XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPB0139 FATORES DE RESILIÊNCIA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS THAÍS CRISTINA ARCAS DE FELIPPE [email protected] PSICOLOGIA (GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA) INTEGRAL UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) PAULO FRANCISCO DE CASTRO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO O objetivo do presente trabalho foi levantar os fatores de resiliência identificados em um grupo de pacientes oncológicos. O câncer consiste em uma doença genética, resultante de alterações acumuladas no DNA das células, estas se proliferam até se transformarem em células malignas, que se aglomeram e formam os tumores. A Psico-oncologia, área de estudo que integra a Medicina, Oncologia e Psicologia, compreende a ocorrência de um quadro oncológico como multifatorial, resultado de aspectos de ordem psicossomática, associados a questões do ambiente. Em termos psicodinâmicos, depressão, ansiedade, delírio ou idéias suicidas podem surgir como aspectos psicológicos mais freqüentes durante o câncer. O trabalho foi desenvolvido com a realização de uma entrevista inicial semi-estruturada e em seguida, a aplicação do desenho-estória com tema. Os procedimentos foram realizados em uma amostra de 13 pacientes com câncer, constituída em sua maioria por mulheres, na faixa etária entre 51 e 60 anos, acometidas pelo câncer de mama. Na aplicação do desenho-estória com tema, foi requisitado que os sujeitos desenhassem ‘uma pessoa com câncer’ e em seguida, contassem uma história sobre o desenho. Por meio da análise destes resultados, destacou-se a capacidade de elaboração positiva da vivência da doença e tratamento. Foram predominantes sentimentos derivados do instinto de vida em sete pacientes, indicando que esta maioria apresenta atitudes adequadas à manutenção da saúde e que proporcionaram a adesão ao tratamento e a qualidade de vida durante este. Em outros oito pacientes, foram observadas tendências construtivas e impulsos amorosos que indicam a necessidade destes colaboradores da obtenção da cura, crescimento e realização durante o processo de doença e tratamento. Durante a entrevista, questionando-se sobre as experiências para os colaboradores em receber o diagnóstico, a maioria da amostra relatou sentir dificuldade para entender que estavam realmente com a doença, mas não muito tempo depois, já iniciaram o tratamento, com uma conduta positiva diante do quadro, mantida na esperança da cura. Ainda na entrevista foi percebido como principal fator para esta capacidade de aceitação da doença e tratamento, o bom relacionamento com familiares e amigos, recebendo o apoio social e emocional destes, fator este que foi identificado como influente positivo na aderência ao tratamento. A fé e religiosidade também foram observados como fatores influentes, mantendo a esperança de melhora e cura nos pacientes. Pode-se, portanto, concluir a possibilidade de que estes aspectos identificados nas entrevistas, somados a características individuais de cada colaborador são os fatores que garantem a capacidade de aceitação da condição de ser um paciente oncológico e conseguir obter um crescimento pessoal, apesar dos sacrifícios e dificuldades vivenciados no tratamento.