Diapositivo 1 - Google Groups

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29/VI/2008 – 29/VI/2009
GUIÃO: Antonio Rodríguez Carmona
MONTAGEM: Antonio García Polo
SÉRIE I
“VIDA DE SÃO PAULO”
8 – Segunda Viagem de
Paulo
SEGUNDA VIAGEM DE PAULO - ANOS 49-52
Paulo e Barnabé decidem visitar as comunidades fundadas na primeira
viagem para ver em que estado se encontram. Barnabé queria levar
consigo também o seu sobrinho João Marcos. Paulo, porém, procurava
fazer-lhe ver que um homem que se tinha separado deles na Panfília e
não tinha ido com eles àquela obra, não devia ser admitido.
Discutem. Acordam dividir as comunidades a visitar em duas partes,
fazendo a visita separados um do outro. Barnabé parte com Marcos
para Chipre e Paulo para Anatólia. Procura um novo companheiro e elege
Silas, um dos judaico-cristãos de Jerusalém que veio com eles como
testemunha do acordado na assembleia (Act 15,36-40)
Percorreu a Síria e a Cilícia
confirmando as Igrejas. (Act 15,41)
Em Listra leva consigo Timóteo como ajudante e para evitar
problemas inúteis circuncida-o, porque era judaico-cristão e estava
sem ser circuncidado:
Chegou também a Derbe e a Listra. Havia lá um discípulo chamado
Timóteo, filho de uma mulher judia, convertida à fé, e de pai grego.
Os irmãos, que estavam em Listra e em Icónio, davam bom
testemunho dele. Quis Paulo que ele fosse consigo e, tomando-o,
circuncidou-o por causa dos judeus que havia naqueles lugares,
porque todos sabiam que o pai dele era grego. (Act 16,1-3)
Ao passar pelas cidades, recomendavam que recordassem as decisões
tomadas pelos Apóstolos e pelos presbíteros de Jerusalém. Assim,
pois, as Igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número de dia
para dia. (Act 16,4-5).
Cria novas
igrejas na
Galácia
+ Tendo atravessado a Frígia e a
província
da
Galácia,
foram
impedidos pelo Espírito Santo de
anunciar a palavra de Deus na Ásia.
(Act 16,6). Paulo queria ir a Éfeso,
capital da província romana de Ásia,
mas encontra impedimentos, que
Lucas atribui ao Espírito Santo, que
é quem guia o caminho apostólico.
+ O próprio Paulo na carta aos Gálatas recorda que se deteve ali por causa
de uma doença que o impediu de continuar a caminhar e que aproveitou
esta paragem para evangelizar os habitantes: Bem sabeis que da primeira
vez que vos preguei o Evangelho estava muito doente. E este corpo, que
era uma provação para vós, não o desprezastes nem o rejeitastes, antes
me recebestes como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus. Onde
está, pois, aquele vosso entusiasmo? Porque posso testemunhar de vós
que, se fosse possível, teríeis arrancado os olhos para mos dar (Gal 4,1215).
O Espírito encaminha-o para a Europa
+ Tendo chegado aos confins da Mísia, tentavam passar à Bitínia, mas
o Espírito de Jesus não lho permitiu. Depois de terem atravessado a
Mísia, desceram a Tróade. Durante a noite, Paulo teve uma visão:
Apresentava-se diante dele, em pé, um homem da Macedónia que lhe
rogava: «Passa à Macedónia e ajuda-nos». Logo que teve esta visão,
procuramos partir para a Macedónia, persuadidos de que Deus nos
chamava a ir lá anunciar a Boa Nova. (Act 16,7-10)
Na Europa.
Filipos
+ Tróade está a uns 20 Km. a sul da antiga Tróia. Era uma cidade
com porto de mar que comunicava a Anatólia com a Europa. Ali embarcam
Paulo e os seus companheiros até ao porto de Neápolis (hoje Cavalla), onde
desembarcam e continuam a pé pela via Egnatia até Filipos, que era uma
cidade importante da Macedónia.
+ Nesta cidade nasce a primeira comunidade cristã europeia.
+ Seguindo o seu costume no sábado vai à reunião dos judeus. Não
havia muitos, pelo que tampouco havia podido construir-se uma sinagoga.
Como antes da oração tinham que purificar-se com água, se reuniram junto a
um riachozito que há a norte da cidade. Ali se dirige Paulo.
+ No sábado saímos fora das portas, junto de um rio, onde julgávamos
havia um lugar de oração. Sentando-nos, falávamos às mulheres que tinham
concorrido. Uma mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, que
negociava em púrpura, temente de Deus, ouvia-nos. O Senhor abriu-lhe o
coração para aderir àquelas coisas que Paulo dizia. Tendo sido baptizada
ela com sua família, fez este pedido: «Se julgais que sou fiel ao Senhor,
entrai em minha casa e ficai nela. » E obrigou-nos a isso (Act 16,13-15).
+ Paulo cura uma
rapariga endemoninhada,
escrava, de quem se
serviam os seus donos
para que adivinhasse o
futuro. Os amos reagem,
denunciando Paulo
perante os magistrados,
que o açoitaram e
meteram na prisão.
+ Chegado o dia, os pretores
enviaram os lictores a dizer ao
carcereiro: «Põe em liberdade
esses homens.» O carcereiro
levou esta nova a Paulo: «Os
magistrados mandaram pôr-vos
em liberdade. Agora, pois,
saindo daqui, ide em paz.» Mas
Paulo disse-lhes:
«Açoitados publicamente, sem julgamento, sendo cidadãos romanos,
metidos na prisão; e agora fazem-nos sair em segredo?
E não será assim, mas
venham, e tirem-nos
eles mesmos». Os
lictores referiram
estas palavras aos
magistrados, que
ouvindo dizer que
eram cidadãos
romanos, tiveram
medo. Foram, pois,
pediram-lhes desculpa
e, tirando-os para
fora, lhes rogaram que
saíssem da cidade.
Saindo da prisão,
entraram em casa de
Lídia; e, tendo visto os
irmãos, consolaramnos e partiram (Act
16,35-40).
+ A comunidade cristã de Filipos foi o “olho direito“ de Paulo,
que manteve com ela relações cordiais e lhes escreveu uma
carta anos mais tarde.
+ Era a capital de Macedónia com um importante porto comercial e
numerosa comunidade judia. Continuando pela via Egnatia para lá se
dirigiu Paulo com os seus acompanhantes, passando por Anfípolis e
Apolónia.
Tessalónica
(ou Salónica)
+ A estadia de Paulo foi breve: três sábados (de 14 a 27 dias).
Anunciou Jesus na sinagoga durante três sábados em conversas com
judeus e, especialmente, com prosélitos. Isto provocou uma violenta
perseguição que obrigou a Paulo a sair da cidade.
+ Segundo o seu costume, Paulo
dirigiu-se a eles e, por três
sábados, discutiu com eles
sobre as Escrituras, declarando
e mostrando que Cristo devia
sofrer
e ressuscitar dos
mortos. «E este Jesus que vos
anuncio, dizia, é o Cristo».
Alguns deles acreditaram e
juntaram-se a Paulo e Silas,
bem como uma grande multidão
de gregos tementes a Deus, e
não poucas mulheres nobres.
Porém, os judeus, cheios de
inveja, tomaram consigo alguns
maus homens da ralé,
provocaram motins, puseram a
cidade em tumulto, alvoroçaram
a cidade... Alvoroçaram o povo e
os politarcas da cidade que
ouviam tais coisas…
Os irmãos, logo que chegou a
noite, enviaram Paulo e Silas
para Bereia (Act 17,2-10).
+ Para lá se dirige Paulo e prega Jesus na sinagoga. Tudo correu bem,
criando uma numerosa comunidade cristã, até que chegaram alguns
judeus de Tessalónica e provocaram uma nova perseguição.
Bereia está situada à
esquerda de
Tessalónica até ao
interior, seguindo a
via Egna
+ Perante esta situação os irmãos decidem levar Paulo para a costa e
embarcá-lo aí rumo a Atenas. Paulo consentiu, mas preocupava-o a situação
em que deixava as jovens comunidades, com pouco tempo de formação e
perseguidas. Por isso decide deixar aí os seus acompanhantes, Silas e
Timóteo, para completarem a catequese e ele partir sozinho. Espera-os em
Atenas.
Atenas
+ Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito afligia-se no seu
interior vendo aquela cidade cheia de ídolos. Disputava na sinagoga com os
judeus e com os prosélitos, e no foro todos os dias com aqueles que
encontrava. Alguns filósofos epicúreos e estóicos conversavam com ele.
Uns diziam: «Que quer este palrador?» E outros: «Parece que anuncia
deuses estrangeiros. » Porque lhes anunciava Jesus e a ressurreição.
(Act 17,16-18)
+ Tendo-o tomado, levaram-no ao Areópago, dizendo; «Podemos saber
que nova doutrina é essa que pregas? Porque andas a meter-nos pelos
ouvidos umas coisas estranhas. Queremos, pois, saber, o que vem a ser
isto». Todos os atenienses e os forasteiros que ali residiam não se
ocupavam noutra coisa senão em ouvir ou dizer as últimas novidades
(Act 17,19-21).
O
discurso
de Paulo:
- quando Paulo prega aos judeus, centra o seu discurso em demonstrar que
Jesus é o Messias prometido, mas quando se dirige aos gentios tem que
começar afirmando a existência de um só Deus, criador, e depois continua
anunciando Jesus como seu enviado especial para salvar. Assim o faz no
Areópago. (Act 17,22-31)
O discurso tem cinco partes:
1) Introdução: aludindo a um altar dedicado ao Deus
desconhecido, afirma que vai anunciar este Deus.
2) Existe um só Deus, criador e transcendente; não habita nos
templos humanos nem necessita de nenhum homem, pois Ele dá a
todos alento e vida
3) Em concreto, é criador da humanidade e sua história e lhe
deu o desejo de O procurar e a possibilidade de O encontrar, ainda
que seja por tentativas, pois não está longe de nós, já que
4) n´’Ele vivemos, nos movemos e existimos. Por Ele os homens
são família de Deus. Como consequência, a divindade não é
semelhante a estátuas preciosas, mas aos homens
5) Conclusão: revelou-Se especialmente pelo homem Jesus,
acreditado por Ele, ao tê-l’O ressuscitado e constituído juiz dos
vivos e dos mortos.
+ Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns faziam
troça, outros, porém, disseram: « Outra vez te ouviremos sobre
este assunto. » Assim saiu Paulo do meio deles. Todavia, algumas
pessoas, concordando com ele, abraçaram a fé; entre as quais
Dionísio, o Areopagita, e uma mulher chamada Dâmaris, e outros
com eles (Act 17,32-34).
Corinto
+ Paulo pensava esperar por Silas e Timóteo em Atenas, mas depois
desta experiência, decide abandonar a capital e dirigir-se a Corinto,
situada no istmo que une a península do Peloponeso ao continente. Era
uma cidade comercial, de 600.000 habitantes, dos quais 400.000 eram
escravos. Tinha dois portos comerciais, Cencreas a oriente e Lequeo a
ocidente. Muito dinheiro e muita corrupção.
«Depois disto, tendo Paulo partido de Atenas, foi a Corinto.
Encontrando aí um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que pouco
antes tinha chegado da Itália, e Prisca, sua mulher, porque Cláudio
tinha mandado sair de Roma todos os judeus;
Paulo juntou-se a
eles e, como tinha o
mesmo oficio,
morava com eles e
trabalhavam
conjuntamente:
eram fabricantes de
tendas. Falava todos
os sábados na
sinagoga e
esforçava-se por
convencer judeus e
gregos (Act 18,1-4).
+ Aqui regressam Silas e Timóteo. Trazem boas notícias porque os
cristãos, apesar da perseguição, mantêm-se fiéis e dão testemunho
da sua fé, até ao ponto de serem famosos em toda a zona.
Mas também há lados obscuros: por um lado existem muitas
deficiências na sua formação doutrinal e no seu comportamento
moral, e, por outro lado, têm que sofrer as constantes calúnias que
espalham contra Paulo alguns judeus perseguidores, dizendo que faz
tudo com má intenção para conseguir obter dinheiro...
+ Paulo quis ir de novo a Tessalónica, mas já que não é possível,
escreve uma carta aos cristãos de Tessalónica na qual dá graças a
Deus pela sua fé, defende-se das acusações, aclara pontos de
doutrina e corrige maus costumes
+ Facto importante. É o primeiro escrito
do Novo Testamento. Corre o ano 51.
+ Como noutros lugares, os judeus incrédulos, provocam uma
altercação e expulsam Paulo da sinagoga:
«Quando Silas e Timóteo
chegaram à Macedónia, Paulo
aplicava-se
assiduamente
à
Palavra, dando testemunho aos
judeus de que Jesus era o
Messias.
Mas,
como
o
contradissessem e o injuriassem,
ele, sacudindo as suas vestes,
disse-lhes: «O vosso sangue recaia
sobre a vossa cabeça! Eu não
tenho culpa. Desde agora vou para
os gentios ».
Saindo dali, entrou em casa de um certo Tito Justo, temente a Deus, cuja
casa era contígua à sinagoga. Crispo, chefe da sinagoga, acreditou no Senhor
com toda a sua família, e muitos dos coríntios, ouvindo-o, acreditaram e
foram baptizados.
Uma noite, numa visão, o
Senhor disse a Paulo:
«Não temas, fala, não te
cales; porque eu estou
contigo; e ninguém porá
as mãos sobre ti para te
fazer mal, porque eu
tenho um povo numeroso
nesta cidade».
Demorou-se ali um ano e
seis meses, ensinando-lhes a Palavra de Deus
(Act 18, 5-11).
Postura
de Roma
perante os
cristãos
+ L. Júlio Galião foi procônsul da província romana de Acaia, cuja capital
era Corinto, desde o Verão de 51 ao Verão de 52. Era cordovês, irmão de
Séneca. O dado é importante porque serve para datar a actividade de
Paulo e para conhecer a postura inicial dos romanos perante o fenómeno
cristão: só intervinham por motivos de ordem pública, não por razões
religiosas. Durante o seu mandato os judeus detêm Paulo e denunciam-no
perante o seu tribunal.
+ «Sendo Galião procônsul de Acaia, os judeus, de comum acordo,
levantaram-se contra Paulo e levaram-no ao tribunal, dizendo: «Este
persuade os homens a que adorem a Deus com um culto contra a Lei.»
Paulo ia a abrir a boca para responder, quando Galião disse aos judeus:
«Se isto fosse na realidade alguma injustiça ou delito grave, eu vos
ouviria, ó judeus, conforme o direito. Mas se se trata de discussões sobre
palavras e nomes, e sobre a vossa Lei , isso é convosco, eu não quero ser
juiz de tais coisas». E mandou-os sair do tribunal. (Act 18,12-16)
Regresso
a Antioquia:
+ Paulo decide regressar à comunidade que o enviou a Antioquia.
Dirige-se ao porto do oriente, Cencreas, procurando um barco para
a Síria. Mandou cortar o cabelo em Cencreas, porque tinha feito um
voto. Dado interessante, porque mostra a postura de Paulo perante
a Lei de Moisés: pode-se observar por devoção, mas não impor como
necessária para a salvação.
+ Acompanha-o o matrimónio cristão que o acolheu,
Áquila e Prisca, que se mudam para viver em Éfeso.
+ Fazem escala em Éfeso e Paulo aproveita para pregar na sinagoga,
prometendo-lhes voltar mais adiante. E dirigem-se a Antioquia da Síria.
Desembarcando em Cesareia, subiu a Jerusalém, aí saudou a Igreja, e
foi em seguida para Antioquia (Act 18,22). Ali permanecerá dois anos,
desde o Outono de 52 até à Primavera de 54.
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