Série: Processos Estocásticos O Processo de Poisson Disciplina: Métodos Matemáticos 1C Dennis S. Poisson, Sceaux, France PROCESSO DE POISSON 1 - INTRODUÇÃO 2 - PROCESSO DE POISSON 3 - TEMPOS DE CHEGADA 4 - TEMPOS ENTRE CHEGADAS 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 6 - PROCESSO DE POISSON FILTRADO 7 - PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO Processo de Contagem Muitos fenômenos físicos são probabilisticamente descritos pelo mesmo processo de formação de uma fila. Os clientes chegam aleatoriamente e independentemente um do outro a uma taxa normalmente constante de clientes/segundo. N N(0)=0 k P1 =t . . . P+ de 1 em t = 0 4 3 t -> 0 2 1 t Processo Aleatório de Contagem {Nt, 0 t+} a. a variável aleatória de contagem Nt assume unicamente valores inteiros não negativos e N0 0 b. o processo aleatório de contagem {Nt, 0 t+} tem estacionaridade e incrementos independentes. c. P[ N t t N t 1] t 0( t ) d. P[ N t t N t 1] 0( t ) onde é uma constante positiva e onde 0(t) é uma função de t a qual vai a zero mais rapidamente que t, i.é., onde 0(t) é uma função tal que 0( t ) lim 0 t 0 t (1) Um processo aleatório o qual satisfaz as hipóteses (a) a (d) é chamado um Processo de Contagem de Poisson e, como vamos mostrar, o número de eventos que ocorre em um dado intervalo de tempo tem uma Distribuição de Probabilidade de Poisson. Das propriedades c e d tiramos que P[ N t t N t 0] 1 P[ N t t N t 1] 1 ( P[ N t t N t 1] P[ N t t N t 1]) 1 ( t 0( t ) 0( t )) 1 t 20( t ) P[ N t t N t 0] 1 t 0( t ) (2) Vamos agora determinar a distribuição de probabilidade da variável aleatória de contagem Nt. Consideremos o intervalo (0,t+t] e dividamos ele em dois conforme figura abaixo: t 0 t t+t Introduzimos a notação pk (t ) P[ N t k ] e p j ,k (t , t t ) P[ N t t k | N t j ] O evento condicional [Nt+t=k | Nt=j] é equivalente ao evento [Nt+t - Nt = k-j] e então suas probabilidades são iguais, P[ Nt t k | Nt j ] P[ Nt t Nt k j ] Por hipótese, o processo de contagem tem incrementos estacionários e então segue-se que P[ N t t N t k j ] P[ N t N 0 k j ] P[ N t k j ] As probabilidades de transição pj,k(t,t+t) dessa forma dependem unicamente do intervalo de tempo t, e escrevemos então que p j ,k ( t ) p j ,k (t , t t ) P[ N t k j ] (3) Consideremos a probabilidade de que nenhum evento ocorra no intervalo (0,t+t]. Esta situação ocorre quando nenhum evento ocorre no intervalo (0,t] e nem no (t,t+t]. Intervalos não sobrepostos => incrementos v.a’s independentes: p0 (t t ) p0 (t ) p0,0 ( t ) (4) Segue-se (2) e (3) que p0,0 ( t ) 1 t 0( t ) Usando este resultado em (4), subtraindo p0(t) de ambos os lados e dividindo por t, teremos p0 (t t ) p0 (t ) 0( t ) p0 (t ) p0 (t ) t t Passando o limite t 0, tem-se dp0 ( t ) p0 ( t ) dt como a equação diferencial para probabilidade de que nenhum evento ocorra em um intervalo de duração t. Sua solução é, p0 (t ) ce t notando que p0 (0) 1 c 1 segue-se P[ N t 0] p0 (t ) e t Tendo obtido p0(t) vamos determinar pk(t) para k 1. Começando de N0=0, Nt+ t pode tornar-se igual a um inteiro k de diversas formas: pode ser que não aconteça nenhum evento no intervalo (0,t] e k eventos no (t,t+t]; pode acontecer um evento no intervalo (0,t] e k-1 no (t,t+t]; etc. Dessa forma, podemos escrever k pk (t t ) p j (t ) p j ,k ( t ) j 0 pois são eventos mutuamente exclusivos. (5) Determinação de pk(t) Passo A. Mostrar que p j ,k ( t ) 0( t ) 0 j k-2, p j ,k ( t ) p j ,k (t , t t ) P[ N t t k | N t j ] P[ N t t N t k j ] P[ N t k j ] se 0 j k-2, então k j 2 k j 1 Logo, p j ,k ( t ) P[ N t 1] 0( t ) Passo B. Mostrar que dpk (t ) pk (t ) pk 1 (t ) dt Como vimos em (5) k pk (t t ) p j (t ) p j ,k ( t ) j 0 assim k 2 pk (t t ) p j (t ) p j ,k (t ) pk 1 (t ) pk 1,k (t ) pk (t ) pk ,k (t ) j 0 Como vimos no Passo A. p j ,k ( t ) 0( t ) 0 j k-2, assim k 2 pk (t t ) 0(t ) p j (t ) pk 1 (t ) pk 1,k (t ) pk (t ) pk ,k (t ) j 0 Lembrando que pk ,k ( t ) P[ N t k k 0] 1 t 0( t ) e que pk 1,k ( t ) P[ N t k k 1 1] t 0( t ) teremos que k 2 pk (t t ) 0(t ) p j (t ) pk 1 (t )t pk 1 (t )0(t ) j 0 pk (t ) pk (t )t pk (t )0(t ) Subtraindo pk(t) em ambos os lados, dividindo por t e tomando o limite, pk (t ) 0( t ) k 2 p j (t ) pk 1 (t ) pk (t t ) pk (t ) t j 0 t lim lim t 0 t 0 t 0( t ) pk (t ) 0( t ) pk 1 (t ) t t pk (t ) pk (t ) t dpk (t ) pk (t ) pk 1 (t ) dt Passo C. Para k=1 temos que dp1 p1 p0 dt mas, como provado anteriormente po e t assim dp1 dp1 t t p1 e e e t p1 dt dt d p1e t d p1e t dt dt p1 (t ) te t K=2 dp2 p2 p1 dt mas, como visto, p1 (t ) te t assim dp2 dp2 t 2 t p2 te e e t p2 2 t dt dt d p2 e t 2 t d p2 e t 2 tdt dt (t ) t p2 (t ) e 2 2 (idêntico) K=3 dp3 p3 p2 dt mas, como vimos (t ) 2 t p2 (t ) e 2 assim 3 2 dp3 (t ) 2 t dp3 t t t p3 e e e p3 dt 2 dt 2 3 2 3 2 d t t t t p3e d p3e dt dt 2 2 (t ) t p3 (t ) e 3! 3 Logo, por indução finita, (t ) t P[ N t k ] e k! k Portanto, a variável aleatória contínua Nt tem uma distribuição de probabilidade de Poisson. Pode-se mostrar que E[Nt]=var[Nt]= t PROCESSO DE POISSON 1 - INTRODUÇÃO 2 - PROCESSO DE POISSON 3 - TEMPOS DE CHEGADA 4 - TEMPOS ENTRE CHEGADAS 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 6 - PROCESSO DE POISSON FILTRADO 7 - PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO 3- Tempos de Chegada Freqüentemente é necessário se estudar o tempo requerido para que um dado número de eventos k ocorra , assim como contar o número de eventos que ocorrem em um dado intervalo de tempo t. Chamaremos então o tempo de ocorrência tk do k-ésimo evento de tempo de chegada do k-ésimo. Chamaremos a variável aleatória que representa a distribuição dos possíveis valores dos tempos de chegada de Tk. N k . . . 4 3 N(t) 2 1 t1 t2 tk t tk+1 t Determinar a relação entre a função distribuição de probabilidade do tempo de chegada do k-ésimo evento, Tk, e a variável aleatória de contagem Nt : Por definição FTk (t ) P[Tk t ] O evento [Tk t] é equivalente a [Nt > k-1], e dessa forma têm a mesma probabilidade. Assim: [Tk t ] [ N t k 1] P[Tk t ] P[ N t k 1] 1 P[ N t k 1] Escrevendo o resultado acima em termos das correspondentes funções distribuição de probabilidade, teremos que FTk 1 FN t ( k 1) (6) Resultado válido para qualquer processo de contagem desde que N0=0. Vamos aplicar o resultado anterior ao caso do processo de contagem de Poisson. Como visto e t (t ) j P[ N t j ] j! quando {Nt,0 t<+ } é um processo de contagem de Poisson. Dessa forma, para k 1, e t ( t ) j FN t ( k 1) P[ N t j ] j! j 0 j 0 k 1 k 1 Usando o resultado (6), segue-se então que j ( t ) FTk (t ) 1 e t j! j 0 k 1 0 para t 0 para t<0 PROCESSO DE POISSON 1 - INTRODUÇÃO 2 - PROCESSO DE POISSON 3 - TEMPOS DE CHEGADA 4 - TEMPOS ENTRE CHEGADAS 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 6 - PROCESSO DE POISSON FILTRADO 7 - PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO 4- Tempos entre chegadas Tendo considerado os tempos de chegada Tk de um um processo de contagem aleatório {Ni, 0 t<+ }, vamos agora estudar algumas das propriedades estatísticas dos intervalos entre sucessivos tempos de chegada. Chamaremos as durações destes intervalos Zk de intervalos entre chegadas, onde Z1 T1 Zk Tk Tk 1 z1 0 z2 t1 t2 ,para k=2,3,4,... zk tk-1 tk t A seqüência de intervalos entre chegadas forma dessa forma um processo aleatório de parâmetro discreto com variável aleatória contínua {Zk, k=1,2,3,...}. Vamos agora determinar a função distribuição de probabilidade do K-ésimo intervalo entre chegadas, Zk, em termos da distribuição de probabilidade da variável aleatória de contagem Nt. Para isto vamos primeiro determinar a probabilidade P[ Z k z] 1 P[ Z k z] 1 FZk (z) Segue-se, da definição de intervalo entre chegadas, que o evento [Zk>z] e [Tk - Tk-1>z] são equivalentes [ Z k z] [Tk Tk 1 z] [Tk Tk 1 z ] Suponha que o valor observado de Tk-1 é tk-1. O evento [TK>Tk-1+z|Tk-1=tk-1] ocorre iff o processo de contagem não incrementar durante o intervalo (tk-1,tk-1 + z]: [Tk Tk 1 z| Tk 1 t k 1 ] [ N tk 1 z N tk 1 0] Desde que os eventos são equivalentes, eles têm probabilidades iguais. Obtemos então o resultado P[ Zk z| Tk 1 t k 1 ] P[ N tk 1 z N tk 1 0] Dessa forma, segue-se que FZk ( z| Tk 1 t k 1 ] P[ N tk 1 z N tk 1 0] (7) Se o processo de contagem é estacionário, então segue-se que a probabilidade no lado direito da equação anterior é uma função unicamente de z; em particular, P[ N tk 1 z N tk 1 0] P[ N z 0] pois, por hipótese, N0 = 0. A função distribuição condicional no lado esquerdo de (7) é dessa forma independente do valor particular de k, e temos finalmente que FZk ( z) 1 P[ N z 0] para todo k=1,2,3,... Como este resultado é independente do valor do índice k, segue-se que se o processo de contagem é estacionário, então os vários intervalos entre chegadas terão todos a mesma função distribuição de probabilidade. PROCESSO DE POISSON [ Parte II ] 1 - INTRODUÇÃO 2 - PROCESSO DE POISSON 3 - TEMPOS DE CHEGADA 4 - TEMPOS ENTRE CHEGADAS 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 6- PROCESSO DE POISSON FILTRADO 7 - PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 1º Passo: Suponha que exatamente k eventos de um processo de Poisson ocorrem em um intervalo de duração t. Em outras palavras Nt = k, onde Nt é uma variável aleatória de Poisson. Se particionarmos (0,t] em M subintervalos adjacentes para os instantes de tempo t’0, t’1, t’2,..., t’M, considerando: t 'o 0 e t 'M t E definindo: m t 'm t 'm1 para m 1,2,..., M Temos a situação de partição representada a seguir: m 0 t'o t '1 t 'm1 ( m ) t'm t 'M t Podemos escrever: M t m m 1 Não há relação a priori entre os tempos em que os eventos ocorrem (tk) e os instantes da partição t’m. 2º Passo: Número de eventos que ocorrem em um subintervalo: ( m ) (t 'm1 , t 'm ] onde m 1,2,..., M Segue que: M k m 1 m k Exatamente k eventos ocorreram no intervalo (0,t]. A probabilidade condicional conjunta de km eventos ocorrerem durante o intervalo (m), m = 1,2,..., M, considerando a hipótese de que k eventos ocorrem durante o intervalo inteiro é: P[ N1 k1 , N 2 k 2 ,..., N M k M | N t k ] P[ N1 k1 , N 2 k 2 ,..., N M k M , N t k ] P[ N t k ] P[ N1 k1 , N 2 k2 ,..., N M k M ] P[ N t k ] (1) Incrementos estacionários e independentes, vem: M P[ N1 k1 , N 2 k 2 ,..., N M k M ] P[ N m k m ] (2) m 1 O número de eventos Distribuição de Poisson. Assim, podemos reescrever (2) e o denominador de (1): P[ N m e m ( m ) km km ] km! e e t (t ) k P[ N t k ] k! Levando os resultados acima em (1): Obtemos a probabilidade condicional conjunta: e m ( m ) km km! m 1 kM | Nt k ] e t (t ) k k! M P[ N1 k1 , N 2 k 2 ,..., N M ( m ) km km! m 1 tk k! M e (1 2 ... M ) k1 k2 ... k M e t k k! M ( m ) km k t m 1 k m ! 3º Passo: Particionamento suficientemente bom apenas um evento ocorra em cada subintervalo. Nesse caso, cada um dos k subintervalos terá apenas um evento ocorrendo em sua duração, ou seja: ( m ) km m e k m ! 1 Não ocorrerá nenhum evento em cada um dos M-k subintervalos restantes: ( m ) km 1 0 m e k m ! 0! 1 P[ N1 k1 , N 2 k 2 ,..., N M k! M ( m ) km kM | Nt k ] k t m 1 k m ! Reindexaremos os k subintervalos, de modo que o subintervalo (j) contenha o j-ésimo evento a ocorrer. O tempo de ocorrência do j-ésimo evento é o tempo de chegada tj, ficamos apenas com a probabilidade condicional conjunta de ocorrência dos eventos [tj (j)], j = 1, 2, ..., k: k! k P[t1 (1 ), t2 ( 2 ),..., tk ( k ) | Nt k ] k j (3) t j 1 4º Passo: k eventos ocorrem durante [0,t], o mesmo resultado pode ser obtido assumindo que os tempos de chegada tj são as estatísticas de ordem dos tempos de evento (ou tempos de chegada não-ordenados). Variáveis aleatórias mutuamente independentes Uniformemente distribuída em [0,t] Podemos indexar os objetos que causam eventos particulares pelos inteiros 1, 2, ..., k e denotar como ui o tempo de evento que o objeto i leva para que um evento de interesse ocorra. TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS Não garantia a priori que #i gere o i-ésimo evento a ocorrer (em ordem) não garantia ui = ti. Objetos #1 #2 #i #k Tempos de Evento Tempos de Chegada u k u1 u2 0 t1 t2 ti t j ui t tk t 5º Passo: Seja Uj a v.a. da distribuição dos valores dos ui empíricos, dizemos que as v.a’s Ti são as estatísticas de ordem das v.a’s Uj . Em seguida assumimos: Variáveis aleatórias mutuamente independentes Uniformemente distribuídas em [0,t] Estamos assumindo que dado Nt = k, os Uj são mutuamente independentes e: 1 ,0 ui t fU i (ui | N t k ) t , i 1,2,..., k 0, caso contrário Como os Uj são v.a’s independentes: 1 k ,0 ui t fU1 ,U 2 ,..., U k (u1 , u2 ,..., uk | N t k ) t , i 1,2,..., k 0, caso contrário Existem k! diferentes conjuntos de tempos de eventos [uj, i = 1, 2,..., k] que poderiam gerar um conjunto particular de tempos de chegada. Daí: k! k ,0 t j t fT1 ,T2 ,..., Tk (t1 , t 2 ,..., tk | N t k ) t , j 1,2,..., k (4) 0, caso contrário TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS Retornando aos k subintervalos (j) da eq.(3), a probabilidade de um T1 cair em um subintervalo (1), de duração 1 , que T2 caia num subintervalo (2), de duração 2 , e assim sucessivamente é dada pela f.d.p condicional conjunta escrita em (4), ou seja: P[T1 (1 ), T2 ( 2 ),..., Tk ( k ) | Nt k ] ( K) ( 2) ( 1) k! k! k dt1dt2 dtk k j k t t j 1 Esse resultado é idêntico ao obtido em (3), completando nossa prova. Q.E.D PROCESSO DE POISSON 1 - INTRODUÇÃO 2 - PROCESSO DE POISSON 3 - TEMPOS DE CHEGADA 4 - TEMPOS ENTRE CHEGADAS 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 6 - PROCESSO DE POISSON FILTRADO 7 - PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO 6 - PROCESSO DE POISSON FILTRADO Definição Suponha que excitamos aleatoriamente um operador linear com um processo de Poisson. Isto é, o processo aleatório que descreve o fenômeno de interesse, [Xt , 0 t <+] pode ser escrito: Nt X t h(t U j ) , onde j 1 uj gera h(t- uj) em um tempo t Nt descreve o nº de eventos que ocorreram em(0,t] Uj são os TCNO dos eventos que ocorreram em(0,t] Temos o chamado Processo de Poisson Filtrado. PROCESSO DE POISSON FILTRADO Valor Esperado de Xt : E[ X t ] P[ N t k ]E[ X t | N t k ] (1) k 0 A média condicional E[Xt | Nt = k] é obtida tomando a média da soma: k h(t U j 1 j ) com relação aos tempos de chegada não-ordenados U1, U2, ..., Uk. k E[ X t | Nt k ] E h(t U j ) j 1 k E[h(t U j )] j 1 Resultados anteriores nos dão: 1 ,0 u t fU j (u | N t k ) t , j 1,2,..., k 0, caso contrário Ficando: k t k 1 E[ X t | Nt k ] E[h(t U j )] h(t u j )du j j 1 j 1 t 0 Fazendo u = t-uj : t k E[ X t | Nt k ] h(u )du t 0 (2) Substituindo (2) em (1), chegamos à esperança de Xt : 1 E[ X t ] h(u )du P[ Nt k ]k h(u )du t0 k 0 0 t t Q.E.D PROCESSO DE POISSON FILTRADO Distribuição de Xt : Nt ivX t X t (v) E[e ] E exp iv h(t U j ) j 1 Analogamente: X (v) P[ N t k ]E[eivX | N t k ] t t k 0 Onde: E[e ivX t k | N t k ] E exp iv h(t U j ) j 1 E[eivX t k ivh( t U j ) | N t k ] E e j 1 k E e j 1 ivh( t U j ) 1 ivh(u ) 1 ivh(t u j ) e du j e du j 1 t 0 t 0 t k t Substituindo o resultado acima em: X (v) P[ N t k ]E[eivX | N t k ] t t k 0 k PROCESSO DE POISSON FILTRADO X (v ) t k 0 e t k (t ) 1 ivh(u ) 1 t ivh ( u ) du e e du e k! t 0 k 0 k! 0 k t t k Relembrando a expansão da função exponencial em séries de potências: t t ivh ( u ) X t (v) e exp e du 0 t ivh( u ) exp e 1 du 0 Q.E.D PROCESSO DE POISSON 1 - INTRODUÇÃO 2 - PROCESSO DE POISSON 3 - TEMPOS DE CHEGADA 4 - TEMPOS ENTRE CHEGADAS 5 - TEMPOS DE CHEGADA NÃO-ORDENADOS 6 - PROCESSO DE POISSON FILTRADO 7 - PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO 7- PARTICIONAMENTO ALEATÓRIO Dado um Processo de Poisson Filtrado, [Xt , 0 t <+], formamos um novo processo [Zt , 0 t <+] selecionando aleatoriamente apenas alguns dos eventos básicos. Isto é, se: Nt X t h(t U j ) j 1 Nt , então Z t Y j h(t U j ) j 1 Têm P[Yj =1] = p e P[Yj =0] = 1-p = q Mutuamente independentes Independentes dos Uj’s O processo particionado é um Processo de Poisson Filtrado com taxa p vezes a taxa do processo básico. Valor Esperado do novo processo Zt : E[ Z t ] P[ N t k ]E[ Z t | N t k ] (1) k 0 A esperança condicional E[Zt | Nt = k] é obtida tomando a média de ambas as v.a’s U1, U2, ..., Uk e as v.a’s Y1, Y2, ..., Yk. k E[ Z t | Nt k ] E Y j h(t U j ) j 1 k E[Y j h(t U j )] j 1 k E[Zt | Nt k ] E[Y j h(t U j )] j 1 k E[Y j ]E[h(t U j )] j 1 k j 1 t t p kp h(t u j )du j h(u)du t 0 t 0 Substituindo (2) em (1): kp t E[ Z t ] P[ N t k ] h(u )du k 0 t 0 (2) kp t E[ Z t ] P[ N t k ] h(u )du k 0 t 0 p h(u)du kP[ Nt k ] t 0 k 0 t t p h(u )du 0 Pelo resultado anterior E[Zt] = p E[Xt], ou seja, o valor esperado depois do particionamento aleatório é simplesmente p vezes o valor esperado antes do particionamento. Q.E.D