Language, culture and voice in the Teaching of English as a Foreign

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Language, culture and voice
in the Teaching of English as
a Foreign Language
Claire Kramsch
Profa. Dra. Maria Helena Vieira Abrahão
Alunas: Maria Cláudia de J. Machado
Priscila GarmsThimóteo
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Inglês = língua do mundo
globalizado
Conflito:
Valores do mundo globalizado
X
Valores tradicionais da cultura nativa
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Perguntas
• Como eu posso falar e escrever em inglês
e ao mesmo tempo não perder o que me
faz um autêntico falante de húngaro?
• Como os valores do mundo globalizado
podem coexistir com os valores húngaros
mais tradicionais de continuidade
histórica, lealdade cultural e coesão social
local?
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• O que faz com que os indivíduos se
agrupem e ao mesmo tempo existam
como eles mesmos? (Holquist, 1990,
p.57)
• Como saber se sou eu ou o outro que está
falando? (Holquist, 1990, p.57)
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Língua = cultura e voz
Ensinar uma língua como cultura
≠
Ensinar uma língua como cultura e voz
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Construindo objetos culturais de
conhecimento
Professor: mostrar ao aluno como o texto adquire
sentido:
• como texto
• como prática discursiva
• como prática social
Texto utilizado: documento editado por Task Force
of de American Council on the Teaching of
Foreign Languages que visa estabelecer os
padrões
nacionais
para
o
ensino
e
aprendizagem de língua estrangeira nos
Estados Unidos (National Standards in Foreign
6
Language Education Project, 1996).
Documento como texto:
• Estrutura semiótica do texto: tamanho e
tipos de fonte, frases curtas, formas
retangulares.
• Gramática: frases simples, declarativas,
uso do indicativo e verbos modais.
• Vocabulário: simples, repetição.
• Coesão: paralelismos visuais e verbais,
repetições.
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Documento como prática discursiva: diálogo entre a
ACTFL Task Force e o professor de línguas.
• Força ilocutiva: frases declarativas, ausência de
interrogações ou imperativos diretos, não abre espaço
para a argumentação.
• Coerência: reconhecimento dos esforços de uma
organização profissional em mostrar a sua importância
para o público americano.
• Intertextualidade: constituição americana e Bill of Rights,
documentos eletrônicos de companhias e instituições de
sucesso, anúncios, tipo de discurso utilitário que domina
a vida pública americana.
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Documento como prática social: ideologia
subjacente
• Evocar os mitos que envolvem a criação dos
Estados Unidos como nação (igualdade) e seus
símbolos (bússola).
• Palavras e expressões como sucesso,
estratégias eficazes, oportunidade, competitivo,
consciência do eu, comunidade global, mercado
global são metáforas da economia capitalista.
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Uso do mesmo discurso (capitalista) para
veicular mensagens opostas
Documento para o ensino de línguas
X
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Explorando a diversidade, a mudança e o
contraste dentro e entre culturas
nacionais
“Quando os aprendizes de uma língua estrangeira
se apropriam dela, a diversidade do discurso e o
seu propósito aumentam”.
Exemplos de atividades para falantes de inglês
aprendizes de alemão nos EUA e China:
1- Reformulação de uma estória em outro gênero
2- Contraste entre textos escritos e visuais
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1- Reformulação do conto alemão “The civil
servants” (1964) em um diário, cujo narrador é um
dos funcionários públicos.
• Texto autêntico: conformismo, inércia,
condescendência, senso de dever, poder
insignificante exercido pelos burocratas do
século XX na Alemanha, Áustria e Suiça.
• Texto reformulado pelos alunos americanos:
projeção de seu ponto de vista, de sua própria
experiência (trabalho como instrumento para a
subsistência, cansativo e subserviente, ausência
de senso de dever ou orgulho profissional).
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• Texto reformulado por alunos de alemão
como segunda língua: ousadia,
monotonia, mundo pequeno do burocrata.
• Texto reformulado por alunos chineses:
trabalho cansativo mas necessário.
Conclusão: A leitura da cultura do outro é
feita a partir da própria cultura.
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2- Contraste entre o conto alemão “The
lunchbreak” e o quadro “Retrato de uma jovem”.
• Conto: ausência de comentários
• Pintura: reação positiva
“Como a pintura expressa nas cores, formas,
volumes, o que o texto expressa em palavras,
orações, pontuação, parágrafos”?
• Alunos americanos aprendizes de alemão nos
EUA e alunos chineses aprendizes de alemão
na China: diferentes interpretações.
• Não considerar a produção dos aprendizes
deficiente por divergir do padrão cultural da
língua alvo.
“Students texts are author´s texts in their own right”.
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Adquirindo voz
Tarefa do professor de línguas:
• Trabalhar não apenas questões lingüísticas
relacionadas à correção gramatical e ao uso
apropriado da língua, mas também oferecer as
ferramentas necessárias para que o aprendiz
adquira voz na língua que está aprendendo.
• Ajudar o aluno a não ver a língua alvo como
estrangeira, a encontrar maneiras de apropriarse dela, de expressar-se nessa língua, de
produzir o seu discurso, de dar a ela a sua voz,
não se tornando refém de um discurso
dominante.
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Exemplo de tarefa solicitada em uma aula de Culturas
Americanas a estudantes de origem asiático-americana:
escrever uma autobiografia em inglês.
Resultado:
• Tipo de discurso característico das minorias à procura
de suas identidades étnicas e americanas.
• Discurso tipicamente americano: herança cultural,
identidade cultural, alienação, pureza étnica.
• Clara expressão de conflito.
“Eu sou koreano-americano e não americano ou
americano-koreano... .”
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Exceção: aluno vietnamita (identidade
definida)
“O inglês é a língua que flui do meu cérebro
a minha língua e então às páginas dos
livros.”
“O vietnamita não para na minha língua,
mas flui como o suave chá de lotus pela
minha garganta.”
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“walking between water and land”
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