PSICONEURO-IMUNOLOGIA Apresentação: Susana Oliveira Grupo de Estudos do Trauma PSICONEURO-IMUNOLOGIA Campo da investigação científica que se preocupa com os efeitos recíprocos do comportamento, sistema nervoso central e vários componentes do sistema imunitário Evidências: • Emoções; exposição/reacção a agentes stressores e síndromes como depressão parecem estar relacionados com alterações no sistema imunitário. • Estas alterações são mediadas pelo cérebro e reflectem processos que envolvem elementos psicológicos e neuroendócrinos. • Sistema imunitário tem efeitos no cérebro e na forma como nos sentimos e comportamos. Emparelhamento de um novo sabor a uma droga imunosupressiva (condicionamento clássico) Estimulo neutro (sabor) assume as características do imunosupressor administrado ao mesmo tempo Actividade imunitária pode ser condicionada Evidências: • reacções ao stress ou outra angústia emocional função células imunitárias e supressão do processo de cicatrização de feridas • Reacções de stress aumentam a vulnerabilidade às infecções. • Respostas de stress ao trauma psicológico (tal como os sintomas de PPST) são, pelo menos parcialmente, produto de condicionamento clássico. Stress e Imunidade • Número de linfócitos: durante a exposição aguda a stressores, no laboratório nas pessoas que experienciam stressores crónicos Capacidade para proliferarem e se replicarem quando estimulados parece ser • Numero de Natural Killer (NK): tanto para exposição aguda como crónica. durante exposição aguda a stressores em laboratório, no entanto a capacidade para matar células tumorais mantém-se inalterada. no caso de exposição crónica e a sua capacidade para matar células tumorais é também suprimida. Presumíveis mediadores: Hormonas do Stress (cortisol, norepinefrina, epinefrina) e outras hormonas ou peptídeos • Estudos em que se eliminaram os efeitos da exposição ao stress no sistema imunitário pela eliminação dos efeitos da epinefrina • Intervenções psicológicas para reduzir o sofrimento parecem proteger a imunidade e minimizar os efeitos do stress Não só os factores psicológicas (stress, por exemplo) afectam o sistema nervoso mas tanto o sistema psicológico como o neurológico afectam o sistema imunitário – Premissas da Psico-neuro-imunologia Stress e Trauma Psicológico O trauma psicológico não é replicável em laboratório. • Embora a evidência pareça clara quanto à relação entre trauma psicológico e estado imunitário, a natureza desta relação não é ainda óbvia. • Existência de estudos com resultados contraditórios dificulta interpretação dos mesmos. • Hormonas simpáticas (epinefrina, norepinefrina) surgem relacionadas com muitas associações stress/imunidade. • Bloqueio adrenérgico parece servir de amortecedor às alterações no estado imunitário relacionadas com o stress. • Glucocorticóides (cortisol) produzidos pelas glândulas adrenais,que reduzem inflamação e em geral suprimem sistema imunitário, parecem conduzir a muitas alterações imunológicas. • Há evidência de mediação por hormonas do simpático depois do agente stressor ter terminado. Importância do Trauma Psicológico nas Alterações Imunológicas • Pessoas que experienciam eventos traumáticos, especialmente as que desenvolvem PPST ou outros problemas mentais, estão mais propensas a doenças ou a actividade viral latente. • Variáveis do sistema imunitário estão relacionadas com vulnerabilidade à doença nas vítimas de trauma psicológico, mas a magnitude do efeito e a probabilidade de ser independente das mudanças comportamentais que também ocorrem no despertar de eventos traumáticos não são ainda claras. • Possíveis ligações entre exposição a stressor traumático, reacções traumáticas ao stress, reactivação de vírus de herpes, doença auto-imune, progressão do HIV e síndrome de fadiga crónica. Psico-neuro-imunologia Referência Bibliográfica Baum, A., Dougall, A. L. (2008). Psichoneuroimmunology. In G. Reyes, J. D. Elhai, J. D. Ford, The Encyclopedia of Psychological Trauma (pp. 539-543). New Jersey: Wiley Apresentação Susana Oliveira - [email protected] Grupo de Estudos do Trauma