Telemedicina Introdução à Medicina Aula Teórica http://im.med.up.pt/telemedicina/ Abril de 2005 Introdução (1) Mediclicks 2003 (c) Introdução (2) A oferta de serviços clínicos ligados aos cuidados de saúde, nos casos em que a distância é um factor crítico. OMS – Organização Mundial de Saúde Além da oferta de serviços ligados aos cuidados de saúde, inclui também a educação remota para o médico e paciente. American Telemedicine Association Introdução (3) • NASA aplica esta definição à permanência do homem no espaço (Biotelemetria). • Com a generalização da sua aplicação surgem novos termos como Telehealth e e-Health. – abrangem não só aspectos relacionados com a prática clínica mas também aspectos administrativos e legais. Intervenientes • Doente/Médico fisicamente separados. • Médicos fisicamente separados entre si. • Doentes e familiares de doentes fisicamente separados. Breve História Breve História (1) Pré Era Electrónica Correio (séc. XIX) - Prestação de cuidados por correio história médica <-> diagnóstico, indicações de tratamento, prescrição. Breve História (2) Pós Era Electrónica Telégrafo/Telefone (séc. XIX) - Indicações de como executar diversas operações. (1906) – Einthoven efectua a primeira transmissão por telefone de ECG’s. Rádio (1910) - Primeiro estetoscópio eléctrico “transtelephonic”. (1916) - Durante a 1º guerra mundial, o rádio foi utilizado para ligar médicos na frente de batalha, com hospitais de retaguarda. (1920) - Consultas a marinheiros em alto mar. (1960) - NASA desenvolve mecanismos para monitorizar sinais vitais de astronautas em missões espaciais. Breve História (3) Televisão (1955) - Circuito fechado de TV para consulta entre especialistas do Instituto de Psiquiatria do Nebraska e clínicos gerais Norfolk State Hospital. (1966) - Apoio médico a viajantes através de videoconferência entre o aeroporto internacional de Boston e o Massachusetts General Hospital. Comunicação Wireless Transmissão de ECG e vídeo entre ambulâncias e o hospital. Formas de Aplicação • TeleConsulta • TeleIntervenção • TeleMonitorização • TeleFormação Cenários de Aplicação • Áreas Remotas (zonas rurais e de difícil acesso). • Ambientes Militares. • Estabelecimentos Prisionais. • Espaço. Paradigmas Tecnológicos (1) Store and Forward – Recolha de informação (imagem, sinal, vídeo). – Armazenamento da informação. – Envio para o centro de análise do conjunto de informação recolhida. – Meio de comunicação (e-mail, Internet). Paradigmas Tecnológicos (2) Real Time – Aquisição de imagem, sinais ou vídeo e envio imediato, em tempo real, para visualização e análise. – Interactividade durante o processo de aquisição. – Possibilidade de conversação entre os intervenientes (texto, vídeo, som). – Meio de comunicação (Telefone, Internet, Redes Dedicadas, Comunicação via Satélite). Paradigmas Tecnológicos (3) Store & Forward vs Real Time • • • • Menores requisitos em termos de largura de banda. Menores requisitos em termos tecnológicos. Mais barato. Mais fácil de implementar. • Menos interactivo ( não permite uma relação cara-a-cara). • Menor tempo de reacção. TeleConsulta (Exames Complementares de Diagnóstico) • TeleRadiologia Store & Forward/Real Time Outras TelePatologia TeleCardiologia TeleDermatologia TeleConsulta (consulta presencial) • TelePsiquiatria Real Time • Telemedicina de urgência TeleIntervenção (Cirurgia) • TeleCirurgia Real Time com auxílio de Robótica TeleMonitorização (doenças crónicas). Store & forward TeleFormação - Educação e Sensibilização Store and Forward http://www.vh.org/ Telemedicina – Vantagens(1) Doente – Acesso a Especialistas. – Conveniência e conforto aos pacientes (menos deslocações). – Suavização do factor isolamento. Telemedicina – Vantagens(2) Médico – Acesso mais fácil ao diagnóstico de especialistas. – Maior conveniência. – Acesso a formação e informação. Telemedicina – Vantagens(3) Entidade prestadora de serviços – Extensão de cobertura de serviços. – Racionalização de investimentos. – Flexibilidade acrescida na gestão dos recursos. – Melhor articulação entre os diferentes níveis de cuidados de saúde. Perca peso pela Internet • “Lose fat throught the Internet? The quality of weight loss related websites” [1] – A Internet e o problema da obesidade têm uma coisa em comum: ambas tiveram um grande crescimento na última década • O anonimato da Internet facilita quem quer desesperadamente perder peso – Foram seleccionados para avaliação 258 websites de perda de peso que foram encontrados nos motores de busca mais populares de Internet – Resultados • Responsabilidade: 23% identificavam o autor do site; 15% identificavam o patrocinador • Actualização: 29% existem uma data de última actualização; 52% < 6 últimos meses • Guidelines: 70% seguia menos que 1/3 das guidelines; 28% entre 1/3 e 2/3; 2% mais do que 2/3 Telemedicina – Problemas(1) • Ético/Sociais – Resistência a mudanças organizacionais e comportamentais relevantes nos serviços de saúde. – Qualidade da informação. – Quanto menor for a informação obtida sobre um doente, tanto maior será a probabilidade de conclusões erradas (efeito "pequena janela"). – Pode tornar menos humana (e quase só técnica) a relação médicodoente. • Segurança – – – – Garantir ao doente privacidade e confidencialidade. Garantir identificação genuína dos intervenientes. Segurança no meio de comunicação (internet). Responsabilidade legal dos intervenientes. • Económicos – Investimento elevado em tecnologia. Conclusão • A Telemedicina oferece grandes vantagens na melhoria da prestação dos cuidados de saúde a todos os níveis. • Reduz/elimina o impacto do factor distancia na qualidade prestação dos cuidados de saúde. • Com a evolução tecnológica alguns dos problemas apresentados terão soluções mais baratas e eficazes. Caso real Sistema de TeleConsulta Discussão de Casos Clínicos entre clínicos de um Centro de Saúde e Especialistas do Hospital de S. João. Bibliografia Material didáctico sobre Telemedicina http://im.med.up.pt/telemedicina/ Journal of Telemedicine and Telecare Telemedicine Journal and E-Health IEEE Transactions on Information Technology in Biomedicine Telemedicine Today Disponíveis no SBIM: Medical Informatics & The Internet in Medicine Journal of the American Medical Informatics Association Referências [1] Eckl-Dorna J. Groman E. Lose fat throught the Internet? The quality of weight loss related websites. Mednet 2003 Geneva