Diapositivo 1

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Alterações climáticas e o
Protocolo de Quioto
Análise ao sistema electroprodutor português
Realizado por:
João Lagarto
Jorge Borges
Economics of Natural Resources and the Environment
Miguel Covas
Lisboa 8 Janeiro 2008
AGENDA
Alterações Climáticas
Protocolo de Quioto
CO2 - Uma Externalidade !
Análise ao sistema electroprodutor português
Período I 2005 a 2007
Período II 2008 a 2012
Conclusões
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Economics of Natural Resources and the Environment
2
Alterações Climáticas
Fenómenos climáticos
O clima terrestre é naturalmente variável e tem sofrido enormes alterações desde que o
planeta foi criado. Nos últimos dois milhões de anos, o clima tem alternado entre idades de
gelo, calor e períodos interglaciares.
O que é constante é a sua contínua alteração
Fenómenos Climáticos mais observados:
•
Aquecimento global;
•
Aumento na frequência de dias com temperaturas extremamente elevadas;
•
Decréscimo no número de dias com temperaturas extremamente frias;
•
Aumento do nível global dos oceanos;
•
Redução da espessura das camadas de gelo sobre a água;
•
Aumento da precipitação no hemisfério norte.
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3
Alterações Climáticas
Fenómenos climáticos
Variações na temperatura da superfície terrestre
Subida no nível dos oceanos
Fonte: IPCC, “Climate Change 2001: The Scientific Basis”
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Economics of Natural Resources and the Environment
4
Alterações Climáticas
Fenómenos climáticos
Existem diversos factores que induzem variações no clima:
•
•
•
•
Variações na órbita terrestre;
Alterações na actividade da superfície do sol;
Erupções vulcânicas,
Flutuações na concentração atmosférica de gases com efeito de estufa e aerossóis.
As causas naturais por si
só,
no
entanto,
não
permitem
explicar
o
aumento de temperatura
e as alterações climáticas
que acompanham este
fenómeno,
observadas
durante o século XX.
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Economics of Natural Resources and the Environment
Agravamento do Efeito de
Estufa devido ás emissões
antropogénicas de Gases de
Efeito de Estufa.
5
Alterações Climáticas
Efeito de Estufa
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6
Alterações Climáticas
Efeito de Estufa
• Vapor de Água (H2O)
• Dióxido de Carbono (CO2)
• Metano (CH4)
• Óxido Nitroso (N2O)
• Ozono (O3)
• Hidrofluorocarbonos (HFC’s)
• Perfluorocarbonos (PFC’s)
• Hexafluoreto de Enxofre (SF6)
Gases de Efeito de Estufa
(GEE)
Dióxido de
Carbono (CO2)
76%
Distribuição Gases Efeito Estufa
na Atmosfera
Fluorocarbonos
(HFC's, PFC's,
SF6, etc)
5%
Óxido Nitroso
(N20)
6%
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Economics of Natural Resources and the Environment
Metano (CH4)
13%
7
Protocolo de Quioto
Pressupostos
Identifica os GEE:
•
•
•
•
•
•
Dióxido de carbono (CO2);
Metano (CH4);
Óxido Nitroso (N2O);
Hidrofluorocarbonetos (HFC);
Perfluorocarbonetos (PFC);
Hexafluoreto de enxofre (SF6).
Estabelece metas prazos para reduções nas emissões de GEE:
• Redução de 5% das emissões em 1990 para período 2008-2012
• Europa – Compromisso de redução de 8%
Incentiva a cooperação internacional mas sublinha a importância das medidas
domésticas para reduzir emissões
Cria mecanismos específicos, capazes de possibilitar as reduções de
emissões onde forem menos gravosas economicamente:
• IC - Implementação conjunta
• MDL - Mecanismos de Desenvolvimento Limpo
• CE - Comércio de emissões
Fonte: Protocolo de Quioto
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8
Protocolo de Quioto
Metas de redução UE - 25
Alemanha
-21.0%
-13.0%
Áustria
-7.5%
Bélgica
0.0%
Chipre
Dinamarca
GEE
1990
2008
-5%
a
2012
-21.0%
Eslováquia
-8.0%
Eslovénia
-8.0%
Espanha
15.0%
-8.0%
Estónia
Finlândia
0.0%
França
0.0%
25.0%
Grécia
Holanda
-6.0%
Hungria
-6.0%
Irlanda
13.0%
-6.5%
Itália
GEE
1990
-8%
2008
a
2012
Letónia
-8.0%
Lituânia
-8.0%
Luxemburgo -28.0%
0.0%
Malta
-6.0%
Polónia
Portugal
Reino Unido
República Checa
Suécia
27.0%
-12.5%
-8.0%
4.0%
Fonte: Decisão de Concelho 2002/358/EC
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9
CO2 - Uma Externalidade !
Teoria económica
- Conceito “Efeito Externo”
- Representação da Falência do Mercado
Economia
Neoclássica
- Descrição dos fenómenos nocividade e poluição
com a sua definição do económico
- Fornece instrumentos de correcção de forma a
reconduzir a economia para o estado “optimum”
Pigou – o pai da teoria da Externalidade
Externalidade
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A pessoa X ao mesmo tempo que fornece a outra
pessoa Y um determinado serviço, pelo qual recebe um
pagamento, ocasiona ao mesmo tempo vantagens ou
inconvenientes de uma natureza tal que não possa ser
imposto um pagamento àqueles que beneficiam ou
uma compensação antecipada daqueles que sofrem.
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10
CO2 - Uma Externalidade !
Teoria económica
INSTRUMENTOS
Instrumentos de Políticas Ambientais
Não Económicos
Económicos
São de ordem Administrativa ou
Júridica, tais como interdições,
autorizações, normas,
regulamentação.
Incidem directamente sobre a
actividade económica, a qual tenta
modificar favoravelmente o ambiente
através de Taxas, Subvenções,
Mercados de Direitos ou Permissões,
etc.
Mercados de Direito de Poluir
•
Instrumento Económico de Internalização da Externalidade
•
Assenta em direitos de propriedade exclusivos e transferiveis » Trocáveis num Mercado
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11
CO2 - Uma Externalidade !
Teoria económica
Mercados de Direito de Poluir
O estado/organismo que tutela o mercado define a quantidade de poluição
FUNCIONAMENTO
Coloca á venda no mercado de títulos os direitos de emissão de poluição
Cada detentor de títulos/certificados terá o direito de poluir uma quantidade
correspondente ao montante detido. Tudo o resto deverá despoluir.
Princípio “não há poluição sem título”.
Mercado de poluição, em que os títulos representam quantidades de
poluição
Os títulos são trocados a uma cotação resultante da oferta e da procura
(depende essencialmente da procura, quantidade oferecida fixada).
Conforme as condições de despoluição dos industriais poluidores, estes
comprarão ou não no mercado títulos suplementares
Cotação do titulo no mercado fixar-se-á ao nível do custo marginal de
redução da poluição (da despoluição) para o conjunto de poluidores.
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12
CO2 - Uma Externalidade !
Teoria económica
Mercados de Direito de Poluir
Custos
Custo Marginal
Despoluição
Custo Marginal
Despoluição
Custo Marginal
Despoluição
Preço
Título
Q1
Q0
Empresa A
Custos Marginais
Despoluição
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Q1
Q0
Empresa B
Q1
Q0
Poluição
Empresa C
Funções Decrescentes (custos de
redução de poluição)
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13
CO2 - Uma Externalidade !
Teoria económica
Custos
A
Quantidade Poluição Total
Aceitável
Custo Marginal
Despoluição Para o
Conjunto de Poluidores
Preço
Título
0
Q1
Poluição
Recta AQ1 » Oferta Constante e Inelástica de Poluição
A externalidade é internalizada pois a poluição tem um preço »»
Materializada pela Cotação do Certificado
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14
Análise ao sistema electroprodutor português
Período I
Período I
2005 a 2007
Objectivos:
Estimar as emissões de CO2 do sector eléctrico e a sua evolução no período de 2005 – 2007
para um cenário de não investimento em nova capacidade instalada a partir de 2004 (ano
base) e comparar com as emissões observadas no primeiro período do Protocolo de Quioto.
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15
Cenário 1 – Sem investimento 2005 - 2007
Pressupostos
1. Consumo
Produção por tecnologia no período de análise
2. Produção Hídrica
Como a produção de electricidade por centrais hídricas não causa emissões de CO2 e está
fortemente dependente das condições atmosféricas, foi retirada ao consumo em cada ano do
período de análise.
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Economics of Natural Resources and the Environment
16
Cenário 1 – Sem investimento 2005 - 2007
Pressupostos
3. Produção em regime especial
PRE anual para o período de análise (2005 a 2007) é constante e igual ao valor do ano base
2004.
4. Percentagens base de produção
De forma a simular um cenário sem investimento em nova capacidade instalada a partir de
2004, foram calculadas as percentagens de produção por tecnologia que satisfazem o
consumo sem hídrica e PRE de 2004.
Saldo
Importador
20,1%
Emissão térmica
(Gás)
30,4%
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Emissão térmica
(Carvão)
43,3%
Emissão térmica
(Fuel+Gasóleo)
6,2%
17
Cenário 1 – Sem investimento 2005 - 2007
Pressupostos
5. Produção simulada
•
•
A produção sem hídrica e PRE para os anos de 2005 a 2007 foi calculada através das
percentagens base de produção.
Caso na distribuição da produção pelas centrais térmicas, a produção ultrapasse o seu
valor máximo produzível afectado de um coeficiente de disponibilidade de 95%, o
excedente foi transferido para a tecnologia seguinte tendo em conta a ordem de mérito
económica.
Produção de centrais a carvão
ultrapassa valor máximo
Forçar produção de centrais a
carvão ao seu valor máximo
Excedente
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18
Cenário 1 – Sem investimento 2005 - 2007
Pressupostos
6. Emissões Específicas
As emissões específicas de CO2 por tecnologia consideradas foram as seguintes:
Tecnologia
Emissão específica
[g CO2/kWh]
Carvão
Fuel+Gasóleo
Gás Natural
900
750
370
Fonte: EDP
•
Para as emissões do fuel + gasóleo, considerou-se apenas a emissão
específica do fuel.
•
As emissões de CO2 da cogeração não foram consideradas.
7. Licenças atribuídas
No PNALE I (Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão) está definido o valor anual
das licenças de CO2 atribuídas às centrais termoeléctricas portuguesas para o primeiro
período de Quioto
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Economics of Natural Resources and the Environment
19
Cenário 1 – Sem investimento 2005 - 2007
Resultados
Emissões de CO2
[kt]
•
A diferença das emissões entre o
cenário simulado e as emissões reais
é crescente ao longo do período de
análise, devido principalmente às
emissões das centrais a carvão e fuel.
Total de emissões de CO2 do sector eléctrico
22000
20000
18000
16000
14000
12000
As emissões reais são inferiores às
licenças atribuídas ao sector eléctrico,
assim como as emissões simuladas.
Esta excessiva atribuição de licenças
causou um afundamento do preço de
CO2 no final do 1º período de Quioto.
Preço CO2 Período I
(2005 a 2007)
2005
2006
Emissões simuladas
2007
Emissões reais
Licenças atribuidas
Comparação das emissão de CO2 por tecnologia no 1º período
14000
12000
10000
GWh.
•
8000
6000
4000
2000
Carvão
Fuel
2007
2006
2005
2007
2006
2005
2007
2006
2005
2007
2006
2005
2007
2006
2005
2007
2006
2005
0
CCGT
Legenda:
Cores claras – emissões reais
Cores escuras – emissões simuladas
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20
Análise ao sistema electroprodutor português
Período II
Período II
2008 a 2012
Objectivos:
Estimar as emissões de CO2 do sector eléctrico e a sua evolução no período de 2008 – 2012
para quatro cenários:
1. Sem investimento em nova capacidade instalada
2. Com investimento apenas em Produção em Regime Especial (PRE)
3. Com investimento apenas em centrais de ciclo combinado a gás natural (CCGT)
4. Com investimento em Produção em Regime Especial (PRE) e centrais de ciclo
combinado a gás natural (CCGT)
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21
Cenário 1 – Sem investimento 2008 - 2012
Pressupostos
1. Consumo
Evolução linear do consumo baseado em dados históricos desde 1999.
Consumo de 2007 é a soma do consumo de Janeiro a Novembro de 2007 com consumo de
Dezembro de 2006
[GWh]
Evolução do consumo 1999 - 2006
60000
45000
30000
15000
0
1998
1999
2000
2001
2002
Consumo (GWh)
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Linear (Consumo (GWh))
2. Produção Hídrica
Cenarização da hídrica baseada em dados históricos desde 1999.
Cenário húmido – 14000 GWh
Cenário médio – 10500 GWh
Cenário seco – 7000 GWh
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22
Cenário 1 – Sem investimento 2008 - 2012
Pressupostos
3. Produção em Regime Especial
PRE anual para o período 2008-2012 é constante e igual à de 2007.
4. Percentagens base de produção
A produção a partir de centrais térmicas (carvão, fuel+gasóleo e gás natural) e a energia
elécrica das importações são calculadas com base nas percentagens de 2007 (ano base) da
satisfação do remanescente do consumo que não é satisfeito pela energia hídrica e pela
energia de Produção em Regime Especial (PRE).
Importações
22,7%
5. Licenças atribuídas
Gás Natural
34,7%
Carvão
39,5%
Fuel+Gasóleo
3,1%
As licenças de emissão de CO2 para Portugal para o 2º período de Quioto ainda não estão
definitivamente atribuídas. No entanto o PNALE II proposto reduziu em 33% as licenças
atribuídas ao sector eléctrico face ao PNALE I.
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23
Cenário 1 – Sem investimento 2008 - 2012
Resultados
1. Emissões de CO2
• As emissões de CO2 são sempre superiores de anos secos para anos médios e destes para
anos húmidos. Isto deve-se à maior utilização de centrais térmicas para produção de
energia eléctrica quando as condições de hidraulicidade são menos favoráveis.
• Neste cenário as emissões de CO2 são crescentes ao longo do período, distanciando-se das
licenças anuais atribuidas.
[kt]
Total de emissões de CO2 do sector eléctrico
22000
20000
18000
16000
14000
12000
10000
2008
Ano húmido
MIT Portugal
2009
Ano médio
Economics of Natural Resources and the Environment
2010
Ano seco
2011
2012
Licenças atribuídas
24
Cenário 1 – Sem investimento 2008 - 2012
Resultados
2. Evolução das emissões de CO2
• Em termos de variação percentual de emissões de CO2 em relação ao ano base (2007),
verifica-se um maior crescimento em cenários de menor produção hídrica.
• No cenário húmido em 2008, existe uma diminuição das emissões devido à maior
produção hídrica do que em 2007.
• No cenário médio a evolução das emissões deixa de ser tão acentuada a partir de 2011
porque, de acordo com a metodologia de estimação da produção térmica, o carvão atinge
o máximo de produção havendo a necessidade de transferir alguma da sua produção para
o gás natural que é uma tecnologia menos poluente.
• O mesmo se passa no cenário seco logo a partir de 2009.
Variação percentual de emissões de CO2 relativa ao ano base
50%
40%
30%
20%
10%
0%
-10%
2008
2009
Ano húmido
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
2010
Ano médio
2011
2012
Ano seco
25
Cenário 2 – Investimento apenas em PRE 2008 - 2012
Pressupostos
1. Potência instalada em PRE
Para a potência instalada em PRE, consideraram-se as metas estabelecidas pelo governo
Assumiu-se que entre 2007 e 2010 e entre 2010 e 2012 uma evolução linear da potência
instalada para as diferentes tecnologias PRE.
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Economics of Natural Resources and the Environment
26
Cenário 2 – Investimento apenas em PRE 2008 - 2012
Pressupostos
2. Produção da PRE
A produção eléctrica a partir de PRE é estimada através de uma regressão linear da potência
instalada em PRE, tendo em conta valores históricos desde 2003.
12000
y = 3,1106x - 928,07
R2 = 0,9907
Produção PRE [GWh]
10000
8000
6000
4000
2000
0
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
Potência Instalada PRE [MW]
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Economics of Natural Resources and the Environment
27
Cenário 2 – Investimento apenas em PRE 2008 - 2012
Resultados
Evolução das emissões de CO2
• Em todos os cenários existe uma diminuição das emissões de CO2 entre 2008 e 2010. Esta
diminuição deve-se ao forte incremento de potência instalada em PRE, sobretudo na eólica,
o que implica também um forte incremento na produção de energia eléctrica a partir de
PRE.
• A partir de 2010 assiste-se a um ligeiro incremento de emissões de CO2, porque embora
haja um aumento de potência instalada em PRE e consequente aumento de produção, esta
não é suficiente para satisfazer o aumento do consumo
• No cenário hídrico seco e nos dois primeiros anos do cenário hídrico médio não se cumpre
as metas estabelecidas para as emissões.
[kt]
Total de emissões de CO2 do sector eléctrico
Variação percentual de emissões de CO2 relativa ao ano base
17000
16000
15000
14000
13000
15%
10%
5%
0%
-5%
-10%
-15%
-20%
-25%
-30%
12000
11000
10000
2008
2009
Ano húmido
Ano médio
MIT Portugal
2010
Ano seco
2011
2012
2008
2009
Ano húmido
2010
Ano médio
2011
2012
Ano seco
Licenças atribuídas
Economics of Natural Resources and the Environment
28
Cenário 3 – Investimento apenas em CCGT 2008 - 2012
Pressupostos
1. Potência instalada em centrais CCGT
De acordo com metas estabelecidas pelo governo, ou seja, quatro novas centrais até 2010,
cada com dois grupos de 400 MW de potência. Duas destas centrais entram em 2009 e
outras duas em 2010
2. Produção de centrais CCGT
Cenarização da produção das centrais CCGT em número de horas de utilização anual da
potência instalada para os cenários húmido, médio e seco, considerando valores históricos
desde 1999.
Cenário húmido – 4000 horas
Cenário médio – 5000 horas
Cenário seco – 6000 horas
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
29
Cenário 3 – Investimento apenas em CCGT 2008 - 2012
Pressupostos
3. Percentagens base de produção
A produção de energia eléctrica a partir de fuel+gasóleo, carvão e importações,
calculada com base em percentagens de 2007, da satisfação do remanescente do
consumo depois de subtraída a produção hídrica, PRE e centrais CCGT.
Importações
34,8%
Fuel+Gasóleo
4,7%
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Economics of Natural Resources and the Environment
Carvão
60,5%
30
Cenário 3 – Investimento apenas em CCGT 2008 - 2012
Resultados
Evolução das emissões de CO2
• Em todos os cenários existe uma diminuição das emissões entre 2008 e 2010, período em
que se observa a entrada de novas centrais CCGT. Esta diminuição deve-se ao facto da
produção deste tipo de centrais substituir a produção de centrais a carvão e fuel+gasóleo
que têm emissões específicas de CO2 superiores.
• A partir de 2010, uma vez que não entram mais centrais CCGT, as emissões de CO2
aumentam, acompanhando o aumento do consumo.
• Neste cenário as emissões são superiores às licenças atribuídas em todos os anos para
todos os cenários hídricos.
[kt]
20000
Total de emissões e CO2 do sector eléctrico
Variação percentual de emissões de CO2 relativa ao ano base
25%
20%
18000
15%
16000
10%
14000
5%
12000
0%
10000
-5%
2008
Ano húmido
MIT Portugal
2009
Ano médio
2010
Ano seco
2011
2012
2008
2009
2010
Ano húmido
Ano médio
2011
2012
-10%
Licenças atribuídas
Economics of Natural Resources and the Environment
Ano seco
31
Cenário 4 – Investimento em PRE e CCGT 2008 - 2012
Pressupostos
1. Consumo – Estimação através de regressão linear
2. Produção hídrica – Cenarização em anos húmido, médio e seco.
3. PRE – Investimento de acordo com metas estabelecidas pelo governo.
4. Potência instalada CCGT – Investimento de acordo com metas estabelecidas pelo
governo.
5. Produção CCGT – Cenarização em de número de horas de funcionamento de acordo
com cenários hídricos.
6. Produção das outras centrais térmicas (fuel+gasóleo
importações – De acordo com percentagens base de produção.
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
e
carvão)
e
32
Cenário 4 – Investimento em PRE e CCGT 2008 - 2012
Resultados
Evolução das emissões de CO2
• Forte diminuição de emissões de CO2 em relação ao ano de 2007, devido ao efeito
conjugado do aumento de produção PRE e de aumento de produção de centrais CCGT, que
substitui produção de centrais a carvão e centrais fuel.
• De 2009 para 2010 a diminuição não é tão acentuada porque a
carvão e fuel que é substituída é menor.
produção de centrais
• A partir de 2010 as emissões crescem ligeiramente devido ao aumento do consumo.
• Para este cenário à excepção do regime hídrico seco em 2008, o sector eléctrico regista um
superavite de licenças de emissões de CO2.
[kt]
16000
Total de emissões e CO2 do sector eléctrico
Variação percentual de emissões de CO2 relativa ao ano base
0%
14000
-10%
12000
-20%
10000
-30%
8000
-40%
6000
-50%
4000
-60%
2008
Ano húmido
MIT Portugal
2009
Ano médio
2010
Ano seco
2011
2012
2008
2009
2010
Ano húmido
Ano médio
2011
2012
-70%
Licenças atribuídas
Economics of Natural Resources and the Environment
Ano seco
33
Conclusões
Emissões vs Licenças atribuídas
Comparação entre as emissões de CO2 no final do 2º período de Quito dos 4 tipos de
cenários e as licenças atribuídas.
Emissões por cenário vs Licenças atribuídas
120
MtonCO2
100
80
Húmido
Médio
Seco
Licenças
60
40
C1
C2
C3
C4
–
–
–
–
Sem investimento
Invest. em PRE
Invest. em CCGT
Invest. em PRE e CCGT
20
0
C1
C2
C3
C4
• As emissões de CO2 do sector eléctrico estão fortemente dependentes da hidraulicidade.
• Com o investimento em PRE e CCGT (C4) é possível reduzir as emissões abaixo das
licenças atribuídas no final do 2º período de Quioto.
• O investimento apenas em CCGT (C3) não é suficiente para alcançar as metas de emissão
estabelecidas.
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Economics of Natural Resources and the Environment
34
Conclusões
Quantificação económica das emissões
Período II – 2008 a 2012
De forma a quantificar os ganhos ou custos provenientes da venda ou compra de licenças de
emissão de CO2, foram multiplicadas as diferenças entre as licenças atribuídas e as emissões
simuladas por ano pelo preço do mercado de futuros de licenças de emissão de CO2 – EUA
(European Union Allowances).
Preço EUA DEC08-12
€/tonCO2_
27
26
25
24
23
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: Nordpool
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
35
Conclusões
Quantificação económica das emissões
Cenário 1 – Sem investimento
Saldo de licenças vs Receita
0
0
2008
2009
2012
2011
2010
-1000
-20
-40
-60
-3000
-80
-4000
-100
M€
kt CO2_
-2000
-120
-5000
-140
-6000
-160
-180
-7000
Ano húmido
Licenças (ktCO2)
Ano médio
Ano Seco
Receita (M€)
É necessário comprar licenças de emissão que poderão custar até cerca 170 M€.
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
36
Conclusões
Quantificação económica das emissões
Cenário 2 – Investimento apenas em PRE
Saldo de licenças vs Receita
3000
52
2000
32
1000
0
2008
2009
2010
2011
-1000
2012
-8
M€
kt CO2_
12
-28
-2000
-48
-3000
-68
-4000
-88
Ano húmido
Licenças (ktCO2)
Ano médio
Ano Seco
Receita (M€)
É necessário comprar licenças de emissão para cenário hídrico seco e primeiros dois
anos de cenário hídrico médio.
Com o cenário hídrico húmido é possível obter receitas até cerca de 52 M€.
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Economics of Natural Resources and the Environment
37
Conclusões
Quantificação económica das emissões
Cenário 3 – Investimento apenas em CCGT
Saldo de licenças vs Receita
0
-500
0
2008
2009
2010
2011
2012
-20
-1000
-40
-2000
-2500
-60
M€
kt CO2_
-1500
-3000
-80
-3500
-4000
-100
-4500
-5000
Ano húmido
Licenças (ktCO2)
Ano médio
Ano Seco
-120
Receita (M€)
É necessário comprar licenças de emissão que poderão custar até cerca 120 M€.
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
38
Conclusões
Quantificação económica das emissões
Cenário 4 – Investimento em PRE e CCGT
250
8000
200
6000
150
4000
100
2000
50
0
0
2008
-2000
M€
kt CO2_
Saldo de licenças vs Receita
10000
2009
Ano húmido
Licenças (ktCO2)
2010
2011
Ano médio
2012
Ano Seco
-50
Receita (M€)
Neste cenário é possível vender licenças em todos os anos do período que poderão
gerar receitas na ordem dos 200 M€.
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
39
Conclusões
Metas estabelecidas
Cenário 4 – Investimento em PRE e CCGT
• A satisfação do consumo a
partir de fontes de energia
renováveis em 2010, para
um ano médio de produção
hídrica, poderá ser superior
ao valor da meta de 45%
estabelecida pelo governo.
• A partir de 2010, verifica-se
que é possível satisfazer o
consumo de energia eléctrica
sem recorrer à produção de
centrais a carvão e a fuel.
• Esta realidade vai de encontro
à meta do governo que
estabelece a emissão zero de
centrais a fuel a partir de
2010.
MIT Portugal
Emissões de CO2 por tecnologia - Ano Seco
[kt]
12000
9000
8782
8361
6000
7533
7599
7566
4809
3000
567
1168
75
0
2008
Economics of Natural Resources and the Environment
2009
2010
Carvão
Fuel+Gasóleo
2011
2012
Gás Natural
40
Referências
1. Decreto – Lei 7/2002 de 25 de Março
2. Decisão do Conselho 2002/358/CE de 25 de Abril de 2002
3. Directiva Europeia 2003/83/CE de 13 de Outubro de 2003 do Parlamento Europeu
4. Directiva Europeia 2004/101/CE de 27 de Outubro de 2004 do Parlamento Europeu
5. Faucheux, S., Noël, J.F. (1995), Economia dos Recursos Naturais e do Meio Ambiente,
Instituto Piaget
6. Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão de CO2 (PNALE) 2005-2007,
Versão para Consulta Pública, 4 de Maio de 2004, Ministério da Economia, Ministério
das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente
7. Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão de CO2 (PNALE) 2008-2012,
Versão para Consulta Pública, 1 de Junho de 2006, Instituto do Ambiente
8. Energia e alterações Climáticas - Mais investimento, melhor ambiente, Ministério da
Economia e Inovação
9. Decisão da comissão relativa ao plano nacional de atribuição de licenças de emissão
de gases com efeito de estufa notificado por Portugal nos termos da Directiva
2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, Comissão Europeia, 18 de
Outubro de 2007
10. Redes Energéticas Nacionais Website: www.ren.pt
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Economics of Natural Resources and the Environment
41
Alterações climáticas e o
Protocolo de Quioto
Análise ao sistema electroprodutor português
Realizado por:
João Lagarto
Jorge Borges
Economics of Natural Resources and the Environment
MIT Portugal
Economics of Natural Resources and the Environment
Miguel Covas
Lisboa 8 Janeiro 2008
42
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