Silêncio, é sentir a voz quente do amor, Silêncio, é ouvir a voz calada da alma, É ouvir a voz de Deus, nosso Pai do céu, É o murmúrio silencioso da oração no altar. Silêncio, são as lágrimas que descem, Pelas perguntas de amor ,sem resposta; É’ a palavra que não feriu meu ouvido, É o brilho de um olhar, cortante e frio. Silêncio é a dor da alma, em pálpebras secas, Falando sozinha, para só tu me escutares, É o silêncio profundo, é a voz de tudo, É o silêncio mudo que tudo fala.! É’ naufragar em uma pobre lágrima, Pela esperança remota de ouvir tua voz; Este silêncio é a ilusão, é o meu desejo, De beijar os dedos e soprá-los a ti. É a angústia que me contrai o rosto, Dor sêca, que desce muda até o chão; São lágrimas que correm pela face, Mas rolam em silêncio para o coração. Silêncio é a voz que o coração murmura, É’ uma saudade que não quer durar a vida inteira, De quem tem saudade de tudo na vida Pois vive esta vida, com saudade de ti. Silêncio, é o gesto que meu corpo sonhou, É’ o beijo, que nem em sonho aconteceu; Confundindo-se no escuro, minha sombra e a tua, Um sonho, do qual não quero acordar! Imagens: Da internet Texto: Neuza Maria Spínola Formatação: [email protected] Site: www.spinolapoesias.spaces.live.com Do Livro- O Homem é o Verso, a Mulher o Poema Música:- My way ( Diógenes L. Oliveira )