O QUE É AIDS? A aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo. Nos últimos 30 anos, a epidemia de aids já custou mais de 35 milhões de vidas – com efeitos devastadores em famílias, comunidades e países. Ao mesmo tempo, a resposta à epidemia gerou um movimento global, que transformou a forma de se abordar questões de saúde e de desenvolvimento. O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de aids. A epidemia brasileira é concentrada em populações em situações de vulnerabilidade, tais como homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis, profissionais do sexo e usuários de drogas. A principal e mais forte estratégia de prevenção adotada pelo país é a focalização das ações nas populações mais vulneráveis, oferecendo acesso ao preservativo, combinado com intervenções comunitárias, além da oferta de teste anti-HIV para um diagnóstico cada dia mais precoce. O acesso ao teste rápido tem como foco principal a ampliação do diagnóstico precoce em populações em situação de maior vulnerabilidade. Em 2012, a estimativa é de que sejam distribuídos 2,9 milhões de testes rápidos anti-HIV no país. A oferta de teste anti-HIV em locais externos ao serviço de saúde, as ações extramuros, com a participação da sociedade civil organizada e de profi ssionais de saúde, também têm sido a marca do Fique Sabendo, o que possibilita maior acesso da população ao diagnóstico. Distribuição de preservativos O Brasil é o maior comprador governamental de preservativos do mundo. O acesso ao insumo é gratuito para a população. Em 2012, serão distribuídos cerca de 460 milhões de preservativos. Desde 2008, o país produz suas próprias camisinhas masculinas com a instalação da fábrica de preservativos em Xapuri/AC. A produção é de 100 milhões por ano. Os preservativos brasileiros foram os primeiros do mundo a serem desenvolvidos com látex natural da Amazônia. Panorama da AIDS no Brasil Número de casos novos de aids por ano • Em média, 36 mil casos/ano Casos notificados (de 1980 a junho de 2012) • 656.701 casos de aids Número de óbitos por ano • Aproximadamente 11,5 mil Taxa de prevalência de HIV na população • População geral – 0,4% • Homens – 0,5% • Mulheres – 0,3% • HSH (Homens que fazem sexo com homens) – 10,5% • Profissional do sexo – 4,9% • Usuários de drogas – 5,9% Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2012, O Brasil tem 656.701 casos registrados de aids (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico. Em 2011, foram notificados 38.776 casos da doença e a taxa de incidência de aids no Brasil foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes. A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de casos de aids é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998. Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV. De cada dez jovens brasileiros, quatro dispensam o uso da camisinha quando estão em relacionamentos estáveis. O dado é da pesquisa "Juventude, Comportamento e DST/Aids" feita pela Caixa Seguros em parceria com o Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O levantamento também mostra que três em cada 10 desconfiariam da fidelidade do parceiro caso recebessem proposta de uso de preservativo. "O Brasil segue a tendência mundial de redução de casos e óbitos ao longo dos anos. As pessoas estão vivendo mais e melhor com a doença, graças ao acesso aos medicamentos", informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O País tem hoje ainda 630 mil portadores do vírus HIV, segundo o Ministério. O diagnóstico prévio e tratamentos descobertos são a chave para a diminuição dos casos de óbitos em massa quando a doença começou a atingir as primeiras pessoas. Segundo o Ministério da Saúde, a doença matou 11.965 pessoas em 2010 no País e 241.500 desde 1980. O estudo entrevistou 1.208 pessoas entre 18 e 29 anos, em 15 estados. Desse total, 91% responderam que já tiveram relação sexual; 36% não usaram camisinha na ultima vez em que fizeram sexo. Além disso, 40% não confiam no preservativo como método eficaz de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou gravidez e apenas 9,4% fizeram consultas médicas sobre o tema nos últimos 12 meses.