Miocardites - Paulo Margotto

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MIOCARDITES VIRAIS
Bruno Ritchely Soares
Internato em Pediatria
Sob orientação da Profa. Carmen Lívia Faria
2/2016
EPIDEMIOLOGIA
Adulto jovem
Sexo masculino
Secundária a infecção viral
 Maior prevalência
Criança (~12anos)
 Maior mortalidade
 Maior índice de transplantes
Myocarditis Medical Progress NEJM 2009; 360 M
Montera M.W., Mesquita E.T., Colafranceschi A.S., Oliveira Junior A.M., Rabischoffsky A., Ianni B.M., et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz
Brasileira de Miocardites e Pericardites. Arq Bras Cardiol 2013; 100(4 supl. 1): 1-36
ETIOLOGIA
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ETIOLOGIA
Vírus mais comuns:







Coxsackie A e B (Anos 50 – 80)
Adenovírus (Anos 90)
Parvovírus B19 (atualmente)
Enterovírus
Herpes simples
CMV
Epstein-Bar
Brasil  Chagas!
A correlação com HIV
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FISIOPATOLOGIA
Granulomatosa
Bactérias, parasitas, colagenoses e
doenças proliferativas do sistema
fagocítico
Linfocítica
Vírus, protozoários, Clamídia e
micoplasmas
4 grupos
Neutrofílica
Toxinas e alguns processos virais inciais
Eosinofílica
hipersensibilidade a drogas, síndrome
hipereosinofílica de Loeffler e
endomiocardiofibrose
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FISIOPATOLOGIA
FASE AGUDA
 Presença de viremia
 Até 4 dias
1. Entrada do vírus nos miócitos
2. Ativação imune
 Infiltrado inflamatório com presença de macrófagos e células natural killer
3. Produção de citocinas
1.
IL-1 e 2, Interferón Gama, Fator de Necrose Tumoral (TNF)
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FISIOPATOLOGIA
FASE SUBAGUDA
 4 – 14 dias
1. Infiltrado de Células T
 Alto dano celular
2. Produção de linfócitos B
 Reação cruzada de anticorpos com antígenos virais e células miocárdicas
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FISIOPATOLOGIA
FASE CRÔNICA
 15 – 90 dias
1. Deposição de colágeno no miocárdio com presença de fibrose
2. Alterações resultantes
 Dilatação cardíaca
 Disfunção cardíaca
 Insuficiência cardíaca
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DIAGNÓSTICO
Clínico:




Pródromo viral com febre e mialgia; Sintomas respiratórios/gastrointestinais
Rash cutâneo
Dispneia + dor torácica
Manifestações relacionadas à insuficiência cardíaca (taquicardia, cardiomegalia, derrame
pericárdico)
 Choque cardigênico
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DIAGNÓSTICO
Laboratorial:





Avaliar necrose miocárdica
VHS
PCR
Hemograma
Descartar doenças inflamatórias sistêmicas:
 LES, artrite reumatoide, sarcoidose, doença celíaca, Churg Strauss
 Pesquisar chagas
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DIAGNÓSTICO
Ecocardiográfico:
 Áreas de hipocinesia ventricular
 Trombos intraventriculares (ou atriais)
 Disfunção sistólica com cavidades normais
 Porém com aumento da parede e septo
 Diagnóstico diferencial:
 Doenças das valvas cardíacas agudas, IAM, outras.
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DIAGNÓSTICO
Radiográfico:
 Cardiomegalia
 Padrão de congestão pulmonar
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DIAGNÓSTICO
Eletrocardiográfico:





Alterações da repolarização ventricular
Taquicardia ventricular
Arritimias ventriculares
Sinais de sobrecarga ventricular
Bloqueio de ramo esquerdo
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DIAGNÓSTICO
Por Ressonância magnética:
 Mostra injúrias miocárdicas relacionadas as fases aguda e subaguda
 Mostra cicatrizes ligadas à fase crônica
 Faz a avaliação da presença de edema inflamatório
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DIAGNÓSTICO
Padrão-ouro: Biópsia
 Infiltrado celular inflamatório com (ou sem) presença de necrose miocitária
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TRATAMENTO
Suporte
Terapia
Antiviral
Terapia
imunológica
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TRATAMENTO - SUPORTE
Inibidor da ECA:
 Captopril (0,3 – 0,5mg/kg/dose)
Bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA)
Beta-bloqueadores
 Propanolol (2mg/kg/dia(
Diuréticos
Digitálicos
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TRATAMENTO - ANTIVIRAL
Interferon Beta
Imunoglobulina
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TRATAMENTO - IMUNOLÓGICO
Terapia imunossupressora
 Prednisona (4 semanas 1mg/kg/dia; Reduzir 0,08mg/kg/dia por semana em um período de 20
meses)
 Azatioprina (1 – 4 semanas 2mg/kg/dia)
Terapia imunomoduladora
 Plasmaférese
 Pentoxifilina (1200 – 2400mg/dia)
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TRATAMENTO: RESUMO
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PROGNÓSTICO
Bom!
Remissão para cura
 Até 90% dos casos
Fase crônica  Miocardiopatia dilatada
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OBRIGADO!
Faltam 300 dias.
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