Doença de Parkinson O que é a Doença de Parkinson? Uma das doenças neurológicas mais comuns dos dias de hoje, a doença de Parkinson foi originalmente descrita pelo médico inglês James Parkinson. É uma doença degenerativa do SNC, crônica progressiva. Ocorre uma diminuição intensa da produção de dopamina na região da substância nigra. A redução de dopamina acarreta os principais sintomas motores: ● Tremores ● Rigidez muscular ●Diminuição da velocidade dos movimentos Causas Embora ainda seja desconhecida, há estudos que sugerem que, além da genética, fatores ambientais também possam estar relacionados à doença. Ex: Agrotóxicos e resíduos químicos. Diagnóstico É clínico por meio da história e exames para identificação de sinais e sintomas da doença. Até o momento não existem testes laboratoriais ou radiológicos de imagens cerebrais que confirmem o diagnóstico. O diagnóstico é muitas vezes difícil, pois pode apresentar sintomas semelhantes aos de outras doenças e o médico necessita observar o paciente por algum tempo até que os sintomas se manifestem. Como a Doença de Parkinson afeta o sujeito? A doença de Parkinson é uma doença crônica e progressiva, a evolução dos sintomas é usualmente lenta, mas é variável em cada caso. Os primeiros sinais acontecem de modo quase imperceptível e progride lentamente, o que dificulta que o paciente e seus familiares percebam os primeiros sintomas, que pode ser a caligrafia ilegível e também a diminuição de tamanho da letra. A fala pode se tornar monótona, menos articulada e o paciente tornar-se deprimido sem motivo aparente, pode ocorrer lapsos de memória e irritabilidade, dificuldades de concentração. Os primeiros sinais perceptíveis são mudança na face perdendo a espontaneidade, um braço ou perna movimenta-se menos que o outro, a freqüência dos piscadas diminui, os movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece mais tempo em determinada posição e parece um tanto rígida. O tremor é o primeiro sintoma percebido pelo paciente com mais freqüência nas mãos, mas ocorrer tremores em outras partes do corpo como pé. Tarefas como ler ou segurar objetos passam a ser árduas. Os tremores são mais intensos quando ele se encontra em repouso ou durante o caminhar e desaparece com o movimento e depois volta a tremer novamente com um certo intervalo de tempo. Lembrando que no inicio o tremor é de um só lado do corpo e com o passar do tempo acomete também o outro lado. Esses tremores podem atingir certas partes do corpo como mandíbula, cabeça, lábios ou queixo, membros inferiores. Situações estressantes aumentam os tremores ou a sensação de ser observada. Quando a pessoa se sente mais relaxada ou durante o sono os tremores tendem a desaparecer. A rigidez ocorre devido ao aumento da resistência muscular, uma vez que as informações do planejamento das informações vão até o cérebro de um jeito e voltam de modo desorganizado o que torna os músculos rígidos, contraídos e com pouca mobilidade. Acinesia significa redução da quantidade do movimento. Bradicinesia significa lentidão do movimento. Entre 40% e 50% dos pacientes tem depressão, o que pode ser apresentada com ansiedade episódios de agitação sendo este fator mais raro. O grau de depressão varia do mais leve ao mais grave, neste caso a depressão tornar-se o sintoma mais importante e determinante da incapacidade. Alterações emocionais são comuns, o paciente muitas vezes passa a não viajar mais sozinho, evita contato social, tornando-se muito dependente da família. Alguns pacientes apresentam problemas de fala no inicio da doença mas raramente aparece como uns dos primeiros sintomas. Essas dificuldade está em compreensão da palavra dita, a voz torna-se mais fraca e pode haver certa rouquidão. Dificuldades de articulação da fala está presente em toda a fase da doença, mas na medida em que a doença progride isto piora. Silalorréia devido a dificuldade de deglutição o paciente, este comportamento motor automático deixa de ser realizado o que ocasiona um acumulo de saliva que pode escorrer pelo canto da boca. Distúrbios respiratórios, pode-se apresentar este sintoma como um resultado da doença devido a rigidez ou acinesia dos músculos da parede torácica que dificultam a expansão dos movimentos. Os medicamentos também podem ocasionar este problema, no caso o remédio levodopa, então reduz-se a quantidade do medicamento. Pode-se também ter dificuldade urinária devido a uma rigidez da parede da bexiga e as contrações podem ser também tornar mais lenta ou ocasionada pelos medicamentos anticolinergicos agravar o caso ou precipitar o problema. As áreas mais afetadas pela doença são ombros, braços, membros inferiores e região lombar, sendo também comum o aparecimento de dores nessas regiões. O sintoma que mais incomoda é a fadiga muscular que piora em determinadas posições. Alguns pacientes têm uma média de 10 a 15 de boas condições neurológicas com o tratamento correto. Sujeitos que tem os diagnósticos feitos bem mais cedo tem essa conservação das funções neurológicas por mais tempo. Se a doença não for tratada pode ocasionar a total imobilidade da pessoa. Contudo a doença é muito lenta e os medicamentos pode desde estabilizar a doença até aliviar consideravelmente os sintomas. Dificilmente a doença de Parkinson chega a matar uma pessoa. A inteligência do doente é preservada pode acontecer é um comprometimento da doença. O Tratamento Fonoaudiológico O tratamento fonoaudiológico tradicional para as alterações vocais do individuo com a doença de Parkinson são: ● Mioterapia ● Coordenação das estruturas de fala ● Respiração Em 1993, um novo método de tratamento vocal foi desenvolvido na Universidade de Denver (USA), o método se denomina Lee Silverman Voice Treatment (LSVT) e suas principais características são: ● Melhorar a qualidade de comunicação com um enfoque terapêutico exclusivo em aumento de intensidade vocal; ● O tratamento foi desenvolvido para aumentar a intensidade vocal pelo aumento do esforço fonatório, adução das pregas vocais e suporte respiratório; ● O paciente deve reconhecer que precisa aumentar o loudness, se sentir confortável com uma voz mais forte, e desenvolver a habilidade para adequar o automonitoramento do nível de loudness. Tratamento Fisioterápico O Tratamento Fisioterápico do paciente com a Doença de Parkinson é realizado em torno de um grande objetivo, que é o fortalecimento muscular do paciente (que seria manter ativos os músculos e preservar a mobilidade do individuo), e este é alcançado através de diversos exercícios como: ● Parte aeróbica - caminhadas; ● Fortalecimento muscular - trabalho resistido: agachamento com apoio de barra, sentar e levantar da cadeira, elevação alternada da perna apoiando o pé no step, entre outros; ● Alongamentos - os alongamentos dão ênfase a musculatura cervical, dorsal, lombar, flexores de braços, e posteriores de pernas e coxas. Também são realizados exercícios articulares e respiratórios. Tratamento Neuropsicológico A reabilitação neuropsicológica objetiva melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares, otimizando o aproveitamento das funções total ou parcialmente preservadas por meio do ensino de estratégias compensatórias, aquisição de novas habilidades e a adaptação às perdas permanentes. O processo de reabilitação proporciona uma conscientização do paciente a respeito de suas capacidades remanescentes, o que leva a uma mudança na auto-observação e, possivelmente, uma aceitação de sua nova realidade. As principais características de uma reabilitação neuropsicológica são: • Reabilitação Cognitiva (TCC); • Psicoterapia; • Estabelecimento de um ambiente terapêutico; • Trabalho com familiares e trabalho em grupo. Lembrando que antes da reabilitação neuropsicológica, o individuo precisa passar primeiramente por uma avaliação neuropsicológica e esta possui seis propósitos principais: • Diagnóstico; • Cuidados com o individuo; • Identificação de Tratamentos necessários; • Avaliação dos efeitos de Tratamentos; • Pesquisa. Orientações nutricionais na Doença de Parkinson Refeições regulares auxiliam a digestão e a absorção da medicação. Há pacientes que não conseguem consumir calorias suficientes para manter seu peso. Os movimentos involuntários característicos aumentam o gasto energético, enquanto os sintomas da doença e efeitos colaterais da medicação limitam a ingestão. Calorias adicionais podem ser obtidas pela administração de suplementos hipercalóricos. Muitos pacientes com Parkinson sofrem de constipação, o que pode derivar da terapia com drogas. Uma dieta rica em fibras, contendo cereais integrais, hortaliças, frutas frescas e secas deve ser encorajada. Medicação Levodopa uso oral, podendo ou não ser aceito pelo organismo do paciente. O uso da medicação por um longo período de tempo pode causar discinesia. Cirurgia ● É indicada quando o resultado obtido com medicação e reabilitação não é satisfatório. ● Estado físico neurológico ● Grau evolutivo da doença As Cirurgias são divididas em 2 tipos: 1. Lesão com eletrodos Talatomia: acaba com o tremor Alvo indicado para lesionar VIM (Núcleo Ventral Intermédio) De 92 a 2008 - 119 cirurgias Palidotomia: acaba com a rigidez Alvo indicado para lesão GPI (Globo Pálido Interno) De 95 a 2005 - 173 cirurgias 2. Estimulação com eletrodos Aprovado e introduzido na Europa em 1987 Aprovado no Brasil em 1993 Alvos indicados para neuro estimulação: VOA, VOP (Ventral Oral Posterior), VIM, zona incerta núcleo talâmico globo pálido. Para realização é necessário: O apoio de uma equipe multidisciplinar, incluindo um físico para avaliar qual o foco a ser estimulado. Então o neurocirurgião faz a aplicação do eletrodo no foco de estimulação, verificando simultaneamente o tremor e rigidez diante a estimulação. Complicações: 2% de 100% Podendo ser: Hematomas, Problemas cutâneos, problemas de sistema implantado, convulsões no pós-operatório Duração em média Cirurgia de lesão: 1h30 Cirurgia de estimulação mais demorada Média de custo do marca-passo + cirurgia: Eletrodo bilateral - R$120 mil Eletrodo unilateral - R$60 mil Discentes: Ana Valéria Sousa Andréia Cristina Bruna Marcela Cybele Araújo Edlaine Cruz Silva Mariana Machado Nagela Renata