Produção de microrganismos entomopatogênicos: situação atual • Controle microbiano – Inseticidas organoclorados – Manejo Integrado de Pragas • Fungos, vírus, bactérias, nematóides – Bioinseticidas: disponibilidade em grande quantidade (potencial de inóculo) – Hoje: baixa qualidade/quantidade insuficiente • Produção: fase importante do desenvolvimento – Investimento: microbiano = “marketing empresarial” – Patentes, mercado, custos de desenvolvimento • Baixo investimento, baixa qualidade – Pureza, viabilidade, eficácia – Fungos, vírus – artesanais – Bactérias (Bacillus) – OK – Nematóides? 2 mercados, processos diferentes Formulação: ponto-chave na produção de entomopatógenos • Formular – Adicionar compostos – Aumentar desempenho – Facilitar manuseio e aplicação – Possibilitar o armazenamento (baixo custo e alta qualidade) • Objetivos – Liberar o i.a. na forma adequada (com fácil aplicação, alta eficiência e baixo custo) • Patógenos = organismos vivos – Preservação das estruturas – Segurança – Registro • Produção x formulação (adequação) – Tipo de propágulo – Meio de cultura – Minimizar manipulação – Estratégia de uso Níveis de produção de inseticidas microbianos • Laboratorial/experimental – Pequenas quantidades – Experimentação/pequena escala – Meios de cultura, placas, frascos (depende do propágulo a ser produzido) • Artesanal/semi-industrial – Quantidades intermediárias – Experimentos maiores/comercialização – Muita mão-de-obra/alguma automação (maquinaria adaptada) – Meios “alternativos” e de fácil aquisição • Industrial – Grandes quantidades – Meios específicos – grande nível de automação • Microrganismo – Facultativo: “in vitro” – produção industrial – Obrigatório: “in vivo” – escala artesanal (criação do hospedeiro) Controle de qualidade de produtos microbianos: necessidade x realidade • Produção: diferentes níveis – Controle de qualidade: imprescindível – Produtos microbianos • Credibilidade do produto • Idoneidade do empresário • Direito do consumidor • Qualidade: normas (produção, formulação, embalagem, distribuição, armazenamento) • Empresas (laboratórios, equipamentos, pessoal) – saída: convênios (instituições de pesquisa, universidades) • Registro/fiscalização: necessário certificados de análise (em laboratórios credenciados) – Teor de i.a. , contaminantes, estabilidade (calda, aplicação, armazenamento), análise de risco (homem), impacto ambiental (organismos nãoalvo) • Brasil: Portaria Normativa do Poder Executivo no 131/1997 Parâmetros para avaliação da qualidade de entomopatógenos • Seleção de variedades, raças ou isolados – Taxa de potência, produtividade, resistência a fatores climáticos, caracterização, viabilidade, impacto sobre organismos não-alvo • Comportamento no processo de produção – Crescimento/multiplicação, adequação ao processo, custo de produção, rendimento (alta virulência com baixo custo), produtividade final • Inóculo – Colônias/populações sadias, avaliações preliminares e periódicas (contaminações), avaliação em lotes-teste • Avaliação dos parâmetros de produção – Temperatura, qualidade do ar e água, sistemas de refrigeração/aquecimento – Monitoramento constante • Produto final (no decorrer do armazenamento) – Viabilidade – Potência Padronização = controle de qualidade • Rótulo – Quantidade do i.a. (indicador de potência) • Produtos microbianos – Quantidade – Poder inseticida • Virulência • Viabilidade • Fabricante • Manter potência constante (controle de qualidade do produto) • Dificuldade de comparação • Diferentes países, processos de produção/formulação, variedades, etc. • Desenvolvimento de técnicas-padrão (protocolos) – Métodos rápidos (quantificação, viabilidade) – Bioensaios (insetos-teste, comparação com padrões) Exemplos de metodologias para o controle de qualidade de produtos microbianos • Fungos – Número de conídios/esporos viáveis – insuficiente – Potência biológica: bioensaios – Problemas: inoculação via tegumento, processos de produção/formulação não homogêneos – Sem protocolo específico/tentativas de padronização • Alves & Pereira (1998) – Cuidados com o isolado mantido na produção – Sanidade – Concentração de conídios no produto final (quantificação) – Viabilidade dos conídios – Pureza – Agressividade/virulência (bioensaios) • Potência = (TL50 do padrão/TL50 do fungo em teste) x 1000 • Bactérias – Antes de 1966: esoros viáveis/unidade de peso (1 esporo = 1 colônia) – Taxa de potência com base em DL50 – Padrões específicos • B. thuringiensis E-61: 1000 UI/mg • HD-1S-1971: 18000 UI/mg • Bt israelensis: IPS-82 – 15000 UI/mg • B. sphaericus: SPH-88 – 1700 UI/mg – Potência do produto (UI/mg) = (DL50 do padrão/DL50 do produto) x potência do padrão – Dulmage et al. (1971) • Criação de instetos-teste • Preparo e diluição das amostras • Inoculação • Incubação e avaliação • Cálculo dos resultados: estimativa da DL50 • Vírus – Poucas indústiras – pequena evolução das técnicas – Quantificação de partículas virais e bioensaios • EL (equivalente larval) ou UV (unidade viral) – 1 EL = 6 x 109 CIP – 1 UV = 1 x 109 CIP – Portatno, 1 EL = 6 UV • Bioensaios/taxa de potência • Padrão = 100 UI/mg (comparações regionais) • Sosa-Gómez & Moscardi (1996) – Quantificação biológica (contaminações) – Contagem de CIP – Bioensaios – Identificação bioquímica e caracterização molecular • Nematóides? – Viabilidade (mortalidade/sobrevivência de JIs) – Infectividade (bioensaios com Galleria mellonella) – Quantificação da produção (diária/total)