183 UFV / VIII SIMPOS / OUTUBRO DE 2008 / VETERINÁRIA LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA: RELATO DE CASO EROTIDES CAPISTRANO DA SILVA (Bolsista CAPES/UFV), ANDREA PACHECO BATISTA BORGES (Orientador/UFV), AÉCIO CARLOS DE OLIVEIRA (Não Bolsista/UFV), Camilla Azevedo Netto Goretti (Voluntário/), RENATO BARROS ELEOTÉRIO (Bolsista PIBIC/CNPq/UFV) Um animal da espécie canina sem raça definida, com cinco anos, macho, pesando 23,4 kg foi levado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa com queixa de apatia, hiporexia havia 40 dias, ataxia de membros posteriores e aumento de volume abdominal. Ao exame físico e exame ultrassonográfico foi observado esplenomegalia e hepatomegalia, com contornos irregulares destes órgãos. O animal estava sendo tratado em outra clínica, com doxiciclina para erlichiose por um período de 30 dias. O hemograma demonstrou anemia severa (Hematócrito= 13%) com ausência de eritroblastos e policromatofilia discreta, trombocitopenia (9.000/mm3), aumento expressivo de leucócitos (140.700/mm³) e a presença de blastos na contagem diferencial, o que levou a suspeitar de doença leucêmica, mais especificamente a leucemia linfoblástica aguda, que é uma doença neoplásica de curso clínico rápido, progressivo e pouco responsivo à terapia. Ela é caracterizada pela proliferação de linfoblastos morfologicamente imaturos na medula óssea e/ou na circulação periférica. Animais com idade próxima aos cinco anos são os mais acometidos, não havendo predileção entre os sexos. A literatura cita que quando se observa um aumento de 30% ou mais de linfoblastos dentro da medula óssea, com proliferação linfoblástica acentuada na circulação periférica, anemia, trombocitopenia com petéquias e esplenomegalia é patognomônico da leucemia linfoblástica aguda. Foi realizado então um mielograma, onde os achados celulares confirmaram o diagnóstico. O quadro clínico evoluiu rapidamente e o paciente veio a óbito três dias depois do diagnóstico. O tratamento proposto para esta enfermidade se baseia na combinação dos quimioterápicos Vincristina, Prednisona e Ciclofosfamida, que algumas vezes pode aumentar a sobrevida dos pacientes doentes. Porém, protocolo de tratamento estabelecido para este caso não se iniciou, uma vez que não houve tempo hábil tendo em vista o óbito do animal.