A Escolástica Quando se fala em escolástica, designa-se a filosofia cristã da Idade Média. Seu problema fundamental é possibilitar ao homem a compreensão intelectual da verdade revelada. Scholasticus, inicialmente, era o professor medieval das artes liberais: Trivium = gramática, lógica ou dialética e retórica Quadrivium = geometria, aritmética, astronomia e música Depois, scholasticus é também o professor de filosofia e de teologia, com o título oficial de magister. Leciona na escola do claustro ou da catedral e, enfim, na Universidade. Cumpre ressaltar que todo o tempo da escolástica está ligado, na sua índole e na sua metodologia, à atividade docente dos mestres medievais. Esse exercício didático desenvolve-se dentro de um padrão fixo: A lectio, isto é, o comentário de um texto e depois a disputatio, ou seja, a análise de um problema, com a discussão de todos os argumentos possíveis, a favor ou contra aquela tese. O tempo da escolástica pode ser assim distribuído: 1. alta escolástica, séculos XI-XII, com a fé e a razão em perfeita harmonia; 2. o pleno florescimento, séculos XIII-XIV, quando a relação entre razão e fé se torna mais complexa e dinâmica; 3. o momento de decadência, do século XIV até o Renascimento, com acentuada disputa entre razão e fé, quando a razão filosófica inicia uma crítica aberta às verdades de fé, suprimindo a própria razão de ser da escolástica. Esse debate assinala a entrada no mundo moderno e nos seus problemas.