FEA- USP-EAC Curso de Graduação em Ciências Contábeis Disciplina: EAC0546 - Contabilidade de Instituições Financeiras TEMA III – Instrumentos Prudenciais em Bancos POLÍTICA MONETÁRIA E RESERVAS BANCÁRIAS CONTROLE DE RISCO EM BANCOS E ACORDO DA BASILÉIA Profa. Dra Joanília Cia 1 TEMA III – Instrumentos Prudenciais em Bancos • POLÍTICA MONETÁRIA E RESERVAS BANCÁRIAS – – – – – – Instrumentos de Controle da Política Monetária Estrutura do Mercado Financeiro Política Monetária – Quem emite Moeda? Depósito Compulsório Mercado Aberto (Open Market) O Caixa dos Bancos: Reservas Bancárias no BACEN • CONTROLE DE RISCO E ACORDO DA BASILÉIA 2 Instrumentos de Controle da Política Monetária Os principais instrumentos de Política Monetária para controlar a quantidade de moeda na economia são: 1. Mercado Aberto de Títulos Públicos (Open Market) 2. Depósito Compulsório 3. Taxa de Redesconto 4. Controle e seleção de Crédito (contingenciamento) Quiz Entre as várias ações do Banco Central que resultam numa política monetária expansionista, NÃO se encontra a: (A) compra de moeda estrangeira no mercado cambial. (B) compra de títulos federais no mercado aberto. (C) venda de títulos federais no mercado aberto. (D) redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central. (E) redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos. 4 Mercado Aberto de Títulos Públicos (Open Market) 5 Dinâmica do Mercado Financeiro Governo (tesouro) Instituição Financeira (IF) 1 Títulos Públicos Open Market BACEN Mercado Interbancário IF 2 ......IF n Títulos (CDI). Ops. Crédito Público em geral Títulos Privados CDB/ RDB/ LC... Ops, Crédito 6 Mercado Aberto (Open Market) • É o principal instrumento de implementação de política monetária • O mercado aberto pode ser de dois tipos: – Mercado Primário: quando o Tesouro Nacional capta recursos junto às instituições financeiras em troca de títulos públicos para financiar gastos ou investimentos do governo. – Mercado Secundário: quando os títulos públicos são transacionados entre as instituições financeiras • O Banco Central entra nestes mercados só para balizar o mercado em relação a taxa de juros ou quantidade de moeda em circulação Mercado Primário de Títulos Públicos Mercado Primário de títulos Públicos: é quando Tesouro capta recursos para financiar o consumo/investimento do Governo Federal vendendo títulos (ou resgata títulos, comprando títulos) Banco Central Tesouro Nacional R$ IF 1 IF 2 ... Mercado Interbancário (Interfinanceiro) LTN, LFT, NTN, etc Público IF N Mercado Secundário de Títulos Públicos Mercado Secundário de títulos Públicos: não há transferências de recursos para o Governo Federal somente entre investidores e IF (Instituições Financeiras) Banco Tesouro Nacional Central R$ .. SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) . IF 1 IF 2 IF N LTN, LFT, NTN, etc Mercado Secundário de Títulos Públicos Banco Central: pode atuar no mercado secundário com a finalidade de implementar a sua política monetária (controle da taxa de juros e/ou da quantidade de moeda) Banco Central Tesouro Nacional LTN, LFT, NTN, etc IF 1 IF 2 ... SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) R$ IF N Depósito Compulsório 11 Política Monetária - Quem emite moeda? • Constitucionalmente, no Brasil, quem tem o poder de emissão de moeda é o Banco Central que é um órgão vinculado ao Poder Executivo Federal • Entretanto, os bancos influenciam a oferta monetária. Mas como? Política Monetária - Quem emite moeda? • O Banco alfa foi constituído com capital de R$ 10, totalmente integralizado em dinheiro. • Imagine que o banco recebe um depósito à vista de R$ 100 em papel-moeda • O que o banco vai fazer com este dinheiro? Uma parte dele, digamos 40%(h), ele vai fazer empréstimos e a outra deixar no seu caixa 60% (1-h). Vamos ver como isso irá afetar as contas do banco.... Política Monetária - Quem emite moeda? • Desta forma R$ 100 se transformou em R$ 166,67!! • Informação: O volume total de moeda escritural que um banco pode criar a partir de papel-moeda é dado pela seguinte fórmula: 1 DepFinal Dep _ PapMoeda 1 h No caso anterior os valores são: 1 DepFinal 100 166, 67 1 0, 4 Depósito Compulsório • É uma forma do Banco Central influir na capacidade do sistema bancário em criar moeda • É um instrumento clássico de política monetária, mas, hoje em dia, é pouco usado nas economias mais desenvolvidas e estáveis 17 18 19 20 Depósito Compulsório • Logo, o instrumento Depósitos Compulsórios é uma forma do BACEN diminuir a capacidade do sistema bancário de conceder crédito e automaticamente criar moeda... Processo de Registro do Depósito Compulsório CONTAS PATRIMONIAIS ATIVO PASSIVO 1.1. Disponibilidade 4.1 - Depósitos 1.1.3.10.00-2 Banco Central - reservas livres em espécie 1.4. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 1.4.2.28.00-5 RESERVAS COMPULSÓRIAS EM ESPÉCIE NO BANCO CENTRAL Profa.Joanília Cia 22 Mercado Interbancário / Reservas Bancárias BACEN BANCO B RB(A) R$ RB(B) Banco A Título Público: SELIC RB(B) Banco B (falta de $) (excesso de $) CDI: CETIP Banco Central – Reservas Bancárias (Circ. 3101/02) • Reservas no BACEN – 1.1. DISPONÍVEL - Reserva de Livre Movimentação – • Caixa (encaixe técnico)- papel-moeda (15% dos depósitos, dedutível do limite de compulsórios) • Reserva Bancária – 1.4. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS Reserva Legal – Depósitos Compulsório 24 BACEN - Reserva Legal – Depósitos Compulsório Tipo Alíquotas (% média diária dos saldos) Recursos à vista 45% Recursos a prazo e Depósitos de Poupança 25% Poupança Rural Forma de cumprimento Espécie, não remunerado Espécie, remunerado pela Taxa Selic. 16¨% Profa.Joanília Cia 25 Recolhimentos compulsórios – alíquotas Período Recursos à vista Depósitos Poupança a prazo Habitacional Rural Anterior ao "Plano Real" 50% 1/ 1994 Jul 100% 20% Ago " 1/ 30% Out " 1/ " 1/ Dez 90% 27% 1/ 1995 Abr " 30% 1/ Mai " " Jul 83% " Ago " 20% 1996 Ago 82% " Set 81% " Out 80% " Nov 79% " Dez 78% " 1997 Jan 75% " ... " 2014 Jul 45% " Out " " 2015 Jun " Profa.Joanília Cia 7/ Ago " 25% 15% 20% 30% " " " " " 15% " " " " " " 15% 20% 30% " " " " " 15% " " " " " " " " 25% " 19% 13% 16% " BACEN - Reserva bancária RESERVA BANCÁRIA 1.1.3.10.00-2 Banco Central - reservas livres emespécie D (+) C (-) Liberação Dep. Compulsório Recolhimento Dep. Compulsório Venda Títulos Públicos Compra Títulos Públicos Resultado compensação (a receber) Resultado compensação (a pagar) Venda Títulos Interbancário Compra Títulos Interbancário Entrada Operação Redesconto Liquidação Operação Redesconto Recolhimento Tributos .... ..... Profa.Joanília Cia 27 Quiz Com relação aos Depósitos compulsórios é INCORRETO afirmar: (A) É considerado um dos principais instrumentos de Política Monetária para controlar a quantidade de moeda na economia (B) É uma forma do Banco Central influir na capacidade do sistema bancário em criar moeda (C) Pode ser remunerado ou não remunerado, dependendo do tipo de recurso base de constituição (D) É um saldo que um banco deve manter na conta de reservas no BACEN (E) É o encaixe técnico, ou seja, o papel-moeda que um banco deve manter de reserva 28 Questões • 1) O Banco BBB recebeu um depósito de R$ 1.000 do cliente CCC. Qual é o efeito final desse depósito nos seus saldos de contas, se ele deve manter de depósitos compulsórios 42% deste valor? E se o depósito obrigatório fosse de 12%? e de 72%? • 2) O que acontece com o caixa (reserva) de um banco que compra títulos emitidos do governo? E que vende títulos que estão na sua carteira? E para o governo, qual é o efeito da compra e venda de títulos públicos no controle da moeda em circulação pelo governo? • 3) Cite 3 exemplos de operações que aumentam e 3 que diminuem o saldo da reserva bancária do Banco da Praça. • 4) Em que conta está contabilizado o saldo de reservas dos bancos de acordo com COSIF? 29 Explicar o efeito que a CONTABILIZAÇÃO dessas transações trazem no ativo, passivo e patrimônio líquido da empresa. Utilize a notação aumentou(+), diminuiu(-) e permaneceu igual(=) para mostrar os efeitos: ATIVO = PASSIVO PATRIMÔNI O LÍQUIDO Capital + Lucros Acumulados 1. Houve aumento da alíquota de depósitos compulsórios 2. Houve diminuição da alíquota de compulsório 3. Banco comprou títulos do governo 4. Banco vendeu títulos do governo Profa.Joanília Cia 30 Resultado Taxa de Redesconto Profa.Joanília Cia 31 Taxa de Redesconto • É uma taxa punitiva para emprestar às instituições financeiras em dificuldades em ter liquidez suficiente para honrar os saques de depositantes • Muitas vezes estas instituições também não conseguem crédito junto a outros bancos. • Apesar de ser pouco usado é um importante sinalizador de risco para os bancos TEMA I. INTRODUÇÃO – Parte 2 Instrumentos Prudenciais • POLÍTICA MONETÁRIA E RESERVAS BANCÁRIAS • CONTROLE DE RISCO E ACORDO DA BASILÉIA – Quais são os riscos assumidos por um Banco? – Qual é o impacto do risco de crédito de um banco no capital exigido? – E do risco de mercado? – E do risco operacional? – – – – O que é acordo da Basiléia? Qual foi a evolução da Basiléia I, II e III? Quais são as exigências da Basiléia III? Enfim, o que é Basiléia III? 33 Riscos Assumidos por um Banco • Risco: Chance de perda financeira; nível de incerteza, decorrente de: – Risco de Crédito: Possibilidade de inadimplência, falta de recebimento – Risco de Mercado: Variação de preços de ativos e passivos financeiros – Risco Operacional: Falha de sistema, controles ineficientes, erro humano. – Risco Legal: Impossibilidade de executar termos de um contrato. – Risco de Liquidez: impossibilidade de realização por falta de atividade no mercado. 34 Basiléia 35 Basiléia • o Acordo de Capital da Basiléia é um conjunto de medidas proposta pelo Comitê que têm como principal objetivo reforçar a confiabilidade e estabilidade do Sistema Financeiro Internacional. • Sua idéia central seria garantir a liquidez (solvência) do sistema financeiro, definindo o mínimo de reservas internas que um banco deve manter para cumprir suas atividades num nível de risco aceitável. (Capital Regulatório) 36 Acordo de Capital da Basiléia • Controle de risco das instituições financeiras: Risco de Crédito: Risco de não pagamento, possíveis perdas que o banco tenha caso o devedor (contraparte) não honre com os seus compromissos. Risco de Mercado: Risco Operacional: Risco de perdas em decorrência de oscilações em variáveis econômicas e financeiras, como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações e de commodities Risco de perdas inesperadas de uma instituição, em virtude de seus sistemas, práticas e medidas de controle serem incapazes de resistir a erros humanos, à infraestrutura de apoio danificada, fraudes, etc e a mudanças no ambiente empresarial Basiléia 1 – 1988 ... Basiléia 2 – 2004 ..Basiléia 3 – Out/2013 37 Quiz 01. Em 1994, o Brasil aderiu ao chamado Acordo de Basiléia , passando a promover importantes alterações nas regras de funcionamento das Instituições Financeiras. Entre as opções a seguir, assinale aquela que representa uma alteração nas normas então vigentes, com vistas à adequação ao Acordo de Basiléia . a) Obrigatoriedade de que as instituições financeiras mantenham sigilo em suas operações ativas e passivas. b) Obrigatoriedade de que o capital das instituições financeiras seja subscrito em moeda corrente. c) Obrigatoriedade, por parte das instituições financeiras, de compra de carta-patente para obtenção da autorização para funcionamento, concedida pelo Banco Central do Brasil. d) Obrigatoriedade de manutenção, por parte das instituições financeiras, de patrimônio líquido ajustado compatível com o grau de risco dos ativos. e) Obrigatoriedade da separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária e de seguros. 38 Basiléia I Aplicações Ativo -Empréstimos e Financiamentos -Títulos Fontes / Fundos Passivo (Capital de Terceiros) -Empréstimos,-Títulos PL (Capital Próprio, Fundos Próprios ) •PLE=Patrimônio Líquido Exigível(Calculado) F •PR=Patrimônio de Referência(Saldo Real) PLE (Patrimônio Líquido Exigível) = F(Fator de Risco) x Apr (Ativo ponderado ao risco) Medidas da relação de Aplicações e Fontes: Capitalização (Padrão Mínimo de Capital) =F(Fator de Risco): Nível de capital próprio em relação ao ativo ; índice de solvabilidade Basiléia = 8% ; BACEN = 11% PL/Ativo Alavancagem (Inverso da capitalização) : - a partir de um determinado nível de patrimônio, o nível máximo que a instituição bancária pode assumir em operações (ativos) que envolvam risco. Ativo/PL 39 • Conceitos: Basiléia I Capital Regulatório (PLE = Patrimônio Líquido Exigível ) Fatores de Ponderação de Risco dos Ativos Índice Mínimo de Capital para Cobertura do Risco de Crédito (Índice de Basiléia ou Razão BIS) Fator de Risco(F) Montante de capital próprio alocado para a cobertura de riscos, considerando os parâmetros definidos pelo regulador; A exposição a Risco de Crédito dos ativos é ponderada por diferentes pesos estabelecidos, considerando, principalmente, o perfil do tomado Quociente entre o capital regulatório e os ativos ponderados pelo risco (Atualmente Basiléia = 8%, BACEN = 11%) 40 Basiléia I- Fatores de Ponderação de Risco dos Ativos Ativo 0% · Crédito/Títulos do governo central ou do banco central do país Caixa 0 - 50% Crédito/Títulos - instituições do setor público 20% Créditos/Títulos - bancos multilaterais de desenvolvimento 50% Créditos - Empréstimos imobiliários hipotecários 100% Crédito/Títulos - setor privado Todos os demais ativos • Capacidade de alavancagem depende da composição do ativo 41 Basiléia I – Capital Regulatório PLE/PR – Patrimônio Líquido Capital básico-Nível 1 (Tier 1) Capital suplementar-Nível 2 (Tier 2) •Capital - o patrimônio dos acionistas (ações ordinárias e ações preferenciais não cumulativas) •Lucros Acumulados. •reservas de reavaliação (ativos reavaliados a preços de mercado ou securities de longo prazo); •provisões gerais (provisões para perdas esperadas latentes, incluindo risco-país); •instrumentos híbridos de capital (inclui uma gama de instrumentos que combinam características passivas e de patrimônio líquido); •instrumentos de dívida subordinada (com duração igual ou superior a cinco anos) : Permanentemente disponíveis para absorver perdas e evitar a insolvência e perda de confiança Serve para enquadrar outras formas de capital, 42 Transição de Basiléia I para Basiléia II • BASILÉIA 1 – Pontos Negativos -Como são atribuídos riscos por classe de ativos: • O acordo não admite a utilização das técnicas utilizadas para a mitigação do risco de crédito (garantias, gestão de risco) para o cálculo do capital mínimo • As ponderações de risco exigidas no Basiléia 1 não reconhecem nem estimulam o uso de métodos internos de avaliação de riscos • BASILÉIA 2 • Permite o uso de modelos in-house desenvolvidos e apropriados privadamente pelos próprios bancos, para mensurar os riscos, como uma alternativa em relação aos modelos padronizados de mensuração proposto originalmente 43 Basiléia II – Resumo PILAR 1 NECESSIDADES MÍNIMAS DE CAPITAL RISCO DE CRÉDITO Método Standard Método IRB RISCO DE MERCADO Método Standard Modelos Internos Foundation RISCO OPERACIONAL PILAR 2 FISCALIZAÇÃO PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO INCENTIVO À MELHOR GESTÃO TRANSPARÊNCIA NORMATIVA Indicador Básico Método Standard Medição Interna Advanced 44 Quiz (BACEN 2010) No Brasil, a supervisão bancária acompanha o ritmo da evolução do mercado financeiro e, conforme recomendação do Acordo da Basileia II, migrou de uma ótica prescritiva para outra, de natureza prudencial, transitando de uma postura reativa para uma proativa, com base em três pilares. Quais são os três pilares que norteiam o Acordo da Basileia II? (A) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações contábeis e disciplina de mercado. (B) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o perfil de risco da instituição e disciplina de mercado. (C) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado. (D) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e atendimento à regulamentação vigente. (E) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição, transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes. 45 Basiléia II – Pilar I – Risco de Crédito Abordagem Padrão Risco de Crédito Cálculo interno (PD) Abordage IRB (uso de Rating Internos) IRB Básico (Fundamen tal) IRB Avançado PD = Probabilidade de Inadimplência LGD =Perda dada a inadimplência EAD=Exposição no momento da inadimplência M = Maturidade efetiva Parâmetros determinados pelo supervisor ( LGD, EAD e M) Cálculo Interno: ( PD,LGD,EAD, M) 46 Basiléia II – Pilar I – Risco de Crédito • Abordagem Baseada em Ratings Internas – IRB - Componentes de Risco PD = Probabilidade de Inadimplência LGD = Perda dada a inadimplência EAD = Exposição no momento da inadimplência M = Maturidade efetiva -FEI (Freqüência Esperada de Inadimplência) - é a possibilidade de um determinado cliente ficar inadimplente. Deve considerar as características do cliente e está associada ao risco do cliente (rating); -Medida preditiva que informa o quanto efetivamente não é recuperado quando um cliente entra em inadimplência. Deve ser considerada a estimativa de quanto se recupera de uma dívida em atraso menos os custos no processo de recuperação; Considerando que um cliente tende a aumentar seu endividamento ao se aproximar de uma situação onde não terá capacidade de honrar seus compromissos, evidencia o montante (efetivo + potencial) do endividamento do cliente no momento da inadimplência; Éo prazo até o vencimento da operação podendo ser ajustado em função do fluxo de caixa ou critérios do regulador. 47 Basiléia II – Pilar I – Risco de Mercado • Risco de Mercado: Carteira de negociação (“trading”) • As regras para cálculo de capital para risco de mercado foram introduzidas em 1996 (“Market Risk Amendment”) e não foram modificadas pela Basiléia II. 1. O Modelo Padronizado Abordagem Padronizada 2. O Modelo Avançado: Value-atRisk (VaR). Abordagem Interna 48 Metodologias para Cálculo de risco • Value at Risk (VaR) (risco de mercado e risco de crédito): – Valor monetário das perdas a que uma operação ou carteira está sujeita, dado determinado intervalo de confiança e tempo. – Sintetiza a maior (ou pior) perda esperada dentro de determinado tempo e internavo de confiança 49 Basiléia II – Pilar I – Risco Operacional Sintética (dados agregados) -Indicador Básico Percentual )de 15% é aplicado sobre a média dos Resultados Brutos dos últimos três anos. O Resultado bruto é obtido pela soma do Resultado da Intermediação Financeira e das Receitas de Prestação de Serviços. Padronizada Avançada (Modelo interno) Padronizada Alternativa É semelhante à abordagem do Indicador Básico quanto à utilização do resultado bruto. Porém, define parâmetros beta, de 12% a 18%, para o cálculo do requerimento de capital a ser aplicado em oito linhas de negócios Similar a padronizada exceto para as Linhas de Negócios “Banco Comercial” e “Banco de Varejo”, cuja a exigência de capital equivale à média dos últimos três anos do volume de empréstimos e adiantamentos multiplicada por um fator “m” igual 0,035 e pelo beta definido na abordagem padronizada. 50 Baseada nos modelos de mensuração de risco desenvolvidos internamente, com critérios quantitativos e qualitativos. (BACEN 2010) O Patrimônio de Referência Exigido (PRE) pelo supervisor bancário é calculado considerando, no mínimo, a soma das seguintes parcelas: PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR, em que: PEPR = parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a elas atribuído; PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial; PJUR = somatório das parcelas referentes ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros; PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ercadorias; PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações; POPR = parcela referente ao risco operacional. A fórmula como é realizado o cálculo do PRE pelo Banco Central é focada no risco (A) estratégico do negócio, no risco operacional e no risco de mercado, sobre os quais é aplicado um fator de ponderação de risco. (B) operacional e no risco das diferentes operações e exposições, sobre os quais são aplicados fatores de ponderação, considerando-se como base para risco de mercado a curva de rentabilidade dos títulos. (C) operacional e no risco das diferentes operações e exposições, sobre os quais são aplicados fatores de ponderação, considerando-se como base para risco de mercado os preços de mercado para a carteira de negociação. (D) das diferentes operações e exposições, todas calculadas a preços de mercado, sobre cada uma das quais é aplicado um fator de ponderação de risco. (E) de mercado das operações passivas, todas calculadas a preços de mercado, acrescidas do risco operacional, sobre os quais é aplicado um fator de operação de risco. 51 Quiz Classifique como V ou F ( ) 1. A ideia central do acordo da Basiléia é garantir a liquidez (solvência) do sistema financeiro, definindo o mínimo de reservas internas que um banco deve manter para cumprir suas atividades num nível de risco aceitável. 2. O acordo da Basiléia é um conjunto de medidas proposta pelo Comitê que têm como principal objetivo reforçar a confiabilidade ( ) e estabilidade do Sistema Financeiro Internacional, através da monitoração o risco de crédito, de mercado e de liquidez das instituições financeiras 3. No acordo da Basiléia, o nível de Patrimônio Líquido Exigível dos bancos é calculado, em função do risco de liquidez do banco, ( ) devendo ser igual ou maior do que o Patrimônio de Referência daquela instituição financeira, o que implica que o banco tem excesso de patrimônio 52 Questões • Qual é a mudança que está sendo observada na regulamentação do acordo da Basiléia ao longo do tempo? Qual é o efeito dessa mudança no controle do risco dos bancos? • Qual é o efeito do aumento no risco de crédito e risco de mercado de um banco nos seus saldos contábeis? 53 Transição de Basiléia II para Basiléia III • • • • BASILÉIA II Modelo relativamente rígido Não leva em conta condições de mercado Não existia mecanismo para lidar com épocas de recessão ou de expansão econômica • BASILÉIA III • Implantado no Brasil pela Inst CMN 4192/2013 • Nível do Patrimônio deve flutuar de acordo como CICLO DA ECONOMIA • Bancos mais preparados para períodos de estresse econômico e financeiro. 54 Objetivos do Basiléia III 55 Basiléia III 56 Basiléia III – Capital Regulatório PATRIMÔNIO DE REFERENCIA (PR) PATRIMÔNIO DE REFERENCIA MÍNIMO REQUERIDO (PRMR) •Nível I •Capital Principal =Patrimônio Líquido + Instrumento Elegível a Capital Principal (-) Ajustes Prudenciais •Capital Complementar =Instrumentos Hibridos e Capital e Dívida(inclui uma gama de instrumentos que combinam características passivas e de patrimônio •Nível II Dívida subordinada elegível a capital •= f X RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO) •F= •01.10.2013 a 31.12.2015 = 11% •01.01.2016 a 31.12.2016 = 9,875% •01.01.2017 a 31.12.2017 = 9,25% •01.01.2018 a 21.12.2018 = 8,625% •A partir e 01.01.2019 = 8% 57 Basiléia – Requerimentos de Capital 58 Exigência de Manutenção de Capital Fórmula Basiléia - Exemplo Risco de Crédito 11% x Apr (Ativo ponderado pelo risco) RWA F = 11% Risco de Crédito de Derivativos 20% x Risco Crédito Derivativos F = 20% Risco de variação entre dois índices; depende do % de volatilidade dos índices utilizados Risco de Mercado Taxa de Câmbio 100%, x Somatório valor da posição Líquida na Moeda Estrangeira F=100% ( Res.3353/07) Somente se posição líquida (ativo-passivo) > 5% do PL. Exposição < 30% do PL Risco de MercadoTaxa Juros EC – Exposição concentrada Parcela do PL para cobertura de risco de taxa de juros, em momento de volatilidade de taxa de juros. Metodologia VaR (Cir 2972) 59 Fórmula – Basiléia Patrimônio de Referência Mínimo Requerido n n n PLE 0,11* APR RCD i 0,2 * max{( | APRc i | - K * PR);0} EC i i 1 i 1 i 1 1 2 3 4 1. Parcela relativa ao risco de crédito operações ativas ponderadas pelo risco; 2. Parcela relativa ao risco de crédito em operações de swap; 3. Parcela relativa ao risco de crédito em operações com ouro e com ativos e passivos referenciados em variação cambial, incluído o mercados de derivativos (K = 0,05 se |APRci| / PR 0,05 ; 0 se |APRci| / PR 0,05); 4. Parcela relativa ao risco de mercado (taxa de juros). 60