174 UFV / VIII SIMPOS / OUTUBRO DE 2008 / VETERINÁRIA ESTENOSE ESOFÁGICA INTRAMURAL CAUSADA POR ESOFAGITE POR REFLUXO – RELATO DE CASO LAILA DE PAULA BONFÁ (Não Bolsista/UFV), PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA (Orientador/UFV), TATIANA SCHMITZ DUARTE (Colaborador/UFV), FABIANO LUIZ DULCE DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), FÁBIO MEDICI ALVARENGA (Não Bolsista/UFV) Estenose esofágica intramural pode ocorrer após intensa esofagite, decorrente da fibrose associada ao processo cicatricial. As principais causas de esofagite são refluxo gastroesofageano de ácido gástrico e enzimas durante anestesia geral e corpos estranhos. Sinais clínicos de regurgitação, disfagia, apetite voraz e perda de peso, em animais alertas, sugerem obstrução esofágica parcial. Os sinais clínicos ocorrem 5-14 dias após o início de uma lesão. O diagnóstico é possível com radiografias contrastadas e endoscopia que ao mesmo tempo permite o tratamento, por meio de cateterização com velas progressivamente maiores passadas pela estenose resultando em dilatação da mesma, repetido em intervalos de 5-7 dias com o número total determinado pela resposta clínica, ou por dilatação por cateter com balão que é o método preferido devido a sua menor probabilidade de perfuração e devem ser realizados geralmente 2-5 vezes em intervalos de 5-7 dias. O tratamento cirúrgico poderá ser indicado se a estenose for demasiadamente pequena para passar um dilatador ou caso se consiga uma dilatação inadequada após muitas tentativas. Recomendam-se a administração de prednisolona por 10-14 dias para evitar cicatrização adicional, antibióticoterapia, nutrição adequada, metoclopramida, ranitidina, sucralfato e omeprazol. Descreve-se o caso de dois cães, macho e fêmea, Setter Irlandês e Poodle, com 14 e 2 anos de idade, respectivamente, atendidos no Hospital Veterinário da UFV com queixa de regurgitação e histórico de anestesia recente. A endoscopia foi utilizada para o diagnóstico e tratamento das estenoses, através da dilatação das mesmas com velas e cateter com balão. Recomendou-se enrofloxacino, meloxicam, sucralfato, metoclopramida, prednisona e omeprazol para ambos os animais. O Poodle apresentou melhora clínica após única seção de dilatação enquanto o outro paciente não teve melhora mesmo após várias seções indo a óbito. Portanto estenoses esofágicas podem ser tratadas com êxito, porém fatores como infecção e alterações sistêmicas podem impedir resultados satisfatórios.