O PLANO DE METAS 1954 A 1964 O PLANO DE METAS 1954 A 1964 O decênio que vai 1954 a 1964 é um período em que ocorre forte conflito entre dois caminhos para a economia do país: A continuidade do modelo nacional-desenvolvimentista; Inauguração de um modelo que implicava maior abertura ao capital estrangeiro. O PLANO DE METAS 1954 A 1964 Esse período começa com a morte de Getúlio Vargas, quando assumiu seu vice Café Filho, e termina com o golpe militar de 1964. UM MOMENTO IMPORTANTE DESSE PERIODO CORRESPONDE À IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE METAS DE JUCELINO KUBITSCHEK O PLANO DE METAS 1954 A 1964 “50 ANOS EM 5” de JK JK foi eleito em 03 de outubro de 1955; Antes de sua posse, houve uma tentativa de golpe; O PLANO DE METAS 1954 A 1964 Ao assumir JK lançou o PLANO DE METAS 01 - Investimentos estatais em infra-estrutura; Transporte; Energia elétrica; NA ÁREA DE TRANSPORTE, A ÊNFASE PASSAVA DA FERROVIA PARA A RODOVIA; O PLANO DE METAS 1954 A 1964 Dos 355,8 bilhões de cruzeiros previstos para investir-se no período 1957-61 o percentual de 93,4% se destinavam a investimentos, transporte e Indústria de base. AS METAS PRATICAMENTE FORAM TODAS CUMPRIDAS. O PLANO DE METAS 1954 A 1964 02 – Incentivo ao aumento da produção: Bens de capital – máquinas e equipamentos; Bens Intermediários – aço, carvão, cimento; 03 – Incentivo à introdução dos setores de bens de consumo duráveis; 04 – Estímulo à produção de alimentos. JK e o nacional-desenvolvimentismo 1954 a 1964 Recusa a aplicar a política do FMI – culminando com o rompimento com essa instituição; Intensa promoção da indústria pesada sob controle nacional e protecionismo à indústria nascente, à indústria naval e à Marinha mercante brasileira; JK e o nacional-desenvolvimentismo 1954 a 1964 Aumento do papel do estado na economia para garantir o desenvolvimento; Política de preservação e até certa melhoria do salário real médio; Criação da SUDENE; Programa de ocupação Centro-Oeste. JK e o Capital Estrangeiro Utilização da Instrução nº 113 que permitia as empresas estrangeiras trazer para o país máquinas e equipamentos sem necessidade de cobertura cambial; A ENTRADA ANUAL DE CAPITAL AUMENTOU DE US$ 65 MILHÕES 1950/55 PARA US$ 148 MILHÕES NO PERÍODO 1956/61. CRESCIMENTO ECONÔMICO ACELERADO ANO PIB INDÚSTRIA INFLAÇÃO 1956 2,9 5,5 21 1957 7,7 5,4 16,1 1958 10,8 16,8 14,8 1959 9,8 12,9 39,2 1960 9,4 10,6 29,5 1961 8,6 11,1 33,2 1961 A 1964 ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Jânio Quadros assumiu o poder em 31 de janeiro de 1961, respaldado pelas forças conservadoras da UDN. O governo Jânio apresentou muitas contradições: Apoiado pela UDN, pautou sua campanha numa plataforma de forte conteúdo nacionalista; Começou a implementar o projeto político que interessava ao capital estrangeiro. Visava adaptar o país aos novos tempos. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Jânio atribuía a a origem da inflação aos aumentos nominais de salário; A política de combate a inflação implicava no controle salarial. De fato, em 1961, o salário mínimo reduziu drasticamente: 14,7%. Implementou uma política externa independente, que afastava o país da esfera de influência do governo EUA, e realizava a aproximação diplomática com os países socialistas. Em busca de diversificação de mercados para os produtos brasileiros. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Visando atender demandas populares, Jânio adotou política uma política de créditos farto e barato, através do Banco do Brasil, para atender aos pequenos produtores rurais. A UDN retirou o apoio por causa de sua política externa independente (chegou a condecorar o líder revolucionário Ernesto Che Guevara. As massas populares também haviam se afastado, descontente com a política de contenção salarial. Isolado, não restou a Jânio outra caminho senão a renúncia. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Congresso Nacional aprovou a mudança do regime político nacional para o PARLAMENTARISMO. Dessa maneira, buscava limitar as ações do Poder Executivo e, consequentemente, diminuir os poderes dados para João Goulart; Foi dessa forma que, em 7 de setembro de 1961, João Goulart assumiu a vaga deixada por Jânio Quadros. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Campanha contra o governo Goulart: acusação de que ele pretendia implantar uma “república sindicalista” no Brasil, tornando-o satélite da União Soviética. O OBJETIVO ERA, ENVOLVER AS FORÇAS ARMADAS. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA O MUNDO ERA DIVIDIDO EM DOIS BLOCOS: O comunista liderado pela União Soviética; O ocidental-cristão liderado pelos EUA; Segundo essa concepção: Qualquer questionamento interno em nossa região era entendido como tentativa de passar para o outro bloco “INIMIGO COMUNISTA”, e por isso deveria ser duramente reprimido pelas Forças Armadas. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA 1964 - 1967 O marechal HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA PRESIDENTE O marechal HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO EQUIPE ECONÔMICA Roberto Campos – Min do Planejamento; Octávio Gouveia de Bulhões – Min da Fazenda; Mário Henrique Simonsen – Pres Bco Central. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA PLANO DE AÇÃO ECONÔMICA DO GOVERNO – PAEG Foi promulgada infinidades de leis, decretos, regulamentos, etc., onde se expressava a orientação do novo governo; Combate a Inflação – que havia chegado em 91,8% em 1964; Medidas destinadas a restringir a demanda; Escalada de aumento dos impostos; Limitou o acesso ao crédito do sistema bancário; Controle da expansão do meios de pagamento. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Contenção salarial – resultaria ao aumento da taxa de lucro exigida para a retomada dos investimentos; O regime ditatorial buscaria desarticular os mecanismos de defesa das condições de vida dos trabalhadores, com repressão ao movimento operário e intervenção nos sindicatos; Ambiente de confiabilidade para os investimentos estrangeiros. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA ANO PIB (%) 3,4 INDUSTRIA (%) 5,0 TAXA INFLAÇÃO 91,8 1964 1965 2,4 -4,7 65,7 1966 6,7 11,7 41,3 1967 4,2 2,2 30,4 1968 9,8 14,2 22,0 ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA ARTHUR DA COSTA E SILVA 15.03.1967 a 31.08.1969 ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA EM 1967, HOUVE MUDANÇA NO GOVERNO: Saiu Castello Branco e entrou ARTHUR DA COSTA E SILVA; Saiu o chefe da política Econômica Roberto Campos e entrou Delfim Netto. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI 30.10.1969 a 15.03.1974 ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA O GOLPE DENTRO DO GOLPE Em 1968 , assumiu a presidência o general Emilio Garrastazu Médici; ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Milagre Brasileiro - período 1968 até 1973 – Houve uma expansão acelerada da economia brasileira CONDIÇÕES INTERNAS PARA O CRESCIMENTO Utilização da capacidade ociosa; Investimentos Públicos; As empresas estatais; Financiamento de empresas nacionais; O desenvolvimento do mercado interno. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA Dívida externa brasileira 1968-73 ANO VALOR EM US$ milhões 1968 3.780,0 1969 4.403,3 1970 5.295,2 1971 6.621,6 1972 9.521,0 1973 12.571,5 ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA DISTRIBUIÇÃO DE RENDAS NO BRASIL 1960-1970 Faixas de renda 1960 ( % ) 1970 ( % ) 40% mais pobres 11,2 9,0 Próximos 40% 34,3 27,8 Próximos 15% 27,0 27,0 5% mais ricos 27,4 36,3 ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA DÉCADAS PERDIDAS Aumento da subordinação externa da economia, adesão ao FMI, que levou a uma violenta recessão e estagnação da economia nacional. Os cortes dos gastos públicos; Redução do crédito; Redução dos meios de pagamentos; Salário real; Corte do Investimento e consumo final. ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA A DÍVIDA EXTERNA havia entrado em trajetória explosiva; Era impossível seguir crescendo e ao mesmo tempo pagando os juros e amortização da dívida nos patamares que vinha ocorrendo. Na área política, havia triunfado o projeto de “abertura”, com a demissão dos representantes da “linha dura” , a indicação de Figueiredo, a extinção do AI-5 e o abrandamento da Lei de Segurança Nacional. ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA ERNESTO GEISEL 15.03.1974 a 15.03.1979 ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA SAIU o Ministro do Planejamento Mario Henrique Simonsen. ENTROU: Para o Ministro do Planejamento Delfim Netto; Para o Ministério da Fazenda Ernane Galvêas; E para o Banco Central Carlos Geraldo Langoni. ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA POLÍTICAS ECONOMICAS PARA GARANTIR A EXPANSÃO ECONOMICA: Desvalorização Cambial de 30%; Redução do imposto de renda sobre remessas de lucros para o exterior de 12,5% para 1,5%, objetivando estimular a entrada de capital estrangeiro sob forma de empréstimo; Maiores facilidades de crédito para a compra de bens de consumo duráveis; Ampliação do crédito para a capitalização das empresas; ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA Implementação de um programa de reativação da construção civil; Maiores estímulos creditícios à agricultura; Maiores investimentos a exportação; Redução dos custos financeiros para financiamentos de bens de consumo duráveis (redução IOF e liberação do limite de crédito). ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA MEDIDAS DE COMPATE A INFLAÇÃO: Corte nos gastos da União e das empresas estatais; Eliminação dos subsídios às exportações; Início do desmantelamento do mecanismo de juros subsídiados; Diminuição do protecionismo da economia nacional; ABORDAGEM HISTORICA DA ECONOMIA BRASILEIRA JOÃO BATISTA FIGUEIREIDO 15.03.1979 a 15.03.1985 ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA Na área política, havia triunfado o projeto de “abertura”, com a demissão dos representantes da “linha dura” , a indicação de Figueiredo, a extinção do AI-5 e o abrandamento da Lei de Segurança Nacional. ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA MEDIDAS DE COMPATE A INFLAÇÃO: Encarecimento e corte do crédito; Endurecimento da legislação salarial. ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA Os cortes dos gastos públicos, do crédito, dos meios de pagamento e do salário real não conseguiram debelar o processo inflacionário. Quanto ao corte dos investimentos e do consumo final, deflagraram a mais profunda e mais longa recessão da história recente do Brasil. ADESÃO AO FMI E A DÉCADA PERDIDA RESULTADO: A capacidade ociosa subiu de 3,5% em 1980 para 12,3% em 1981; A produção industrial caiu cerca de 9%; Em 1983, a recessão voltou a se agravar: o PIB caiu 3% e a produção industrial, 6%. PLANOS ECONÔMICOS NOVA REPÚBLICA JOSÉ SARNEY 1985-1990 NOVA REPÚBLICA O Governo da “Nova República” instaurou-se em 15 março de 1985. Tancredo Neves não chegaria a tomar posse; Em seu lugar, assumiria o vice-presidente eleito, JOSÉ SARNEY. NOVA REPÚBLICA PLANO CRUZADO; CRUZADO II; BRESSER; VERÃO. NOVA REPÚBLICA Ministro da Fazenda: Francisco Dornelles; Presidente do BACEN: Antônio Carlos Lemgruber; Ministro do Planejamento: João Sayad. NOVA REPÚBLICA MUDANÇAS ECONÔMICAS RETARDAM A equipe do ministro Francisco Dornelles defendia o “combate ao déficit”: Redução das despesas; Aumento das receitas; Corte dos gastos públicos; Manutenção dos juros elevados; Aperto monetário e creditício. Continuar a política de “ajuste” imposta pelo FMI. NOVA REPÚBLICA PLANO CRUZADO (mesmo com oposição da equipe do ministro) O aspecto mais importante do Plano Cruzado foi o congelamento dos preços por um prazo de 60 a 120 dias de cerca de 300 produtos; Duplicação do salário mínimo (reajuste de 112% do INPC do semestre anterior); O plano teve um efeito imediato no que se refere ao controle da inflação – (a inflação baixou de 12% para 7,5%). Muita euforia (pois a população de modo geral começou a vigiar os preços e denunciar remarcações). a inflação voltou a crescer chegando 14% em agoto. NOVA REPÚBLICA A nova equipe econômica – a ênfase passou a ser , o crescimento econômico, ao contrario da equipe anterior que a ênfase se dava sobre o combate a inflação. O combate a inflação, na nova orientação, deveria se dar sem prejuízo do desenvolvimento econômico. NOVA REPÚBLICA PRINCIPAIS MEDIDAS: Queda da taxa de juros; Aumento da liquidez; Aumento do gasto público; Aumento reais do salário mínimo; Crescimento do crédito ao setor privado; Disponibilização de capital de giro para as empresas. NOVA REPÚBLICA CONSEQUENCIAS: Dinamização do mercado interno; Aumento da produção; Crescimento do emprego; Diminuiu os custos das empresas. NOVA REPÚBLICA Foi o maior crescimento depois de 1980, o PIB cresceu 7,8% e a produção industrial 8,3%; Foi também um dos maiores crescimentos, senão o maior, do mundo capitalista em 1985. “MAS A INFLAÇÃO AINDA NÃO HAVIA SIDO DOMADA”. NOVA REPÚBLICA PLANO CRUZADO ENFRENTA A INFLAÇÃO Substituição da moeda “CRUZEIRO” moeda: o “CRUZADO”; por uma nova Congelamento de preços; Emissão de moeda; Extinção da correção monetária; Preservação dos dissídios coletivos; Reajuste automático do salário, sempre que a inflação atingisse 20% num ano. NOVA REPÚBLICA O PIB cresceu 7,5% e a produção industrial 11,7% em 1986; A taxa de desemprego ocorreu uma queda de 12,5% em 1985 para 9,8% em 1986. NOVA REPÚBLICA O RETORNO DA INFLAÇÃO Explosão da demanda Enorme massa de dinheiro injetada pelo CRUZADO na economia; Os salários subiram muito... Sangria provocada pela divida externa; A continuidade do crescimento dependeria da realização de novos investimentos. NOVA REPÚBLICA A impossibilidade de compatibilizar o crescimento da economia com o pagamento dos encargos da dívida externa, nos níveis em que vinha sendo feito, restou ao governo decretar a moratória em março de 1987. NOVA REPÚBLICA Saiu: Equipe Dilson Funaro 20/04/87. Entrou equipe: Luis Carlos Bresser Pereira NOVA REPÚBLICA Em 12/06/1987 baixou o Plano Bresser, que congelou salários e preços por três meses; Antes, porém, reajustou os preços: Tarifas elétricas 45%; Tarifas telefônicas 34%; Aço 32%; combustível 13%; Pão 36%, Leite 27%. NOVA REPÚBLICA O período Bresser não passou de mais uma tentativa – também frustrada; Enfrentar os graves problemas da economia brasileira usando os formas ultrapassadas: Corte da demanda; Corte dos gastos públicos; Contenção do salário; Aumento dos juros reais. NOVA REPÚBLICA Bresser chegou a conclusão de que qualquer solução duradoura para os problemas econômicos do país passaria pelo enfrentamento da dívida externa. NOVA REPÚBLICA Saiu: Bresser Pereira 1988 Entra: Mailson da Nóbrega NOVA REPÚBLICA Em 14 de janeiro de 1989 lança o Plano Verão: Manutenção de juros altos; Cortes dos Gastos Públicos; Congelamento dos preços; Nova reforma monetária (NCz$); NOVA REPÚBLICA OS NÚMEROS DA DÉCADA PERDIDA Transferidos para o exterior, sob forma de juros, US$ 150bi de 1980 a 1989; A dívida externa aumentou no período de US$ 64,2 bi para US$ 115,10 bilhões; Dívida pública interna saltou de 4,2% do PIB em 1980 para 15% em 1989; NOVA REPÚBLICA OS NÚMEROS DA DÉCADA PERDIDA O número de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza aumentou de 29,5 para 39,2 milhões, passando de 24% em 1980 para 27,2% em 1990; A participação do setor financeiro na renda nacional subiu de 7,8% em 1980 para 19,5% em 1989. Todos esses planos econômicos fracassaram e a crise econômica agravou-se no final do governo de José Sarney, com uma escalada da inflação que chegou a um patamar de 1800%. NOVA REPÚBLICA PLANO COLLOR 1990 a 29/09/1992 NOVA REPÚBLICA CONSENSO DE WASHINGTON e NEOLIBERALISMO Ao mesmo tempo em que Collor fazia sua campanha eleitoral no Brasil no segundo semestre de 1989, realizava em Washington, capital dos EUA, uma reunião formalmente convocada pelo Instituto Internacional de Economia; Apoio: Governo EUA, Bco Mundial, FMI, e outros Bcos, além acadêmicos e executivos. OBJETIVO: - Analisar o panorama mundial e propor alternativas; ESSE GRUPO PRODUZIU UM DOCUMENTO CONHECIDO COMO “CONSENSO DE WASHINGTON”, CONSTITUÍDO QUATRO PONTOS PRINCIPAIS. NOVA REPÚBLICA 1 – ABERTURA ECONÔMICA fim das barreiras protecionistas entre as nações; 2 – DESESTATIZAÇÃO a privatização das empresas estatais; 3 – DESREGULAMENTAÇÃO - o fim das regras que limitam o movimento de capitais a nível internacional e ao interior de cada país, particularmente o especulativo. 4 – FLEXIBILIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO - O fim dos direitos sindicais, trabalhista e previdenciários, sobretudo nos países da América Latina. NOVA REPÚBLICA Zélia Cardoso de Mello PLANO BRASIL NOVO: Seqüestro dos ativos financeiros Constituído de 20 medidas provisórias, ambicionava atacar em todas as frentes. NOVA REPÚBLICA As medidas adotadas para abrir a economia, designadas de nova política industrial e de comércio exterior, foram as seguintes: 1 – Isenção de tarifas de importação para cerca de mil produtos; 2 – Eliminação ou redução da cobertura de barreiras não tarifarias; 3 – Adoção de um cronograma de violenta e unilateral redução das tarifas de importação, que implicava baixar da média de 37,4% para 14,25 em 1994; 4 – Redução do grau de dispersão da estrutura tarifária, derrubando o desvio padrão de 19,6 para 7%; NOVA REPÚBLICA O bloqueio dos ativos financeiros não afetou apenas os bancos aplicadores em título do governo mas também pessoas físicas e empresas; Os trabalhadores, tiveram seus salários reais cortados; Dramático enxugamento da liquidez; Aperto Fiscal; Privatização indiscriminada; Abertura da economia para o capital estrangeiro. NOVA REPÚBLICA REDUÇÃO DOS GASTOS us$ 1989 1991 8,4 BI 4,2 BI SAÚDE 11,4 6,4 GASTOS SOCIAIS 10,7 9,3 EDUCAÇÃO NOVA REPÚBLICA DESEMPREGO E INFLAÇÃO 1989 - 92 TAXA DESEMPREGO INFLAÇÃO 1989 1990 1991 1992 8,8 10,0 11,6 14,9 1.782,9 1.476,6 480,2 1.157,9 NOVA REPÚBLICA PLANO COLLOR II Em 01 de Fevereiro de 1991 Zélia Cardoso editou o Plano Collor II; Ajuste Fiscal; Revogou Subsídios; Aumento de impostos e tarifas; Corte de despesas de custeio e orçamento das estatais. NOVA REPÚBLICA Saiu: Zélia Cardoso fev/1991 Entra: Marcílio Marques Moreira NOVA REPÚBLICA Coube a MARQUES MOREIRA não apenas implementar como exacerbar esse conjunto de medidas: Derrubou os gastos públicos 63,8% em 1991; A taxa de juros passou de 12,4% em 1991 para 30,2% em 1992; Acelerou o cronograma de abertura econômica. NOVA REPÚBLICA Saiu: Fernando Collor em 29/09/1992 Entra: Itamar Franco NOVA REPÚBLICA ITAMAR FRANCO NOVA REPÚBLICA Para reduzir a taxa de juros, teve que mudar três vezes o ministro da Fazenda: A taxa de juros praticada na rolagem da dívida era 36%; Conseguiu baixa-la para 7% anuais na média dos cinco primeiros meses de 1993; Melhoria da política Salarial (ganho real 8,45%); Ampliação dos Gastos Públicos; O PIB, que caíra 0,5% em 1992, cresceu 4,9% em 1993; A inflação subiu de 24,6% no segundo semestre de 1992 para 29% no primeiro semestre de 1993. NOVA REPÚBLICA Em junho de 1993: Entra: Fernando Henrique Cardoso Ministro da Fazenda Acelerar o processo de privatização; Abertura de nosso mercado aos produtos estrangeiros; Encerrar um período de nossa história marcada pelo controle do Estado; Uma reforma monetária – Duas etapas URV e REAL. NOVA REPÚBLICA O PLANO REAL DESDOBROU-SE EM OITO ETAPAS: Renegociação da dívida externa e suspensão da moratória; Criação da “âncora monetária”, através da elevação da TAXA DE JUROS; O fundo social de emergência; Transição para a nova moeda, através da criação de uma unidade de conta, a Unidade Real de Valor (URV); Criação de uma nova moeda, o REAL; Criação da “âncora cambial”, por meio da valorização da moeda e a aceleração da abertura econômica; Implementação de um amplo programa de desestatização da economia; Eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República. NOVA REPÚBLICA FHC 1995-2002 NOVA REPÚBLICA Primeiros problemas do PLANO REAL Retorno a partir de novembro de 1994 dos déficits na Balança Comercial, depois de 14 anos de sistemáticos superávits; Ao longo do mês de dezembro e do primeiro trimestre de 1995 – foram embora US$ 8,2 bilhões das nossas reservas; O Brasil já operava com déficit na conta de serviços e, por conta da “ancora” do Plano Real, inaugurara os déficits na balança comercial. NOVA REPÚBLICA AS PRIMEIRAS CORREÇÕES NO REAL O governo adotou medidas que incentivavam os exportadores a anteciparem seus contratos de exportação; Elevou as taxas de juros; Supervalorização artificial do real e a quase anulação das tarifas de importação; Ao baratear os produtos estrangeiros no Brasil, contribuiu para segurar a inflação, mas, ao mesmo tempo, deteriora as contas externas. NOVA REPÚBLICA Os juros altos e a correção do câmbio e das tarifas conseguiram segurar por mais algum tempo a fuga dos capitais externos especulativos, inclusive atraindo novos capitais; O violento aumento do passivo externo aumentaria a fragilidade das nossas contas externas e também crescente transferência de recursos para o exterior; A dívida mobiliária que era de R$ 61,78 bilhões quando FHC assumiu o governo aumentou para R$ 208,5 bilhões no fim de 1995 e para R$ 319 bilhões em dezembro de 1998. NOVA REPÚBLICA Os juros eram tão elevados (no crediário variavam de 400% a 450% ao ano) que inviabilizaram a capacidade de pagamento dos tomadores, gerando a inadimplência generalizada; Com o objetivo de sanear esses bancos e entregá-los “enxutos” a bancos estrangeiros, o governo criou o PROER – (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional). O BC assumiu que, com esse programa repassou aos bancos R$ 20,3 bilhões. Na agricultura apesar de haver colhido uma supersafra (81 ton), a renda agrícola caiu 32,5% perda equivalente a R$ 5,6 bilhões. NOVA REPÚBLICA Um dos pontos centrais para a manutenção da estabilidade econômica foi o controle dos gastos públicos. Foi visando a esse objetivo que o governo FHC aprovou, em maio de 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal. No setor elétrico, por exemplo, os baixos investimentos e a ocorrência de longa estiagem levaram ao colapso das centrais hidrelétricas, ameaçando o país com o chamado "apagão". O racionamento de energia elétrica foi imposto e a economia brasileira sofreu um período de leve estagnação. Ao final do seu governo, em novembro de 2002, FHC declarou que os problemas do país ”são hoje menores que no passado”. Contudo, a oposição venceu com 77% dos votos. NOVA REPÚBLICA LULA 2003-2010 NOVA REPÚBLICA Na economia, o governo petista manteve a política dos governos anteriores, e a continuidade do programa controlou a inflação; O PIB (Produto Interno Bruto), teve um crescimento médio anual de 4,0% nos dois mandatos. O índice é quase o dobro do registrado no período de 1981 a 2002 (2,1%); Assim, o Brasil passou de 12º lugar para 8º no ranking das maiores economias do mundo. A expansão do crédito e o aumento de empregos formais e do salário mínimo (que passou de R$ 200 em 2002 para R$ 510, em 2010) permitiram a ascensão de classes mais pobres; Neste contexto, a redistribuição de renda foi o principal destaque. NOVA REPÚBLICA DILMA ROUSSEFF 2011 ATÉ ATUALIDADE