A internação domiciliar como estratégia de desospitalização precoce – visão pública e privada. Rede INOVARH – UFBA Outubro/09 Salvador – BA Ana Karina Tinoco Histórico Atenção Domiciliar • 1796 (EUA) – Cuidados Domiciliares para pobres e enfermos – “Hospital lugar para morrer” • 1848 – Hospital St. Catherines – Inglaterra • 1885 – Criação Agência de Voluntários para HC – Buffalo (NY – EUA) • 1911 – Plano de Saúde Metropolitan Life contrata Associação de Enfermeiras Visitadoras (VNA) • 1912 – Cruz Vermelha (VNA Rural) • 1925/29 – Declínio cuidados domiciliares/ fortalecimento do hospital (muda perfil doença) Histórico Atenção Domiciliar • 1930/54 – Aumento da centralização hospitalar • 1955/64 – Renascimento do HC (EUA)/custos hospitalares/doenças crônicas/envelhecimento • 1965/66 – Medicare e Medicaid (EUA) passam a usar enfermagem/reabilitação domiciliar (certificação das VNA’s) • Anos 70 – HC como ALTERNATIVA a internação domiciliar e REDUÇÂO de CUSTOS • Anos 80 – Ampliação nº de agências credenciadas pelo Medicare/inserção particulares. Criação da NACH Histórico Atenção Domiciliar • • • • • • • • 1949 – SAMDU/MT - SP 1968 – Hosp. Servidor Público SP – atenção domiciliar 1986 – Geriatric’s – empresa HC para AMIL 1992 – Pronep (RJ)/Dalben (SP) 1994 – ADS (SP)/Home Doctor (SP)/Saúde Lar (RS) 1995 - ABEMID 1996 – Home Vida/SOSVIDA (BA)/NADI (SP) 1998 – Portaria Nº 2416/ 2002 – Lei Nº 10.424 (SUS) • Programa de HC da Volkswagen do Brasil Legislação Atenção Domiciliar • COFEN (2002): Resolução nº 270 – Profissionais de Enfermagem • CFF (2002): Resolução nº 386 – Profissionais de Farmácia • CFM (2003): Resolução nº 1.668 – Profissionais Médicos • ANVISA (2006): RDC n° 11 – Requisitos SAD – Internação e Assistência Domiciliar Empresa de Serviços de Atenção Domiciliar – SAD (RDCANVISA nº11 de 26/01/06) Critérios de Elegibilidade Internação e Assistência Domiciliar • • • • • • • Diagnóstico firmado e quadro clínico estável Domicílio adequado Aceitação da família Identificação formal do cuidador Concordância do Médico Assistente Autorização do Plano de Saúde Critérios técnicos para modulação (NEAD/ABEMID) Modalidades da Internação e Assistência Domiciliar • • • • Diárias 24h de Enfermagem Diárias 12h de Enfermagem Diárias 06h de Enfermagem Gerenciamento de Enfermagem (02h – 01 ou 02/por dia) • Modulações Especiais: Gerenciamento 03 ou 04/por dia – 12h noturnas + GC Internação Domiciliar - ID Principais Serviços Visitas por Equipe Multiprofissional (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros) Provimento de mobiliário e equipamentos Destinada a pacientes com complexidade clínica que requeira nível de acompanhamento e atenção integral, independente da modalidade assistencial, por tempo determinado. Disponibilização de medicamentos, materiais, dietas e oxigenoterapia, de acordo com a prescrição do médico assistente Procedimentos médicos especializados e serviços de apoio à terapêutica Treinamento e orientação da família nas Atividades de Vida Diária (AVD´s) Central de orientações médicas e atendimento médico de emergência 24 horas Destinado a pacientes que demandem procedimentos de baixa complexidade clínica, em domicílio, e que necessitem de atenção especializada e intervenções pontuais Benefícios Premissas da Atenção Domiciliar • • • • • • • Integralidade da Assistência Humanização do Cuidado Educar e Cuidar/Cuidar e Educar (AVD’s) Critérios técnicos de Elegibilidade/Alta Transparência nas relações Discrição nas atitudes Capacidade de gerir conflitos Novos papéis profissionais Atividades Assistenciais na Atenção Domiciliar • Identificação pela Auditoria • Avaliação Clínica (Captação) • Assistência Domiciliar: Admissão domiciliar/Visitas equipe multidisciplinar/Procedimentos/Provisão insumos/Registros/Capacitação Cuidadores • Preparação para Alta • Alta/Pós-Alta Atividades Administrativas na Atenção Domiciliar • • • • • • • • Credenciamento (comercialização) Precificação do PAD (orçamento) Cadastramento em sistema Prorrogação (orçamento) Auditoria “in loco”/Interna/Externa Faturamento/Tratamento de Glosas Logística de distribuição Rotinas Financeiras/Administrativas Mercado e Perspectivas - EUA • 21.000 Organizações de Serviços Domiciliares • 10.000 Agências certificadas pelo sistema de saúde • 82% das Escolas de Medicina têm HC no CV Mercado e Perspectivas Assistência Médica - Brasil • ANS (2009) • 53 milhões de beneficiários de Assistência Médica Suplementar no Brasil • 21% da população tem Assistência Médica Suplementar • 1.522 Operadoras Plano de Saúde ativas • R$ 29 bilhões de receita Mercado e Perspectivas Atenção Domiciliar – Brasil • • • • • • HCPconsult/HCPlus (2006) – 130 empresas 24 mil pacientes/mês – 288 mil pacientes/ano 75% planos de saúde já dispunham do serviço 25 mil profissionais e R$ 270 milhões/ano Crescimento Médio: 7% /ano Instituições: ABEMID/NEAD Mercado e Perspectivas Assistência Médica – Bahia • ANS (2009) • 1,3 milhões de beneficiários de Assistência Médica Suplementar na Bahia • 700 mil beneficiários de Assistência Médica Suplementar em SSA • ANS (2007) – Bahia: 160 mil usuários planos de saúde acima de 60 anos Mercado e Perspectivas - Atenção Domiciliar - Bahia • 11 empresas/Nusad • Bahia Home Care : 150 pacientes/300 GDC - 170 colaboradores(diretos) 800 (indiretos) • SOSVIDA Soluções em Saúde : 150 pacientes/600 colaboradores (diretos/indiretos) • Vitalmed: 100 pacientes/50 colaboradores diretos/220 (indiretos) • Qualivida: 32 pacientes • Curativos:10 pacientes ID/150 GC/72 colaboradores • Home Assist: 14 pacientes/2.850 GDC (ativos)/6.000 Revista Diagnóstico (AHSEB – jan/fev/mar/09)/Empresas Mercado e Perspectivas - Principais Clientes • • • • • • • • • • Planserv Petrobrás Cassi Golden Cross Sul América Saúde Bradesco Saúde Caixa GEAP Casseb Golden Life • • • • • • • • • • Asfeb Saúde Fassincra Capsaúde Sesef Ministério Público Procuradoria Geral Unimed Salvador Assefaz Camed Fachesf Mercado e Perspectivas - Principais Fornecedores • Aluguel de mobiliário e equipamentos especializados; • Distribuidoras de oxigênio; • Fisioterapia e ventilação mecânica domiciliar; • Nutrição enteral e parenteral (serviços e produtos); • Fonoaudiologia/Psicologia/Odontologia; • Serviços médicos; • Cooperativas de Enfermagem; Mercado e Perspectivas - Principais Fornecedores • • • • • • Sistema de informação; Distribuidores de materiais e medicamentos; Logística de distribuição; Atendimento Médico de Emergência/Remoções; Laboratórios com coleta domiciliar; Empresas de Diagnóstico por Imagem (Raio X e Ultrassom). Principais Desafios - Ameaças e Oportunidades • Baixa sistematização e disponibilização das informações; • Desafios logísticos; • Gestão descentralizada; • Fortalecimento das Relações de Trabalho (cooperativas); • Capacitação profissional (volume X qualificação); • Critérios de comercialização – modelo de cobrança/falta de padrões assistencial/sistema de concorrência; Principais Desafios - Ameaças e Oportunidades • Pouca assertividade nas indicações médicas; • Insuficiência de estrutura/decisão centralizada – autorização tardia; • Liminares judiciais; • Carência de Regulamentação; • Obstáculos sociais: domicílios/cuidadores. Por que desospitalizar precocemente? • Gestão de risco e custos assistenciais, pelo: - Aumento da expectativa de vida; - Sobrecarga de doenças crônicas; - Evolução da medicina – assistência X recursos tecnológicos; • Menor risco de Infecções Hospitalares • Gestão dos Leitos Hospitalares Por que desospitalizar precocemente? • Melhoria da condição psicológica dos pacientes; • Cuidados paliativos/qualidade de morte; • Consolidação da atenção domiciliar Estratégias de Desospitalização • Gerenciamento de Risco - Pacientes Crônicos • Internação Domiciliar (captação precoce) • Gerenciamento de Casos Clínicos • Atendimento Pré-Hospitalar • “Nursing House” – baixa complexidade (Planserv/Diagnóstico/Correio da Bahia – 26/10) Contatos Ana Karina Tinoco Contatos: [email protected] (71) 3443-3226/8131-3973 Obrigada!