O Português: uma língua capital exilada num lugarejo insignificante Por Belmira Perpétua Jornalista Tópicos Origem da Língua Portuguesa (elementos históricos) Importância do Português (presença no mundo em termos de locutores, da sua utilização na cena política internacional e na realidade lusófona) Português, língua internacional? (sim, pelas razões invocadas nos dois pontos anteriores) Situação real do Português no mundo, principalmente em Montreal (língua que não tem o lugar que lhe é devido) A Língua Portuguesa: uma questão de Estado? (defesa da Língua Portuguesa, iniciativas governamentais para promovê-la, protegê-la e difundi-la) Resumo A Língua Portuguesa que já foi língua franca é hoje uma língua internacional, falada por mais de 200 milhões de locutores espalhados pelos quatro cantos do planeta. O Português, a terceira língua mais falada no mundo ocidental e a sexta mais falada mundialmente, é língua oficial de oito países e língua de trabalho em dez Organizações Internacionais. Apesar destes dados relevantes a língua do Prémio Nobel de 1998, José Saramago, é relegada para uma posição insignificante na cena internacional, muito por culpa dos governos dos países lusófonos que integram a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa), de Portugal e,genericamente, dos próprios lusófonos. Quer-nos parecer que, se o Português não tem o lugar que lhe é devido nas paisagens linguística e literária mundiais, isso se deve ao abandono e ou ao desleixo a que tem sido votada por professores, políticos, linguistas, etc que defendem, a propósito da inevitabilidade de ser suplantada pelo Inglês, não haver nada a fazer, para a defender e promover. Com falantes que lhe incorporam estrangeirismos, com representantes governamentais e outras pessoas com autoridade e responsabilidade que não a defendem nem promovem, permitem que vários actores da cena internacional a pisem na maior das impunidades. Que há-de ser da Língua Portuguesa no século XXI com tão tristes (ir)responsáveis?