Narcotics Control Board. Psychotropic Substances. Statistic for 2004. Scientific Requirements for Substances of
Schedules II, III and IV of the Convention on Psychotropic Substances of 1971. New York. United Nations; 2006. Disponível em
http://www.incb.org/incb/en/psycotropics_reports.html
Comércio brasileiro de substâncias anorexígenas especificadas
Produtos anorexígenos específicados em comércio no país, segundo empresa, apresentação farmacêutica e preço ao consumidor
(SP, MG, PR)
Fármaco
Produto/Empresa
Apresentação
Preço ao consumidor (SP, MG, PR)
Dualid (Aché)
20 cáps x 75 mg
16,36
Hipofagin S (Sigma Pharma)
20 cáps x 25 mg
18,71
Hipofagin S (Sigma Pharma)
20 cáps x 75 mg
27,04
Inibex S (Medley)
20 cáps x 25 mg
24,38
Inibex S (Medley)
20 cáps x 50 mg
28,17
Inibex S (Medley)
20 cáps x 75 mg
31,42
20 comp x 25 mg
12,16
anfepramona
cloridrato de anfepramona (EMS)
20 comp x 75 mg
17,57
desintegração lenta
cloridrato de anfepramona
20 comp x 25 mg
12,13
(Eurogeneus Legnand)
20 comp x 75 mg
17,24
[EMS; Sigma Pharma]
desintegração lenta
cloridrato de anfepramona
20 comp x 25 mg
12,13
(Germed - Sigma Pharma)
20 comp x 75 mg
17,32
[EMS; Sigma Pharma]
desintegração lenta
20 cáps x 25 mg
8,67
femproporex
Desobesi-M (Aché)
30 cáps x 25 mg
13,27
Absten S (Medley)
20 cáps x 1 mg
9,76
mazindol
Fagolipo (Libbs)
20 comp x 2 mg
21,47
Moderine (União Química)
20 comp x 1,5 mg
14,14
Cloridrato de sibutramina monohidratado
30 cáps x 10 mg
186,79
(Medley)
30 cáps x 15 mg
224,16
10 comp x 10 mg
62,26
30 cáps x 10 mg
186,81
Reductil (Abbott)
10 cáps x 15 mg
74,73
sibutramina
30 cáps x 15 mg
224,15
registro sem comércio,
Sibutran (UCI - Farma)
30 cáps x 10 mg
vencimento 06/2005
30 cáps x 10 mg
119,55
Vazy (Nature`s Plus) [Sigma Pharma]
30 cáps x 15 mg
143,45
Outros produtos não anorexígenos empregados no tratamento da obesidade
quitosana
Control (Farmasa)
60 comp x 425 mg
64,29*
21 cáps x 120 mg
110,31
orlistate
Xenical (Roche)
42 cáps x 120 mg
210,16
84 cáps x 120 mg
383,87
* preço de fábrica
4. Propostas da SOBRAVIME quanto a Consulta
Pública no 89/2006 sobre o controle de
substâncias psicotrópicas anorexígenas.
– Proibição da produção da matéria-prima das
substâncias constantes da lista B2, a saber:
aminorex, anfepramona (dietilpropiona),
femproporex, fendimetrazina, fentermina,
mazindol, mefenorex.
– Providências para o descarte legal e
tecnicamente controlado da matéria-prima já
produzida e em estoque nas indústrias,
distribuidoras e estabelecimentos
farmacêuticos.
– Cancelamento do registro e retirada do
mercado de produtos contendo
anfepramona, femproporex e mazindol.
– Revisão de acordos comerciais de
importação e exportação de substâncias
e produtos psicotrópicos anorexígenos
com transferência dos valores de cotas
para substâncias e produtos de
relevância para saúde, particularmente
medicamentos essenciais.
– Proibição da prescrição e dispensa de produtos
industriais que contenham substâncias
psicotrópicas anorexígenas da lista B2.
– Proibição da prescrição e formulação magistrais
que contenha anfepramona, femproporex e
mazindol, e outras substâncias que possam ser
consideradas psicotrópicas anorexígenas,
associados ou não a outros princípios ativos.
– Ampliar a regulação do uso de sibutramina
conforme recomendação do National Institute for
Clinical Excellence (NICE), do Reino Unido.
– Instituir educação continuada para profissionais
de saúde no Sistema Único de Saúde e na
prestação de serviços de saúde em geral e
estratégia de educação para o público no
propósito de difundir o estádio atual do
conhecimento científico que admite fármacos
como auxiliares no tratamento da obesidade,
grande problema de saúde pública , que precisa
ser enfrentado por meio de providências que
envolvem
cuidados
primários
de
saúde
(orientação sobre dieta, prática de exercício
físico, aconselhamento e apoio psicológico e
reforço para mudança de comportamento).
•
5. Referências Bibliográficas
1. British Medical Association. Royal Pharmaceutical Society of Great Britain. BNF
– British National Formulary Number 25 (March 1993). p. 168-9.
2. British Medical Association. Royal Pharmaceutical Society of Great Britain. BNF
– British National Formulary Number 28 (September 1994) p. 171-2.
3.
Glazer G. Long-term Pharmacotherapy of Obesity. 2000: A Review of Efficacy
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4.
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Drogas de fisioculturismo, e fármacos
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O resultado do controle do abuso de fármacos e
drogas em competições esportivas
Drogas de Divertimento
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http://db.doyma.es/cgi-bin/wdbcgi.exe/doyma/mrevista.fulltext?pident=13065448
Club drugs: los viejos fármacos son las nuevas drogas de la fiesta
En los últimos años se ha utilizado el término club drugs para definir a un
grupo heterogéneo de sustancias químicas que se consumen con ánimo
recreativo y que está en permanente evolución. Estas sustancias han sido
utilizadas por gran cantidad de usuarios, primero en la cultura rave y
posteriormente por la denominada cultura de club. Estas culturas son
movimientos caracterizados por la búsqueda de amplificación de
sensaciones, mediante la combinación de música electrónica, baile
maratoniano y consumo de sustancias. Tras unos años en los que
predominaba el consumo de anfetaminas de diseño y derivados en estos
colectivos, parece que aumenta el uso de otro tipo de sustancias de efectos
fundamentalmente alucinógenos. En esta revisión se discuten la
farmacología, consumo recreacional, efectos adversos y la intoxicación por 4
de estas sustancias; la ketamina, el dextrometorfano, el óxido nitroso y el
gammahidroxibutirato («éxtasis» líquido). Estas sustancias tienen en común
ser a la vez drogas de abuso y fármacos o medicamentos con indicaciones
concretas en terapéutica, y un aumento importante de su consumo en los
últimos años. Además se realiza una descripción de las culturas rave y de
club
Consommation et dangers de l’ecstasy. La Revue Prescrire Avril 1999/Tome 19 nº 194.
Consommation et dangers de l’ecstasy. La Revue Prescrire Avril 1999/Tome 19 nº 194.
Consommation et dangers de l’ecstasy. La Revue Prescrire Avril 1999/Tome 19 nº 194.
Consommation et dangers de l’ecstasy. La Revue Prescrire Avril 1999/Tome 19 nº 194.
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