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ASPECTOS PSICOLÓGICOS QUE ENVOLVEM OS FAMILIARES DE PACIENTES
ONCOLÓGICOS
Liamara da Silva Menezes; Msc. Alessandra Oliveira (orientadora).
Introdução:
A presente pesquisa teve como objetivo conhecer os aspectos psicológicos que
envolvem os familiares de pacientes oncológicos. Essa pesquisa deverá contribuir
como uma base para novos estudos referentes à complexidade do acontecimento de
uma doença grave em uma família, bem como para uma melhor compreensão dessa
dificuldade psicológica por que passam esses familiares, servindo como uma nova
origem de conhecimento deste assunto. Objetivos: a) Levantar os sentimentos dos
familiares frente ao diagnóstico do câncer em um familiar. b) Identificar as mudanças
na dinâmica familiar após a notícia da doença. c) Averiguar as dificuldades que a
família passou durante o tratamento oncológico. d) Levantar formas de intervenção
da psicologia visando uma maior qualidade de vida para os familiares .
Palavras-chave: oncologia, câncer, família.
Métodos
A pesquisa é de natureza exploratória, considerada de campo e com abordagem qualitativa.
Como instrumento foi utilizado entrevista semi-estruturada, composta das seguintes
questões: Como você se sentiu quando seu familiar recebeu o diagnóstico da doença?
Quais sentimentos você tem frente à doença do seu familiar? Quais foram às mudanças na
dinâmica familiar após o diagnóstico do câncer? Como a família se sente hoje frente ao
diagnóstico do câncer? Como você percebe o profissional psicólogo no seu trabalho com o
paciente oncológico? Você pensa que é importante a ajuda do profissional psicólogo
também com os familiares do paciente oncológico. Por quê? Quais são suas expectativas
com relação ao tratamento que seu familiar vem recebendo? A amostra foi composta por
familiares de pacientes oncológicos que realizam tratamento quimioterápico no setor de
quimioterapia ambulatorial do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão-Santa
Catarina. Para a análise de dados, foi utilizada a análise de conteúdo os quais foram
categorizados tematicamente, apresentados por meio de quadros e posteriormente
analisados segundo base teórica.
Resultados de discussão
A amostra foi constituída por 20 familiares de pacientes oncológicos, compreendendo a faixa
etária de 19 à 58 anos, sendo 14 do sexo feminino e 6 do sexo masculino. O tempo de
diagnóstico da doença varia de 3 meses a 5 anos, e o grau de familiaridade é de 8 filhos, 8
cônjuges, 3 irmãos e 1 neto. Para os familiares o diagnóstico muitas vezes é visto como o
início de um longo e árduo caminho, sendo que o mesmo pode não ter um bom final. Muitos
familiares referiram o quanto foi terrível passar por este momento ou o quanto ficaram
chocados com o recebimento da notícia. Constata-se que a maior parte dos familiares teve
de reformular sua rotina diária a fim de dedicar maior tempo ao paciente, muitos também
relataram uma maior união da família a fim de superar o momento difícil. Os mesmos
relataram que atualmente sentem-se conformados, aceitaram ou se acostumaram ao
diagnóstico de câncer em seu familiar. Também percebe-se que os entrevistados se
dividiram em relação a opinião da necessidade de um psicólogo trabalhando com seu
familiar, ou consigo durante o tratamento do câncer. A maioria dos entrevistados espera a
cura do seu familiar, mas também houve relatos de conformismo em relação a não cura do
paciente devido a situação já agravada do câncer.
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Conclusões:
O câncer é uma doença que afeta o paciente não só fisicamente, mas também
psicologicamente, atualmente é uma das doenças mais graves segundo a OMS, por isso
torna-se necessária a inserção de um psicólogo na equipe multidisciplinar que fará o
tratamento deste paciente. Para tanto, percebe-se que a estrutura familiar do paciente
também vê-se mobilizada pela doença do seu familiar, ou seja, também é afetada
psicologicamente pela doença do mesmo. Por isso tornou-se necessário investigar estes
aspectos psicológicos apresentados por estes familiares. A partir dos relatos dos familiares
percebe-se que o impacto do diagnóstico do câncer no seio familiar é muito grande, e que
muitas vezes pode gerar grande estresse nos membros familiares de maior contato com o
paciente. Em relação a ajuda do profissional psicólogo para estes familiares, muitos deles
não julgaram necessária a presença do mesmo, alegando que a maior necessidade seria a
do enfermo, ou mesmo que o próprio contato com outros familiares já seria terapêutico.Com
isso pode-se sugerir um trabalho grupal para os familiares dos pacientes oncológicos, para
que os mesmos possam trocar experiências e ter o acompanhamento de um profissional.
Referências
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oncológica: a representação social do câncer e o cuidado paliativo no domicílio. Blumenau:
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