Pneumonias Apresentação:Mayara Mascarenhas Guerra Coordenação: Carmen Lívia Universidade Católica de Brasília - UCB INTERNATO PEDIATRIA www.paulomargotto.com.br Brasíia, 14 de agosto de 2015 Definição Síndrome decorrente da inflamação do parênquima pulmonar, geralmente de causa infecciosa (vírus, bactérias, fungos), podendo também ocorrer por aspiração de corpos estranhos, inclusive alimentos e ácido gástrico, por uso de alguns medicamentos ou por exposição à radiação. Epidemiologia • A maioria das crianças menores de 5 anos tem de quatro a seis infecções respiratórias agudas (IRA) por ano, e 2% a 3% delas evoluem para pneumonia. • 80% das mortes por IRA é devido a pneumonia • Uma das 5 principais causas de óbito em países em desenvolvimento • No Brasil: • 2ª causa de óbito em menores 5 anos Fatores de Risco • • • • • • • • • • Desnutrição Baixa idade Co-morbidades que Gravidade da doença Baixo peso ao nascer Permanência em creche. Episódios prévios de sibilos e pneumonia Ausência de aleitamento materno Vacinação incompleta Variáveis sócio-econômicas Etiologia Diagnóstico • Clínica: • Tosse e frequência respiratória elevada • Radiografia • • • • Confirmação Avaliar a extensão do acometimento Identifica complicações Sugere etiologia do processo • Pneumatocele – S. aureus • Pseudotumoral – Klebsiella < 2 meses ≥ 60irpm 2-12meses ≥ 50irpm 1-5anos ≥ 40irpm Diagnóstico Leucograma ◦ Pacientes hospitalizados ◦ Não distingue processos virais e bacterianos Hemocultura ◦ Rotina em hospitalizados (identificar bactéria) Proteína C-reativa Pesquisa de vírus Tratamento Indicação de hospitalização Idade < 2meses Comprometimento respiratório grave Comprometimento do estado geral Doenças de base Complicações Falha no tratamento ambulatorial Tratamento Cuidados gerais: ◦ ◦ ◦ ◦ Alimentação Hidratação Secreções Oxigenoterapia Pneumonia Bacteriana Etiologia • < 2 meses: Streptococcus do grupo B Gran-negativos entéricos • • • > 2 meses: • Stretcoccus pneumoniae • H. influenzae • S. aureus ( mais raro, porém alto potencial de morbimortalidade • • • • Afecções dermatológicas Lactente jovem Imunodeprimido Doença de base grave Aspecto Clínico • • • • Pródomos catarrais Febre alta e tosse Taquipneia Sinais clássicos • • Broncofonia, estertores Sinais de gravidade • • • • Tiragem subcostal BAN Gemência Cianose Exames Complementares Radiografia de tórax ◦ Não deve ser usado como controle de cura Pneumonias lobares Broncopneumonia Complicações Derrame pleural: mais comum ◦ Streptococcus pneumoniae Pneumocele Abscesso ◦ Staphylococcus aureus Tratamento • Tratamento Ambulatorial: • • Amoxicilina VO por 10 dias Penicilina procaína IM por 10 dias Reavaliar em 48 horas!!! Tratamento Tratamento Hospitalar (< 2meses) • • Ampicilina + Aminoglicosídeo IV Tratamento hospitalar (> 2meses) ◦ Penicilina cristalina IV ◦ PNM muito grave: Oxacilina + Ceftriaxona IV Oxacilina + cleranfenicol Falha terapêutica Reavaliação em 4872horas: ◦ Febre ou instabilidade clínica Realizar radiografia . Pneumonia Atípica PNM afebril do lactente 1° trimestre de vida (8-12semana) Clamydia trochomatis parto normal Aspecto Clínico: Conjuntivite (5 à 14 dias de vida) Quadro insidioso Tosse intensa (coqueluchoide) afebril PNM afebril do lactente Hemograma: eosinofilia Radiografia: infiltrado intersticial Diagnóstico diferencial: ◦ Coqueluche ( leucocitose) Tratamento: ◦ Macrolídeos PNM Atípica Mycoplasma pneumoniae Chlamydia pneumonie > 5 anos – escolares e adolescentes Aspecto Clínico: Sinais gerais inespecíficos: ◦ Febre baixa, cefaleia, faringite, otalgia Tosse intensa que piora progressivamente Odinofagia, rouquidão, miringite PNM Atípica Hemólise induzida por crioaglutininas (segunda semana). Doença em geral é leve, hospitalização é infrequente. Achados Radiográficos: ◦ Pneumonia intersticial ou broncopneumonia, com infiltrados unilaterais (75% dos pacientes). ◦ Lobos inferiores são mais acometidos. ◦ Linfadenopatia hilar (33% dos casos). Tratamento: ◦ Macrolídeos Pneumonia Viral PNM Viral Lactentes ( < 2anos) Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 80% Quadro clínico: ◦ ◦ ◦ ◦ Prôdomos catarrais Febre e tosse Taquipneia SIBILOS PNM Viral Diagnóstico: Clínico!! Tratamento: ◦ ◦ ◦ ◦ Oxigenoterapia Nutrição Hidratação Β2-agonista inalatório – teste terapêutico OBRIGADA!!! Referências Bibliográficas Nascimento-Carvalho CM, Souza-Marques HH. Recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria para antibioticoterapia de crianças e adolescentes com pneumonia comunitária. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2002. Marcondes, E. et al; Pediatria Básica Tomo III: Pneumonias Bacterianas. 9ª ed. São Paulo: Sarvier 2004. 749 p. Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria – 2007. Acessado: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S180637132007000700002&script=sci_arttext Manual ilustrado de Pediatria. Tom Lissauer, Graham Clayden. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.