Para abrir as ciências sociais

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Um paradigma é um quadro de
referência mental que domina a maneira
pela qual as pessoas pensam e agem.É
uma forma de ligar idéias, priorizar
valores, abordar questões e finalmente,
formar hábitos de comportamento com
relação a um assunto.
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Essa concepção ganha corpo a partir da
reverenciada tese das revoluções
científicas, postulada por Thomas Kuhn,
embora também ela seja alvo de muitas
discussões e debates quando pensamos
nas mudanças de paradigmas dentro
das ciências sociais.
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O método de abordagem de Thomas Kuhn é o método
dialético. Mostra que o estudo dos paradigmas é formado
do conflito dos contrários. Os contrastes estão
interligados. A ciência natural formaria a tese. As
anomalias formariam a antítese. O resultado será a
síntese. O paradigma produz regras e regulamentos para
os cientistas. Estas regras estabelecem limites [...] e como
ter sucesso resolvendo problemas dentro desses limites
[...] e como ter sucesso resolvendo problemas dentro
desses limites? Alguns cientistas filtravam e até
distorciam os dados colhidos dentro dos filtros do
paradigma adotado, até que viram que esses dados não
combinavam com o paradigma. Essa atitude formava as
anomalias que forçavam a criação de um novo paradigma.
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Desde o surgimento da sociologia vários foram os estudiosos que se dedicaram a
estabelecer os cânones para a investigação dos fenômenos sociais. Newton e Descartes
firam responsáveis por desenvolverem métodos e modelos de investigação como a
física a matemática e etc. Dessa forma, todas as ciências humanas surgidos
posteriormente importaram suas diretrizes cientificas dos paradigmas já consagrados
pela ciências naturais. Sendo assim as humanidades tornaram-se “preguiçosas” e
deixando de lado seu próprio paradigma e se debruçaram sobre a tentativa de se
consolidarem como ciências. Partindo das postulações de Auguste Comte, as ciências
sociais foram tratadas como uma espécie de física social são os mesmos princípios de
investigação empregados na observação dos fenômenos naturais serviam como
parâmetro para a construção do método cientifico das ciências sociais
Os modelos tradicionais da explicação da realidade social já não mais respondem aos
desafios impostos pela nova dinâmica social criada pelos fluxos de informação do
mundo globalizado.
O que está em questão quando tratamos dos impactos da globalização nos modelos
teóricos das ciências sociais é o rompimento histórico, que precisa de uma nova
reflexão. O que contribuiu nesse aspecto foi a publicação do texto “Para abrir as
ciências sócias”, que consistiu em uma reflexão que propõe uma mudança no objeto de
estudo da sociologia.
Nesse novo universo de informações ocorrem profundas alterações nas condições
histórias e teóricas sob as quais acontecem as tensões entre objetos e significados,
aparência e essência, tradicional e moderno, lugar e espaço, singular e plural. E é esse
o desafio diante do qual se deparam as ciências sociais, o de recriar o seu objeto e os
seus modelos de análise, submetendo-os à critica e à reflexão.
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Com os Novos desafios apresentados pela
mundialização econômica/cultural e tendo
ainda por trás também os enigmas teóricos
para as ciências sociais(estudo da vida
social de indivíduos e grupos humanos.),
que acabam por vir a tona as perspectivas
de analise que buscam compreender as
novas relações que configuram as
instituições sociais e políticas. E tais
perspectivas apresentam diversas
polêmicas e novas possibilidades para as
ciências sociais em tempos de
globalização.
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A dinâmica de relações intersubjetivas e transnacionais impõe
novos desafios para o estabelecimento de um paradigma dentro
das ciências sociais. Quando em comparação com os
paradigmas que vigoram nas ciencias naturais torna-se quase
impossível a tarefa de propor algum parâmetro para o estudo
de fenômenos que se desenvolvem com sentido histórico.
Octávio Ianni propõe que o desafio epistemológico consiste na
capacidade de síntese e no desenvolvimento da lógica que
tornam possíveis a textualização e a apropriação que se
expressam no âmbito da reprodução ampliada do capital.
Os cientistas sociais não precisam mais similar a realidade
mundial para estudá-la e evidentemente que a mundialização
das relações humanas no plante é uma realidade que é por si só
complexa e multifacetada, e isso tem suas implicações praticas
e teórica. O desafio de pensar a sociologia os deriva da
necessidade de se conjugarem todos esses elementos numa
teoria que abra espaço para os imponderáveis da vida coletiva.
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