MOnitoramento Microbiológico em Animais de Laboratório

Propaganda
Estudo da prevalência de infecções bacterianas
em animais de laboratório em um período de
5 anos (2005-2009)
Clarice Yukari Minagawa, Silvio Rogério Cardozo dos Santos, Josélia Cristina de Oliveira Moreira, Daniele Masselli Rodrigues Demolin,
Lenira Aparecida Guaraldo de Andrade, Delma Pegolo Alves, Rovilson Gilioli / E-mail: [email protected]
Centro Multidisciplinar para a Investigação Biológica na Área da Ciências de Animais de Laboratório. Universidade Estadual de Campinas, SP, Brasil.
RESUMO
RESULTADOS
Alguns microorganismos podem interferir em resultados experimentais
levando a má interpretação dos dados obtidos. Foram cultivadas fezes
do ceco, swabs de traquéia e conjuntiva ocular em meios diferenciais e
e as colônias identificadas por testes bioquímicos. Foram necropsiados
729 camundongos e 431 ratos de diferentes linhagens, submetidos a
exames sorológicos e parasitológicos. Identificaram-se 17 espécies
bacterianas, sendo as mais freqüentes E. coli, Staphylococcus sp, P.
aeruginosa e P. mirabilis . O teste ANOVA indicou uma maior freqüência
de S. aureus, E. coli em ratos e Staphylococcus sp, Klebsiella
pneumoniae em camundongos. Estes patógenos podem ser
considerados de baixa patogenicidade para animais imunocompetentes,
embora alguns possam ser fatais em animais imunodeficientes.
MATERIAL E MÉTODO
Para a pesquisa de enterobacterias, fezes de ratos e camundongos
foram coletadas e cultivadas nos meios ágar MacConkey, ágar
Cetrimida e ágar NI. Swabs de traquéia e olho foram cultivados em ágar
sangue de cavalo 5% para a detecção de Pasteurella sp e outras
bactérias patogênicas do trato superior. As placas foram incubadas em
condições aerobias a 37oC por 24 a 48 horas e as colônias isoladas e
identificadas por testes bioquímicos.
1
3
1 – S. aureus em ágar,NI 2 - E. coli em ágar MacConkey ,
3 - Pasteurella pneumotropica em agar sangue de cavalo 5%,
4 – Pseudomonas aeruginosa em ágar Cetrimida.
90,0%
80,0%
70,0%
60,0%
Percentage
INTRODUCÃO
Alguns agentes podem causar infecções clínicas e subclínicas em
animais imunocompetentes, clínicas ou fatais em animais
imunodeficiêntes e alguns podem ser de caráter zoonótico. Por isso é
necessário adaptar um programa de vigilância de saúde animal para
validar a qualidade, a eficiência de barreiras de proteção,
procedimentos de histerectomia, promover o bem estar assim como
realizar uma experimentação confiável e reprodutível.
Gráfico 1: Porcentagem de bactérias encontradas em
ratos e camundongos
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Escherichia coli
Staphylococcus sp
Pseudomonas
aeruginosa
Proteus mirabilis
Streptococcus sp
Staphylococcus
aureus
Klebsiella
pneumoniae
Klebsiella sp
Others bacterias
Bacteria
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
A maioria das bactérias encontradas foram consideradas de baixa
potogenicidade ou oportunista para animais imunocompetentes.
No entanto, alguns patógenos podem ser fatais para animais
imunodeficientes ou geneticamente modificados. Embora neste
período tenha havido melhoria na infra-estrutura das instalações
de barreiras sanitárias e aquisição de equipamentos de segurança,
a pequena variação na frequência destes agentes propõe que
pode haver falhas no manejo e /ou nos sistemas de barreiras
sanitárias. Deste modo, torna-se muito importante um programa de
monitoramento da saúde de animais de laboratório.
2
4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Baker, D.G. Natural pathogens of laboratory mice, rats and rabbits
and their effects on research. Clinical Microbiol. Rev., v.11, p.231266,1998.
2. Zenner, L. Regnault J.P.
A retrospective study of the
microbiological and parasitological status of laboratory rodentes in
France. Journal Experimental Animal Science 40: 211-222,
1999/2000.
3.Statistical Analysis System SAS user’s guide: statistics. Versão
8.02. Cary SAS 2001.
Download