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Ministério da Ciência e Tecnologia
3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
REUNIÃO REGIONAL NORTE
RECURSOS MINERAIS
E SUA CONTRIBUIÇÃO AO
DESENVOLVIMENTO DA
AMAZÔNIA:
DESAFIOS EM CT&I
Roberto Dall’Agnol
Centro de Geociências - UFPA
Ministério da Ciência e Tecnologia
• INTRODUÇÃO
Excluídos Petróleo e Gás Natural
• O SETOR MINERAL E SUAS
ESPECIFICIDADES
• O SETOR MINERAL NA AMAZÔNIA
• RECURSOS HUMANOS E
CAPACITAÇÃO LABORATORIAL
• EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM CT&I
• INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
Ministério da Ciência e Tecnologia
SETOR MINERAL E SUAS ESPECIFICIDADES
•O Brasil não possui grande tradição mineira
•Ampliação recente do setor mineral
•Diversificação dos bens minerais produzidos
•Maior contribuição na economia do País
Geração de emprego e renda
Exportações e geração de divisas
Saldo da Balança de pagamentos
US$ 7,8 bilhões em 2003
US$ 10,4 bilhões em 2004
•Setor prioritário no PPA 2004-2007
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPANSÃO DO SETOR MINERAL
Panorama das Atividades de Mineração
Exploração
Mineral
30 milhões de
hectares
Concessões de
Lavra
1,8 milhão de
hectares
Fonte: MME
Requerimento de Pesquisa
24.555
Alvará de Pesquisa
55.423
Concessão de Lavra
8.235
Licenciamento
12.376
Requerimento de Lavra
38.774
Produção Mineral Brasileira
POSIÇÃO
1o
2o
POSIÇÃO DO
BRASIL NA
PRODUÇÃO
MUNDIAL
2003
3o
4o
5o
Fonte: MME
MINERAL
Nióbio
Ferro
Tantalita
Manganês
Alumínio
Caulim
Grafita
Magnesita
Vermiculita
Crisotila
(amianto)
Rochas
Ornamentais
Estanho
Ministério da Ciência e Tecnologia
PARTICIPAÇÃO
91,0
20,9
19,2
16,0
12,1
11,5
9,0
8,5
5,4
11,0
4,7
4,5
Ministério da Ciência e Tecnologia
Balança Comercial Mineral do Brasil
BALANÇA COMERCIAL DO SETOR MINERAL
(Exclui petróleo e gás)
US$ milhões
18.571
20.000
18.000
16.000
13.483
14.000
11.202
10.391
12.000
10.000
7.795
6.371
8.000
8.180
5.688
4.831
6.000
4.000
2.000
0
JAN-DEZ.2002
JAN-DEZ.2003
JAN-DEZ.2004
Fonte dos dados básicos: SECEX
Exportação
Importação
Saldo
Fonte: MME
Ministério da Ciência e Tecnologia
SETOR MINERAL E SUAS ESPECIFICIDADES
•Recursos minerais não são renováveis
‘Minério não dá duas safras’
Esforços contínuos de exploração
•Mineração investimento de alto risco
Poucas pesquisas resultam em minas
Não há garantia de retorno do investimento
Longo tempo de maturação dos projetos
•Projetos com grande impacto ambiental
•Contribuição econômica e social
Geração de infraestrutura e emprego
Renda (CFEM)
Aumento do IDH (PA)
•Necessidade de apoio do estado
•Importância do conhecimento geocientífico
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPANSÃO DO SETOR MINERAL
Atividades de Mineração na Amazônia
Oriximiná
Juriti
Pitinga
Carajás
Tapajós
Rondônia
Fonte: MME/
Modificado
Barcarena/São Luís
Paragominas
Rio Capim
Ministério da Ciência e Tecnologia
MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA
•Província Mineral de Carajás
Uma das maiores do mundo
Depósitos e minas de Ferro (300 anos)
Mina de Manganês do Azul
Minas de Cobre – Sossego em 2004
3 a 4 novas minas até 2010
Auto-suficiência em 2007
Ouro, Prata – subprodutos
Minas de Níquel – Vermelho, Puma e Onça
a partir de 2007
Ministério da Ciência e Tecnologia
MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA
•Complexos Minero-industriais
Bauxita-Alumina-Alumínio e Caulim
Distritos industriais de Barcarena e São Luís
Províncias de Paragominas (Bauxita)
Rio Capim (Caulim)
Oriximiná e Juriti (Bauxita)
Província de Pitinga - Amazonas
Estanho, Nióbio, Flúor,
(Zircônio), (Tântalo), (Bauxita)
Província do Tapajós – Pará e Amazonas
Ouro
Produção Mineral Amazônia
POSIÇÃO
1o
2o
POSIÇÃO DO
BRASIL NA
PRODUÇÃO
MUNDIAL
2003
3o
4o
5o
Fonte: MME
MINERAL
Nióbio
Ferro
Tantalita
Manganês
Alumínio
Caulim
Grafita
Magnesita
Vermiculita
Crisotila
(amianto)
Rochas
Ornamentais
Estanho
Cobre
Níquel
Ouro / Diamante
Ministério da Ciência e Tecnologia
PARTICIPAÇÃO
91,0
20,9
19,2
16,0
12,1
11,5
9,0
8,5
5,4
11,0
4,7
4,5
Ministério da Ciência e Tecnologia
SETOR MINERAL NO PARÁ
•Bens minerais primários
Ferro, manganês, bauxita, caulim, ouro
•Bens minerais com alguma industrialização
Alumina + alumínio
concentrado de cobre
Ferro gusa
Silício metálico
•70 % das Exportações do estado em 2004
Contribuição balança de pagamentos
•Um terço da atividade econômica do estado
Os desafios da verticalização da produção
Mineração e preservação ambiental
Ministério da Ciência e Tecnologia
RECURSOS HUMANOS E
CAPACITAÇÃO LABORATORIAL
•Crescimento expressivo das Geociências no País
Pesquisa e infra-estrutura laboratorial
•Presença em todas as regiões
Graduação e pós-graduação
•Mercado de trabalho em expansão
•Dificuldades
Necessidade de expansão da Geofísica
Pouca demanda por subáreas tradicionais
Carência de técnicos em laboratórios analíticos
Absorção e fixação de jovens doutores
Ministério da Ciência e Tecnologia
RECURSOS HUMANOS NA AMAZÔNIA
GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIA DE MINAS
Universidade Federal do Pará
Graduação em Geologia – Belém e Marabá
Graduação em Geofísica e Meteorologia - Belém
Graduação em Engenharia de Minas – Marabá
Campus de Marabá – Convênio UFPA/CVRD
Pós-graduação em Geologia-Geoquímica,
Geofísica e Ciências Ambientais – Belém
Universidade Federal do Amazonas – Manaus
Graduação em Geologia
Pós-graduação em Geociências
Universidade Federal do Mato Grosso
Graduação em Geologia
Pós-graduação em Geociências
Ministério da Ciência e Tecnologia
RECURSOS HUMANOS E
CAPACITAÇÃO LABORATORIAL
•Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
Capacitação para levantamentos básicos
Carências de pessoal
•Lavra e Tecnologia Mineral
Centros e instituições de pesquisa atuantes
Empresas desenvolvem ou compram tecnologia
Carências na região Amazônica
•Economia e Política Mineral
Dispersas em diferentes instituições
Necessidade de fortalecimento
•Contínuo desenvolvimento tecnológico mundial
Manter e ampliar capacitação laboratorial
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM CT&I
•Formação de pesquisadores no País e exterior
CNPq, CAPES, IFES – Décadas de 70 e 80
•PADCT e PRONEX
Instalação de equipamentos de grande porte
Consolidação de grupos de pesquisa
•Convênios da Petrobras com instituições de P&D
Exploração de petróleo em águas profundas
Formação de recursos humanos e tecnologia
•Sensoriamento Remoto
Projeto Radambrasil – década de 70 na Amazônia
INPE – geração e disseminação de tecnologia
Laboratórios em universidades e empresas
Aplicação multidisciplinar
SIPAM – centros em Manaus e Belém
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM CT&I
Preservação ambiental
Atuação da CVRD na região de Carajás
Verde: Cobertura florestal
Rosa: Áreas desmatadas
Ministério da Ciência e Tecnologia
Preservação ambiental
Impactos negativos
Grandes hidrelétricas
Energia produção alumina e alumínio
Carvão vegetal
Produção de Ferro gusa
Florestas nativas vs. Reflorestamento
Tapajós
Garimpos residuais
Mercúrio (?)
Degradação da drenagem
Extração por cianetação
Ministério da Ciência e Tecnologia
Preservação ambiental
Lúcio Flávio Pinto (25/06/05):
“Pela
ótica estritamente ambiental, o
empreendimento minerário é um dos que mais tem
evoluído na Amazônia. Seu impacto é reduzido
comparativamente ao de outras atividades
econômicas, como a garimpagem, a pecuária e a
extração de madeira, sem falar na terrível
carvoaria.”
“O problema já não é mais só nem
principalmente ecológico, ao menos em relação ao
grande projeto mineral: tornou-se também...
econômico e social.... o extrativismo mineral não
enraíza. Ele forma um enclave...”
Ministério da Ciência e Tecnologia
Preservação ambiental
Lúcio Flávio Pinto (25/06/05):
“...para que a mineração não se mantenha no ciclo
do qual o manganês do Amapá é o maior exemplo.
É preciso inaugurar um ciclo novo.”
“existem diferenças... que ...precisam ser tratadas
para que haja realmente uma evolução no trato da
sociedade paraense com um dado indissociável de
sua condição geográfica (e geológica): a mineração.
Há mais perguntas a fazer do que respostas a
apresentar... é preciso mais aplicação no
conhecimento da situação antes de dar uma lição
da coisa, que ainda não foi aprendida.”
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM CT&I
•Agência para o desenvolvimento Tecnológico
da Indústria Mineral Brasileira - ADIMB
Projeto Plataforma Exploração Mineral
na Amazônia – EXMIN/Amazônia
Investimentos de US$ 176 milhões em 10 anos
Levantamentos básicos aerogeofísicos,
geológicos e geoquímicos
Caracterização dos depósitos minerais
Formação continuada de recursos humanos
•Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES
Financiamento a projetos de
exploração mineral da CVRD em Carajás
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM CT&I
Ministério de Minas e Energia – MME
•Apoio a Levantamentos geológicos e geofísicos
Março de 2005 – Visão otimista
Programa de Levantamentos Aerogeofísicos
na Amazônia - PLAA
Programa Nacional de Geologia – PRONAGEO
Lei 10.848 de 15 de Março de 2004
15% dos recursos do petróleo do MME
Levantamentos geológicos básicos
Junho de 2005 – Visão realista (?)
Orçamento da CPRM contingenciado em 70%
Programas avançando lentamente
Saída da ministra Dilma Roussef
Total incerteza para o setor!
Ministério da Ciência e Tecnologia
EXPERIÊNCIAS POSITIVAS EM CT&I
Ministério de Minas e Energia – MME
Rede Nacional de Estudos Geocronológicos,
Geodinâmicos e Ambientais – GEOCHRONOS
MME – MCT – Petrobras – CPRM – FAPESP
UFRGS – USP – UnB – UFPA - CENPES
Geocronologia e geologia isotópica aplicados
a petróleo, mineração e meio ambiente
Sonda iônica SHRIMP e ICP/MS a laser
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
Fins:
•Atrair investimentos para a exploração mineral
•Viabilizar novo ciclo de geração de jazidas
Meios:
•Mobilizar recursos através de apoio político
ao MME - MCT, MMA, outros ministérios
•Caracterizar depósitos e províncias minerais
•Fortalecer equipes de geologia básica na CPRM
•Fortalecer pesquisa básica nas universidades
Bolsas diferenciadas
Fixação de doutores e técnicos
Priorizar Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste
•Ampliar financiamentos BNDES e agências regionais
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
Áreas Mapeadas
Amazônia
DÉCADA DE 70
Fonte: CPRM
+ Projeto RADAM: Mapeamento 1:1.000.000
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
Áreas Mapeadas Amazônia
DÉCADA DE 80
Fonte: CPRM
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
Áreas Mapeadas Amazônia
Fonte: CPRM
DÉCADA DE 90/2000
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
Programação 2005
CPRM
Iniciar
H em 2005
Iniciar em I2006/2007
Fonte: CPRM
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
A interrupção dos investimentos públicos
destinados aos levantamentos geológicos tem forte
correlação com a queda dos investimentos em
pesquisa mineral e na descoberta de novas jazidas.
INVESTIMENTOS EM LEVANTAMENTO GEOLÓGICOS
BÁSICOS (em US$ milhões constantes de 2000)
INVESTIMENTOS EM EXPLORAÇÃO MINERAL NO
BRASIL (em US$ milhões constantes de 2000)
60
400
50
350
300
250
200
40
30
150
100
20
50
0
10
0
78
70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02
80
82
84
86
88
90
92
Exclusive P&G
Fonte: MME
94
96
98
00
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
1. Acelerar levantamentos geológicos básicos e dar
apoio aos projetos de exploração mineral
Comprometimento Futuro de
Matérias Primas Minerais
Taxa ideal de investimento na fase de pesquisa
mineral = 5% do valor da produção mineral
Taxa média brasileira na última década = 1%
Fonte: MME
INVESTIMENTOS MÉDIOS EM PESQUISA MINERAL NA
DÉCADA DE 1990
(em US$ milhões anuais)
ARGENTINA
100
AUSTRÁLIA
450
BRASIL
78
CHILE
400
PERU
120
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INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
4. Centro de Tecnologia, Política e
Economia Mineral na Amazônia
•Fins:
•Responder ao fortalecimento do setor na região
•Fornecer alternativas tecnológicas e criar inovações
•Avaliar perspectivas para projetos
verticalização
•Desenvolver competência e excelência na área
•Formar e fixar recursos humanos em instituições
Meios:
•Criação de CENTRO ESPECIALIZADO EM MARABÁ
•Apoio MME/DNPM, CNPq/CAPES
•Apoio CVRD/UFPA, SECTAM/PA, ADA
•Fixação de pesquisadores seniores e técnicos
•Recursos dos Fundos Setoriais e empresas
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
2. Fortalecimento e expansão da subárea de Geofísica
•Fins:
•Fortalecer os grupos de geofísica no País
•Suprir a crescente demanda de geofísicos
•Formar pessoal para levantamentos aerogeofísicos
•Meios:
•Levantamento e avaliação da subárea
•Contratação de professores visitantes do exterior
•Fixação de jovens doutores nos programas
•Bolsas para doutorado pleno ou estágio no exterior
Instituições vinculadas ao setor mineral
•Apoio Petrobras, MME, CNPq, CAPES
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
3. Rede Nacional de Laboratórios de Micro-Análises
•Fins:
•Atender a demanda de pesquisadores e empresas
•Aumentar o número de laboratórios de micro-análise
•Garantir o seu funcionamento e manutenção
•Meios:
•Formar uma rede de laboratórios de micro-análises
•Instalação de novas microssondas – região Norte
•Up-grade das microssondas existentes
•Fixação de pesquisadores e técnicos
•Criação de grupo de apoio para manutenção
•Levantamento dos laboratórios de microscopia
eletrônica de varredura (MEV) no País
•Articulação microssondas – MEVs
Ministério da Ciência e Tecnologia
INICIATIVAS PROPOSTAS EM CT&I
5. Laboratórios de Análises Químicas de
Rochas, Minerais e Minérios
6. Apoio Tecnológico à Extração de Bens
Minerais de Interesse da Construção Civil
7. Formação de Grupos Acadêmicos
Multidisciplinares em Meio Ambiente
8. Memória do Setor Mineral e Disseminação
do Conhecimento Científico
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