Serviço de Apoio Pedagógico Especializado

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SAPE – Serviços de Apoio
Pedagógico Especializado
Sendo:
• Sala de Recursos: Atendimento prestado por professor
especializado, em horários programados de acordo com as
necessidades dos alunos, e, em período diverso daquele
que o aluno freqüenta na classe comum, da própria escola
ou de outra UE. Pode ser realizado individualmente ou em
pequenos grupos, para alunos com o mesmo tipo de
Necessidade Especial.
• CRPE - Classe Regida por Professor Especialista – (antiga
Classe Especial)
Objetivos da apresentação:
• Levar aos professores um “pouco” de
conhecimento e orientação sobre a Deficiência
Intelectual.
• Fornecer conhecimento e informação aos
participantes
sobre
Distúrbios
de
Aprendizagens.
• Orientá-los como avaliar e onde deve ser
encaminhado este aluno que apresenta
“Distúrbios de Aprendizagens” e/ou Deficiência
Intelectual.
• Conhecer parte da Resolução SE 11, de 31-12008.
A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A
Deficiência Intelectual (DI), segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), se
caracteriza por uma redução significativa da
habilidade em entender informações novas ou
complexas e de desenvolver novas habilidades
(comprometimento da inteligência). Isso em
uma capacidade reduzida de viver de forma
independente
(funcionamento
social
comprometido) e inicia-se antes da idade adulta,
com um efeito prolongado no desenvolvimento.
A DI NO BRASIL
No Brasil, do ponto de vista legal, o decreto nº
3.298, de 20/12/1999, Cap.I, Art. 4º, considera
Def. Mental quando há funcionamento
intelectual significativamente inferior a média,
com manifestação antes dos 18 anos e
limitações associadas a 2 ou mais áreas de
habilidades adaptativas, tais como: a)
comunicação; b) cuidado pessoal; c) habilidades
sociais; d) utilização dos recursos da
comunidade; e) saúde e segurança; f)
habilidades acadêmicas; g) lazer; e h) trabalho.
HISTÓRICO
Deficiência ou retardo mental eram os termos
mais utilizados antigamente; porém, devido
ao fato de serem associados muitas vezes de
forma errônea a outras condições médicas,
como doenças psiquiátricas, e mesmo serem
considerados pejorativos para o público leigo,
o termo “Deficiência Intelectual” passou a ser
considerado mais apropriado.
CAUSAS
Diversas são as causas da DI. O cérebro é
composto por cerca de 100 bilhões de
neurônios que se conectam e formam uma
ampla rede neural, e a troca de informações
nesse sistema faz com que exerçamos nossas
funções neurológicas, desde as vitais, como
respirar e manter frequência cardíaca, até
mais complexas, como pensar, abstrair, tomar
decisões e, especialmente, vivenciar as
emoções humanas, como a paixão, o amor, a
raiva, o prazer, a compaixão, etc.
FATORES CONSIDERÁVEIS DE RISCO
O desenvolvimento cerebral se dá desde a
formação neuronal na vida intrauterina até o
amadurecimento de suas conexões ao longo da
infância e adolescência. Desta forma, se pode
dividir esses fatores de risco em pré-natais,
perinatais e pós-natais. Entre os fatores prénatais, podemos citar doenças genéticas,
metabólicas congênitas (erros inatos do
metabolismo),
malformações
cerebrais,
desnutrição materna, falta de cuidados prénatais, uso de drogas, álcool, tabaco, etc.
Os fatores perinatais incluem prematuridade,
insuficiência placentária, anoxia neonatal,
infecções e alterações metabólicas no recémnascido; os pós-natais incluem desnutrição
infantil, infecções, falta de estimulação
adequada, etc.
Com o passar do tempo, outras formas de DI
potencialmente tratáveis e portanto, reversíveis,
foram identificadas e, com isso, testes de
triagem neonatal tornaram-se importantíssimos
mundialmente, a fim de se estabelecer
tratamento precoce, pois várias doenças neles
incluídas apresentam DI.
Apesar da importância do reconhecimento das
causas
subjacentes
de
DI
citadas
anteriormente, sabe-se que, em cerca de 30%
dos casos graves e em 50% dos leves, a causa
é desconhecida pelos métodos rotineiros de
diagnóstico.
(Dra. Laura Mª de F. Ferreira Guilhoto é Mestre
e Doutora em Neurologia pela Faculdade de
Medicina da USP. Neurologista Infantil da
Clinica Pediátrica do Hospital USP e
Coordenadora de Pesq. Do Instituto APAE/SP)
TRATAMENTO
Várias são as possibilidades, dependendo da
área mais afetada (visuo-construtiva, verbal,
emocional, etc.). Cada caso é sempre um
desafio ao profissional, e não há método
único capaz de auxiliar todas as crianças e
seus familiares. Como se sabe, além do
suporte técnico profissional, é de vital
importância os suportes familiar e social,
assim como a inclusão da criança com DI na
sociedade.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Não há tratamento específico para a DI, nem
medicamentos que promovam a cura. No
entanto, muitas vezes, são utilizados
medicações para as condições que podem ou
não estar associadas, como crises epilépticas,
distúrbios psiquiátricos, como depressão,
ansiedade, psicose e alterações do
comportamento que comprometem a
integração individual à família e à sociedade.
Uma das maiores preocupações atuais
em relação à prevenção da DI
Ressalta-se que as causas citadas até aqui podem
não ser a única explicação para a deficiência
intelectual detectada. A criança pode estar
sujeita a fatores adversos, que agravam a
condição mental. Entre os fatores mais comuns
estão a negligência familiar, traduzida pela falta
de contato com os pais, não interagindo com
ela, deixando a criança por horas a fio na frente
de TV, criança sozinha sem receber nenhum
estímulo... Também a superproteção familiar,
em função dos cuidados que a criança requer no
passo a passo de seu desenvolvimento.
DIREITO A EDUCAÇÃO
A Constituição Federal Brasileira reconheceu o
direito à educação como direito fundamental,
enquanto necessidade social básica ao pleno
desenvolvimento humano, e, ao mesmo tempo,
estabeleceu a responsabilidade pela promoção e
incentivo ao Estado, à família e à sociedade. Tal
regime de responsabilidade igualmente se
estende à inclusão da pessoa com deficiência,
que possui direito a um atendimento
especializado preferencialmente na rede regular
de ensino, pública ou privada.
O
discurso da falta de capacitação dos
profissionais, o medo, a desinformação, a
ignorância, a falta de sensibilidade e, sobretudo,
a falta de crença na inclusão por parte da rede
de ensino e, principalmente, por algumas
famílias das crianças e adolescentes que
convivem em sala de aula com a pessoa
especial. As experiências bem e mal sucedidas
precisam ser associadas a esse conhecimento
desenvolvido e em desenvolvimento, e somente
a implementação de uma política inclusiva,
corajosa e responsável pode gerar a
reconstrução de um novo pensamento.
O processo de educação inclusiva pressupõe,
acima de tudo, predisposição ao novo desafio e,
ao mesmo tempo, paciência para transformar o
tempo no seu maior aliado e não no seu pior
inimigo, justamente porque somente o tempo
gera o amadurecimento necessário a
convivência com as diferenças, à construção da
tolerância recíproca e à ruptura com o
preconceito.
(Dr. Fábio Ramazzini Bechara é Doutor em Direito
pela Universidade de SP. Promotor de Justiça em
SP. Ex-Diretor Presidente da APAE/SP.)
ALGUMAS ESTRATÉGIAS IMPORTANTES
• Tratar o aluno de maneira natural, não adotando
atitudes superprotetoras, infantilizadas ou de
rejeição;
• Respeitar sua idade cronológica, oferecendo
atividades compatíveis relacionadas ao que está
sendo ensinado aos demais alunos;
• Incentivar a autonomia na realização das
atividades;
• Estabelecer objetivos, conteúdos, metodologia,
avaliação e temporalidade de acordo com a
necessidade do aluno;
• Dividir as instruções em etapas, olhando nos
olhos do aluno;
• Respeitar o ritmo de aprendizagem,
oferecendo desafios constantes;
• Repetir as instruções/atividades em situações
variadas, de forma diversificada;
• Estabelecer regras junto com o grupo de
alunos, procurando ressaltar as qualidades
de cada;
• Reforçar os comportamentos adequados;
• O professor não deve perder de vista que ele
é o referencial da classe e que possui o status
de autoridade máxima perante seus alunos.
Essa autoridade se dá pelo fato de ser o
professor e por ser um adulto diante das
crianças. No entanto, tal autoridade e
referência se constrói no dia a dia da sala de
aula, quando os alunos irão respeitá-lo à
medida que são respeitados por ele.
ENCAMINHAMENTO PARA A SR
• Na rede estadual de ensino de SP cabe ao
professor especializado em deficiência
intelectual realizar a avaliação pedagógica
dos alunos e esses são indicados pelo
professor da sala comum. Para essa indicação
de avaliação, o professor do ensino comum
pode observar sinais que auxiliarão a
identificar se esse aluno possui características
de DI sendo, portanto, candidato a
frequentar uma Sala de Recursos:
• Dificuldade de compreensão, análise e síntese e
retenção das informações;
• Dificuldade de explorações espontâneas;
• Dificuldade em aprender (essa dificuldade deve ser
feita somente quando o professor esgotar todos os
recursos e estratégias e o aluno não aprendeu);
• Dificuldade para utilizar e relacionar informações;
• Dificuldade de resolução de problemas (solução
própria da faixa etária);
• Dificuldade de compreensão de comandas; e
• Dificuldade em expressar de maneira lógica ideias e
pensamentos.
É relevante ressaltar que, pedagogicamente, as
características listadas não devem ser
consideradas de forma isolada, sendo preciso
que haja uma combinação de algumas delas, por
isso, para que um aluno seja caracterizado como
tendo deficiência intelectual, é preciso que haja
um processo de observação rigoroso, com
registros periódicos e o auxílio do professor
especializado. O contato com a família desse
aluno é, primordial, para que se conheça a
realidade na qual ele está inserido e fatos
relevantes de sua história.
OBS.: Após todas as observações e avaliações do
professor da Sala Regular, o mesmo deve
preencher um encaminhamento para Sala de
Recursos onde a professora especialista irá
fazer
novas
sondagens,
avaliações,
observações e Anamnese com o responsável e
certificará se este aluno apresenta a Deficiência
Intelectual com aprovação e concordância do
corpo docente, caso sim, este aluno será
inscrito na Sala de Recursos. Caso necessário,
também será encaminhado para um
especialista da Saúde:
• (Psicólogo, Neurologista, Fonoaudiólogo,
etc.).
• Para ser inserido na Sala de Recursos não é
necessário “Laudo” somente a Avaliação
Pedagógica, conforme Resolução -SE11.
• Caso este aluno apresentou Distúrbio de
Aprendizagem como: Dislexia, Discalculia...
Ele não é considerado DI e
deverá
ser
encaminhado para um Especialista da Saúde
para uma Avaliação e possível tratamento.
MODELO: MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO
PARA O SAPE - SALA DE RECURSOS:
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____________________________________________
• Outros Serviços:
O (a) aluno (a) já foi inserido em algum programa de
atendimento na própria escola? ( ) sim ( ) não
Se sim, escreva abaixo em qual?
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____________________________________________
O aluno (a)já foi atendido por Especialistas
da Saúde (Psicólogo, Fonoaudiólogo,
Neurologista e/ outros). Se sim, escreva
abaixo em qual?
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Diretora
Coordenadora
_________________
_________________
Professora SAPE
Professora Sala Regular
SUGESTÃO PARA PRENCHIMENTO DE
RELATÓRIOS DE ENCAMINHAMENTO:
•
•
•
•
•
•
•
•
Interesse.
Atenção.
Concentração.
Execução da atividade.
Resistência a fadiga.
Pontualidade (assíduo ou faltoso).
Compreensão e atendimento a ordens.
Desenvolvimento de habilidades para a vida diária e
autônoma.
• Organização do material pessoal.
• Percepção e memória visual.
•
•
•
•
•
•
•
•
Percepção e memória auditiva.
Percepção de diferenças e semelhanças.
Orientação Temporal.
Orientação Espacial.
Linguagem e comunicação oral.
Linguagem e comunicação escrita.
Raciocínio lógico-matemático.
Habilidade sensório-motora – (andar, correr,
escrever, cortar, amassar, pular, sentar, etc).
Transtorno Desintegrativo da Infância
“TDI”
Transtorno desintegrativo da infância, também
conhecido como síndrome de Heller, é uma
condição em que as crianças se desenvolvem
normalmente até as idades de 2 a 4 anos,
mas depois podem demonstrar uma grave
perda de comunicação social, e outras
habilidades.
Transtorno desintegrativo da infância é muito
parecido com o autismo. Ambos estão entre o
grupo de doenças conhecidas como transtornos
invasivos do desenvolvimento, ou distúrbios do
espectro do autismo. E ambos envolvem o
desenvolvimento normal seguido por uma perda
significativa da linguagem, jogo, social e
habilidades motoras. No entanto, transtorno
desintegrativo da infância geralmente ocorre
mais tarde do que o autismo e envolve uma
perda mais dramática de competências. Além
disso, o transtorno desintegrativo da infância é
muito menos comum do que o autismo.
As crianças com transtorno desintegrativo da infância mostram
tipicamente os seguintes sinais e sintomas:
Perda dramática de habilidades já adquiridas em duas ou mais
das seguintes áreas:
- Linguagem, incluindo um grave declínio na capacidade de
falar e ter uma conversa.
- - Habilidades sociais, incluindo dificuldade significativa em
se relacionar e interagir com os outros.
- Jogar, incluindo uma perda de interesse em jogo imaginário
e em uma variedade de jogos e atividades.
- Habilidades motoras, incluindo um declínio dramático na
capacidade de caminhar, escalar, agarrar objetos e outros
movimentos
- - Intestinal ou controle da bexiga, incluindo frequentes
acidentes em uma criança que estava anteriormente
treinada em ir ao banheiro.
Dislexia:
A dislexia é um distúrbio na leitura que
acarreta dificuldades também na escrita.
Normalmente, é detectado na fase de
alfabetização, período em que a criança inicia
o processo de leitura de texto, devido a
dificuldade do aluno em aprender o código
gráfico (letras e/ou números). O problema
torna-se bastante evidente quando o aluno
tenta soletrar palavras, Essa é uma das
tarefas em que as pessoas disléxicas
apresentam grande dificuldade.
Alguns estudos indicam que a dislexia é hereditária e
alguns alunos com essa características apresentam,
na maioria das vezes pelo menos um familiar com
dificuldade na aprendizagem de leitura e escrita. A
dislexia acarreta dificuldade na percepção, na
memória e na análise visual. A pergunta mais
corriqueira que nos deparamos é: Como saber se meu
aluno tem dislexia?
Abaixo listaremos as dificuldades mais comuns
apresentadas pelos disléxicos, mas cada caso é um
caso e que uma avaliação rigorosa deve ser feita por
uma
equipe
multidisciplinar
(fonoaudióloga,
psicopedagoga, psicóloga e neurologista).
Um aluno disléxico pode:
1) Confundir letras, sílabas ou palavras que
parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.
2) Inverter letras com grafia parecida: b/p, d/p,
d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.
3) Inverter sílabas: em/me, sol,los, las/sal,
par/pra.
4) Adicionar ou omitir sons: casa-casaco, pratopato.
5) Ao ler, pular a linha ou voltar para a anterior.
6) Ter dificuldade em soletrar palavras.
7) Apresentar leitura lenta demais, se comparado
com crianças da mesma idade.
8) Ao ler, mover os lábios murmurando.
9) frequentemente, não conseguir orientar-se no
espaço, sendo incapaz de distinguir direita de
esquerda. Isso traz dificuldades para orientar
com mapas, globos e o próprio ambiente.
10) Usar dedos para contar.
11) Ter dificuldades em lembrar sequencias: letras
do alfabeto, dias da semana, meses do ano, etc.
12) Apresentar dificuldades para aprender a ver
as horas.
13) Não conseguir lembrar-se de fatos passados
como horários, datas, diário escolar.
14) Possuir dificuldades de lembrar objetos,
nomes, sons, palavras ou mesmo letras.
15) Conseguir copiar corretamente, mas em
uma atividade de ditado ou redação mostrar
grandes complicações.
16) Ser uma criança inteligente e criativa para
muitas tarefas e demonstrar grandes
dificuldades na escrita e leitura.
17) Ser rotulado de preguiçoso, imaturo,
hiperativo ou desatento.
18) Apresentar ótimos resultados em provas
orais.
19) Desenvolver habilidades em atividades de
artes, música, teatro e esportes.
20) Apresentar dificuldades persistentes.
A criança disléxica geralmente demonstra
insegurança e baixa autoestima, sentindo-se
triste e culpada. Muitas se recusam a realizar
atividades, com medo de que seus erros
apareçam novamente ou de que sejam
ridicularizadas. Com isso, criam um vínculo
negativo com aprendizagem, podendo
apresentar atitude agressiva com professores
e colegas ou dizer sempre “não sou capaz,
não sei, não consigo...” mesmo antes de
tentar realizar o proposto.
Disgrafia:
A disgrafia é caracterizada por problemas com a
linguagem escrita, dificuldade de comunicar
ideias e de demonstrar conhecimentos por meio
desse canal de comunicação específico.
As pessoas que apresentam disgrafia podem
apresentar graves comprometimentos no
traçado de letras e de números, podem cometer
erros ortográficos severos, omitir, acrescentar
ou inverter letras e sílabas. Sua dificuldade
espacial aparece na falta de domínio do traçado
da letra, subindo e descendo linha demarcada
para a escrita.
Há disgráficos com letra mal grafada, mas legível,
porém outros apresentam letras que quase não
deixam possibilidade de leitura, embora eles
mesmos sejam capazes de ler o que escreveram.
É comum que disgráficos também tenham
dificuldades em cálculos matemáticos.
Os problemas mais frequentes que encontramos
são:
• Inversão de sílabas.
• Omissão de letras.
• Escrita de letras espelhadas.
• Escrita contínua ou com separações incorretas.
Principais características dos
disgráficos:
• Na escola, possuem “letra feia”.
• Demoram muito mais para fazer uma tarefa do
que outras crianças.
• Retocam as letras muitas vezes.
• Possuem letras impossíveis de serem
compreendidas.
• Costumam amontoar as letras.
• Apresenta má organização na página e das
letras.
Discalculia:
Para muitas crianças, aprender matemática é
um sofrimento. Muitos não entendem o que
aqueles números estão fazendo ao lado
daqueles sinais gráficos e o entendimento se
torna muito difícil. Para algumas pessoas,
essa dificuldade pode parecer preguiça ou
desinteresse, mas não é bem assim. As
crianças com dificuldade em aprender
matemática apresentam um distúrbio que
pode ter origem em outras dificuldades,
como:
• Aluno com dificuldade de memória auditiva:
pode apresentar dificuldade de memorizar os
números quando ditos oralmente.
• Aluno com dificuldade em entender situaçõesproblema: sabe fazer a conta, mas não consegue
interpretar o problema.
• Aluno com dificuldade na percepção visual:
troca os números, por exemplo: 6 por 9, 3 por 8
e 2 por 5.
• Dificuldade em visualizar conjuntos de objetos
dentro de um conjunto maior.
• Dificuldade em assimilar antecessor e sucessor;
• Dificuldade em conservar a quantidade, ou
seja, não entende que quatro moedas de 25
centavos têm o mesmo valor de um real.
• Dificuldade em classificar números.
• Dificuldade em compreender os sinais das
quatro operações básicas.
• Dificuldade em montar operações.
Disortografia:
A disortografia é a dificuldade de fazer uma
associação entre os fonemas (som das letras)
e os grafemas (escrita das letras). É muito
comum vermos alunos, em fase de aquisição
de escrita, apresentarem confusões entre o
uso da letra F ou da letra V para escrever a
palavra FACA, mas a partir do segundo ano
de escolarização, já é esperado que a criança
possa perceber as diferenças sonoras entre as
letras e assimilar seu conhecimento.
Quando essa dificuldade persiste nas 1ªs séries
do EF, podemos dizer que a criança apresenta
uma disortografia.
A principal característica de um aluno com
disortografia é a confusão entre letras,
sílabas e palavras na escrita. Essa dificuldade
pode ou não estar associada a trocas na fala
desses mesmos fonemas.
Alguns problemas encontrados em quem
apresenta disortografia:
• Trocas de letras dos pares mínimos, como:
faca/vaca,
chinelo/jinelo,
porta/borta,
dente/tente...
• Adições
de
sílabas,
como
ventilador/ventitilador.
• Omissões de letras, como cadeira/cadera,
branco/banco.
• Contaminação de sílabas, como pipoca/picoca.
Obs.: O aluno com dislexia, disgrafia, discalculia e
distorgrafia
não
apresentam
problemas
psíquicos,
neurológicos
ou
deficiência
intelectual.
Atitudes que o professor deve ter em
sala de aula:
• Não enfoque somente as dificuldades da criança.
• Elogie quando o aluno realizar atividades com
sucesso.
• Estimule a memória visual com cartazes de letras e
números na sala de aula.
• Não peça para a criança repetir as palavras que
escreve errado por 20 ou 30 vezes, essa atitude só faz
com que o aluno fique mais desinteressado e sua
autoestima diminua.
• Desenvolva atividades com jogos e brincadeiras e
ajudará toda a sala.
Autismo:
O autismo é uma síndrome comportamental que causa
comprometimentos no relacionamento e interação
com outras pessoas, na linguagem e apresenta
comportamentos restritos e repetitivos.
• Conheça os sintomas do autismo:
Apesar de os sintomas serem particulares em cada
individuo, existem alguns que podem detectar
facilmente a presença de autismo, como por exemplo:
• Geralmente, a criança com autismo apresenta, pelo
menos, 50% dos sintomas abaixo relacionados, e que
podem variar de acordo com a intensidade e a idade:
• Não brinca de faz de conta (como falar ao telefone ou
dar de comer a uma boneca).
• Não brinca corretamente com os brinquedos (com a
devida função do brinquedo).
• Não compreende que lhe dizem.
• Faz movimentos estranhos com as mãos na frente do
rosto.
• Não aponta com o indicador para pedir algo ou
mostrar algum interesse.
• Usa as pessoas como instrumentos (pegando na mão
do adulto e o levando para executar algo).
• É muito sensível a ruídos (alguns chegam a tapar os
ouvidos).
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Dificuldade em interagir com outras pessoas.
Repetição de gestos idênticos.
Resistência a mudar de rotina.
Risos ou choros inapropriados.
Tem algumas fobias, e por outro lado, não teme
as perigos.
Pouco contato visual.
Pequena resposta aos métodos de ensino.
Aparente insensibilidade a dor.
Ecolalia (repetição de palavras ou frases).
Conduta reservada.
Dificuldade em aceitar carinho.
• Age como se não ouvisse.
• Apego inapropriado a objetos.
• Habilidades motoras finas desiguais, e
dificuldade em expressar suas necessidades (usa
sinais para os objetos em vez de palavras).
• Não responde pelo nome.
• Olha para o vazio e anda ao acaso pelos espaços.
• Não olha para o objeto que você aponta.
• Hiper ou hipo atividade física.
• Angustia sem razão aparente.
• OBS.: Todo autista deve ter o Laudo Médico com
o CID 10
Fonte:
• Livro: Dificuldades de Aprendizagem – Detecção e
estratégias de ajuda.
• Mary Lopes E. Frizanco: Pedagoga, Psicopedagoga Clínica
e Institucional, Psicopedagoga da Educação Especial pela
Universidade Metodista e escritora de livros pedagógicos.
• Márcia Honora: Mestre em Educação pela UNICID,
Fonoaudióloga, professora Universitária e Escritora de
livros infantis e pedagógicos.
• Revista de Deficiente Intelectual – Ano I – Nº 1
• Revista: Mundo da Inclusão – Ano 2 /nº 29.
• Deficiência Intelectual: Realidade e Ação (Núcleo de Apoio
Pedagógico Especializado)
Conhecendo seu aluno:
É importante que o professor perceba e
observe o seu aluno: muito quieto, o
agressivo, o que não para no lugar, etc. Estas
atitudes podem ser indícios que algo não vai
bem na sua “vidinha” familiar ou conflito
interno.
Como devo agir nesta situação? Você deve
investigar, crie em sua rotina semanal, um
momento do bate-papo, a hora do diálogo...
E deixe eles “desabafarem” contar um pouco
de sua vida, de seus sonhos, de seus medos...
Para os alunos maiores, pode criar uma caixa
onde eles poderão colocar perguntas ou até
desabafos para serem comentados em sala
ou individual, caso coloca o nome, basta
fazer o combinado com eles.
Depois a atitude a tomar é aplicar Anamnese
(entrevista) com os responsáveis daqueles
alunos que demonstraram problemas mais
sérios familiares ou interno, e encaminhá-los
para um especialista e até conversar com
seus responsáveis sobre o problema que
observou/detectou...
Você não estará somente ajudando um aluno, mas
salvando um adulto. Muitos de vocês devem
estar pensando: “mas não sou mãe, psicóloga,
psicopedagoga, etc.”. Mas no tempo atual não
esperamos por especialista e pela família tomar
alguma atitude, o professor de hoje é mais que
um professor, temos que abrir nossos olhos,
melhorar nossas atitudes, ter compaixão em
uma época que o egoísmo predomina. Estamos
na era da Tecnologia, da Informática, da
informação... Mas nunca houve tantos seres
humanos frustrados, depressivos e infelizes...
Então caro professor, não deixe passar
despercebido o que está em suas mãos. O que
significa para você a somatória de todas as
horas, minutos, anos que passa com estas
crianças?
Deixe de ser mero professor e faça o papel do
mestre educador, você estará plantando
sementes do bem, do amor... Não custa nada,
mas vale vidas!
“Quanto mais aprendo, descubro que nada sei e
que ainda tenho muito por fazer!”
Equipe da Educação Especial
RESOLUÇÃO SE 11, DE 31-01-2008
• Art. 1º - São considerados alunos com Necessidades
Educacionais Especiais:
I – alunos com deficiência física, mental, sensorial e
múltipla, que demandem atendimento educacional
especializado;
II – alunos com altas habilidades, superdotação...
III – alunos com transtornos invasivos de
desenvolvimento;
V – alunos com outras dificuldades ou limitações
acentuadas no processo de desenvolvimento, que
dificultam o acompanhamento das atividades
curriculares e necessitam de recursos pedagógicos
adicionais.
Continuação Resolução SE 11.
Art. 2º - Os alunos com Necessidades Educacionais
Especiais, ingressantes na 1ª série do ensino
fundamental ou que venham transferidos para
qualquer série ou etapa do ensino fundamental e
médio, serão matriculados, preferencialmente, em
classes comuns do ensino regular, excetuando-se os
casos, cuja situação específica, não permita sua
inclusão direta nessas classes.
§ 1º - O encaminhamento dos alunos de que trata o
caput deste artigo para serviços de Apoio Pedagógico
Especializado em Salas de Recursos far-se-á somente
após
Avaliação
Pedagógica
realizada
em
conformidade com o disposto na presente resolução.
Continuação Resolução SE 11.
Art. 10 – na organização dos Serviços de Apoio
Especializado (SAPE) na UE, observar-se-á que:
I – o funcionamento da Sala de Recursos será de 25
aulas semanais, distribuídas de acordo com a
demanda do alunado, com turmas constituídas de 10
a 15 alunos, de modo a atender alunos de 2 ou mais
turnos, quer individualmente, quer em pequenos
grupos na conformidade das necessidades dos alunos.
II – O apoio oferecido aos alunos, em Sala de Recursos,
terá como parâmetro o desenvolvimento de
atividades que não deverão ultrapassar a 2 aulas
diárias.
Continuação Resolução SE 11.
Art. 11 – a organização do SAPE, sob a forma de
Sala de Recursos, somente poderá ocorrer
quando houver:
• Comprovação
de
demanda
avaliada
pedagogicamente, professor habilitado na
respectiva área da necessidade educacional,
espaço físico adequado, recursos e materiais
didáticos específicos, parecer favorável da
CENP.
Mensagem:
“... Quanto mais o professor conhece seu aluno
(interesses, habilidades, necessidades,
história de vida, etc.) e incorpora este
conhecimento no planejamento das
estratégias de ensino a ser adotadas para
ensinar o conteúdo curricular, maiores serão
as chances de promover a participação de
cada aluno na atividade de sala de aula, a
inclusão e o sucesso escolar de todos.”
(Ferreira, 2006, p. 231).
Que Necessidade Especial é essa?
•
•
•
(1) Parece viver em seu próprio mundo,
apresentando dificuldade em manter contato social,
o que pode lhe causar atraso no aprendizado de
maneira geral.
Desenvolve comportamentos repetitivos. É capaz de
passar horas fazendo um mesmo movimento ou
repetindo alguma palavra.
Geralmente não estabelece contato visual e não
segue pessoas e objetos com o olhar.
( ) Déficit de atenção
( ) Dislexia
( )Autismo
( ) Paralisia Cerebral
• (2) Manifesta-se na dificuldade em aprender
Matemática.
• Pode se manifestar em vários níveis e áreas da
aprendizagem: quanto à leitura ou escrita de
números; quanto a sua compreensão; quanto a
compreensão dos símbolos; quanto a conceitos
e regras ou mesmo ao raciocínio abstrato.
( ) Autismo
( ) Discalculia
( ) Dislexia
( ) Disortografia
• (3) O portador apresenta dificuldade em relação a
discriminação fonológica, levando-o algumas vezes a
pronunciar erroneamente as palavras.
• Pode causar uma percepção incorreta dos sons, o que
posteriormente poderá levar a leitura de forma
imprecisa.
• Causar dificuldade especifica de aprendizagem da
linguagem, que se apresenta na leitura, na soletração,
na escrita, na linguagem expressiva ou receptiva e até
na linguagem corporal e social.
( ) Paralisia Cerebral
( ) Autismo
( ) Disortografia
( ) Dislexia
• (4) É facilmente identificado porque apresenta
dificuldades muito evidentes; durante a leitura,
precisa se aproximar muito do livro.
• Possui 20% ou menos do que é considerado
visão normal, porém consegue uma visão útil,
ou seja, uma visão que o capacita para
desempenhar algumas atividades do dia por
meio de auxílios ópticos, não ópticos e
eletrônicos especiais.
( ) Déficit de atenção
( ) Paralisia Cerebral
( ) Visão Subnormal
( ) Cegueira
• (5) Geralmente, diagnosticada somente quando a
criança entra na escola.
• Problema neurológico que dificulta o processo de
aprendizagem.
• Transtorno que pode interferir de maneira negativa
no processo de desenvolvimento da criança.
• Causa desatenção ou agitação na criança em todas as
situações, tanto na escola como em casa e em outros
locais.
( ) Déficit de atenção
( ) Dislexia
( ) Autismo
( ) Disortografia
•
•
•
•
•
•
(6) Dificuldades para andar e se movimentar.
Movimentos involuntários (espasmos musculares).
Dificuldades de comunicação.
Ritmo mais lento nas atividades motoras e cognitivas.
Facilidade de se assustar com barulhos repentinos.
Coordenação motora (fina e grossa) comprometida.
( ) Autismo
( ) Discalculia
( ) Cegueira
( ) Paralisia Cerebral
Obs.: Vale lembrar que 90% das crianças com PC tem o
cognitivo preservado.
• (7) Uma alteração da escrita, que geralmente está
associada a problemas de percepção e motricidade
(principalmente à motricidade fina).
• Dificuldades em compreender o paralelismo entre o
que é falado e o que é escrito.
• Dificuldades com as coordenações visual e motora
para realizar com precisão os traços finos de grafia.
• Dificuldades em perceber que os caracteres precisam
estar inseridos em uma situação espacial e especifica
– letras em relação às palavras, palavras em relação
às orações, e tudo isso em espaço de pauta.
( ) Disgrafia
( ) Discalculia
( ) Paralisia Cerebral
( ) Déficit de atenção
• (8) Não apresenta o mesmo vocabulário e estruturas linguísticas
que as demais crianças da mesma faixa etária.
• Pode parecer distante e não reage a estímulos como barulhos e
sinal da escola ou, ainda, pode demorar em responder perguntas
que lhe são feitas.
• Frequentemente são erroneamente considerados como tendo
algum tipo de deficiência intelectual porque não reage
comunicativamente como outras crianças o fazem.
• Pode, em alguns casos, ser tratado do ponto de vista médico, ou
seja, pode ser trabalhados com o apoio de fonoaudiólogos no
processo de oralização.
( ) Déficit de atenção
( ) Paralisia cerebral
( ) Deficiência auditiva
( ) Dislexia
Obs.: Se comunica através da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
• (9) Dificuldades de aprendizagem relativa ao
desenvolvimento da escrita, podendo ou não
estar associada a uma dificuldade em relação à
leitura.
• Causa, na maioria dos casos, um atraso na
aquisição da linguagem.
• Problemas de percepção visual e auditiva que
resultam em dificuldade para memorizar a grafia
correta das letras.
( ) Déficit de atenção
( ) Disortografia
( ) Autismo
( ) Deficiência Auditiva
• Respostas:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
Autismo.
Discalculia.
Dislexia.
Visão Subnormal.
Déficit de Atenção.
Paralisia Cerebral.
Disgrafia.
Deficiência Auditiva.
Disortografia.
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