Apresentação do PowerPoint

Propaganda
Astronomia
dos
Povos Antigos
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia das
Grandes Civilizações
•
•
•
•
•
•
•
Astronomia
Astronomia
Astronomia
Astronomia
Astronomia
Astronomia
Astronomia
da Mesopotâmia
Egípcia
Chinesa
Hindu
dos Gregos
Maia
Árabe
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Grandes Civilizações
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Grandes Civilizações das Américas
1500 a.C. – 300: Olmecas
300 -
900: Maias
1400 – 1519: Aztecas
1100 – 1532: Incas
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
FATO
Os Povos que criaram uma escrita
apresentaram um desenvolvimento
cultural e científico superior
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Símbolos
Nas culturas modernas usa-se um conjunto de símbolos
para representar idéias desde as mais simples até as
mais complexas.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Símbolos
Algumas experiências humanas – nascimento, morte, céu,
terra - são tão universais que todas as culturas têm
símbolos para elas.
Símbolos para o Sol em várias partes do mundo
Símbolo em
várias culturas
China
Peru
Provável Inca
Região Mohenjo- Região EufratesDaho (Paquistão)
Tigre (Iraque)
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Egípcios criaram os Hieróglifos
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Povos da Mesopotâmia
Escrita Cuneiforme – Acadianos e Sumerianos
Escrita neo-aramaico - Assírios
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Povos da China
Textos em 2000 linguagens:
http://www.language-museum.com/
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Povos da Índia
Harapa
Sânscrito
Rig Veda
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Gregos
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Maias
Glyfos Maias
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Árabes
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Os Incas
Os Incas não tinham escrita mas possuíam um sistema para
contagem de números - Quipu
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Civilização da Mesopotâmia
Astronomia da Mesopotâmia
Círculo Zodiacal - Assírios
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia da Mesopotâmia
FATO
Os Sumérios e os povos que habitaram a
região da Mesopotâmia, tinham como
objetivo a determinação de valores
numéricos associados aos fenômenos
astronômicos observados
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
HISTÓRIA
Sumérios
# Estudaram minuciosamente os movimentos dos
planetas, notando que eles descreviam órbitas
próximas da Eclíptica
# Deduziram pelo movimento do Sol e da Lua que
o brilho da Lua era reflexo da luz do Sol
# Identificaram grupos de estrelas (Constelações)
no céu para facilitar a navegação
# Primeiro calendário (~3000 a.C.):
Ano 360 dias - 12 meses de 30 dias
# Calendário Lunissolar: Ano com 12 meses lunares
alternados entre 29 e 30 dias. Intercalavam
periodicamente um 13° mês para manter uma estreita
correlação com as Estações do ano.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Babilônios
# Descobriram o Ciclo Metônico (~380 a.C.), que
introduz 7 meses lunares a cada período de 19
anos.
# Registraram cuidadosamente vários fenômenos
astronômicos em tábuas com escrita cuneiforme.
# Registros com listas de estrelas e constelações
na trajetória da Lua, a posição do Sol nas
Estações, a passagem de cometas, circunstâncias
dos Eclipses do Sol e da Lua, tabelas mostrando
quando a sombra de um Gnômon padrão tem
certos comprimentos.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Caldeus
# Usavam métodos de predição baseados em relações numéricas
obtidas a partir de tabelas de observações planetárias.
# Eram capazes de predizer Eclipses Lunares (~700 a.C.) e
Eclipses Solares com menos precisão.
# Com auxílio da aritmética verificaram que o Sol e os Planetas
possuíam velocidades variáveis.
# Dividiram a Eclíptica em 12 partes iguais, chamadas de Signos
do Zodíaco e introduziram a Astrologia tal como ela é hoje
conhecida.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
FÍSICO-MATEMÁTICO
Os Sumérios foram os criadores do
Sistema de Contagem Sexagesimal,
isto é, de base 60.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Civilização Egípcia
Astronomia dos Egípcios
FATO
Os Egípcios tinham interesse em aspectos
práticos, onde a Astronomia era a base
necessária para a Marcação do Tempo.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
HISTÓRIA
# Dividiam o ano em 3 Estações em função do regime de águas do
rio Nilo:
Estação das Inundações (Julho a Novembro)
Estação da Semeadura (Novembro a Março)
Estação da Colheita (Março a Julho).
# Adotaram o Calendário Solar em 3000 a.C., como sendo o período
entre os Solstícios de Verão (~365 dias).
# Foram os primeiros (~2150 a.C.) a dividir o dia em dois períodos
de 12 horas.
# As horas diurnas foram marcadas pela sombra do Gnômon
(Relógio de Sol).
# As horas noturnas foram marcadas pela passagem de grupos de
estrelas, chamados de Decanos. Cada Decano está afastado cerca
de 10° do anterior, o que equivale a nascer cerca de 40 minutos
depois do anterior.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Calendário Diagonal - Decanos
Dia 31
Dia 21
Dia 11
Dia 1
D4
D3
D2
D1
Hora 1
D5
D4
D3
D2
Hora 2
D6
D5
D4
D3
Hora 3
D6
D5
D4
Hora 4
D6
D5
Hora 5
D6
Hora 6
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Teto de Templo em Denderah
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Civilização Chinesa
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia Chinesa
FATO
A principal preocupação da Astronomia
Chinesa era a previsão de fenômenos e
de posições dos astros
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
HISTÓRIA
# A Astronomia Chinesa está dividida em dois ramos:
Astronomia Calendrica (Lifa) e Astrologia (Tianwen)
# A Lifa tratava dos fenômenos periódicos (duração do ano, previsão
de eclipses e cálculo de posições planetárias). A Lifa era de responsabilidade da Agência Astronômica, que publicava um almanaque
com efemérides astronômicas.
# O Tianwen procurava por fenômenos
celestes transientes e imprevisíveis
(eclipses solares, manchas solares,
auroras boreais, cometas, chuvas de
meteoros, estrelas novas e nuvens não
usuais, tentando interpretar seus
significados. O Tianwen tinha natureza
distinta da Astrologia praticada pelos
Caldeus e Gregos, pois previa o destino de estados e governos e não
de pessoas.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Civilização Hindu
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia Hindu
FATO
Em grande parte ainda desconhecida,
a Astronomia Hindu foi influenciada
fortemente pelos conhecimentos
astronômicos dos povos da Mesopotâmia
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
HISTÓRIA
# Os Vedas deificavam o Sol, as
estrelas e os cometas. Os planetas
estavam ligados a Astrologia.
# Aryabhatta (476 - 550 d.C.) sugeriu
que o Sol era responsável pela
luz emitida pela Lua, que a Terra
era uma esfera e que o Sol era o
centro do mundo (Sistema
Heliocêntrico). Também desenvolveu
métodos para calcular eclipses,
inclusive graficamente.
# Brahmagupta (século VII) estimou
a circunferência da Terra em
36 000 km e disse que “os corpos
caem em direção a terra como
está na natureza da Terra atrair os
corpos (Força da Gravidade).
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Civilização Maia
Astronomia Maia
FATO
Os Maias tinham uma preocupação
especial com a passagem do tempo,
construindo calendários especiais
para a contagem de longos períodos
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
HISTÓRIA
# Os Maias se destacaram pela originalidade de seus calendários.
A Pirâmide de Kukulkan era usada como um calendário: seus
quatro lados tinham 91 degraus para alcançar a plataforma no topo,
perfazendo um total de 365, equivalente ao número de dias do ano.
Animação
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
# Existe evidência que os Maias sabiam que a duração do ano é
ligeiramente maior do que 365 dias.
# A Lua, o Sol e especialmente Vênus eram cuidadosamente
observados por motivos astrológicos.
# Eles tinham um ciclo lunar especial, relativo à previsão dos
eclipses do Sol, que se baseava somente na experiência.
# Os seus principais monumentos apresentam alinhamentos
astronômicos, alguns pouco comuns com as faces alinhadas com
a direção mais ao sul do nascer do planeta Vênus.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
FÍSICO-MATEMÁTICO
Os Maias usavam um Sistema de
Contagem Vigesimal, isto é, de base 20
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
# Os Gregos pegaram os conhecimentos dos antigos
egípcios e babilônios e os transformaram em algo mais
simples, mais abstrato e mais racional.
# A ciência dos Gregos sistematizou e organizou o
Conhecimento Científico e procurou generalizar a
partir de experiências empíricas, criando a Lógica.
# A história da Ciência Grega pode ser dividida em 4
períodos: Jônico, Ateniense, Helenístico e GregoRomano.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
# O Período Jônico marca o nascimento da ciência grega
(600 a 450 a.C.) e têm seus expoentes em Tales de
Mileto e Pitágoras. Neste período os filósofos
especulavam sobre do que é feito o mundo e como
ele nasceu.
# O Período Ateniense se estendeu de 480 a.C. a 330
a.C. e os interesse mudaram da explicação do mundo
material para a natureza do homem e seus deveres
sociais. Os grandes filósofos do período são Platão,
Sócrates e Aristóteles.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
# No Período Helenístico, entre 330 a.C. e 100 a.C., o
império de Alexandre Magno põe a cultura grega de novo
em contacto com as culturas do oriente. Como resultado
existe um grande desenvolvimento da Matemática,
da Mecânica e da Astronomia. Euclides, Arquimedes
e Hiparcos são os grandes expoentes.
# O Período Grego-Romano constituiu-se numa ponte
entre a ciência clássica e a ciência atual. Ele
estendeu-se de 100 a.C. a 600 d.C. e Ptolomeu foi o
grande cientista na área de Astronomia e Matemática.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
# As principais contribuições dos Gregos na Astronomia
foram especulações sobre a Estrutura do Cosmos e
determinações das durações das Estações e do ano, dos
tamanhos da Terra, Sol e Lua, bem como das distâncias
relativas entre eles. Some-se a isso a descoberta da
Precessão por Hiparcos.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
Estrutura do Cosmos
# Os seguidores de Pitágoras (582 a 500 a.C.)
disseram que “no centro do Universo havia fogo
e que a Terra é uma das estrelas, criando o dia
e a noite através de um movimento circular
entorno do centro”. Precursor do Heliocentrismo.
# Platão de Atenas (428 a 348 a.C.) argumentou que o “domínio celeste está
ordenado segundo uma perfeita figura geométrica, a esfera, com os planetas
se movendo numa figura plana perfeitamente simétrica, o círculo”. Platão foi
o iniciador da idéia dos movimentos circulares uniformes para os planetas com
a Terra no centro, um dos pilares do Sistema Geocêntrico.
# Eudoxus de Cnidus (ca. 400 a ca. 347 a.C.)
explicou “os movimentos do Sol, Lua e planetas
por meio de esferas concêntricas acopladas com
raios, taxas de rotação e inclinações ajustáveis –
Esferas de Eudoxus”. As esferas eram apenas
uma construção matemática.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
Estrutura do Cosmos
# Aristóteles (384 – 322 a.C.) adotou o sistema de Eudoxus e
considerou que o sistema era fisicamente real e não uma conveniência
matemática; Os movimentos celestes deveriam ser circulares porque
eram figuras fechadas; A esfera das estrelas era maior quando
comparada com a esfera terrestre, mas não era infinita; A luz e o calor
das estrelas era devido a fricção com o ar.
# Aristarco de Samos (ca. 310 a ca. 230 a.C.) propôs o Sol como o
centro do movimento planetário. Explicou os movimentos planetários
observados através da rotação da Terra e dos planetas entorno do Sol –
Sistema Heliocêntrico.
# Claudius Ptolomeu (90 a 168 d.C.) usando combinações de círculos e
movimentos descentrados (epiciclos) construiu o Sistema Geocêntrico
para explicar os movimentos dos planetas e do Sol entorno da Terra.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia dos Gregos
Equinócios e Solstícios
# Meton e seus discípulos determinaram a data do Solstício de Verão, em
432 a.C.
# Euctemon (ca. 430 a.C.) determinou o comprimento das Estações do Ano
como sendo 90 dias (solstício de verão ao equinócio de outubro), 90 dias
(equinócio de outono ao solstício de inverno), 92 dias (solstício de inverno
ao equinócio da primavera) e 93 dias (equinócio da primavera ao solstício
de verão).
# Calípus, em cerca de 330 a.C., encontrou 92, 89, 90, 94 dias para a
duração das estações respectivamente.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia Árabe
# A Astronomia Árabe era subdividida em 4 partes: Astronomia
Esférica, Cronometria, Trigonometria Esférica, Geografia
Matemática
# Os astrônomos árabes dedicaram uma boa parte de seu tempo
verificando e corrigindo as tabelas de Ptolomeu. Redeterminaram
valores fundamentais necessários com auxílio de melhores
instrumentos como o Astrolábio
# O estudo do registro e medida do tempo era importante por
motivos religiosos, por exemplo para a determinação precisa de
instantes de orações
# Na trigonometria, inicialmente tratada como parte da Astronomia,
os Árabes desenvolveram as funções (tangente, co-tangente,
secante e co-secante) e as inter-relações entre elas.
# Os Árabes usaram a Astronomia como ajuda à navegação no
Oceano Índico.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia Árabe
# A Astronomia Árabe começou através do
contacto com a Índia. Seu marco inicial foi
em 820 d.C., quando os árabes traduzem o
Almagesto por ordem do califa Al Mamon.
# Foram feitos diversos catálogos de posições
de estrelas com precisão melhor do que o de
Ptolomeu; os movimentos planetários foram
estudados e as tabelas astronômicas foram
melhoradas.
# A astronomia árabe culminou com os
trabalhos de Ulugh Beg (1394 - 1449),
feitos no grande sextante do observatório
de Samarkand.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Astronomia Árabe
# Os astrônomos árabes eram capazes de calcular mais precisamente
certos parâmetros do que os Gregos, porque usavam instrumentos
maiores e melhores
Data aproximada
Obliqüidade (  )
Erro (  )
Eratóstenes
200 a.C.
23.86
0.12
Ptolomeu
140 d.C.
23.86
0.17
Al-Battani
900 d.C.
23.58
0.01
Guo Shoujing
1280 d.C.
23.56
0.03
Ulugh Beg
1400 d.C.
23.52
0.00
Copérnico
1500 d.C.
23.47
-0.04
Tycho Brahe
1600 d.C.
23.525
0.025
Astrônomo
# As grandes contribuições da Astronomia Árabe foram a preservação do
trabalho de Ptolomeu, a teoria melhorada da Lua feita por Ibn al-Shatir
(1304 - 1376) e a precisa determinação de parâmetros astronômicos.
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Visões de Mundo
0
Data de
Começo da
Início
35 000 Idade do Caos
a.C.
1 3 000 a.C.
2
150 d.C.
3 1 543 d.C.
4 1 926 d.C.
Invenção
Perspectiva
relacionada
Cosmo-Humana
Desenho, Pintura Universo centrado na
pessoa; Terra chata; objetos
celestes ligados com
objetos terrestres.
Idade do Mito e Escrita
Universo centrado no
da Lenda
mundo subterrâneo; Terra é
um disco chato dentro da
cúpula celeste; objetos
celestes explicados como
deuses.
Idade da
Matemática
Universo centrado na Terra,
Ordem
que é um globo fixo; os
planetas se movem em
ciclos / epiciclos ordenados;
existe um espaço entre a
Terra e a Esfera Celeste.
Idade da
Impressão,
Universo centrado no Sol;
Revolução
Telescópio
Terra como um planeta, que
é uma esfera girando e
movendo-se numa órbita.
Idade do
Foguete, Radio, Universo não tem centro ou
Espaço
Vídeo,
margem; Terra movendo-se
Computador
com o Sol e o Sistema Solar
em torno do Centro
Galáctico; os humanos
viajam no espaço
Tamanho do
Cosmos
Ambiente Local
Contido dentro
da Cúpula
Celeste
Contido na
Esfera Celeste
Sem limites
Limitado pelo
horizonte do
desvio para o
vermelho, cerca
de 15 bilhões de
anos-luz
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Observatório Nacional - Astrofísica Estelar 2007
por Dalton Lopes e Antares Kebler
Johannes Kepler
Estudando as
órbitas dos corpos celestes
• Johannes Kepler nasceu no dia 27 de
dezembro de 1571 em Weil (Wurttemberg), na
Alemanha, e morreu no dia 15 de novembro de
1630 em Ratisbona.
• Kepler foi um dos mais importantes cientistas
do seu tempo e pode-se dizer que, sem os seus
trabalhos, a física desenvolvida posteriormente
por Newton talvez não existisse
Estudando as
órbitas dos corpos celestes
• Kepler foi um grande matemático, embora,
como era típico de sua época ele era místico,
interessado nas relações numéricas entre os
objetos do Universo.
• Descreveu a sua busca da ciência como um
desejo de conhecer a mente de Deus.
• Kepler foi para Praga trabalhar com Tycho
Brahe e pode, assim, utilizar os seus preciosos
dados observacionais.
As leis de Kepler
• Kepler pode fazer cálculos altamente precisos
das órbitas planetárias, usando as observações de
alta qualidade, sem precedente, de Tycho Brahe.
• Os resultados observacionais de Tycho Brahe
poderiam ser explicados se Kepler usasse órbitas
circulares.
• Ele preferiu abandonar este conceito de órbita
devido a confiança que tinha nos dados
observacionais de Brahe, modificando-o até
conseguir igualar a precisão obtida por Brahe.
As leis de Kepler
• Em
1609, Johanes
publicou seu livro:
Kepler
Astronomia nova aitologetos
• Um vasto volume de quase 400
páginas, onde apresen-tava uma
das maiores revo-luções na
astronomia.
• Neste livro, Kepler revelava ao
mundo
científico
duas
importantíssimas leis relacionadas com o movimento planetário: a lei das órbitas elípticas
e a lei das áreas.
As leis de Kepler
• A chamada terceira lei do movimento planetário,
a lei que relaciona o período orbital com as
distâncias, foi publicada em outro livro de Kepler,
editado em 1619 com o título:
Harmonices mundi
As leis de Kepler
• Resumindo,
Kepler desenvolveu três regras
matemáticas que eram capazes de descrever as
órbitas dos planetas.
• Define-se órbita como a trajetória que um corpo
celeste descreve em torno de outro sob a
influência da lei da gravidade (só desco-berta
posteriormente por Isaac Newton).
LEIS
DE
KEPLER
Os primeiros a descreverem sistemas
planetários explicando os movimentos
de corpos celestes foram os gregos.
O mais famoso sistema planetário grego
foi o de Cláudio Ptolomeu (100-170), que
considerava a Terra como o centro do
Universo (sistema geocêntrico).
Segundo esse sistema, cada planeta
descrevia uma órbita circular cujo centro
descreveria outra órbita circular em torno da
Terra.
Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo
polonês, criou uma nova concepção de
Universo, considerando o Sol como seu
centro (sistema heliocêntrico).
Segundo esse sistema, cada planeta,
inclusive a Terra, descrevia uma órbita
circular em torno do Sol.
Entretanto, o modelo de Copérnico não foi
aceito pelo astrônomo dinamarquês Tycho
Brahe (1546-1601), segundo o qual o Sol
giraria em torno da Terra e os planetas em
torno do Sol.
Ao morrer, Brahe cedeu suas observações a
seu discípulo Johannes Kepler (1571-1630),
que tentou, em vão, explicar o movimento
dos astros por meio das mais variadas
figuras geométricas.
Baseado no heliocentrismo, em sua
intuição e após inúmeras tentativas, ele
chegou à conclusão de que os planetas
seguiam uma órbita elíptica em torno do
Sol e, após anos de estudo, enunciou três
leis.
1.ª LEI DE KEPLER
(LEI DAS ÓRBITAS)
“As órbitas dos planetas em torno do Sol são
elipses nas quais ele ocupa um dos focos.”
Numa elipse existem dois focos e a soma das
distâncias aos focos é constante.
a+b=c+
d
b
a
Foco
Foco
c
d
ELIPSE
2.ª LEI DE KEPLER
(LEI DAS ÁREAS)
“A área descrita pelo raio vetor de um planeta
(linha imaginária que liga o planeta ao Sol) é
diretamente proporcional ao tempo gasto
para descrevê-la.”
Velocidade Areolar  velocidade com que as
Afélio são descritas.
áreas
A1
A1
A1
A1
A1
A1
A2
A1
Velocidade Areolar =
A
t
A2
A1
Cada planeta mantém sua velocidade
areolar constante ao longo de sua órbita
elíptica. Logo:
A1 =
t1
A2
t2
Sol
plan
eta
Afélio
Afélio  ponto de maior afastamento
entre o planeta e o Sol
Periélio
Periélio  ponto de maior proximidade
entre o planeta e o Sol
A2
A1
Com isso, tem-se que a velocidade no
periélio é maior que no afélio.
Afélio = 29,3 km/s
Periélio = 30,2 km/s
3.ª LEI DE KEPLER
(LEI DOS PERÍODOS)
“O quadrado do período da revolução de
um planeta em torno do Sol é diretamente
proporcional ao cubo do raio médio de sua
elipse orbital.”
Raio Médio  média aritmética entre as
distâncias máxima e mínima do planeta ao Sol.
T2 =
R3
K
Planeta
T
(dias terrestres)
R
(km)
Mercúrio
88
5,8 x 107
Vênus
Terra
Marte
Júpiter
224,7
365,3
687
4343,5
1,08 x 108
1,5 x 108
2,3 x 108
7,8 x 108
Saturno
Urano
Netuno
10767,5
30660
60152
1,44 x 109
2,9 x 109
4,5 x 109
Plutão
90666
6,0 x 109
T2/R3
4,0 x 10-20
As Leis de Kepler dão uma visão
cinemática do sistema planetário.
Do ponto de vista dinâmico, que tipo de
força o Sol exerce sobre os planetas,
obrigando-os a se moverem de acordo
com as leis que Kepler descobrira?
A resposta foi dada por
Isaac Newton (1642-1727):
FORÇA GRAVITACIONAL!!!!
LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
“Dois pontos materiais se atraem
mutuamente com forças que têm a direção da
reta que os une e cujas intensidades são
diretamente proporcionais ao produto de
suas massas e inversamente proporcionais
ao quadrado da distância que os separa.”
F = G . M1.m2
d2
G = constante de gravitação universal =
6,67 x 10-11 (SI)
m1
F
F
d
m2
Ainda de acordo com as Leis da Gravitação
Universal:
Devido a sua enorme massa, o Sol tende a atrair
os planetas em sua direção
Quanto mais próximo do Sol, maior a velocidade
do planeta para que possa escapar do campo de
atração gravitacional do Sol
A densidade de um planeta influencia na sua
velocidade de rotação
(quanto mais denso, mais lento)
FIM
José Adolfo S. de Campos
Observatório do Valongo
Download