EPILEPSIA, abordagem médico-espírita e espírita Definição da Ciência médica: 1 – “Doença nervosa caracterizada por ataques convulsivos, perda da consciência e outras perturbações psíquicas. “O mesmo que disritmia cerebral paroxística. (paroxismo: sintomas se manifestam com maior intensidade) “Distúrbio crônico do cérebro caracterizado - por convulsões ou ataques repetidos. A origem dos ataques pode ser: uma lesão cerebral subjacente, uma lesão estrutural do cérebro, uma doença sistêmica, ou até ser idiopática (sem causa orgânica). - “Os ataques epilépticos consistem em perda de consciência, espasmos convulsivos de partes do corpo, explosões emocionais ou períodos de confusão mental. “Nos indivíduos epilépticos, as ondas cerebrais, que são uma manifestação da atividade elétrica do córtex cerebral, têm um ritmo característico anômalo. Os registros das ondas cerebrais são obtidos com um aparelho denominado eletroencefalógrafo. 2 – Jesus e o jovem possesso 2.1 - No Evangelho de Lucas, cap. 9, versículos 38 a 43 encontramos o seguinte relato: "A cura do jovem possesso”: 38 – “E eis que, dentre a multidão, surgiu um homem dizendo em voz alta: Mestre, suplico-te que vejas meu filho, porque é o único. 39 – “Um espírito se apodera dele e, de repente, grita e o atira por terra, convulsiona-o até espumar, e dificilmente o deixa, depois de o ter quebrantado. 40 – “Roguei aos teus discípulos que o expelissem, mas eles ; não puderam. 41 – “Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho. 42 – “Quando ia se aproximando, o demônio o atirou no chão e o convulsionou, mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou ao pai". Essa passagem do evangelho é também encontrada no Evangelho de Marcos, 9: 14 a 29. 2.2 - Os relatos dos evangelhos de Lucas e Marcos permitem diagnosticar o quadro apresentado pelo jovem como EPILEPSIA com crise generalizada tônico-clônica. 3 – Descrição do sintoma físico do doente pelo espírito André Luiz - “O doente trazia agora a face transfigurada por indefinível palidez, - os músculos jaziam tetanizados e - a cabeça, exibindo os dentes cerrados, mostrava-se flectida para trás, enquanto que os braços se assemelhavam a - dois galhos de arvoredo, - quando retorcidos pela tempestade. A lividez do rosto deu lugar à vermelhidão que invadiu as faces congestas. A respiração tornara--se angustiada, ao mesmo tempo que os esfincteres se relaxavam, convertendo o enfermo em torturado vencido.” André Luiz (Nos Domínios da Mediunidade, Francisco C. Xavier, capítulo 9: Possessão – FEB) 4 – Descrições do fenômeno espiritual da Epilepsia por André Luiz: 4.1 – Caso de Pedro-espírito: 4.1a- “O córtex cerebral apresentava-se envolvido de escura massa fluídica. O doente permanece inconsciente.” (...) ”está no momento sem recursos de ligação com o cérebro carnal. Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica.” “Os centros motores estão desorganizados. Todo o cérebro está empastado de fluidos deletérios. As vias do equilíbrio aparecem completamente perturbadas. Pedro temporariamente não dispõe de controle para governar-se, nem de memória comum para marcar a inquietante ocorrência de que é protagonista. ... em espírito, está arquivando todas as particularidades da situação em que se encontra, de modo a enriquecer o patrimônio das próprias experiências.” André Luiz (Nos Domínios da Mediunidade, Francisco C. Xavier, capítulo 9: Possessão – FEB) 4.1b – “...presenciamos um ATAQUE EPILÉPTICO segundo a definição da Medicina terrestre, entretanto, somos constrangidos a identificá-lo como sendo um transe mediúnico de baixo teor, porquanto verificamos aqui a associação de DUAS MENTES DESEQUILIBRADAS, que se prendem às teias do ódio recíproco.” André Luiz (Nos Domínios da Mediunidade, Francisco C. Xavier, capítulo 9: Possessão – FEB) 4.1c – “Pela passividade com que reflete o inimigo desencarnado, será justo tê-lo nessa conta, contudo, precisamos considerar que, antes de ser um MÉDIUM na acepção comum do termo, é UM ESPÍRITO ENDIVIDADO a redimir-se.” André Luiz (Nos Domínios da Mediunidade, Francisco C. Xavier, capítulo 9: Possessão – FEB) 4.2 – Caso de Marcelo-espírito (Livro: No Mundo Maior André Luiz – Francisco C. Xavier – FEB) 4.2a- "Observa o campo orgânico, examinando particularmente o cérebro. Notei que a luz habitual dos centros_endócrinos empalidecera, persistindo somente a epífise a emitir raios anormais.” “No encéfalo o desequilíbrio era completo. Das zonas mais altas do cérebro partiam raios de luz mental, que, por assim dizer, bombardeavam a colmeia de células do córtex. Os vários centros motores, inclusive os da memória e da fala, jaziam desorganizados, inânimes.” “Esses raios anormais penetravam as camadas mais profundas do cerebelo, perturbando as vias do equilíbrio e destrambelhando a tensão muscular; determinavam estranhas transformações nos neurônios e imergiam no sistema_nervoso cinzento, anulando a atividade das fibras.” Via-se totalmente inibido o delicado aparelho encefálico. As zonas motoras, açoitadas pelas faíscas mentais, perdiam a ordem, a disciplina, o autodomínio, por fim cedendo, baldas de energia. Enquanto isso, Marcelo-espírito contorcia-se de angústia, justaposto ao Marcelo-forma, encarcerado na inconsciência orgânica, presa de convulsões que me confrangiam a alma. 4.2b- Após detido exame, indaguei do orientador Calderaro: Como explicar essa ocorrência? Afinal de contas, nosso amigo não se encontra aqui sob o guante dos perseguidores desencarnados, mas em nossa exclusiva companhia. 4.2c- O orientador, agora em ação de socorro_magnético, interferia, restaurando o equilíbrio, recomendandome aguardar alguns minutos. Em breve, dominou a desarmonia. Envolvendo-lhe o campo mental em emissões fluídico-balsâmicas, o desastre não chegou a termo. Marcelo aquietou-se. Refez-se a atividade cerebral, qual praça em tumulto logo descongestionada. As células nervosas retomaram sua tarefa, normalizaram-se as vias do tráfego, o sistema endocrínico regressou à regularidade, as redes de estímulos restabeleceram os serviços costumeiros. 4.2d- Marcelo, desapontado e abatido, caiu em profundo_sono, pois Calderaro entendeu conveniente proporcionar-lhe maior repouso, não lhe permitindo a retirada_em_corpo_perispiritual nos primeiros minutos de paz que se sucederam à forte crise. ” André Luiz (Livro: No Mundo Maior / André Luiz – Francisco C. Xavier – FEB) 5 – Causas do processo obsessivo em vidas passadas: 5.1 - “A luta vem de muito longe. Não dispomos de tempo para incursões no passado, mas, de imediato,podemos reconhecer o VERDUGO de hoje como vítima de ontem. Na derradeira metade do século findo, PEDRO era um médico que abusava da missão de curar. Uma análise mental particularizada identificá-lo-ia em numerosas aventuras menos digna. 5.2 - O PERSEGUIDOR que presentemente lhe domina as energias era-lhe IRMÃO CONSAGUÍNEO, cuja esposa nosso amigo doente de agora procurou seduzir. Para isso, insinuou-se de formas diversas, além de prejudicar o irmão em todos os seus interesses econômicos e sociais, até incliná-lo á internação num hospício, onde estacionou, por muitos anos, aparvalhado e inútil, á espera da morte. DESENCARNADO e encontrando-o na posse da mulher, desvairou-se no ÓDIO, de que passou a NUTRIR-SE. Martelou-lhes, então, a existência e aguardouo, além-túmulo, onde os três se reuniram em angustioso processo de regeneração. 5.3 - A companheira menos culpada, foi a primeira a retornar no mundo, onde mais tarde recebeu o MÉDICO DELINQUENTE nos braços maternais, como seu próprio filho, purificando o amor de sua alma. O IRMÃO ATRAIÇOADO de outro tempo, todavia, ainda não encontrou forças para modificar-se e continua VAMPIRIZANDO-O, obstinado no ÓDIO a que se rendeu impensadamente.” André Luiz (Nos Domínios da Mediunidade, Francisco C. Xavier, capítulo 9: Possessão – FEB) 6 – Explicações de médico-espírita e espírito 6.1 – Dr. Núbor Orlando Facure 6.1a – “A Epilepsia foi tida como uma doença mental pelos séculos afora e só depois do surgimento da Neurologia, no século passado, é que a Epilepsia passou a ser compreendida com uma síndrome decorrente de uma lesão orgânica no cérebro.” 6.1b – “Hoje entende-se a epilepsia como uma descarga elétrica desorganizada que atinge os neurônios cerebrais, provocando sintomas correlacionados com a área cerebral afetada.” 6.1c – “Embora os relatos mediúnicos do porte de No Mundo Maior e Nos Domínios da Mediunidade ditados pelo Espírito André Luiz, façam descrições inconfundíveis de sintomatologia epiléptica em seus protagonistas, submissos à interferência espiritual francamente obsessora, A MEDICINA DE HOJE rejeita qualquer presença espiritual na gênese de crises epilépticas, especialmente pelo temor de ver ressurgir a nefasta participação de "demônios" dos antigos textos bíblicos, versão da qual a Idade Média e a Inquisição souberam tirar proveito.” 6.1d – “Os exames sofisticados de hoje identificam os traumas, as infeções, os tumores e as degenerações entre diversas outras causas de natureza orgânica para a etiologia da Epilepsia, entretanto, nenhum desses exames está apropriado para detectar as vibrações do plano espiritual que nos fariam compreender mais profundamente a natureza essencial do problema da Epilepsia.” Dr. Núbor Orlando Facure – Campinas-SP 6.2 – Espírito Manoel Philomeno de Miranda 6.2a - "Abandonando a hipótese obsessiva, a ciência médica refere-se a epilepsiasreflexas, por traumatismoscranianos, por tumorações no sistema nervoso Central, dócrinas, tóxicas e emocionais..." De acordo com as síndromes — conjunto de fatores etiológicos — que facultam o surgimento da forma sintomática, acredita-se naquela denominada essencial ou idiopâtica, que seria efeito de manifestações constitucionais, não obedecendo às gêneses estabelecidas, porém derivada de fatores hereditários." (...) 6.2b - "A epilepsia não perturba a inteligência, podendo encontrar-se pacientes idiotas como intelectualizados. Lamentavelmente, como irrompe de surpresa, leva sua vítima a complexos de inferioridade, graças à insegurança em que vivem, do quando pode ocorrer um episódio ou crise.” Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Pereira Franco 7 – Assistência espiritual na casa espírita 7.1 – “...é razoável que Pedro, antes de tudo, desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste. Não se constroem paredes sólidas em bases inseguras. Necessitará CURAR-SE.” 7.2 – “Aqui recolherá forças para refazer-se, assim como a planta raquítica encontra estímulo para a sua restauração no adubo que lhe oferecem.” 7.3 – “Dia a dia, ao contato de amigos orientados pelo Evangelho, ele e o desafeto incorporarão abençoados valores em matéria de compreensão e serviço, modificando gradativamente o CAMPO DE ELABORAÇÃO DAS FORÇAS MENTAIS.” 7.4 – “Sobrevirá um aperfeiçoamento de individualidades, a fim de que a fonte mediúnica surja, mais tarde, tão cristalina quanto desejamos.” 7.5 – “Salutares e renovadores pensamentos assimilados pela DUPLA DE SOFREDORES em foco expressam melhoria e recuperação para ambos, porque, na imantação recíproca em que se vêem, as ideias de um reagem sobre o outro, determinando alterações radicais.” 7.6 – “Nosso amigo está preso a significativo montante de débitos com o passado” (...) “...NINGUÉM PODE AVANÇAR LIVREMENTE PARA O AMANHÃ SEM SOLVER OS COMPROMISSOS DE ONTEM. Por esse motivo, PEDRO traz consigo aflitiva mediunidade de provação. Por esse motivo, PEDRO traz consigo aflitiva mediunidade de provação. É da LEI que ninguém se emancipe sem pagar o que deve. A rigor, por isso, deve ser encarado como enfermo, requisitando carinho e tratamento André Luiz (Nos Domínios da Mediunidade, Francisco C. Xavier, capítulo 9: Possessão – FEB) Trabalho elaborado por Walter Barcelos Centro Espírita “Aurélio Agostinho” Uberaba/MG